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segunda-feira, 14 de março de 2016

Alckmin e Aécio são vaiados em ato contra o governo na Avenida Paulista

São Paulo - Milhares de manifestantes se reuniram na Avenida Paulista para defender a saída da presidenta Dilma Rousseff e apoiar o combate à corrupção Rovena Rosa/Agência Brasil




Na Avenida Paulista políticos e parlamentares de partidos de oposição desta vez apareceram.  O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves, ambos do PSDB foram vaiados pelos manifestantes. “Nós estamos aqui como cidadãos, respeitando a pluralidade nessa sociedade tão múltipla como a nossa e na busca daquilo que nos une, o fim desse governo”, disse o senador.

O senador mineiro Aécio Neves se defendeu das suspeitas que têm surgido sobre seu envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, na Operação Lava Jato “Acho que todas as citações têm que ser investigadas e elas estão se desmontando porque são falsas”, enfatizou.

"O governador de São Paulo Geraldo Alckmin destacou o caráter pacífico do protesto. “Acho que São Paulo está dando uma grande demonstração de civismo. Uma festa democrática pacífica, sem briga, com uma grande participação popular. Acho que é o momento de cada um de nós ajudar o Brasil a virar essa página e retomar o crescimento”, disse o governador, que após ser hostilizado deixou o ato rapidamente."

O deputado federal Onix Lorenzoni (DEM-RS) criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por incentivar a militância a defender o mandato de Dilma. 

Outro tema foi os impostos, lembrados pelo pato inflável montado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em frente à sede da entidade, na Av. Paulista. Foram distribuídos balões da campanha que critica a carga tributária brasileira.

Multidão
A grande concentração de pessoas, desde a manhã, embora o ato tenha sido marcado para a tarde. Além dos carros de som, foram inflados dois bonecos gigantes de Dilma e Lula.

Tudo foi acompanhado por um grande contingente da Polícia Militar (PM), que espalhou veículos blindados por diversos pontos da avenida. Segundo a PM, uma mulher foi presa por desacato depois de jogar uma garrafa de água contra policiais.

Para um dos líderes do Movimento Brasil Livre, Kim Kataguiri, a divulgação de trechos da suposta delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foi um dos fatores que ajudou a impulsionar a manifestação. “A delação do Delcídio do Amaral foi o que mais contou”, ressaltou.


Foi o movimento das ruas que impulsionou algumas figuras politicas aderiram ao movimento. “A gente vinha criticando a oposição por não comparecerem, por não apoiarem o impeachment. Agora, houve essa mudança de postura, mas mesmo assim houve muitas vaias dadas ao senador Aécio Neves e ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. 

A manifestação vai, na opinião do senador Ronaldo Caiado, (DEM-GO), líder do DEM no Senado, ajudar a pressionar o Congresso a aprovar o impedimento de Dilma. “Não tem como agora a classe política não responder a essa reação da população brasileira. Seria negar a função do Congresso Nacional de ser representante do povo brasileiro”.

Fonte: Agência Brasil

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