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terça-feira, 31 de agosto de 2021

Regina Navarro Lins | #Provoca | 31/08/2021

Fonte: TV Cultura, SP

"O #Provoca desta terça-feira (31/8) recebe a psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, que também é palestrante em assuntos como relacionamentos afetivos e sexualidade, e fala sobre os temas na edição. Com apresentação de Marcelo Tas"

Fonte: TV Cultura, SP

"Orçamento de 2022 vai para o Congresso sem novo Bolsa Família"

Bolsonaro e seu Ministro da economia, Paulo Guedes
 

Por Eduardo Rodrigues, Idiana Tomazelli e Lorenna Rodrigues - Estadão

"BRASÍLIA - Após ameaçar com a falta de dinheiro para salários de servidores ou vacinas contra a covid-19 caso não houvesse solução para o “meteoro” de dívidas judiciais, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou nesta terça-feira, 31, uma proposta de Orçamento  para 2022 com as contas fechadas e em dia – mas promessas eleitorais de fora. O projeto prevê o gasto integral de R$ 89,1 bilhões com precatórios, como são chamados os valores devidos após sentença definitiva na Justiça, e deixou de lado o aumento no Bolsa Família, rebatizado de Auxílio Brasil.

A previsão de recursos para o programa social ficou em R$ 34,7 bilhões, valor semelhante ao estipulado para 2021. Segundo o Ministério da Economia, mesmo com a reestruturação da política na direção do Auxílio Brasil, o valor ficaria o mesmo diante da falta de espaço no Orçamento e seria suficiente para atender a 14,7 milhões de famílias, número próximo do que já é alcançado hoje pelo Bolsa Família.

Para implementar as mudanças pretendidas pelo presidente Jair Bolsonaro, o que inclui dar um reajuste de ao menos 50% no tíquete médio do programa e levá-lo a R$ 300, o Ministério da Cidadania precisa de quase o dobro do Orçamento: R$ 60 bilhões. A equipe econômica, porém, afirma que o crescimento de R$ 33,7 bilhões na despesa com sentenças judiciais inviabilizou a ampliação.

O teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação, deve ter uma folga de R$ 136,6 bilhões em relação à despesa prevista hoje para 2021. Boa parte disso será ocupada não só com os precatórios, mas com outros gastos obrigatórios como benefícios previdenciários, reajuste já aprovado para militares e outros aumentos de despesa.

Entre economistas, houve críticas de que o Orçamento para 2022 foi enviado sem definições importantes, como a própria solução para o crescimento dos precatórios, a aprovação ou não da reforma do Imposto de Renda (que pode drenar receitas) e os recursos para o Auxílio Brasil turbinado. Os parâmetros também ficaram desatualizados. O governo prevê uma correção do salário mínimo de 6,2%, mas o mercado já projeta que o INPC (usado nessa atualização do piso) pode passar dos 8%. Cada ponto adicional adiciona mais R$ 8 bilhões em despesas do governo, reduzindo espaço para outros gastos.

O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, disse que o governo não tem como se antecipar à aprovação de medidas, como a reforma do IR ou a solução para os precatórios, e incorporou ao Orçamento as projeções “mais aderentes” ao momento atual. “Não vejo como fictício o Orçamento que está sendo apresentado”, afirmou. O secretário de Orçamento Federal, Ariosto Culau, ressaltou que a equipe econômica pode enviar uma mensagem modificativa ao Congresso com novos parâmetros e previsões de despesas.

Além de acomodar os gastos com precatórios, em valor R$ 31,4 bilhões acima do previsto inicialmente, o governo encontrou espaço para aplicar R$ 23,75 bilhões em investimentos. Também foram reservados R$ 3,9 bilhões para vacinas contra covid-19, e outros R$ 2 bilhões para o Censo Demográfico, já adiado por dois anos e que deveria ter ido a campo em 2020.

Embora não tenha previsto reajustes salariais a servidores públicos, como chegou a ser discutido pela ala política do governo, o Ministério da Economia incluiu na proposta orçamentária a possibilidade de realização de concursos para preencher 41.700 vagas. Geralmente defensora do enxugamento da máquina pública, a equipe econômica admitiu que há um “represamento” na demanda de vários órgãos por concursos.

Apesar da restrição pelo lado das despesas, a Economia comemorou a redução na previsão de déficit para 2022, que ficou em R$ 49,6 bilhões (0,5% do PIB). Para o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, o rombo bem abaixo do autorizado pela meta fiscal do ano que vem (R$ 170,5 bilhões) é fruto da melhora na arrecadação. O secretário de Orçamento, por sua vez, disse que o País está "cada vez mais próximo do equilíbrio das contas, do déficit zero". A pasta, porém, não apontou dados de quando o Brasil voltará a ter contas no azul.

Bolsonaro beneficia as forças armadas

Militares

Beneficiados ao longo de todo o governo Bolsonaro, os militares conseguiram ampliar seu espaço no Orçamento de 2022 para gastos com investimentos e custeio da máquina. O Ministério da Defesa ocupa o quarto lugar na lista dos ministérios com mais recursos, atrás apenas da Educação, Saúde e Economia.

A verba prevista para as Forças Armadas é R$ 11,8 bilhões, acima da dotação de R$ 10,1 bilhões que consta na Lei Orçamentária desse ano para as chamadas despesas discricionárias, que não levam em conta os gastos com o pagamento dos soldos militares e pensões.

Já o Ministério do Desenvolvimento Regional, comandado por Rogério Marinho e que é responsável por obras habitacionais e de saneamento, ficou com apenas R$ 4,5 bilhões, menos da metade do previsto para esse ano, R$ 9,5 bilhões. Marinho acumula um histórico de desavenças com Guedes."

Fonte: Estadão

Energia mais cara a partir de amanhã, 1 de setembro

Conta de energia elétrica mais cara

"Conta de luz vai aumentar 6,78% com nova bandeira tarifária"

Por JULIO WIZIACK E THIAGO RESENDE - Folha de S.Paulo

"A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta terça-feira (31) a criação de uma nova bandeira tarifária para fazer frente ao aumento dos custos decorrente do agravamento da crise hídrica. Chamada de "Escassez Hídrica", a nova bandeira custará R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) e vigora a partir desta quarta-feira (1°) até abril de 2022.

Segundo a agência, a nova bandeira vai gerar uma alta de 6,78% na conta de luz. Cidadãos de baixa renda beneficiados pela tarifa social não serão afetados pelas novas regras da Bandeira Tarifária, sendo mantido o valor atual.

Com a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, as hidrelétricas perderam espaço na oferta, enquanto o governo se viu obrigado a acionar térmicas, fonte mais cara, cujo custo é repassado ao consumidor.

As bandeiras, verde, amarela e vermelha, constam da conta de luz e servem para indicar a necessidade de se reduzir o consumo. Caso contrário, o cliente paga mais.

O novo valor se deve aos custos de importação de energia e acionamento de usinas termelétricas, que já produzem a mais de R$ 2.000 o MWh (megawatt-hora). No período de setembro a novembro, o total desses custos será de R$ 13,2 bilhões, valores que precisam ser repassados para a tarifa.

Com a nova bandeira, o governo evitou reajustar em cerca de 50% a bandeira vermelha nível 2, que passaria de R$ 9,49 para cerca de R$ 14 durante esse período. Sem o reajuste, Jair Bolsonaro evita desgaste em sua popularidade.

