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domingo, 21 de novembro de 2021

Educação: Enem tem música 'Admirável Gado Novo', Chico e questão sobre luta de classes

 

"Estudantes fizeram neste domingo a prova de Linguagens, Ciências Humanas e Redação"

Por Ana Paula Niederauer, Júlia Marques e Renata Cafardo - Correio Bahia

"A prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste domingo, 21, trouxe um trecho da música Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho, uma charge do cartunista Henfil, questões sobre racismo e uma sobre um texto de Friedrich Engels, coautor do Manifesto Comunista, com Karl Marx. Trouxe, ainda, uma questão com a música Sinhá, de Chico Buarque.

Já o tema da Redação deste ano foi "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil". O Enem 2021 foi marcado por polêmicas envolvendo tentativa de controle sobre o conteúdo da prova e crise com os servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo exame.        

O professor de História João Daniel Lima de Almeida, do Descomplica, disse que ficou surpreso com a qualidade da prova, que tinha questões "muito progressistas". "Censura passou longe", afirmou, se referindo às denúncias de interferência do governo na prova.

Ele menciona como exemplo a questão que tinha um texto de Friedrich Engels, que falava sobre a luta de classes entre o operariado e a classe média.

Para ele, a questão que usou a música Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho, apesar de ter sido escrita durante a ditadura militar, falava sobre uma situação que poderia acontecer em qualquer época. "Era sobre a passividade do povo, uma metáfora provavelmente dos tempos atuais."

Na questão sobre Engels, havia um texto que falava que não se podia confiar na classe média porque ela dizia ser a favor da igualdade e não era. A resposta certa era para o aluno indicar a luta de classes.

A prova de inglês falava da situação das mulheres negras nos Estados Unidos, usando trechos do livro da ex-primeira-dama norte-americana Michelle Obama. Além disso, outra questão discutia gênero, ao perguntar sobre as mulheres cientistas no século 19 que só podiam catalogar animais e plantas em viagens com seus maridos.

Duas questões tratavam de escravidão, uma sobre um escravo fugitivo e outra sobre os escravos chamados "tigres", que levavam os fezes dos senhores quando não havia esgoto. A resposta correta, segundo o professor do Descomplica, era que esse trabalho reafirmava a hierarquia social.        

Uma questão de interpretação de texto trazia a música Sinhá, de Chico Buarque, que conta a história de um escravo castigado por ter visto a sinhá nua.

Questões sobre temática indígena também apareceram na prova, como a que falava sobre os jesuítas terem aprendido medicina com indígenas no Brasil. "Não é a cara que o governo queria. Claramente, a prova usa o que se tem no Banco Nacional de Itens (BNI) e mantém o padrão, estilo e formato dos anos anteriores", diz Gilberto Alvarez, do Cursinho da Poli.

Itens sobre refugiados e minorias também apareceram, mas sem causar polêmica. "Não é que os temas sumiram. Eles apareceram de outra forma, como se tangenciassem (os assuntos)." Já questões sobre a Amazônia, por exemplo, não foram vistos na prova deste domingo.

Para Alvarez, a complexidade da prova foi de média a baixa. "Foi uma prova em que muitas questões vão pela interpretação de textos e figuras."

Em relação ao tema da Redação, parte dos candidatos relatou dificuldades. "Achei um tema atípico, mas muito importante que precisa ser discutido. É necessário conscientizar as pessoas de como são consideradas invisíveis diante da falta de registros", disse Rodrigo Conte, de 17 anos, que pretende cursar Engenharia."

Fonte: Correio, Bahia            

Ciência: CONSUMO DE SAL CAUSA REAÇÃO SURPREENDENTE NO CÉREBRO

 Shutterstock (Fonte: Shutterstock)
 

Por  ANDRÉ LUIS DIAS CUSTODIO

"Pesquisadores da Georgia State University descobriram durante estudos sobre as regiões mais profundas do cérebro que o consumo de sal pode afetar a relação entre as atividades neurais e o aumento do fluxo sanguíneo no local. A pesquisa foi publicada no site Call Reports e atestou que o consumo excessivo modifica as respostas de funções corporais críticas e pode gerar, em casos mais avançados, distúrbios neurológicos.

O estudo teve como base o hipotálamo e contou com uma abordagem que combina técnicas cirúrgicas e neuroimagem de última geração. A proposta visou analisar o comportamento da relação conhecida como acoplamento neurovascular, processo natural do organismo causado pelo aumento da demanda de oxigênio e nutrientes que resultam no aumento do fluxo sanguíneo em determinada área do corpo. Segundo cientistas, o método vem sendo eficaz na identificação de distúrbios neurológicos e surge como um dos principais meios para o diagnóstico de atividades incomuns no cérebro.

Atualmente, especialistas em neurologia foram capazes de determinar de que forma o fluxo sanguíneo muda em resposta a estímulos sensoriais (como visuais ou auditivos) vindos do ambiente, mas pouco era conhecido sobre o impacto motivado por estímulos produzidos pelo próprio corpo. Porém, ao utilizar o sal em um novo método, resultados surpreendentes apontaram efeitos adversos, com a redução do fluxo sanguíneo após a liberação do hormônio vasopressina, regulador da concentração de sal.

“Escolhemos o sal porque o corpo precisa controlar os níveis de sódio com muita precisão. Temos até células específicas que detectam a quantidade de sal no sangue ”, diz Javier Stern, professor de neurociência e líder da pesquisa. “Quando você ingere comida salgada, o cérebro percebe e ativa uma série de mecanismos compensatórios para reduzir os níveis de sódio. As descobertas nos pegaram de surpresa porque vimos vasoconstrição, que é o oposto do que a maioria das pessoas descreveu no córtex em resposta a um estímulo sensorial."

Resultados preocupantes

A reação do sal, intitulada “acoplamento neurovascular inverso”, é um fenômeno que diminui o fluxo sanguíneo e pode causar hipóxia, situação que ocorre devido à insuficiência da quantidade de oxigênio transportada para os tecidos corporais. De acordo com o estudo, quando esses efeitos estão relacionados ao hipotálamo, é possível adquirir, a longo prazo, sintomas como dor de cabeça, sonolência, desmaios e até mesmo Alzheimer.

