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sábado, 7 de novembro de 2015

Mais notícias sobre o rompimento das barragens em Minas

A enxurrada de lama proveniente do rompimento de barragens em Mariana, Minas Gerais, já teria atingido afluentes do Rio Doce a 100 quilômetros da cidade mineira. Análises do Serviço Geológico do Brasil indicavam a possibilidade de os rejeitos de minério chegarem ao Espírito Santo nas próximas 48 horas.

Por causa do desastre, o órgão antecipou o início da operação do serviço de monitoramento contínuo da Bacia do Rio Doce, que abrange 15 municípios do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo. O monitoramento 24 horas deveria funcionar apenas a partir do dia 23.


Apesar de não haver informações sobre a toxicidade da lama, a prefeitura de Governador Valadares planejava parar o bombeamento do rio para consumo humano, para avaliar as condições de abastecimento.
                                                      
Uma sala de acompanhamento foi montada no Palácio do Planalto desde o fim da tarde de quinta-feira, para monitorar de perto o desenrolar dos acontecimentos e acelerar a tomada de medidas que dependem de órgãos federais. A Agência Nacional de Águas (ANA), por exemplo, está fazendo uma avaliação de impacto ambiental para ver se, como e quanto as populações das cidades próximas onde houve o rompimento da barragem serão afetadas.

Entre as medidas adotadas pelo governo, a Casa Civil pediu ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão ligado ao Ministério das Minas e Energia, que faça um levantamento completo das informações sobre a outorga  (licença) e a regularidade do funcionamento das barragens da Samarco.

 Veja as consequências:


A presidente Dilma Rousseff divulgou sete tweets falando sobre a tragédia e pedindo apuração com “rigor” do que teria causado o rompimento das barragens. A presidente ainda se solidarizou com as vítimas nas redes sociais e elogiou o trabalho de voluntários que estão atuando na região.


Desastre em Mariana: quatro perguntas sem resposta sobre rompimento de barragem

O rompimento de duas barragens de uma mineradora liberou uma enxurrada de lama que causou grande destruição em um distrito de Mariana, em Minas Gerais, e deixou pelo menos dois mortos.

As barragens de Fundão e Santarém, da mineradora Samarco, entre os municípios de Mariana e Ouro Preto, se romperam na quinta-feira à tarde, e liberaram uma onda de lama que teria chegado a 2,5 m de altura.

Moradores relataram um cenário de devastação no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, o mais atingido, a cerca de 2 km do rompimento. Há relatos de desaparecidos e pessoas ilhadas, mas o número real de vítimas ainda é desconhecido.

Veja abaixo algumas perguntas ainda sem resposta sobre o desastre.

1-O que causou o rompimento?

A Samarco disse ter registrado dois pequenos tremores na área duas horas antes do rompimento, por volta das 16h20 de quinta-feira, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Mariana.

Não se sabe o que teria causado estes tremores - se seriam abalos sísmicos ou a força do próprio rompimento.

A empresa inicialmente informou que apenas uma barragem havia se rompido, a de Fundão, mas informou à noite que uma segunda barragem, a de Santarém, também sofreu ruptura.

2-A lama pode ser tóxica?

O Corpo de Bombeiros estaria monitorando uma terceira barragem para verificar o risco de rompimento.
Não é a primeira vez que barragens se rompem em Minas Gerais. Em 2014, um acidente em Itabirito, a cerca de 60 km de Belo Horizonte, deixou três trabalhadores mortos.

3-Quantas pessoas podem ter sido afetadas?

O distrito de Bento Rodrigues tem cerca de 600 moradores.
Outros vilarejos foram atingidos pela lama e a estimativa é de que até 2 mil pessoas possam ter sido afetadas. Mas estes moradores foram alertados e tiveram tempo de buscarem abrigo.

A Prefeitura de Mariana confirmou um morto, mas este número pode subir.

4-Por que informações de vítimas são conflitantes ?

Alguns veículos de comunicação falaram em números mais altos de mortos - citando fontes não oficiais.

A incerteza se deve em parte ao acesso restrito ao distrito de Bento Rodrigues, realizado apenas por helicóptero. Imagens aéreas de TV mostraram casas completamente destruídas e soterradas por lama.Moradores relataram haver vários desaparecidos e pessoas ilhadas.

As operações aéreas de resgate foram retomadas nesta manhã.


Fonte: BBC - Brasil

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