Assessores do Palácio do Planalto avaliam que a adoção de um racionamento no momento prejudicaria ainda mais Jair Bolsonaro em sua campanha pela reeleição. O presidente vê sua popularidade despencar diante de medidas contra a pandemia e da degradação do cenário econômico."

onte: Folha de S. Paulo   

Ricardo Salles de volta ao Brasil e à política

Bolsonaro e o péssimo ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles
 O cara de pau Ricardo Salles convoca manifestantes para o 7/9

"Ex-ministro do Meio Ambiente (Aquele que disse em reunião ministerial: Vamos deixar a boiada passar e pelo que a se pode notar foi isso exatamente que o Bolsonaro fez!)  deixou o governo há pouco mais de dois meses e endossou a mobilização feita pelo presidente Jair Bolsonaro"  


Por Marcelo de Moraes

"Pouco mais de dois meses após deixar o governo, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles já retomou sua atividade política e endossou a mobilização feita pelo presidente Jair Bolsonaro para os atos pró-governo, marcados para 7 de setembro. Apesar do temor de muitos de que as manifestações não sejam pacíficas e ameacem a democracia, Salles descartou que algo desse tipo possa acontecer.

"Dia 07/09 não é para baderna ou ataque às instituições. Muito pelo contrário. É para defender a verdadeira democracia, a liberdade e o Estado de Direito. Quem ama o Brasil, tem um pingo de vergonha na cara e algum sangue nas veias, estará nas ruas!", afirmou o ex-ministro em suas redes sociais.

Desgastado por investigações que apuram denúncias de seu envolvimento em irregularidades envolvendo venda ilegal de madeira, Salles acabou deixando o ministério e mergulhou durante os últimos dois meses. Agora, ainda planeja se vai disputar ou não algum cargo nas próximas eleições, mas já se movimenta como candidato, possivelmente para deputado estadual, em São Paulo.

Neste fim de semana, Salles participou de uma "Cavalgada pela Família", em Bauru, num evento que também contou com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Na definição do ex-ministro, o ato foi "em defesa da democracia, da liberdade, da família e do Brasil".

Salles também defendeu publicamente o ministro da Economia, Paulo Guedes, alvo de críticas cada vez mais constantes. "Ao invés de atacar o Paulo Guedes, as pessoas deviam focar nas causas dos problemas históricos brasileiros: estado gigante e ineficiente, irracionalidade tributária e administrativa, burocracia, boicote às privatizações, corporativismo, corrupção, privilégios, etc", escreveu Salles em sua conta do Twitter."

Fonte: Estadão    

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Roda Viva | Marcello Brito | 30/08/2021

Fonte: TV Cultura, SP

"No Roda Viva, a jornalista Vera Magalhães recebe o agroambientalista Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG).

Formado em Engenharia de Alimentos pela UNIFEB de Barretos, Marcello Brito foi diretor executivo da Agropalma, no setor de óleos vegetais, antes de assumir o cargo de presidente do conselho diretor da ABAG. Também é co-facilitador da Coalizão Clima, Floresta e Agricultura."
#RodaViva

Vacinação contra a covid em Poços de Caldas, MG - Acabaram as 2ª doses da vacina Astrazeneca nesta segunda-feira


PREFEITURA INFORMA – ASTRAZENECA

 

"A Secretaria Municipal de Saúde informa que as doses de vacina contra COVID-19 destinadas à aplicação da 2ª dose do laboratório Astrazeneca se esgotaram nesta segunda-feira (30).

A previsão é de que quase 3.000 doses cheguem ao município nesta terça-feira (31), no período da tarde, portanto quem já atingiu o intervalo poderá receber a segunda dose ainda nesta semana. 

Caso a pessoa tenha a indicação para a dose de reforço para esta terça, deverá aguardar e se dirigir à Sala de Vacinas da Urca na quarta (1º).

A orientação do Ministério da Saúde é que as doses sejam administradas com o mínimo de 12 semanas de intervalo.

A aplicação da 2ª dose da vacina Pfizer e Coronavac continua exclusivamente na Sala de vacina da Urca (acesso pela Rua Amazonas)."

Fonte: prefeitura de Poços de Caldas  

"STF tem planos A, B e C para o 7 de setembro"

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux


"Presidente do STF, Luiz Fux mantém contato permanente com autoridades de segurança. Barreiras físicas em sequência e reforço de contingente policial estão previstos. Radicais pregam fechamento do STF e invasão do Senado"

Por CHRISTINA LEMOS Do R7

"A manifestação prevista para o Dia da Pátria e convocada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que chama seus apoiadores para um “7 de Setembro Gigante” é hoje a maior preocupação do presidente do STF, Luiz Fux, quanto à segurança e à integridade do Tribunal. Estão previstos 3 diferentes planos de proteção do patrimônio público e da imagem da instituição, em gradação crescente, a depender da eventual ameaça que o protesto venha representar à Suprema Corte brasileira - hoje percebida como opositora do governo Bolsonaro por parcela importante dos seguidores do presidente.

A preocupação foi admitida pelo magistrado em conversas reservadas no correr da semana passada. A cúpula do Judiciário acertou diretamente com o governador do Distrito Federal, Ibanez Rocha, o reforço da proteção ao edifício do plenário do STF, inteiramente revestido de vidro e considerado o mais vulnerável da Esplanada.

Pelo menos três tipos de barreiras físicas estão previstas para evitar a aproximação de manifestantes. Até a capacidade para arremesso de uma pedra foi cuidadosamente estimada. Além da equipe de seguranças do próprio Tribunal, ampliada em gestões anteriores à de Fux, está previsto reforço do contingente da polícia militar do DF destacado para a ocasião. Os detalhes do novo protocolo são guardados em estrito sigilo pela cúpula da segurança pública.

Nas redes sociais, há pelo menos 20 dias, seguidores de Bolsonaro convocam presença na manifestação em diversas cidades sob a hashtag #SeteDeSetembroVaiSerGigante. Entre os setores que demonstram ter investido na promoção do evento está o dos ruralistas, que anunciam o envio de caravanas às capitais. Alguns pregam abertamente o fechamento do STF e a invasão do Senado, sede da CPI da Pandemia, tida como principal trincheira antibolsonarista.

Bolsonaro anunciou que estará presente tanto na manifestação em Brasília, quanto na programada para a Avenida Paulista, reservada pela prefeitura de São Paulo para ser utilizada exclusivamente pelos organizadores do ato pró-governo. Em outras ocasiões, houve partilha controlada da principal avenida da capital paulista e centro nervoso dos protestos políticos, entre apoiadores e opositores do presidente. A ida às ruas dos grupos contrários a Bolsonaro está prevista para o dia 12 de setembro.

A mobilização que levou cerca de 6 mil indígenas à Praça dos Três Poderes, inclusive em vigília que atravessou a madrugada do dia 25, a poucos metros da sede do STF, foi vista como teste para as autoridades de segurança. Até o momento, a manifestação foi pacífica, e deve ser retomada em menor escala no correr desta semana, quando está prevista a continuidade do julgamento o Marco Temporal para demarcação de terras indígenas.

O Ministério da Defesa anunciou no dia 17 o cancelamento do tradicional desfile cívico do Dia da Pátria. O Brasil ainda vive sob risco de contágio do coronavírus e sob ameaça cepa Delta, cuja propagação deve se intensificar em grandes centros, como São Paulo, a partir de setembro, segundo especialistas."