(Fonte: The Harvard Gazette / Reprodução)

“Se você ingerir muito sal cronicamente, terá hiperativação dos neurônios de vasopressina. Esse mecanismo pode então induzir hipóxia excessiva, o que pode levar a danos nos tecidos cerebrais ”, diz Stern. “Se pudermos entender melhor esse processo, podemos conceber novos alvos para interromper essa ativação dependente de hipóxia e talvez melhorar os resultados de pessoas com hipertensão dependente de sal.”

As descobertas surgem como um alerta para pessoas hipertensas, já que 50% a 60% dos casos da doença crônica são referentes ao aumento da pressão sistólica e diastólica nas artérias, causado pelas grandes concentrações de sal. Com isso, a equipe da universidade discute como pode redirecionar a pesquisa para a observação de outras regiões do cérebro, impulsionando a compreensão do comportamento de condições neurodegenerativas, depressão e obesidade."

Fonte: megacurioso   

"Frei Cláudio van Balen é entrevistado por Jô Soares

Frei Cláudio reunia cerca de 1500 fiéis em BH


Fonte: frei Gilvander Moreira           

Saude: Vacina nasal contra Alzheimer começa a ser testada em humanos

 lEnsaio clínico vai testar a segurança e eficácia de vacina nasal com o objetivo de prevenir e retardar a progressão da doença de Alzheimer Arquivo/Agência Brasil
Por Redaçao IstoÉ

"O Brigham and Women’s Hospital vai iniciar um ensaio clínico para testar a segurança e eficácia de uma nova vacina administrada por via nasal com o objetivo de prevenir e retardar a progressão da doença de Alzheimer.

O início dos testes em humanos acontece depois de quase 20 anos de pesquisa liderada por Howard L. Weiner, codiretor do Centro Ann Romney para Doenças Neurológicas do Brigham.

AC Immune diz que atingidos por Alzheimer pode triplicar até 2050

“O lançamento do primeiro teste humano de uma vacina nasal para Alzheimer é um marco notável”, disse Weiner em nota divulgada pela entidade. “Nas últimas duas décadas, acumulamos evidências pré-clínicas que sugerem o potencial dessa vacina nasal para a DA. Se os ensaios clínicos em humanos mostrarem que a vacina é segura e eficaz, isso pode representar um tratamento não tóxico para pessoas com Alzheimer, e também pode ser dado no início para ajudar a prevenir Alzheimer em pessoas em risco. ”

A vacina usa o modulador imunológico Protollin, um agente intranasal experimental que estimula o sistema imunológico. O Protollin é composto por proteínas derivadas de bactérias e tem sido usado com segurança em humanos como um adjuvante para outras vacinas.

O Protollin é projetado para ativar os glóbulos brancos encontrados nos gânglios linfáticos nas laterais e na nuca para migrar para o cérebro e desencadear a eliminação das placas beta-amilóides – uma das marcas da DA. I-Mab Biopharma (I-Mab) e Jiangsu Nhwa Pharmaceutical (NHWA) são responsáveis ​​pelo desenvolvimento, fabricação e comercialização de Protollin.

“Por 20 anos, tem havido evidências crescentes de que o sistema imunológico desempenha um papel fundamental na eliminação da beta amiloide. Esta vacina aproveita um novo braço do sistema imunológico para tratar a DA ”, disse Tanuja Chitnis, MD, professora de Neurologia do Brigham e investigadora principal do estudo. “A pesquisa nesta área abriu o caminho para que possamos buscar um caminho totalmente novo para o tratamento potencial não só da DA, mas também de outras doenças neurodegenerativas.”

O ensaio clínico será um ensaio de dose única ascendente (SAD) com 16 participantes, todos inscritos no Ann Romney Center. Os participantes do ensaio terão entre 60 e 85 anos de idade com DA precoce e sintomática. Os participantes devem estar em bom estado geral de saúde, sem expectativa de que nenhuma doença interfira no estudo e ter feito uma PET com resultado positivo para amiloide. Os participantes receberão duas doses da vacina nasal com uma semana de intervalo.

“Estamos entusiasmados em ver o Protollin aprovado para avançar em testes clínicos após muitos anos de trabalho pioneiro, e estamos honrados em contribuir com nossa experiência no esforço global para desenvolver novas terapias para esta doença devastadora”, disse o Dr. Jingwu Zang, fundador, presidente e diretor do I-Mab.

O objetivo primário do estudo de fase I será determinar a segurança e tolerabilidade da vacina nasal. A equipe de pesquisa também medirá o efeito do Protollin nasal na resposta imunológica dos participantes, incluindo seus efeitos nos glóbulos brancos, examinando marcadores de superfície celular, perfis de genes e ensaios funcionais.

“O sistema imunológico desempenha um papel muito importante em todas as doenças neurológicas”, disse Weiner. “E é empolgante que, após 20 anos de trabalho pré-clínico, possamos finalmente dar um passo importante em direção à tradução clínica e conduzir este marcante primeiro teste em humanos”."

Fonte: IstoÉ

sábado, 20 de novembro de 2021

Meio Ambiente: "O que eu posso fazer contra as mudanças climáticas?"

O Planeta Precisa de você
 

Por Equipe eCycle - eCycle 

"As consequências das mudanças climáticas podem atingir a sociedade de diversas formas, impactando as áreas social, cultural e ambiental. Só para você ter uma ideia, a saúde humana, a infraestrutura das comunidades, os sistemas de transporte, os suprimentos de água e a comida são exemplos de áreas que podem ser prejudicadas por esse fenômeno. No entanto, desafios maiores podem afetar alguns grupos sociais, como pessoas que vivem em áreas mais pobres e vulneráveis ou idosos e comunidades de imigrantes. Por isso, descubra o que você pode fazer contra as mudanças climáticas.

O que são mudanças climáticas?

Mudanças climáticas são as variações climáticas na temperatura, precipitação e nebulosidade em escala global. Elas podem ser causadas por fatores naturais, como as alterações na radiação solar ou movimentos da órbita da Terra.

