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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Argila ajuda células-tronco a recuperarem ossos

Parece sintomático que materiais naturais estejam se destacando no emergente campo de pesquisas das células-tronco.
Quando são postas sobre um disco de Petri em laboratório, as culturas de células vão crescer no plano. Mas, no corpo humano, elas precisam crescer em três dimensões.
É por isso que são necessários os chamados "andaimes", suportes para que as células possam crescer de forma adequada e se transformar em implantes, enxertos e, quem sabe, no futuro, em órgãos artificiais.
Há poucos dias, cientistas relataram ótimos resultados usando celulose e seda para reconstruir a cartilagem de joelhos e quadris.
Agora, outra equipe divulgou resultados preliminares excelentes usando um tipo altamente purificado de argila.
A argila nanoestratificada induz as células-tronco para que se tornem células ósseas, tal como determinado pela formação da matriz óssea (vermelho). [Imagem: Khademhosseini lab]
Argila com nanotecnologia
Fabricada com técnicas da nanotecnologia, o material é conhecido como argila estratificada, ou nanoplaquetas de silicato sintético.
Os experimentos mostraram que a argila estratificada induz as células-tronco para que elas se tornem células do osso, sem a necessidade de fatores de indução óssea adicionais.
Os silicatos sintéticos são constituídos por sais de ácidos silícicos, e têm sido extensivamente usados para várias aplicações comerciais e industriais, tais como aditivos alimentares, enchimento para vidro e cerâmicas e agentes antiespumantes.
"Com base nos excelentes resultados preliminares, acreditamos que essas nanoplaquetas altamente bioativas podem ser utilizadas para desenvolver dispositivos tais como matrizes injetáveis de tecidos de reparação, enchimentos bioativos ou agentes terapêuticos para estimular respostas celulares específicas em engenharia de tecidos relacionada com os ossos," disse Akhilesh Gaharwar, do Hospital Brigham and Women (EUA).
Agora os cientistas pretendem estudar melhor a bioatividade das argilas estratificadas para tentar compreender como elas induzem respostas tão favoráveis das células-tronco, o que poderá ajudar a melhorar ainda mais o desempenho desse e de outros andaimes celulares.
Em última instância, o objetivo é encurtar o tempo de recuperação dos pacientes de traumatologia e doenças ósseas degenerativas.

Fonte: Diário da Saúde

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