Fonte: R7   

"Lewandowski desenha para Bolsonaro o que acontecerá se ele der o golpe"

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski - foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

 "Ministro do STF dá aula sobre o golpismo para o Presidente da República"

Por Por Matheus Leitão - Veja

"O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu a palavra para Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso, os mais ativos magistrados da corte neste difícil momento da nação, ... Leia mais

Fonte: Veja   

Semana tensa: as previsões astrológicas de 30 de agosto a 5 de setembro de 2021

 

Por Vanessa Tuleski, Personare

"As previsões astrológicas para a semana começam com um resumo de tudo o que vem por aí entre 30 de agosto e 5 de setembro. A fase lunar é minguante, de redução e fechamento de pendências, por isso, há um clima natural de balanço. Os ânimos podem estar mais reduzidos, tanto pela fase minguante, como por uma oposição / desafio de Marte com Netuno. Assim, se estiver cansado, desacelere.

A oposição Marte com Netuno também pode trazer alguns contratempos e atrasos e é um aspecto bem perigoso para a Covid-19, podendo trazer aumento de casos, durante o mês de setembro, em diversas partes do mundo.

A partir do final de semana, o contexto coletivo tende a ficar mais inflamado, com uma quadratura entre Vênus e Plutão.

Se houver protestos em diversas partes do mundo, junto com a oposição/tensões Marte/Netuno, há potencial de confusões.

Na vida pessoal, há chance de crises com ou para pessoas próximas. Assim, aconselha-se mais diplomacia se não quiser encrencas, que vão acontecer com facilidade, não sendo hora, portanto, de correr riscos.

Mas há bons aspectos para compensar este contexto mais crítico no final de semana, como Vênus em harmonia com Júpiter, com ajudas e auxílios.

Mercúrio em trígono com Saturno, tentando emprestar bom senso para o plano mental.

E Sol em trígono / harmonia com Urano, com mais clareza e lucidez.

Mercúrio também vai ingressar em Libra (signo da justiça e do equilíbrio) nesta semana, pedindo, por dois meses, mais habilidade social e interação com o outro.

Até a terça-feira: Marte oposto a Netuno:

O planeta dos objetivos e da ação, Marte, se opõe ao gasoso Netuno até a terça-feira, com o aspecto exato acontecendo na quinta-feira. Isto diminui a precisão de Marte, já que pode haver fatores de ordem maior no caminho, como atrasos e emaranhados.

Com base nisso, veja 8 dicas para lidar melhor com esta oposição.

No plano coletivo, este é um contato perigoso, que pode indicar confusões e aglomerações, disputas e brigas que saem do controle em diferentes lugares do mundo. E, como já foi dito, bastante propenso a contaminações e viroses. Portanto, é um momento delicado para a pandemia em diversos países.

Ajuda, porém, que a partir de quarta-feira Marte se harmonize com Plutão. Pode indicar um potencial de força para pessoas que estejam doentes ou a chance de um agir estratégico onde possa estar havendo confusão.

A partir de sexta: Vênus em tensão com Plutão

Vênus começa quadratura / em tensão com Plutão na sexta-feira, com o aspecto exato na outra segunda-feira, dia 6, reverberando até a quarta-feira, dia 8. Este é um outro contato astrológico difícil, pois pode haver tensões e crises nas relações e/ou com pessoas próximas.

Por exemplo, um parente é internado com Covid-19 ou um amigo conta que está vivenciando uma crise conjugal ou se separando.

Perdas também podem ocorrer sob a vigência desta combinação, cujos efeitos vão se estender por um mês, pelo fato de o aspecto aparecer no mapa da Lua Nova de 06/09.

Tudo o que não anda bem com relações e pessoas tende a aparecer por estes dias. Além disso, no âmbito afetivo, mais gente pode questionar seu relacionamento ou então a falta de um.

Por ser um clima intenso, se há uma relação que você não queira levar para este lado, não trate de assuntos delicados por estes dias. Agora, se você sente que precisa colocar questões em pratos limpos – e está pronto para tentar levar isto com equilíbrio (Vênus em Libra) – talvez sinta que o momento é este, em que precisa desabafar e reivindicar mudanças e transformações.

Porém, não há garantia que a outra parte vá receber bem. Há possibilidade de que possa ser reativa e opor resistência ou, ainda, gerar algum tipo de perda, como o fim de uma parceria.

Sob esta combinação, algumas pessoas podem ficar mais fechadas. Também há possibilidade de emergência de desconfianças (justificadas ou não) e até de obsessões afetivas. Um “amor não curado” batendo à porta, um(a) ex reaparecer.

Nas finanças, podem surgir “despesas necessárias” mais pesadas, como um aparelho eletrônico que queima e tem de ser substituído.

Em um momento prolongado de pandemia, que mexeu muito com as finanças, algumas pessoas também podem ter crises por motivos financeiros. A conclusão de negócios pode não ser muito fácil por estes dias e este é um momento um tanto crítico para investimentos.

No âmbito coletivo, é um aspecto de acirramento de conflitos, protestos e até riscos. Recentemente, no Rio de Janeiro, houve depredação de ônibus em um final de semana ensolarado de 21 de agosto. Por isto, acautele-se com o seu ir e vir, e evite cair em provocação ou gerá-las, pois esta é uma combinação nada amena.

Até novembro: Mercúrio em Libra

Nesta segunda-feira, Mercúrio ingressa em Libra, onde vai ficar um tempo bem longo para os padrões deste planeta, permanecendo até 5 de novembro. Isto vai ocorrer graças à retrogradação de Mercúrio de 27/09 a 18/10.

Mercúrio em Libra vai indicar a necessidade de considerar o ponto de vista do outro, mediar, negociar e trocar. A mente vai tender a estar mais ponderada, mas também indecisa. Há uma tendência maior a escutar o outro – o que em alguns momentos vai ser positivo e, em outros, poderá confundir.

Mercúrio em Libra desenvolve a razão, o senso estético e de justiça na forma de pensar. Favorece também um pensamento mais frio, ponderado e estratégico, mas também uma fala mais agradável, sedutora e que convença o outro a se engajar.

Para quem trabalha com redes sociais, invista nisso. Ou se você tem de convencer seus pares em uma empresa, por exemplo, apresente argumentos, faça o outro entender o seu ponto de vista, seduza e fale de um modo agradável.

Até semana que vem: Mercúrio com Saturno

Na passagem de Mercúrio por Libra, um ótimo momento começa a partir da quinta-feira, até o dia 7 da comemoração da independência do Brasil, com este astro em uma boa aliança com Saturno, a Lua e Sol em Virgem, a dupla dinâmica dos detalhes, decisões mais racionais, pouco levando em conta os sentimentos.

Pense que Vênus em tensão com Plutão às vezes inflama e traz crises e que, com Mercúrio em harmonia com Saturno, tenta-se considerar mentalmente e na fala as alternativas mais racionais e maduras. Isto pode ser bem útil para tentar resolver crises e situações.

Assim, se perceber que algo não está tomando um bom rumo, como uma discussão que se torna agressiva, a melhor ideia vai ser usar a energia de Libra (trazida por Vênus e Mercúrio transitando por este signo) e tentar argumentar a favor de que se mantenha a educação e um equilíbrio, eventualmente propondo a retomada de uma conversa em outro momento.

Mercúrio em bom aspecto com Saturno traz um raciocínio mais claro, lógico e ponderado e ajuda em trabalhos intelectuais.

Outro bom aspecto que pode ajudar o contexto complicado que se arma a partir do final de semana, é um trígono de Vênus com Júpiter, podendo indicar benefícios mesmo em meio a crises.