Porém, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) afirma que existem estudos científicos que comprovam que o aumento da temperatura no planeta está sendo provocado pela ação do homem ao longo dos últimos 250 anos.

Atitudes que podem ajudar a combater as mudanças climáticas

O sexto relatório do Grupo de Trabalho I do IPCC mostra que o mundo provavelmente atingirá ou excederá 1,5 °C de aquecimento nas próximas duas décadas – mais cedo do que em avaliações anteriores. Limitar o aquecimento a este nível e evitar os impactos climáticos mais severos depende de ações nesta década.

Somente cortes ambiciosos nas emissões permitirão manter o aumento da temperatura global em 1,5°C, o limite que os cientistas dizem ser necessário para prevenir os piores impactos climáticos. Em um cenário de altas emissões, o IPCC constata que o mundo pode aquecer até 5,7°C até 2100 – com resultados catastróficos.

Conscientização e mudanças de atitude são muito importantes quando o assunto envolve mudanças climáticas. Confira o que você pode fazer para ajudar:

Reduza o uso de carro

O dióxido de carbono, um dos principais gases do efeito estufa, é encontrado principalmente na queima de combustíveis fósseis como a gasolina, o diesel e o carvão. Para evitar esse tipo de poluição, a redução do uso deliberado do automóvel é um bom caminho!

Que tal usar bicicleta, transporte público ou coletivo?

Bicicletas são boas opções para deslocamentos de curta e longa distâncias. Além disso, caronas e transporte público de qualidade, sobretudo trens e metrô – que utilizam fontes renováveis de energia – são ótimas alternativas. Quando o local é bem próximo, ir a pé também é uma boa saída.

Seja vegano

O uso maciço de fertilizantes nitrogenados na agricultura para a ração do gado também é um forte amplificador das mudanças climáticas, uma vez que além de exigirem grandes quantidades de energia em sua produção, quando aplicados ao solo, desprendem nitrogênio na atmosfera. O gás, combinado ao oxigênio, dá origem ao óxido nitroso (N2O), um poderoso GEE, cujo potencial de retenção de calor na atmosfera é de ordem 300 vezes superior à do dióxido de carbono (CO2).

Já o metano, GEE cerca de 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono na retenção de calor na atmosfera, a ela chega de diversas formas: emanação via vulcões de lama e falhas geológicas, decomposição de resíduos orgânicos, fontes naturais (ex: pântanos), na extração de combustível mineral (a exemplo do gás de folhelho via fraturamento hidráulico extraído do folhelho negro), fermentação entérica de animais (herbívoros, carnívoros e onívoros), bactérias e aquecimento ou combustão de biomassa anaeróbica.

A agropecuária é fortemente uma atividade amplificadora das mudanças climáticas; isso porque no processo são emitidas quantidades significativas de GEE. Um estudo feito pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, mostrou que reduzir consumo de carne vermelha é mais efetivo contra gases-estufa do que deixar de andar de carro. De acordo com outra pesquisa, da Universidade de Oxford, se todos fossem veganos, oito milhões de mortes anuais seriam evitadas e a poluição diminuiria em dois terços. Saiba mais sobre o veganismo na matéria:

Compostagem é uma boa!

 Com relação à decomposição de resíduos orgânicos, a biodigestão e a compostagem são consideradas tecnologias mitigadoras por reduzirem as emissões de GEE por tonelada de resíduo tratado; a primeira tem a vantagem de gerar energia como subproduto e a segunda, o adubo natural. 

Plante árvores

As árvores são incríveis. Elas retiram dióxido de carbono da atmosfera e o armazenam por séculos, ao mesmo tempo que oferecem habitats para inúmeras espécies. Por isso, plante árvores!

Minimize o desperdício

Grande parte do desperdício de alimentos está na própria produção. Mas o consumidor pode contribuir de alguma forma para mudar esse quadro. A primeira dica seria, sempre que possível, optar por alimentos produzidos localmente, uma vez que estes não sofrem (ou sofrem menos) as perdas do transporte e da degradação, tornando-se, quem sabe, um locávoro.

Outra forma de evitar desperdício é optar por consumir Pancs (Plantas alimentícias não-convencionais) ruderais, pois essas são uma alternativa às monoculturas e muitas vezes nascem naturalmente em casa ou nas proximidades, podendo ser colhidas na hora do uso, ou pouco tempo antes, evitando também perdas de transporte a longa distância e degradação pelo armazenamento.



Você também evita o desperdício de alimentos aprendendo a fazer receitas com cascas, raízes e sementes. Você já pensou em comer casca de banana, por exemplo? Já conhece nossas 18 diferentes formas de reaproveitar a casca do limão? Ou ainda os sete benefícios da semente de abóbora para a saúde?

Você também pode contatar os produtores de alimentos mais próximos e formar grupos de consumo com seus vizinhos, pois fazendo compras coletivas o preço fica mais em conta e o produtor pode produzir de acordo com a demanda, evitando desperdício.

Outra alternativa aliada a essas é compostar seus resíduos orgânicos. Assim, em vez de virar lixo e ocupar espaço em aterros e lixões, ele vira húmus e servirá de insumo, inclusive, para você doar ou começar a plantar localmente em algum espaço compartilhado com vizinhos.

Seja ecoeficiente

Segundo a definição do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, o termo ecoeficiência pode ser entendido como uma forma de produzir e fornecer serviços e bens competitivos no mercado com menor consumo de recursos naturais e menor geração de poluentes. O objetivo é satisfazer as necessidades humanas e manter a qualidade de vida com um mínimo de alterações negativas ao meio ambiente.

A ecoeficiência pode ser aplicada em nossas atitudes diárias. Para isso, devemos levar em conta as questões socioambientais no momento da aquisição de bens, assim como ao contratar serviços, procurando sempre avaliar os impactos causados.


No contexto de preservação do meio ambiente, o melhor sistema é aquele que consegue minimizar seu impacto na natureza, desde o desenvolvimento até o momento do descarte final do produto. Com isso, busca-se entregar ao mercado serviços e bens que satisfaçam as necessidades humanas de maneira qualificada. As marcas que conseguem ser eficientes tornam-se competitivas no mercado e não desperdiçam matéria-prima, contribuindo para um futuro sustentável.

