Ministro da Educação vai dar uma "maozinha" ao Governo de Minas
Ministro
da Educação se compromete a intermediar processo de diálogo entre Governo e
Sindicato em Minas Gerais
O ministro da Educação, Fernando Haddad, se comprometeu
a intermediar um processo de negociação entre os trabalhadores em educação de
Minas Gerais e Governo. O compromisso foi firmado em audiência realizada em
Brasília, nesta quarta-feira (14), com representantes da CUT, da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e do Sindicato Único dos
Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
A Categoria está em greve desde o dia 8 de junho, reivindicando o imediato cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional instituído pela Lei Federal Nº 11.738, mas, até agora, o governo mineiro mantém uma postura de omissão em relação ao cumprimento da lei federal.
Na ocasião, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG,
Beatriz Cerqueira, o secretário de Finanças da CUT, Vagner Freitas, e o presidente
da CNTE-CUT, Roberto Franklin Leão, questionaram o governo federal sobre o não
cumprimento da lei federal em Minas Gerais.
Vagner disse ao ministro que o governador mineiro
não respeita a categoria nem a lei federal e, para piorar ainda mais a situação,
mandou à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei Estadual estabelecendo um
salário único de R$ 712,00. O que significa, na verdade, um achatamento dos
salários, pois vale para quem tem um ano de trabalho e também para quem tem 20
anos.
Beatriz ratificou que a greve completa 100 dias
amanhã e o Governo de Minas, além de não negociar, decidiu contratar pessoas
sem formação para dar aulas para os alunos do terceiro ano. Por isso, explicou
ao Ministro, a indignação da categoria em relação a afirmação do Ministro de
ser a favor da contratação para substituição dos professores em greve. A greve
é justa e legítima.
De acordo com o Ministro a greve é justa e legítima e,
portanto, é imprescindível a construção de um canal de negociação entre Governo
e Sindicato para que seja estabelecido um consenso entre as partes.
“Proponho-me a trabalhar para estabelecer um processo de diálogo entre vocês”,
disse o ministro.
Sobre a audiência que concedeu ao governador
mineiro no dia 31 de agosto, Haddad disse que ele não pediu recursos
financeiros ou qualquer outro pedido relacionado à aplicação do piso. Mas ele,
Haddad, disse a Anastasia que os governadores tiveram três anos para se
preparar para pagar o piso, uma vez que a lei do piso é de 2008. Além disso,
segundo o Ministro Minas tem recursos para pagar o Piso salarial.
Beatriz avaliou positivamente o resultado da
audiência. Para ela, o empenho do governo federal é fundamental porque trata-se
de uma lei federal que governadores não cumprem.
Vagner Freitas ratificou as palavras da
coordenadora-geral do Sind-UTE/MG: “Foi positiva, a partir do momento em que
ele, como autoridade pública federal, assumiu o papel de intermediar um
processo de negociação entre os professores mineiros e o governador. Não
adianta aprovar a Lei do Piso e não se envolver com uma greve que exige o
cumprimento desta lei. Caso contrário, a boa iniciativa de criar a Lei do Piso
não sai do papel”.
Assembleia Estadual - Nessa quinta-feira (15/9), a
categoria, coordenada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores/as em Educação de
Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Assembleia Estadual, a partir das 14 horas, no
pátio da ALMG. No mesmo dia, o Comando Geral de Greve se reúne, a partir das
9h, no auditório do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de
Minas Gerais (CREA), que está situado na Avenida Álvares Cabral, 1690, bairro
Santo Agostinho.
Criada subcomissão especial para acompanhamento do
cumprimento da Lei do Piso
Após a reunião, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG
se reuniu com os deputados estaduais Reginaldo Lopes, Padre João, Gilmar
Machado e Jô Morais. Nesta reunião, os deputados discutiram a criação da
subcomissão especial da comissão de educação para tratar da implementação do
Piso Salarial. Esta subcomissão foi criada motivada pela situação em Minas
Gerais, estado onde a subcomissão começa a trabalhar.
Fonte: Sind-UTE MG
Fonte: Sind-UTE MG
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