Por exemplo, um parente é internado com Covid-19, mas a equipe médica é solícita ou o hospital é bom. Há chance de virem ajudas e benefícios, como um amigo que empresta dinheiro para outro que esteja precisando.

Sol em harmonia /Trígono com Urano

A partir da sexta-feira, o Sol em trígono com Urano puxa pela criatividade, inventividade, desejo de libertação e traz benefícios em quebrar a rotina. Este aspecto é outro coringa no meio de tensões astrológicas.

Pode indicar, por exemplo, que um passeio em família que saia do comum, para um lugar diferente, ajuda a amenizar um conflito entre os cônjuges, ou, ainda, que um tempo de um deles passado em outro círculo ameniza um pouco as diferenças.

Para quem viver tensões conjugais sérias, em relações que já estejam no limite, o aspecto pode trazer a certeza de que a melhor alternativa é a separação naquele determinado caso.

Além disso, Sol em fluência com Urano aumenta, como foi dito, a criatividade, a inventividade e também traz um olhar mais claro e objetivo para tudo o que estiver acontecendo."

Fonte: Personare

Saúde: asma e bronquite causas e sintomas

Dorinha




                                                                          Profa.Dorinha explica






Maria das Dores Martins de Souza, conhecida como Dorinha é graduada desde 1976, em Biomédica pelo Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto, SP. Em 1998 concluiu o mestrado em Ciências - Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro pela Universidade de São Paulo (USP). Analista Clínica no Setor de Emergência por 15 anos.

E é professora há 25 anos em Universidades Particulares nas disciplinas: Microbiologia, Imunologia, Parasitologia, Epidemiologia. Ministra aulas para cursos de biomedicina, farmácia, enfermagem e ciências biológicas.

Sidarta Ribeiro explica a importância do sono para o cérebro humano | 2020

Fonte: TV Cultura, SP

"O neurocientista Sidarta Ribeiro alertou acerca da importância do sono para a saúde e o desenvolvimento humano no #RodaViva, em 2020"

"Mais duas cidades do interior de Minas registram casos da variante Delta"

 

Por Bruno Luis Barros - Especial para o EM 

"A cidade histórica de São João del-Rei registrou os dois primeiros casos da variante Delta da COVID-19. A primeira confirmação da cepa também aconteceu em Viçosa. As contaminações foram confirmadas nessa sexta-feira (27/8) pelas prefeituras dos municípios do interior mineiro. As idades dos infectados, no entanto, não foram informadas. Conforme o comunicado emitido pela administração municipal de São João del-Rei, os pacientes manifestaram os sintomas no início deste mês, cumpriram as medidas de isolamento social e retornaram às atividades ocupacionais. Já a Prefeitura de Viçosa disse que o estado de saúde da pessoa infectada é estável e que ela não apresenta sintomas. Ainda conforme a prefeitura, as pessoas com as quais o paciente teve contato estão sendo monitoradas pela Vigilância Epidemiológica. Novas análises foram realizadas, e a prefeitura aguarda a divulgação dos resultados. “Situação é muito grave”, aponta pesquisadora da Fiocruz

Diante do crescimento da incidência da variante Delta da COVID-19 no país e após a cepa se alastrar em Minas Gerais, diversas autoridades sanitárias têm feito alertas à população. Conforme noticiado pelo Estado de Minas nessa sexta-feira (27/8), a médica pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Margareth Dalcomo, disse que “a situação é muito grave”. “A cepa tem todas as condições de transmissibilidade para ficar dominante no Brasil”, afirmou. Segundo ela, mesmo as pessoas vacinadas com as duas doses estão suscetíveis à variante Delta. Nesse sentido, ela destacou a importância de que todos tomem a terceira dose – que, inclusive, começará a ser aplicada em setembro, conforme anunciado pelo Governo Federal. Leia mais: 'Situação é muito grave', diz pesquisadora da Fiocruz sobre variante Delta A variante Delta em Minas e no Brasil

O painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que há 102 amostras genotipadas que identificaram a cepa indiana em todo o estado. No entanto, os novos registros informados nesta matéria – que foram confirmados pelas respectivas prefeituras – ainda não foram computados pelo estado. Quanto ao perfil destes casos notificados à SES-MG até o momento, a idade variou entre 8 e 93 anos, com média de 48 anos. Há 51 casos do sexo feminino (56%) e outros 40 do sexo masculino (44%). Destes, dois casos evoluíram a óbito, sendo um de Rio Novo e outro de Uberaba. Conforme a última atualização semanal na terça-feira (24/8) divulgada pelo Ministério da Saúde, o Brasil contabiliza 1.405 casos confirmados da variante Delta do novo coronavírus. O número é 33% maior do que o total de diagnósticos positivos notificados há uma semana (1.051)."

Fonte: Estado de Minas - EM   

"Ricardo Nunes estabelece "passaporte da vacina" para eventos em SP"

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes

Por Humberto Abdo - Veja São Paulo

"O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), publicou neste sábado (28), no Diário Oficial, um decreto que institui o chamado “passaporte da vacina” para todos os eventos da cidade que tiverem mais de 500 pessoas, a partir de 1º de setembro. As informações são do G1.

Segundo o decreto, a exigência de apresentação obrigatória do comprovante de vacinação contra a Covid-19 vai valer para shows, feiras, congressos e jogos, onde o participante terá que apresentar o comprovante físico ou virtual de ao menos uma dose da vacinação contra a Covid-19.

“Os estabelecimentos e serviços pertencentes ao setor de eventos, tais como shows, feiras, congressos e jogos, com público superior a 500 pessoas, deverão, a partir do dia 1º de setembro de 2021, solicitar ao público, para acesso ao local do evento, comprovante de vacinação do cidadão contra COVID-19, que será autenticado pelo Passaporte da Vacina previsto no artigo 1º deste decreto. (...) Será exigida, no mínimo, a comprovação da primeira dose da vacina”, disse o texto do decreto. 

A apresentação do comprovante de vacinação para a entrada em estabelecimentos comerciais como bares, restaurantes e shoppings ficou de fora do decreto e foi adiada pela Prefeitura de São Paulo, ainda não tem data para começar a valer.

Os estabelecimentos que não respeitarem as exigências do decreto deste sábado (28) e os demais protocolos estabelecidos pela Vigilância Sanitária ficarão sujeitos a multa e até interdição do local. De acordo com a Prefeitura, os participantes dos eventos poderão apresentar o “passaporte da vacina” por meio de QR Code, disponível no aplicativo E-saúde, da Secretaria Municipal da Saúde, ou comprovante físico da imunização.

Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde afirmou que já oferece o comprovante de vacinação, em formato impresso e digital, também pelo aplicativo do Poupatempo Digital. De acordo com o governo de São Paulo, o aplicativo reúne os dados de vacinação dos cidadãos dos 645 municípios do estado de São Paulo para comprovação da imunização contra a Covid-19.

Desde a última terça-feira (17), o estado extinguiu as regras da quarentena e não há mais restrições de público nem de horário de funcionamento para o comércio e serviços. Apenas o uso da máscara continua obrigatório e há recomendação para que aglomerações sejam evitadas. No último final de semana, houve registro de aglomeração de pessoas sem máscaras e bares lotados na capital."