Existem oito aspectos fundamentais para se avaliar a ecoeficiência de algum item ou serviço. São eles:

Repense a crise

Um artigo de 2015 do filósofo Roman Krznaric explica como a empatia pelos outros está começando a ser vista como uma das forças fundamentais para enfrentar os desafios globais que vão desde emergências humanitárias e conflitos políticos violentos até a crise climática e a perda de biodiversidade.

No artigo, Krznaric argumenta que a empatia pode transformar nossa estrutura mental subjacente e levar as pessoas a priorizar o interesse comum ao invés do interesse próprio. 

Embora a hiper individualidade do mercado livre capitalista seja a ideologia dominante dos dias atuais, ao aumentar os níveis de empatia podemos ir além das limitações de nossos próprios egos e tentar nos imaginar na posição de minorias oprimidas, gerações futuras ou mesmo outras espécies.

Por meio desse processo, podemos iniciar uma mudança cultural de comprar para pertencer. Krznaric acrescenta: Alimentar as pessoas com uma enxurrada de fatos e informações sobre a extensão da desigualdade global ou degradação ambiental não é suficiente para motivar a ação e pode exacerbar os níveis de negação. Portanto, é vital trabalhar em um nível mais profundo de usar a empatia para mudar nossos quadros mentais. 

Quanto menos CFCs, melhor

Embora o consumo de CFCs (clorofluorcarbonetos) tenha sido eliminado no País de forma regulamentar, ainda estão em operação equipamentos de refrigeração e ar-condicionados que operam à base desses gases nocivos. Alternativamente aos CFCs, sob o argumento de serem 50% menos destrutivos à camada de ozônio, surgiram os HCFCs (hidroclorofluorcarbonos). Por outro lado, a nova solução, baseada nos gases chamados fluorados, representa grande contribuição para o aquecimento global. Isso porque essa tecnologia alternativa pode ser milhares de vezes mais prejudicial do que o dióxido de carbono, o que levou a União Européia a pressionar por seu banimento em favor de alternativas naturais não sintéticas, como a amônia ou o próprio dióxido de carbono, que têm altas propriedades de resfriamento.

Por fim, ainda há ações importantes a serem tomadas e que dizem respeito ao caráter político de nossa vida em sociedade. Um cidadão consciente e ambientalmente educado reúne a argumentação e as condições necessárias para, além de tomar as melhores escolhas em relação ao consumo, pressionar governos, empresas e representantes da sociedade a tomarem decisões e posturas mais viáveis socioambientalmente e, consequentemente, combativas às mudanças climáticas. Exemplos dessas ações são a capacidade de articulação em sociedade e o apoio a representantes que mostram preocupação com mobilidade urbana, com o aquecimento global e com todos os outros temas ligados à sustentabilidade."

Fonte: eCycle

"TRIBUTO A FREI CLÁUDIO VAN BALEN" , QUE NOS DEIXOU NESTE SÁBADO, 20 DE NOVEMBRO

Frei Cláudio van Balen presidindo missa na Igreja do Carmo, em Belo Horizonte, MG, domingo às 11h, com a igreja sempre lotada para ouvi-lo.

Por frei Gilvander Moreira

Homenagem ao frei Claudio Van Balen

Fonte: frei Gilvander Moreira            

"Lula diz que esquerda deve pensar no que ‘deixou de fazer’"

Ex-presidente Lula 
 

Por Redação - Estadão

"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 76 anos, disse que a esquerda deve pensar no que “deixou de fazer” para evitar a eleição de Jair Bolsonaro e o avanço da direita ao redor do globo nos últimos anos. No evento “Construir Futuro”, do partido progressista espanhol Podemos, em Madri, Lula também falou que cogita ser candidato à presidência nas Eleições de 2022, mas que deve tomar essa decisão entre fevereiro e março.

“O que nós (esquerda) deixamos de fazer?”, questionou Lula sobre as eleições de Donald Trump, nos Estados Unidos, e Bolsonaro, no Brasil. “Precisamos pensar para termos certeza de que vale a pena lutar. A única luta que perdemos é a que deixamos de lutar.”

ula declarou que a “negação da política faz a extrema-direita crescer”, por isso, disse que não é hora da esquerda - principalmente dos mais jovens - desanimar: “O político perfeito está dentro de vocês.”

“Temos de estar atentos ao discurso da direita. Por que essa gente voltou a convencer uma parcela da sociedade?”, disse. Para ele, é preciso analisar a fala dos opositores para entender quais “mentiras” levaram os conservadores ao poder.

Além disso, o ex-presidente destacou que a esquerda deve transformar a luta contra a desigualdade e pelo meio ambiente, suas bandeiras. “Temos que colocar a questão ambiental na ordem do dia”, destacou.

Ao final do discurso que durou cerca de meia hora, Lula falou que considera concorrer à presidência nas Eleições de 2022. Porém, disse que só vai tomar essa decisão entre fevereiro e março do próximo ano. “Quem nasce pra luta não toma mais conta de si”, justificou.

“Não posso fazer menos do que já fiz”, acrescentou. O ex-presidente avalia que o cenário do País de hoje, está pior do que em 2003, quando assumiu a presidência pela primeira vez, mas disse estar convencido de que “é possível recuperar o Brasil”. “Essa viagem que fiz pela Europa foi uma tentativa de provar ao povo brasileiro que o mundo gosta do Brasil”, explicou. “Não é o Lula que é importante, é o Brasil que é necessário.”

Fonte: Estadão           

Dicas para quem vai prestar a prova do ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, neste domingo, 21 de novembro

O que tem que levar para o 

Enem 2021?

"O Enem 2021 terá a sua 1ª aplicação nos dias 21 e 28/11. Confira o que o candidato tem que levar, o que é proibido e o que é recomendável"

"A primeira coisa que você precisa fazer é acessar o seu Cartão de Inscrição, na Página do Participante. O cartão informa o seu local de prova, a opção de língua estrangeira e o tipo de atendimento especializado, se for o seu caso. Se você não lembra sua senha, há como recuperá-la.

Documento de identidade com foto e caneta fabricada em material transparente e de tinta preta estão entre os itens obrigatórios das provas do Enem 2021.

