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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Crise econômica faz Câmara trocar shopping por anexo para os deputados federais.

   São 513 deputados federais.

BRASÍLIA - A Câmara desistiu da ideia de fazer o Parlashopping e, em tempos de crise, vai tocar apenas uma parte do projeto por conta própria. Em reunião da Mesa Diretora na quarta-feira 28, os parlamentares concluíram que a obra orçada inicialmente em cerca de R$ 1 bilhão não tem estrutura para ficar em pé neste momento. Em vez disso, decidiu-se que a Câmara fará uma licitação para a construção de um dos três anexos previstos no projeto inicial, ao custo estimado de R$ 310 milhões.

O polêmico Parlashopping foi incluído como um "jabuti" numa Medida Provisória, que acabou permitindo que a Câmara fizesse uma Parceria Público-Privada (PPP) para tocar a obra. O plano era construir um outro prédio de dez andares para abrigar os gabinetes de deputados, além de um edifício de três andares, com cinco pisos de garagem subterrânea, e um espaço que abrigaria lojas. Agora, a Mesa Diretora decidiu dar encaminhamento ao anexo que abrigará a garagem subterrânea, um auditório e, provisoriamente, gabinetes que estão no atual anexo III, enquanto são reformados.

O primeiro-secretário, Beto Mansur (PRB-SP) explicou que a mudança nos planos ocorreu por causa da dificuldade encontrada pela Câmara em encontrar interessados em apresentar propostas para as PPPs – Parceria Público – Privada.

  • A situação está difícil e o mar não está para peixe. Se mais para frente, com a melhoria do cenário econômico, pudermos tocar a PPP, seguimos com o projeto. Enquanto isso, vamos tocando nossa vida.
Mansur disse que pretende lançar o edital ainda este ano e que as obras devem ter início em agosto de 2016, com previsão de conclusão em três anos. Ele afirmou que a Câmara vai utilizar os R$ 400 milhões que estão no Tesouro, mas que pertencem à Câmara, por conta da venda da folha de pagamento dos servidores.

Na reunião da Mesa Diretora, também ficou autorizado o aumento do número de funcionários autorizados a fazer horas-extras durante as sessões. Um ato da própria Mesa havia delimitado em 700 servidores com cargos de natureza especial e concursados, além de dois assessores por gabinete. Mansur afirmou que, com isso, a Câmara reduzirá o pagamento de R$ 1,2 milhão por sessão com horas-extras para R$ 330 mil.”

E você sabe quem paga tudo isso ? Somos nós, com nossos impostos ! Nós bancamos todos os funcionários públicos, que são do prefeito (a), vereadores, secretários, funcionários da gestão municipal, todos os funcionários públicos do Estado e todos os funcionários públicos da União. O dinheiro público é utilizado para além disso, construir estradas e portos. Além da saúde e a educação. Nós, cidadãos merecemos respeito. Afinal, pagamos por tudo isso !


Fonte: Agência O Globo

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