Fonte: Veja, SP  

sábado, 28 de agosto de 2021

"Geração de energia será insuficiente a partir de outubro, alerta ONS"


Chuvas abaixo da média acendem alerta nos reservatórios das maiores metrópoles

Fonte: Globoplay

Por Jéssica Sant'Ana, G1 — Brasília

"Volume de chuvas abaixo do esperado em agosto agravou cenário, sobretudo em reservatórios da região Sul e Sudeste. Operador do sistema vê necessidade de 5,5 GW adicionais a partir de setembro." Leia mais

Fonte: G1.com/Economia

Por Ana Lúcia Dias

A crise da água é em função das queimadas e do desmatamento na Amazônia principalmente, enquanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cuidava da pasta.

 

Nesta época deveríamos ter chuva, com os Rios Voadores / Aéreos que são responsáveis por trazer a chuva para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país. Você sabe o que são rios voadores / Aéreos    Fonte: E-Cycle               


E as queimadas e o desmatamento na Amazônia e no pantanal são os maiores nos últimos três anos. Sem maiores consequências para quem pratica. "Deixa a boiada passar" Brasil agora possui desertos do tamanho da Inglaterra  Fonte: BBC NEWS Brasil

 

Consequentemente, sem a chuva que alimentaria as hidrelétricas foi necessário ligar as termelétricas que geram energia mais cara. Em função do país não investir e não incentivar as energias renováveis, como a energia solar e a eólica. "É preciso ter planejamento energético e mudança da matriz elétrica brasileira, com investimentos em energia limpa, com a energia solar e a energia eólica”, diz economista e pesquisador da Unicamp Felipe Queiroz.

 

Quem escolhe os ministros para cada pasta é o chefe da nação. A escolha irresponsável e errada resulta nisso. E quem paga a conta dos erros somos todos nós que sustentamos o país, com nossos impostos que beiram trilhões de reais.

Novo Hospital Oncológico em Itajubá que atenderá a região


"A partir de 6 de setembro de 2021, o Hospital de Clínicas de Itajubá, em parceria com a @prefeituradeitajubaoficial e a Secretaria Municipal de Saúde, passará a oferecer o tratamento oncológico para Itajubá e região.  A consumação do projeto é fruto de um trabalho da Diretoria Executiva do HCI com total apoio do Poder Executivo de Itajubá, em que será oferecido o tratamento oncológico nos padrões atuais dos melhores protocolos oncológicos dos grandes centros: promoção, prevenção, oncologia clínica, oncologia cirúrgica, quimioterapia, intervenção oncológica, radioterapia e cuidados paliativos. #oncologia #hcinamídia"

Novo Hospital Oncológico em Itajubá que atenderá a região

Fonte: Hospital das Clinicas de Itajubá

Neurocientista Miguel Nicolelis tem um aviso importante

Neurocientista Miguel Nicolelis
 Cientista Miguel Nicolelis

"Médico e cientista Miguel Nicolelis, trazendo uma análise da pandemia e a situação do Brasil frente aos números crescentes de infectados e mortos pelo coronavírus. Ele ainda reforça as medidas de prevenção e cuidados coletivos para barrar o vírus e evitar assim mais contaminações no campo e nas cidades"

“Seu Universo é Uma Casca de Noz.”

 


“Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar

rei do espaço infinito.”.

William Shakespeare, em Hamlet


Dois vendedores de sapatos são enviados, por uma empresa, para um distante país. A missão deles é analisar o mercado local e identificar oportunidades de negócio. Lá chegando, ambos percebem uma inusitada situação: as pessoas não usam sapatos. Do aeroporto até o hotel onde passariam os dias, eles olharam as centenas de pessoas que andavam descalças pelas ruas da capital do país. Ao chegarem no hotel, foram aos seus quartos e não resistiram a oportunidade de enviar um e-mail aos diretores com as impressões iniciais da chegada ao país.


O primeiro vendedor escreveu: “a primeira impressão foi péssima. Poucas pessoas aqui utilizam sapatos. Penso que investir aqui é perda de tempo e dinheiro.”.

Já o segundo vendedor escreveu: “é um local extraordinário! Poucas pessoas aqui utilizam sapatos. Penso que investir aqui traz enormes oportunidades de vendas!”.

Ouvi esta história, pela primeira vez, quando fiz um treinamento de vendas. Depois eu a escutei novamente em outras situações, mas o objetivo de quem contava a história sempre foi de ilustrar como duas pessoas, na mesma situação, percebem-na de maneira completamente diferente.

Quando algo ocorre ou estamos envolvidos em uma situação, nossa mente começa imediatamente a avaliar o que está acontecendo. Imediatamente, sem que possamos perceber, a situação é pesada, registrada, avaliada e rotulada. E para alcançar esta finalidade, a mente utiliza vários “filtros” para definir se a situação pode ser considerada boa ou ruim, se traz riscos para a nossa segurança, e como podemos contornar a situação que se apresentou a nós.

Estes “filtros” são formados por nossas experiências pessoais anteriores (situações semelhantes geram um determinado tipo de lembranças e, por analogia, são colocadas no mesmo patamar), conselhos ou advertências que recebemos de pessoas queridas, a maneira de como nossos cinco sentidos corporais são estimulados, as necessidades e valores que são reavivados, nossa formação intelectual e moral. São diversas e múltiplas camadas, mas que acontecem tão rápido que simplesmente não percebemos, pois o encadeamento de pensamentos e sentimentos acontece de forma automática.

Esta nossa forma de perceber e, portanto, interagir com o mundo é o nosso “sistema de crenças”. A base de como compreendemos e aceitamos a realidade depende diretamente deste sistema. Altere a forma de como as crenças estão estruturadas, e você altera a forma de como esta pessoa vai interagir com o mundo. Um copo com água até a metade de sua capacidade estará “meio cheio” ou “meio vazio” conforme a maneira que o observador ou observadora percebe a situação, e esta percepção é resultado de seu “sistema de crenças”.

E este sistema de crenças que é o principal desafio a ser vencido pela coletividade humana na sua constante luta pela transcendência. Todos querem basicamente as mesmas coisas, como a Paz e a Prosperidade. Mas uma parcela significativa não deseja abrir mão de suas crenças, mesmo que destrutivas, pois sua identificação com elas é tão grande que, para elas, significa a própria morte.

O infinito pode caber em um espaço tão restrito quanto uma noz ou em nossas cabeças. Podemos desenvolver cascas que impedem de vislumbrar o todo, de ampliar horizontes, de buscar o novo, de evoluir. Podemos nos trancar em qualquer lugar, real ou imaginário, e nos declarar senhor do infinito. E desta forma, delimitar nossas potencialidades e possibilidades, e daqueles que estão à nossa volta.

É preciso estar bem atento para que nosso sistema de crenças não se torne uma prisão, uma casca impossível de ser rompida. Se permitirmos que nossos pensamentos e ações funcionem apenas no automático, estamos meros autômatos, que apenas reagem às situações conforme as programações que nos foram inseridas durante a vida. Pesquisas de um grupo de cientistas da Queen 's University (Canadá), liderados pelo Dr. Jordan Poppenk e por sua aluna de mestrado Julie Tseng, utilizaram uma metodologia que indicam que uma pessoa gera, em média, 6,2 mil pensamentos diários.

Quantos destes pensamentos permitem que você se torne mais autônomo, confiante, mais compassivo, tolerante, alinhado com a unidade da vida?

Olhar para si mesmo e compreender o próprio sistema de crenças é o primeiro e o mais importante passo para que deixemos de reagir às situações para responder às situações. É por este motivo que os seres humanos que alcançaram alto nível de capacidade de responder e agir de maneira diferenciada frente aos desafios da existência foram denominados de iluminados ou despertos. Eles e elas não agiam mais de maneira automatizada. Foram capazes de compreender a textura de suas próprias cascas – e com isto, tornaram-se grandiosas árvores nas quais a Humanidade pôde alimentar-se dos frutos de seus exemplos.