Agora vamos falar especificamente dos itens obrigatórios para o dia das provas. Existem dois itens indispensáveis no Enem:

  • Documento de identidade
  • Caneta de tinta preta

Entre os documentos de identidade aceitos estão o RG, CNH, Carteira de Trabalho, entre outros. (Todos com foto). Veja no edital a relação dos documentos permitidos e também aqueles que não são aceitos. 

Se você perdeu o seu documento ou foi roubado, faça um boletim de ocorrência o quanto antes, e leve-o nos dias das provas. Agora se for roubado durante o trajeto, dançou, portanto cuidado com seu documento.

E a única caneta aceita no Enem é a de tinta preta e fabricada em material transparente. É importante levar mais de uma para não ficar na mão. Um dia antes do Enem, já separe o documento e as canetas. Não deixe para fazer isso quando for sair de casa.

Quando acessar o seu cartão, aproveite para imprimi-lo. Não é obrigatório levar o cartão nos dias do Enem, mas ele vai te ajudar a achar a sua sala de prova mais rápido.

Covid-19

Pela segunda edição consecutiva, o Enem será realizado em meio a pandemia de Covid-19. Por isso, o uso de máscara será obrigatório  desde a entrada no prédio de prova até sua saída. O ideal é que você leve mais de uma máscara para trocá-la durante as provas.

Você também pode levar:

  • Um pequeno frasco com álcool em gel (Na sala da prova deve ter frascos de álcool em gel) 
  • Luvas transparentes ou semitransparentes, se achar necessário.

Vale lembrar que esses dois itens são opcionais.

Se você participou do Enem 2020, o protocolo será o mesmo:

  1. Distanciamento
  2. Higienização das mãos
  3. Retirada da máscara apenas para o fiscal verificar o seu rosto com a foto da identidade
Você também pode levar um lanche, como biscoitos, frutas, chocolate, barra de cereal, entre outros. 

E o celular?

Você pode até levar o celular, mas tome muito cuidado para ele não tocar durante as provas. Assim que entrar no prédio ele deverá ser desligado e guardado no porta-objetos que o fiscal entregará.

Vale reforçar que não se deve colocar o aparelho no silencioso ou modo avião, pois, se o celular emitir qualquer barulhinho, o candidato será eliminado.

O que não pode levar?

Não é permitido o uso de nenhum material escolar que não seja a caneta preta nas provas do Enem 2021. Lápis, lapiseira, régua, borracha, calculadora, livros, nada disso. Somente caneta preta.

Também não é permitido o uso de boné, chapéu, gorro e outros artigos de chapelaria, além de óculos escuros.

Horários

É importante se atentar ao horário de abertura e fechamento dos portões. Eles serão abertos às 12h e fechados, pontualmente, às 13h, sempre no horário de Brasília. 

Para evitar aglomerações durante a pandemia do Coronavírus, o acesso aos prédios pode ser feito meia hora mais cedo, às 11h30. No primeiro dia, os exames seguem até as 19h e, no segundo, até as 18h30.

Vale lembrar que o trânsito costuma aumentar nos dias de provas, principalmente nas grandes cidades. Por isso, saia com antecedência! Outra dica é depois de ver onde fará sua prova, antes do dia das provas, é pesquisar o endereço e planejar o seu deslocamento.

Conhecer pessoalmente o seu local de prova dias antes do Enem fará você saber trajeto e o tempo que gastará para chegar até lá, sem contratempos."

Fontes: Uol, Sejabixo  

Não se esqueça de dormir cedo, no mínimo 8h para que tudo o que aprendeu seja armazenado no córtex cerebral, que é parte do cérebro responsável pela memória.      

O que é Racismo Estrutural?

Fonte: frei Gilvander Moreira

Ler Imagens | Dia da Consciência Negra

 


"Uma data tão fundamental, ainda mais em um país de representação, até hoje, muito colonial, branca, misógina e, assim sendo, racista. Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, quero celebrar a data partir de uma fotografia emblemática, “Poder”, do artista Carlos Vergara, e que compõe a série “Cacique de Ramos”, feita entre 1972 e 1976, sobre o bloco de carnaval da zona norte do Rio de Janeiro.

Na foto, é possível ver em segundo plano pessoas prontas para o desfile, ou apenas descansando. Ao fundo, os prédios da região Central do Rio, que são marcos da região do Cacique. Mas, importante mesmo, são os três homens em destaque, personagens fortes, que encaram o fotógrafo e trazem no peito a palavra “Poder” - “para não usar o power, do black power, escrevemos ‘poder’”, conta um deles. A foto e a palavra falam do empoderamento da população negra no Brasil, poucos anos antes da criação do Movimento Negro Unificado (1978), em plena ditadura, com muita repressão. Na frente desses três homens estamos todos nós, a sociedade brasileira.

E hoje, como pessoa branca, digo que passou da hora de entender que a questão racial não é apenas problema que os negros precisam resolver. O tema envolve, incontornavelmente, a branquitude: nós criamos a escravidão moderna, as teorias raciais, de branqueamento, o mito da democracia racial, e mais recentemente a meritocracia, mantendo um país profundamente desigual.

As pessoas nessa foto não estão passivas. Elas mostram emblemático empoderamento da população negra no Brasil. Mostram como Poder se conquista todos os dias."

"Ecologia Profunda para Aspirantes a Jardineiros"


  A Terra está viva. 
James Lovelock

Recentemente, entre os dias 1º e 12 de novembro, aconteceu a 26ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. Em pauta, mais uma vez, deliberações sobre como o ser humano lidará com os desafios que suas próprias ações têm provocado no meio ambiente. É crescente a preocupação sobre as consequências destas ações, e os custos que isto acarretará tanto em vidas e dinheiro – infelizmente, não necessariamente nesta ordem.

Os aspectos que envolvem as mudanças no clima tem chamado bastante a atenção, devido a eventos cada vez mais extremos (como secas mais longas e severas, enchentes recordistas em volume de água, furacões mais violentos) e porque seus impactos no planeta e suas causas tornaram-se cavalo de batalha entre aqueles que defendem formas mais sustentáveis de geração de riqueza com aqueles que defendem que “tudo está bem do jeito que está”, porque o ser humano não seria o causador das mudanças climáticas. Mas há outras questões das atividades humanas que merecem tanta ou mais atenção quanto o aquecimento global, e que podem transformar nosso planeta em uma sucursal de Vênus.

