Vírus da hepatite C
"Uma molécula incorporada na membrana das células do fígado
humano, responsável por ajudar na absorção do colesterol,
também permite a entrada do vírus da hepatite C, o primeiro passo
para a infecção.
humano, responsável por ajudar na absorção do colesterol,
também permite a entrada do vírus da hepatite C, o primeiro passo
para a infecção.
Isso significa que o receptor de colesterol é um alvo novo e promissor
para a terapia anti-viral contra a hepatite C.
para a terapia anti-viral contra a hepatite C.
Sobretudo porque, dizem os pesquisadores, já existe um
medicamento aprovado para atuar sobre essa molécula receptora.
medicamento aprovado para atuar sobre essa molécula receptora.
A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Illinois
(EUA), e publicada na revista Nature Medicine.
(EUA), e publicada na revista Nature Medicine.
Equilíbrio do colesterol
O vírus da hepatite C, ou HCV, ataca o fígado e gera inflamação.
A maioria das pessoas não apresenta sintomas logo após a infecção,
e pode não saber que contraiu a hepatite C até que danos
ao fígado apareçam, normalmente décadas depois.
e pode não saber que contraiu a hepatite C até que danos
ao fígado apareçam, normalmente décadas depois.
Estudos anteriores mostraram que o colesterol está de alguma
forma envolvido na infecção pelo HCV, embora os mecanismos
ainda não estivessem claros.
forma envolvido na infecção pelo HCV, embora os mecanismos
ainda não estivessem claros.
Os pesquisadores suspeitaram que um receptor chamado NPC1L1,
conhecido por ajudar a manter o equilíbrio do colesterol, poderia
também ser o meio de transporte do vírus para o interior das células.
O receptor é comum no intestino de muitas espécies, mas é
encontrado nas células do fígado apenas em seres humanos
e chimpanzés, diz Susan Uprichard, coordenadora do estudo.
encontrado nas células do fígado apenas em seres humanos
e chimpanzés, diz Susan Uprichard, coordenadora do estudo.
E estes primatas, segundo ela, são os únicos animais que
podem ser infectados pelo HCV.
podem ser infectados pelo HCV.
Ezetimiba
Agora, o grupo demonstrou que, desativar ou bloquear o acesso
ao receptor NPC1L1 impede o vírus da hepatite C de entrar e
infectar as células.
ao receptor NPC1L1 impede o vírus da hepatite C de entrar e
infectar as células.
Bruno Sainz, que fez os experimentos, afirma que, como o receptor
está envolvido no metabolismo do colesterol, ele já foi bem estudado.
está envolvido no metabolismo do colesterol, ele já foi bem estudado.
Uma droga que foi "projetada especificamente e exclusivamente para
atingir o NPC1L1" já existe e está aprovada para baixar os
níveis de colesterol, conta ele.
atingir o NPC1L1" já existe e está aprovada para baixar os
níveis de colesterol, conta ele.
A droga ezetimiba (aprovada pelo FDA dos EUA e vendida
com o nome comercial de Zetia), ao alvejar perfeitamente
o receptor, forneceu o método ideal para que os cientistas
testassem o envolvimento do NPC1L1 na infecção pelo HCV.
com o nome comercial de Zetia), ao alvejar perfeitamente
o receptor, forneceu o método ideal para que os cientistas
testassem o envolvimento do NPC1L1 na infecção pelo HCV.
Eles usaram a droga para bloquear o receptor antes,
durante e após a inoculação com o vírus, em cultura de
células e em um pequeno modelo animal, para avaliar o
papel do receptor na infecção e o potencial da droga como
um agente anti-hepatite.
A ezetimiba inibiu a infecção pelo HCV na cultura de células
e nos camundongos transplantados com células do fígado humano.
e nos camundongos transplantados com células do fígado humano.
Seis tipos de vírus da hepatite
Ao contrário de todas as drogas atualmente disponíveis,
a ezetimiba foi capaz de inibir a infecção por todos os seis
tipos de HCV. Enquanto as drogas atuais são altamente tóxicas e,
muitas vezes, não são toleradas por pacientes transplantados
que estejam usando drogas imunossupressoras, a ezetimiba
é bastante segura e tem sido utilizada a longo prazo, sem
danos para os pacientes, para controlar o seu colesterol,
comentou Uprichard.
a ezetimiba foi capaz de inibir a infecção por todos os seis
tipos de HCV. Enquanto as drogas atuais são altamente tóxicas e,
muitas vezes, não são toleradas por pacientes transplantados
que estejam usando drogas imunossupressoras, a ezetimiba
é bastante segura e tem sido utilizada a longo prazo, sem
danos para os pacientes, para controlar o seu colesterol,
comentou Uprichard.
Como o medicamento impede a entrada do vírus nas células,
a ezetimiba pode ajudar a proteger o fígado da infecção.
Para os pacientes com hepatite C crônica, a ezetimiba poderia
ser usada em combinação com as drogas atuais, sugerem os cientistas".
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