Todos temos o potencial de nos tornarmos árvores grandiosas. Para isto, precisamos ter a ousadia de rompermos com as velhas cascas que já não servem mais. Então, as sementes de nossos potenciais poderão brotar livremente, expandindo a característica que nos permitirá, em algum momento, transformar este belo planeta em um jardim: a Consciência.


Maurício Luz

 Maurício Luz escreve a Coluna "Frases em Nosso Tempo", aos sábados para O Guardião da Montanha.

Ele é carioca e ganhou prêmios:

1º Belmiro Siqueira de Administração – em 1996, na categoria monografia, com o tema “O Cliente em Primeiro Lugar”. 

E o 2ºBelmiro Siqueira em 2008, com o tema “Desenvolvimento Sustentável: Desafios e Oportunidades Para a Ciência da Administração”..

Ex-integrante da Comissão de Desenvolvimento Sustentável do Conselho de Administração RJ. 

Com experiência em empresas como SmithKline Beecham (atual Glaxo SmithKline), Lojas Americanas e Petrobras Distribuidora, ocupando cargos de liderança de equipes voltadas ao atendimento ao cliente.

Maurício Luz é empresário, palestrante e Professor. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). 

Mestre em Administração de Empresas pelo Ibmec (2005). Formação em Liderança por Condor Blanco Internacional (2012). 

Formação em Coach pela IFICCoach (2018). Certificado como Conscious Business Change Agent pelo Conscious Business Innerprise (2019). 

Atualmente em processo de certificação em consultor de Negócios Conscientes por Conscious Business Journey. 

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Saúde: Como a fome deixa 19 milhões de brasileiros mais vulneráveis à Covid-19: 'Não há sistema imune que resista'

A fome, que crescia no Brasil na última década, acabou se agravando na pandemia —
Foto: EPA
 

Por BBC News Brasil

"Além de comer, é preciso comer de modo nutritivo, explicam médicos; entenda os caminhos dos nutrientes no nosso corpo até alimentarem tanto células quanto bactérias benéficas à nossa saúde, ajudando na reposta imune do organismo."


"Quem quer que tenha sido o pai de uma doença, a mãe foi uma dieta deficiente", diz o médico Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), em referência a um lema da nutrologia.

A falta de alimentos em quantidade e qualidade nutricional suficientes pode acarretar em crianças danos neurológicos, problemas de saúde mental, queda no rendimento escolar, diabetes, obesidade, hipertensão e maior vulnerabilidade a doenças infecciosas como a Covid-19.


Fonte: Globoplay

A fome, que crescia no Brasil na última década, acabou se agravando na pandemia. Em 2020, 19 milhões de pessoas viviam em situação de fome no país, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da covid-19 no Brasil. Em 2018, eram 10,3 milhões. Ou seja, em dois anos houve um aumento de 27,6% (ou quase 9 milhões de pessoas a mais).

A Unicef (braço da ONU voltado para crianças e adolescentes) afirmou que, no mundo, "6,7 milhões de crianças menores de cinco anos podem sofrer definhamento (baixo peso para a altura) — e, portanto, tornar-se perigosamente subnutridas — em 2020 como resultado do impacto socioeconômico da pandemia de covid-19".

O fechamento das escolas em grande parte do país também levou a interrupções da merenda escolar, fundamental na alimentação de parte dos alunos da rede pública. Sem falar da inflação, que corroeu o poder de compra da população, principalmente de alimentos pela parcela mais pobre.

O impacto é também imunológico. A piora na alimentação de muitos brasileiros na pandemia tem impacto direto, segundo estudos e especialistas, na capacidade do corpo de combater invasores como o Sars-CoV-2. E por muito tempo.

Um estudo recente da Universidade da Califórnia sobre a prevalência de doenças crônicas no Brasil apontou que adultos que passaram fome na infância tinham maior probabilidade de desenvolver diabetes e osteoporose décadas depois.

A BBC News Brasil explica abaixo o que é a fome e qual foi o impacto dela durante a pandemia no prato e no sistema imunológico de milhões de brasileiros.

O impacto da fome no sistema imunológico


Uma dieta equilibrada é fundamental para o sistema imunológico do corpo humano, embora ela por si só não seja capaz de prevenir doenças infecciosas como a covid-19. O que comemos afeta diretamente seu funcionamento e, por isso, como nos sentimos.

Para entender esses mecanismos, é preciso primeiro entender como a fome física é ativada e inibida. Nosso corpo precisa de energia para funcionar, e sua geração demanda "combustível", no caso os nutrientes: os macro, que são as proteínas, carboidratos e gorduras, e os micro, que incluem vitaminas e minerais.

A ingestão deles é controlada pelo hipotálamo, parte do cérebro localizada atrás dos olhos. Células nervosas presentes ali produzem, ao serem ativadas, a sensação de fome. Isso ocorre por meio de duas proteínas que "causam" a fome. Perto dali há outra região do sistema nervoso capaz de "neutralizar" a fome, por meio de outras duas proteínas.

A grosso modo, esse dois conjuntos de células nervosas estão ligados a sinais como "estou com fome" ou "estou sem fome". A transmissão desses sinais envolve também hormônios que circulam no sangue, principalmente, que podem chegar de várias regiões do corpo que cuidam da ingestão de alimentos e do armazenamento de energia, como o intestino e o pâncreas.

Uma dieta equilibrada é fundamental para o sistema imunológico do corpo humano —
Foto: EPA

Mas o que é a fome em si e de onde vêm os "dados" para o cérebro "saber o que fazer"?

Bem, a fome física é a necessidade de comer, que nos leva a sair em busca de alimentos para, portanto, continuarmos vivos. É um sinal fisiológico. Mas também tem a ver com subalimentação e desnutrição, ou melhor, a impossibilidade de se alimentar ou o fato de fazer isso de forma errada. Logo, não se trata apenas de estômago cheio ou vazio, mas também da carga de nutrientes no intestino delgado, por exemplo. Uma pessoa obesa pode estar desnutrida.

Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), explica que o eixo intestino-cérebro é responsável por essa transmissão de mão dupla. A microbiota intestinal, composta principalmente por bactérias que colonizam o corpo logo após o nascimento, produz diversas substâncias que modulam o sistema nervoso central. É dessa relação com o sistema nervoso central que surgem as ordens como "coma mais" ou "coma menos" e a regulação do metabolismo.

O alimento e seus nutrientes entram como combustível necessário para o funcionamento desses processos.

Imagine uma cenoura, vegetal rico em uma substância antioxidante que protege a célula, o carotenoide. Ela é mastigada, segue pelo trato digestório, é digerida no estômago e absorvida no intestino delgado. Depois de uma série de processos de quebra, a cenoura é transformada em macro e micronutrientes, segue pela corrente sanguínea até o fígado, onde é metabolizada por meio de milhares de reações enzimáticas. Depois volta para a corrente sanguínea e, com ajuda do coração, chega ao organismo como um todo.

Um dos destinos são células, que para sobreviver também precisam de energia, que é basicamente a glicose, uma das moléculas resultantes da quebra dos nutrientes da cenoura.

Mas "cada refeição que você ingere, você está alimentando não apenas você, mas milhões e trilhões de bactérias no seu intestino", explica Ribas Filho.