A poluição dos oceanos por plástico, por exemplo, é um fato que em breve não poderá ser mais colocado em segundo plano. Para a agricultura, o esgotamento da capacidade produtiva das áreas cultiváveis tornará a produção de alimentos mais cara e difícil, principalmente com a redução da quantidade de água potável disponível para as plantações, carência hídrica agravada pelo aumento da temperatura média do planeta e pelo desmatamento, por estarmos literalmente queimando as bombas naturais que sugam a água do subsolo para a atmosfera.

A própria ONU tem alertado que o comportamento humano e a destruição que tem provocado no planeta é suicida. A questão é que grande parte da humanidade não percebe nossos atos desta forma. 

Há aqueles que estão entregues à própria ganância. Há aqueles que, movidos pelas necessidades mais básicas, agem pensando em garantir a sobrevivência diária. Há também os que percebem que precisam mudar, mas estão presos demais a um modelo social que valoriza aqueles que “tem”, não os que “são”. Há também os que acreditam que a humanidade encontrará algum tipo de solução, e que ela virá, seja pela ciência (com o surgimento de tecnologias novas) ou pela religião, com a chegada de algum messias salvador.

Todas estas formas de lidar com a questão ambiental são consequências de uma questão mais profunda. Em algum momento, por algum motivo, o ser humano se desconectou da Natureza. Não mais nos vemos como parte inerente de uma rede que se sustenta, e cujos limites precisamos respeitar para garantir a existência desta rede, e consequentemente, de nossa própria sobrevivência. De alguma maneira, começamos a nos sentir tão especiais, tão diferenciados, que poderíamos sobreviver fora da teia da vida.

E como uma das características mais interessantes do ser humano é encontrar justificativa para seus atos, começamos a encontrar motivos para tornar plausível e justificável os atos de vandalismo que provocamos no pedregulho azul que habitamos.

No Gênesis, habilmente retiramos um versículo de contexto e, interpretando conforme nosso ego e a nossa conveniência, buscamos chancela divina para o que fazemos: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”. Poucas expressões passaram a justificar comportamentos tipicamente humanos de devastar as áreas nas quais vive em nome da ganância e da sede de poder. Como se, havendo um Criador, com todo o trabalho que teve para criar um belo jardim, seus filhos mimados teriam carta branca para destruir, sem consequências, o que Ele criou.

Durante milênios, a capacidade de devastação que conseguimos gerar no entorno era bastante limitada por diversos aspectos: as técnicas e sistemas produtivos eram mais rudimentares, os padrões de vida de grande parte da população estavam na linha da sobrevivência, a expectativa de vida era bem menor e não existia uma ideologia de consumo que valoriza o ser humano pelo que ele “tem”. 

Eis que entramos na era da Máquina. No Ocidente, o advento da Ciência e da industrialização acelerou a desconexão do ser humano com a Natureza. O Universo passou a ser visto como um grande relógio, um mecanismo a ser entendido e cujo entendimento destas regras permitiria, finalmente, a dominação da natureza. Francis Bacon, filósofo inglês e cujas reflexões sobre o estudo dos fenômenos naturais se tornaram uma das bases do pensamento e do método científico, é frequentemente citado pelo seu raciocínio de que dominar a Natureza é um dever do homem, um dever chancelado por Deus, reforçando a premissa de que somos os senhores do planeta e que a Ciência é o instrumento para garantir esta dominação e supremacia.

Aqueles que interpretam os conceitos bíblicos ou científicos como salvo-conduto para fazerem o que quiserem da Natureza, na verdade apenas enxergam o universo como aprenderam a enxergar. A questão, portanto, passa pela ressignificação de nossa relação com o meio ambiente. Apenas um novo olhar poderá dar novas interpretações para as justificativas que temos para nossos atos.

Essa ressignificação passa pelo conceito de “Ecologia Profunda”. O termo foi criado pelo filósofo norueguês Arne Næss, após a publicação de um artigo em 1972. Fazendo um contraponto à visão utilitarista da Natureza, Arne defendeu o valor intrínseco da Natureza e da vida, independente da sua possibilidade de uso do ser humano. Colocou que os recursos da Terra são limitados e que precisamos rever a forma de como satisfazemos as nossas necessidades. Arne também colocou em xeque a dita supremacia do ser humano, ao defender a igualdade das espécies, e defendendo a harmonia com a natureza em detrimento do seu domínio.

Em 1984, Arne e o ambientalista norte-americano George Sessions publicaram “Princípios Básicos da Ecologia Profunda”, nos quais reforçam a importância do valor intrínseco da vida, e não o valor utilitário; que a riqueza e a diversidade da vida contribuem para a realização destes valores; que os seres humanos não tem o direito de reduzir esta riqueza e diversidade exceto para a satisfação de necessidades vitais; que o florescimento da vida humana e sua cultura é compatível com a redução da população humana; que interferência humana no mundo é excessiva e está piorando rapidamente; que as políticas humanas na política, na economia, na ideologia e na tecnologia precisam ser alteradas, resultando em alterações profundas na forma de relacionamentos; que a principal forma de mudança na ideologia está na apreciação e valorização da qualidade de vida do que no incremento de padrões de vida; e que aqueles que subscrevem e concordam com os princípios tem a obrigação (direta ou indireta) de tentar a implementação das mudanças necessárias.

A Ecologia Profunda é um chamado para que o ser humano se reconecte à teia da vida da qual faz parte, ressignificando as relações que tem consigo mesmo, com seus semelhantes e com a Natureza. Somente esta mudança interna permitirá então interpretarmos que o domínio sobre todos os animais que se movem sobre a terra é o domínio que um cuidadoso e apaixonado jardineiro tem ao cuidar do jardim pelo qual é responsável, um contratado divino para cuidar de Sua obra. Lembraremos que Francis Bacon disse que se pode vencer a natureza quando a obedecemos. E que fazemos parte de algo muito maior que nós mesmos, tão grande que não podemos enxergar o seu Todo, mas que podemos admirar e preservar para as gerações futuras.

