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sábado, 13 de setembro de 2014

Memória operacional é chave para o sucesso acadêmico

 Foi o que demonstrou um estudo realizado em uma parceria entre pesquisadores da Universidade de Luxemburgo e das universidades Federal da Bahia (UFBA), Federal de São Paulo (UNIFESP) e de São Paulo (USP).A memória operacional nas crianças é fortemente vinculada ao sucesso acadêmico e ao hábito de leitura.      

Mais importante, os resultados mantêm-se verdadeiros independentemente do nível socioeconômico das crianças. A conclusão dos pesquisadores é que crianças com dificuldades de aprendizagem podem se beneficiar de métodos que evitem a sobrecarga da memória operacional.

Memória operacional
O estudo buscou identificar as habilidades cognitivas subjacentes ao sucesso no aprendizado de crianças de uma ampla diversidade social, com metade vivendo abaixo da linha de pobreza.
As crianças foram testadas para medir o QI e as chamadas "funções executivas", um conjunto de processos cognitivos que usamos para controlar nossos pensamentos e ações, incluindo como lembramos informações, controlamos nossas emoções, prestamos atenção e alternamos os nossos pensamentos.
Estes resultados foram comparados com as capacidades de leitura, escrita, matemática, linguagem e ciências.
Os resultados mostraram que as habilidades de memória operacional de uma criança - sua habilidade de manter e manipular informação na mente - foi capaz de predizer seu sucesso em todos os aspectos da aprendizagem, independentemente do QI.
Além disso, a maioria das crianças identificadas por seus professores como "maus leitores" têm problemas com sua memória operacional.
Pobreza
"Nossos achados sugerem a importância de se fazer triagem e intervenção precoces, especialmente no contexto da pobreza. Até o momento, problemas de memória operacional são raramente identificados pelos professores", disse a líder do projeto, Dra. Pascale Engel de Abreu, professora da Universidade de Luxemburgo.
"Dificuldades para aprender a ler e escrever, baixo sucesso acadêmico e viver na pobreza criam um ciclo vicioso reforçador. Existe uma chance de quebrá-lo pela identificação precoce das crianças com problemas de memória operacional e ao ajudá-las na aquisição de ferramentas mentais que tornem-nas capazes de aprender", acrescenta.


Fonte: Universidade de Luxemburgo

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