E essas bactérias presentes no intestino têm papel fundamental nas defesas do corpo contra invasores, já que o sistema imunológico tem em sua base a "microbiota comensal". A maioria das células imunes do corpo ficam nessa região, e a microbiota intestinal atua no amadurecimento, no desenvolvimento e na regulação imunológica.

Mas não é qualquer quantidade ou variedade de comida que fará todo esse processo dar certo. "O segredo da vida está no meio", resume o nutrólogo.

Em níveis adequados, os nutrientes fazem com que o sistema imunológico adquirido, aquele que foi gerado ao longo da vida, tenha uma "produção maior de imunoglobulina, mais eliminação de bactérias, mais eliminação de vírus, mais eliminação de fungos, uma resposta autoimune maior e destruição de células, quer seja cancerosas ou infectadas por vírus".

Nutrientes também estimulam o timo (glândula do sistema imunológico) a produzir linfócitos, que expressam citocinas anti-inflamatórias e macrófagos, que farão fagocitose (processo de ingestão e destruição) e te defendem contra agentes bacterianos, fungicidas, fúngicos, vírus e células cancerosas."

E a falta de nutrientes faz toda a diferença na defesa do corpo. "Quando há deficiência de nutrientes, há, vamos assim dizer, uma diminuição na produção de imunoglobulinas, ou seja, aquelas células, aquelas proteínas que lhe protegem. E, consequentemente, você tem uma redução na sua eliminação bacteriana e na sua destruição de células infectadas."

Segundo Ribas Filho, não é por acaso que, em geral, pessoas desnutridas demandam mais cuidados intensivos do que atletas, por exemplo. A relação direta com uma maior gravidade da doença vale também para obesidade, tabagismo e sedentarismo, por exemplo.

Só que a solução não é tirar o atraso de uma hora para a outra.

"O problema é que muitas vezes se confunde, e se oferece uma grande quantidade de energia para aquela pessoa achando que está desnutrida e magra. Mas se você for observar em favelas, nas classes mais pobres, no Brasil e em outros países, a grande maioria são mulheres obesas. E elas estão desnutridas. Mas porque têm uma ingestão altíssima de calorias, de macronutrientes, principalmente carboidratos, que são baratos, e gorduras."

Mas qual seria o tempo ideal? Bem, isso varia de uma pessoa para outra, mas em geral dura pelo menos três meses para mudanças na alimentação começarem a surtir efeito no sistema imunológico.

"O sistema imunológico demanda tempo para começar a produzir as suas células de defesa, pois tem as células inatas, com as quais você já nasce, e outras que com o passar do tempo você vai se adaptando e vai recebendo e seu organismo vai se defendendo. Se nós fizéssemos uma avaliação, por exemplo, em um paciente X que tem deficiência de zinco e cálcio e fizéssemos a reposição, é lógico, evidente, que seria o ideal. Mas também não posso dar altas doses de vitaminas ou de minerais porque o excesso também tem ação pró-oxidante. A falta é um problema e o excesso também. Baseado nisso, é o velho segredo da vida que está no meio."

Consequências da desnutrição no combate ao coronavírus


Ao longo da pandemia, grupos de pesquisa investigaram as consequências da nutrição deficiente em pacientes infectados com covid-19. E as causas para problemas de alimentação vão além da fome ligada à pobreza.

Um dos primeiros estudos sobre o tema foi publicado no European Journal of Clinical Nutrition em abril de 2020 a partir de dados de 182 pacientes de Wuhan, cidade chinesa onde começou oficialmente a pandemia, no fim de 2019.

Os pesquisadores levantaram diversas hipóteses para os quadros de desnutrição, presente em metade dos pacientes com covid-19, principalmente os idosos. Entre eles, o impacto de sintomas gastrointestinais na ingestão de alimentos, a perda de apetite por ansiedade, a redução dos níveis de algumas proteínas durante a resposta do corpo ante uma inflamação grave e o quadro de diabetes mellitus (associado a problemas no metabolismo de nutrientes).

Outro estudo sobre o tema foi publicado no British Journal of Nutrition e produzido por pesquisadores de Toulouse, cidade do sul da França. Eles acompanharam 80 pacientes diagnosticados com covid-19 que foram internados em um hospital da região.

Do total, 30 foram diagnosticados com subnutrição. Esse quadro é definido a partir de diversos critérios, como o índice de massa corporal (relação entre peso e altura), perda de peso recente e redução na ingestão de comida.

No caso desses pacientes, muitos passaram a ter problema com alimentação depois de contraírem covid-19, que costuma afetar o olfato e o paladar dos pacientes. Por exemplo, 46% dos pacientes reduziram pela metade o consumo de alimentos durante a infecção e 28% tiveram perda de apetite.

Segundo os pesquisadores, ao chegarem aos hospitais, esses pacientes tinham uma concentração da proteína albumina no sangue tão baixa quanto a detectada em outras doenças inflamatórias graves. Essa proteína, ligada à regulação do pH sanguíneo, é usada por profissionais de saúde como indicador do nível nutricional do paciente, e a presença dela em níveis muito baixos é associada a uma mortalidade maior.

O número reduzido de pacientes envolvidos nesse estudo não permite conclusões amplas sobre o impacto de subnutrição na mortalidade por covid-19. De todo modo, por um lado, o número de pacientes nutridos e subnutridos que precisaram de um leito UTI era equivalente; de outro, os únicos três pacientes que morreram eram subnutridos. "Tendo em vista a alta prevalência, é um elemento essencial o suporte nutricional para pacientes em tratamento por covid-19", afirmam os pesquisadores franceses.

Impacto da alimentação em relação à covid-19


Para o médico Arnold R. Eiser, professor emérito da Universidade da Pensilvânia (EUA), a alimentação adequada talvez seja o fator mais importante na origem da tempestade de citocinas, nome dado a uma reação desmedida do sistema imunológico contra invasores como a covid-19 que acaba prejudicando o próprio corpo e em alguns casos levando à morte.

Em artigo publicado no Journal of Alternative and Complementary Medicine, ele discorre sobre características anti-inflamatórias das dietas japonesa e mediterrânea (ricas em ômega 3, verduras, legumes e cereais integrais, por exemplo) em comparação ao perfil pró-inflamatório da dieta ocidental, rica em carne vermelha, laticínios e açúcar, entre outros. Estes estão ligados a reações inflamatórias do corpo e também estão entre os fatores associados ao surgimento de doenças cardiovasculares e obesidade, por exemplo.

Eiser defende mais pesquisas sobre o papel anti-inflamatório e preventivo da alimentação na pandemia. "A profilaxia da supressão de citocinas por meio de mudanças na dieta pode ser benéfica na redução da letalidade em uma pandemia como a da covid-19. Mudanças dietéticas em direção a uma dieta anti-inflamatória também têm benefícios adicionais à saúde, incluindo redução da morbidade e mortalidade cardiovascular, redução da prevalência de demência e efeitos antidiabéticos, de modo que a saúde pública poderia se beneficiar mais amplamente do que apenas na pandemia de covid-19."

Por outro lado, um grupo de dezenas de pesquisadores europeus aventa outras hipóteses, como a relação entre alimentação e os níveis de ACE2, enzima usada como porta de entrada pelo coronavírus para invadir as células humanas. Ou seja, alimentos ricos em gordura saturada (como carne vermelha e laticínios) podem deixar algumas pessoas mais vulneráveis à doença. Na direção oposta, alimentos com potencial antioxidante podem ser benéficos.