Somente assim alcançaremos a característica que permitirá nossa reintegração à teia da vida e aos seres que dela fazem parte: a Integridade.



Maurício Luz
Maurício Luz escreve a Coluna "Frases em Nosso Tempo", aos sábados para O Guardião da Montanha.

Ele é carioca e ganhou prêmios:

1º Belmiro Siqueira de Administração – em 1996, na categoria monografia, com o tema “O Cliente em Primeiro Lugar”. 

E o 2ºBelmiro Siqueira em 2008, com o tema “Desenvolvimento Sustentável: Desafios e Oportunidades Para a Ciência da Administração”..

Ex-integrante da Comissão de Desenvolvimento Sustentável do Conselho de Administração RJ. 

Com experiência em empresas como SmithKline Beecham (atual Glaxo SmithKline), Lojas Americanas e Petrobras Distribuidora, ocupando cargos de liderança de equipes voltadas ao atendimento ao cliente.

Maurício Luz é empresário, palestrante e Professor. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). 

Mestre em Administração de Empresas pelo Ibmec (2005). Formação em Liderança por Condor Blanco Internacional (2012). 

Formação em Coach pela IFICCoach (2018). Certificado como Conscious Business Change Agent pelo Conscious Business Innerprise (2019). 

Atualmente em processo de certificação em consultor de Negócios Conscientes por Conscious Business Journey.

Encontros da Educação Antinuclear. Neste sábado, 20 de novembro ás 16h. O "Césio 137", em Goiânia

                        Fonte: Articulação Antinuclear Brasileira - AAB -

"Acontece neste sábado as 16h , nossa live com o tema: "A radioatividade não reconhecida: Nuclemon e o Acidente Radiológico de Goiânia."


"Por décadas, ex-trabalhadores da Indústria Nuclear Brasileira trabalharam no processamento de terras raras (radioativas), sem sequer ter o direito de saber com que tipo de produto estavam trabalhando. A Nuclemon gerou milhares de toneladas de lixo atômico armazenado de forma irregular nas cidades de São Paulo, capital, Itú-SP e Caldas-MG. Um passivo ambiental com potencial contaminante de milhares de anos.

Apenas em setembro de 1987, quando uma cápsula de Césio 137 causou, na cidade de Goiânia, o maior acidente radiológico em zona urbana do mundo, que os trabalhadores da antiga Nuclemon, começaram a ligar os pontos e entender com o que estavam trabalhando. Já era tarde, os anos de trabalho desumano e irresponsável por parte da Indústria Nuclear Brasileira  haviam contaminado milhares de trabalhadores."

Participam desta live:
Sonia Felipone: Terapeuta Ocupacional, mestre em Gestão do Trabalho e Meio Ambiente. Marcos Cripa, professor do curso de jornalismo da PUC-SP. Odesson Alves Ferreira: Ex presidente da AVCésio - Associação das Vítimas do Césio-137.
Moderação: Joelma do Couto, Articulação Antinuclear Brasileira. 

Fonte: AAB       

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Mega vacinação contra a covid-19 começa neste sábado, 20 a 26 de novembro, em Poços de Caldas

Não esqueça da máscara mesmo estando imunizado com as duas doses e não esquecendo
do prazo de duas semanas para estar totalmente imunizado.


Você que por algum motivo não se vacinou... Vem aí a MEGA Vacinação contra a covid-19!

"Com o intuito de incentivar a população a voltar ao posto de vacinação para tomar a 2ª dose ou a 3ª dose, começa neste sábado, 20 e vai até o dia 26 de novembro em Poços, a campanha nacional de megavacinação contra COVID-19.

É Neste sábado, das 08h às 12h, quem ainda não recebeu a 2ª dose pode se dirigir a Sala de Vacina da Urca (acesso pela Rua Amazonas).

Já todas as pessoas a partir de 18 anos receberam a 2ª dose até o dia 20/06, podem receber a 3ª dose, na sala de vacina da Urca (acesso pela porta giratória), das 08h às 12h.

De segunda (22) a sexta (26), a aplicação da 2ª e 3ª dose acontecerá nos postos de vacinação COVID-19 nos bairros, das 08h às 13h e na Sala de Vacina da Urca, das 08h às 17h. 

A enfermeira responsável pela Urca, Ana Corina Pacheco fala sobre a campanha:

“O slogan ‘proteção pela metade não é proteção’, traduz bem o que sempre dissemos aqui no município." 

Fonte: prefeitura de Poços de Caldas


Se você tomou a primeira dose apenas esta protegido(a) pela metade. A segunda dose é a metade que falta. Esse vírus da covid-19 é danado, em função das variantes ou cepas. Apenas com 2a dose para estar protegido(a) contra a doença.”

E a terceira dose para pessoas com 60 anos ou mais, em função de terem sido os primeiros a serem vacinados. E os profissionais de saúde pelo mesmo motivo.

E vem aí as festas de fim ano. Então se proteja! Apenas com 2a dose você não corre o risco de transmitir a covid para quem você ama.

Ministério da Saúde anuncia dose de reforço contra a covid a todos com mais de 18 anos

A dose de reforço deverá ser tomada após cinco meses, quer dizer é bem provável que iremos tomá-la só ano que vem.  E para quem tomou AstraZeneca ou Coronavac, a vacina a ser aplicada agora será a vacina da Pfzer. 

Mas para quem tomou a Janssen, a vacina em dose única deverá tomar a segunda dose da mesma vacina no prazo de dois meses e a dose de reforço também será aplicada depois da 2a dose, mas da mesma vacina, ou seja, a Janssen. A única diferença é o prazo mais curto para aumentar a eficiência e estar protegido (a).  

Locais de vacinação

Drive Thru da Urca (somente para pessoas a partir de 60 anos) – 08h às 12h

2ª Dose – Sala de vacina da Urca (acesso pela Rua Amazonas) – 08h à 12h

3ª Dose – Sala de vacina da Urca (acesso pela porta giratória) – 08h às 12h para quem não for de carro.

