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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Erros que cometemos em relação aos bancos



Caro leitor, imagine uma situação corriqueira: você entra numa agência bancária e, de repente, se depara com uma funcionária usando um colete com a seguinte frase: "Posso ajudar?" ou com um simpático e atencioso gerente à disposição. E aí você se pergunta: será que eles querem me ajudar mesmo ou querem apenas oferecer produtos com o intuito de bater metas e assim ajudar, de fato, ao banco?


Com certeza, esta pergunta não deve ser rara na cabeça dos clientes e a resposta, todos já conhecemos. A partir disso, desenvolvemos o que chamamos de "O jogo dos sete erros que os clientes cometem ao aceitar determinados produtos bancários".

Veja:

1º erro: Seu gerente oferece um título de capitalização com o argumento de que se trata de uma poupança "forçada", muito útil para quem não tem disciplina de poupar todo mês. Ele diz que você terá que depositar apenas R$ 50 por mês e ainda irá concorrer a prêmios.


O erro: Ele omite que esse tipo de título é uma "furada", uma vez que se você resgatar antecipadamente terá um prejuízo. Existem estudos que comprovam que é mais fácil ganhar na Mega-Sena do que ser sorteado num título de capitalização.
2º e 3º erros: O mesmo gerente simpático também oferece uma previdência privada que promete melhorar a sua renda quando você se aposentar. Ele diz que o cliente pode começar com aportes mensais de R$ 50.


O erro: Ele omite o quanto será cobrado de taxa de administração e de custo de carregamento, bem como não estima a perda do poder de compra da renda por causa da inflação futura.
O outro erro: Ele não informa que, no caso de um processo judicial ou de um divórcio, o acumulado da
previdência privada será utilizada para pagar o que a justiça determinar (o que não acontece com a previdência social).

4º erro: É oferecido um seguro de proteção ao cartão magnético do cliente a um custo mensal de R$ 10 sob a alegação de proteção em caso de perda.

O erro: Omitir a informação de que, caso o cartão seja perdido, basta o cliente telefonar imediatamente para o SAC do banco e cancelá-lo.

5º erro: Ao cliente o banco oferece uma conta corrente que cobra uma mensalidade de R$ 20, sobre o argumento de que o cliente terá muitos benefícios e facilidades maiores quando precisar de algum tipo de financiamento.

O erro: Não diz ao cliente que existe uma modalidade de conta corrente gratuita, chamada Conta Corrente de Serviços Essenciais, que não invalidará a possibilidade de atendê-lo, caso precise de crédito bancário futuramente.

6º e 7º erros: O mesmo gerente ainda oferece um cartão de crédito que cobra uma mensalidade de R$ 12 e uma taxa de juros de 6,99% ao mês (e garante que é a menor do mercado).


Os erros: Ele omite que existem cartões de crédito que não cobram mensalidades e também não diz para o cliente que a taxa de juros incidirá a partir da data da compra e não a partir da data do fechamento.
Por isso, caro leitor, tome os devidos cuidados ao demandar os serviços bancários e adquira somente aquilo que você precisar. Saiba que título de capitalização deveria se chamar título de descapitalização e que previdência privada não previne coisa nenhuma. 


Dr. Fernando Agra

Fonte: Folha de S. Paulo

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