Para a especialista em saúde pública nutricional Amanda Avery, professora da Universidade de Nottingham (Reino Unido), outro fator possível passa pela relação entre alimentação e os conjuntos de micro-organismos (microbiota ou flora) presentes no intestino e nos pulmões.

Alimentos fermentados e probióticos, afirma ela, têm potencial para ajudar o organismo a prevenir infecções como a covid-19. No intestino, por exemplo, vivem bactérias que se nutrem do que comemos e assim se proliferam e produzem mais nutrientes.

Todos os pesquisadores defendem estudos mais aprofundados sobre o tema.

Qualidade da alimentação e disparidades raciais


Em artigo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine, um grupo de cinco pesquisadores de instituições dos EUA, entre elas a Universidade Harvard, e um da Universidade de Atenas (Grécia), tratam do impacto muito maior da pandemia sobre comunidades negras, latinas e indígenas em território americano a partir do ponto de vista da alimentação.

Segundo eles, essas comunidades são proporcionalmente mais afetadas por problemas nutricionais, obesidade e outras doenças crônicas em razão de fatores socioeconômicos, educacionais e ambientais. "Pessoas em situação de insegurança alimentar e vivendo em desertos de comidas (lugares com pouca oferta de alimentos saudáveis) têm acesso predominante a alimentos baratos e processados."

Essas disparidades ficaram ainda mais nítidas durante a pandemia, que atingiu desproporcionalmente pessoas negras, latinas e indígenas nos EUA. Esses grupos chegaram a ter taxas de internação cinco vezes maior que a dos brancos, por exemplo, e a mortalidade dos negros é duas vezes maior.

"As disparidades de saúde em nutrição e obesidade estão intimamente relacionadas às alarmantes discrepâncias raciais e étnicas relacionadas à covid-19."

A qualidade da alimentação não é, obviamente, o único fator envolvido no impacto em minorias étnicas ou classes menos favorecidas. Pesquisadores apontam outras razões, como a natureza dos empregos (mais presenciais e, portanto, expostos), o acesso desigual ao sistema de saúde, a densidade populacional das habitações, a falta de saneamento básico e a insegurança alimentar.

Nos EUA, o número de famílias latinas e negras que enfrentam a possibilidade de não ter o que comer é três vezes maior do que entre famílias brancas, segundo pesquisa publicada pelo Urban Institute a partir de dados da Pesquisa de Rastreamento do Coronavírus nos EUA. Durante a pandemia, o número de americanos que passam fome passou de 35 milhões para 50 milhões.

A situação não é diferente nas favelas brasileiras, que somam cerca de 13 milhões de habitantes.

Um estudo feito em duas favelas de São Paulo no início da quarentena investigou a insegurança alimentar entre março e junho de 2020 a partir de 909 chefes de família. A conclusão dos pesquisadores foi a de que a falta de acesso regular a alimentos suficientes e nutritivos por essas famílias colocam-nas em maior risco de desnutrição, fome oculta (deficiência de micronutrientes), obesidade e doenças crônicas relacionadas à alimentação.

Na pesquisa, 88% das famílias são chefiadas por mulheres jovens que trabalham como faxineiras, auxiliares de cozinha e em serviços de vendas, algumas das categorias profissionais mais expostas ao contágio da covid-19. A cada dez, nove relataram incertezas sobre a compra ou o recebimento de alimentos, seis comiam menos do que deveriam e cinco viveram insegurança alimentar moderada ou grave. Os fatores associados à fome são baixa renda, baixa escolaridade e morar em casa sem filhos (o que reduz o valor do Bolsa Família ou do auxílio emergencial).

Um quinto das famílias recebia Bolsa Família, principal fator de proteção socioeconômica. Ao longo da pandemia, os pesquisadores avaliaram o acesso a alimentos nas duas favelas (Heliópolis e Vila São José) a cada seis meses, e ficou claro como a trajetória da escassez de alimentos (saudáveis ou não) era marcada por altos e baixos. O auxílio emergencial deu um certo alívio, mas a interrupção, a redução do valor e a limitação para beneficiários trouxe de volta a insegurança alimentar.

Essa situação, entretanto, não começou com a pandemia, mas se agravou com ela.

Em entrevista à BBC News Brasil, a nutricionista Luciana Tomita, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo em São Paulo, disse que o mais chocante foi encontrar quase metade das famílias já nas primeiras semanas da pandemia em situação de escassez de alimentos moderada ou grave. "A redução da renda dessa população foi quase automática", disse Tomita.

Grande parte dessas famílias tem empregos temporários, sem carteira assinada, de renda instável e insuficiente. Além disso, há uma dificuldade de oferta e acesso a alimentos e ainda mais nutritivos. Perto das comunidades há fácil acesso a alimentos ultraprocessados. Os preços também foram monitorados. Os pesquisadores relataram ouvir como resposta ao não consumo de alimentos saudáveis a frase "é caro e não enche barriga".

E quais são as saídas possíveis?


Segundo a legislação brasileira, a segurança alimentar e nutricional "consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais."

Por outro lado, a insegurança alimentar ocorre em três níveis, segundo a escala Ebia. Leve, quando há incerteza ou receio a respeito da capacidade de passar fome em um futuro próximo ou em conseguir alimentos; moderada, situação em que há restrição na quantidade e na qualidade do alimento para a família; e grave, quando as pessoas que relatam passar fome, quando não se consome comida por um dia inteiro ou mais.

Em estudo sobre a fome durante a pandemia de covid-19, publicada na revista SER Social, a socióloga Sirlândia Schappo, professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), diz: "a ausência do direito humano à alimentação envolve não apenas a falta de renda ou da disponibilidade de alimentos, mas de vários outros fatores, como o não acesso ao alimento, a falta de condições adequadas para produzir o alimento, o não acesso à terra, a falta de condições de saúde ou de habitação, entre outras".

Uma das propostas do estudo coliderado por Tomita nas duas favelas paulistanas é a agricultura familiar, setor responsável por produzir 75% dos alimentos consumidos no Brasil, segundo dados da FAO (braço da ONU para alimentação e agricultura).

A pesquisadora também acompanhou estudantes de uma escola pública em Heliópolis onde construíram uma horta pedagógica com a intenção de incentivar a alimentação saudável e a produção própria. E ficou claro que o sucesso do projeto depende em envolver a comunidade como um todo. "Segurança alimentar e nutricional é isso, né? Acesso a alimentos saudáveis, seguros, em quantidade e qualidade."

Além disso, Tomita defende a ampliação de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família e o auxílio emergencial. Para ela, o benefício precisa atender bem também os idosos e os adultos que não têm filhos, "com um valor que permita comprar alimentos, botijão de gás e materiais básicos de necessidade e higiene para que consiga garantir o seu direito à alimentação adequada e saudável".

O pagamento do auxílio emergencial começou em abril de 2020, sendo R$ 600 ou R$ 1.200 para mães chefes de família. Depois de cinco parcelas, o valor caiu pela metade. O último dos repasses, de R$ 300 ou R$ 600, ocorreu em dezembro. O programa foi retomado em 2021 com quatro parcelas de R$ 250 e menos beneficiários.

Estima-se que o custo dos pagamentos para 68 milhões de pessoas tenha chegado a R$ 300 bilhões em 2020, quase dez vezes o valor do Bolsa Família, que beneficia cerca de 14 milhões de famílias com repasse médio de quase R$ 200."

Fonte: G1.com/Bem Estar

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Fonte: globoplay   

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Fonte: Extra online