Com ENEM chegando...Crise sem precedentes instala-se no INEP

                                                                                                                           Provas do Enem — Foto: Divulgação
 

  Por Por Delis Ortiz e Pedro Alves, TV Globo e g1 DF

"Servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) reuniram em um documento, nesta sexta-feira (19), uma série de denúncias de assédio e interferência, em meio à crise vivida pelo órgão. Na lista, está "possível intervenção e risco ao sigilo" na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, marcada para este domingo (21).

O documento, de 36 páginas, foi compilado pela Associação dos Servidores do Inep (Assinep) e entregue a entidades e órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU).



Segundo os servidores, o instituto vive uma "crise sem precedentes, com perseguição aos servidores, assédio moral, uso político-ideológico da instituição pelo MEC e falta de comando técnico no planejamento dos seus principais exames, avaliações e censos".

Questionado sobre o relatório, o Inep não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. Ao todo, o documento foi entregue para:


1-Comissão de Educação da Câmara do Deputados

2-Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal

3-Frente Parlamentar Mista da Educação

4-Frente Servir Brasil

5-Tribunal de Contas da União

6-Controladoria-Geral da União

7-Ouvidoria do INEP

8-Comissão de Ética do INE


Risco ao sigilo do Enem


Uma das denúncias apontadas diz respeito ao risco de quebra de sigilo e de intervenção ideológica no Enem deste ano, organizado pelo Inep. Segundo o documento, desde as eleições presidenciais de 2018, se vê "uma diretriz do presidente da República [Jair Bolsonaro] para indução ideológica no exame, com críticas reiteradas a diversas questões [...]".

Os servidores citam declarações do presidente e do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que disseram que o Enem agora teria "a cara do governo". Ambos negam acesso à prova.

Segundo o dossiê, "depoimentos de servidores indicam pressão política oriunda da presidência do órgão para retirada de questões, sem motivo idôneo, como relatado na imprensa". Os servidores pedem que haja uma investigação para determinar se houve acesso de pessoas alheias ao processo de montagem da prova e se existiu pedido de retirada de questões.

"Além da quebra de sigilo, a censura a questões por motivos sem fundamento estatístico-pedagógico representa desvio de finalidade – implicando nulidade do ato administrativo", diz o documento.

Interferência em exames

No relatório, a Assinep também afirma que, além do Enem, há desconsideração de critérios técnicos no planejamento e execução de outras provas de responsabilidade do órgão, como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida).

"Infelizmente, há repetidos exemplos de situações que indicam aparente desconsideração imotivada dos fundamentos técnicos em favorecimento a medidas de apelo político ou ideológico, colocando em risco o atendimento às atribuições legais do instituto."

Entre os exemplos, o documento cita escolha de profissionais em discordância com os procedimentos de praxe no planejamento do Revalida, invasão de competências e até apagamento de dados contrários ao posicionamento da presidência do Inep.

Denúncias de assédio


Os servidores denunciam ainda terem sido submetidos a "procedimentos constrangedores", sobrecarga de trabalho, jornadas acima de oito horas diárias e atuação aos fins de semana, além de "clima de insatisfação e adoecimento", rotatividade de profissionais e "dificuldade de reter pessoal em virtude do aquecido mercado de tecnologia da informação".

Segundo o documento, "desde situações macro como pronunciamentos públicos da Presidência da República e do Ministro de Estado da Educação, até no âmbito interno de gestão, há um aparente processo de silenciamento, criação de barreiras burocráticas, alongamento de processos e intervenções não fundamentadas de assessorias presidenciais sobre as áreas técnicas".

"Estes procedimentos, alguns com aparência de legalidade quando isolados, se acumulam para criar um clima organizacional de insegurança e de ataques à capacidade dos servidores de desempenharem as funções do Inep."

Crise no Inep 

servidores do Inep detalham tentativas de interferência no conteúdo do Enem  

Fonte: globoplay   

A crise que atravessa o Inep nas últimas semanas teve início após pedidos 
O caso deu início a uma série de denúncias de interferência e assédio no instituto.

Nesta semana, a Justiça Federal no Distrito Federal negou um pedido de entidades educacionais para determinar o afastamento do presidente do Inep, Danilo Dupas. Em um outro processo, na Justiça Federal de São Paulo, a Defensoria Pública da União (DPU) pede que o órgão comprove segurança na elaboração do Enem.

Em meio à crise, o presidente do Inep foi ao Senado, na quarta-feira (17), após ser convidado a prestar esclarecimentos. Sobre a interferência no exame, Dupas disse que ele e o ministro da Educação não tiveram "em nenhum momento acesso às provas".

Danilo Dupas, presidente do Inep, instituto responsável pelo Enem — Foto: Divulgação/Ministério da Educação
  
Sobre as acusações de ter supostamente barrado itens que comporiam o Enem, Dupas disse as provas foram montadas pela equipe técnica e que é comum a troca de questões durante a montagem paga garantir o nível do exame.

"As provas foram montadas pela equipe técnica, seguindo a mitologia que vem sendo adotada, a teoria de resposta ao item (TRI). A prova possui um conjunto de questões de diversos níveis de dificuldade que são calibradas para garantir um certo nível de prova. É comum, portanto, que durante a montagem da prova, tenha itens que são retirados e itens que são colocados, justamente para garantir 
um nivelamento das provas."

Dupas também comentou sobre a afirmação feita pelo presidente Jair Bolsonaro de que as questões do Enem começavam a "ter a cara do governo" e declarou que 
não houve interferência da presidência na formulação do Enem.

"Não houve interferência alguma do Palácio do Planalto, não houve. A cara do nosso governo -- da nossa gestão, no caso do senhor ministro Milton Ribeiro --, é seriedade e transparência. Não houve interferência alguma do Palácio do Planalto em decidir ou escolher qualquer item da prova ou tema da redação."

No dia seguinte à declaração do presidente, o ministro da Educação declarou não haver interferência do governo na prova – e atribuiu os pedidos de demissão ao pagamento de gratificações. A entidade que representa funcionários negou que a discussão tivesse interesse financeiro por trás."
Fonte: g1/Distrito Federal