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terça-feira, 26 de abril de 2016

Fosfoetanolamina poderá ser legalizada como suplemento alimentar



O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, afirma que a legalização da fosfoetanolamina como suplemento alimentar junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A fosfoetanolamina, que passou a ser conhecida como "pílula do câncer", foi criada por um cientista da USP e estava sendo distribuída à população por liminar judicial. Vários laboratórios estão agora estudando a substância para avaliar seu real efeito sobre a doença.
Na visão do ministro, a legalização pode evitar que famílias e pacientes recorram a fontes de fabricação e fornecimento da substância de origens desconhecidas.


"Nós sabemos que existe um mercado subjacente desse produto. A proposta é que seja legalizado no momento como suplemento alimentar, para que ganhe as prateleiras das farmácias e das lojas especializadas, enquanto o MCTI soma esforços com o governo de São Paulo para continuar a pesquisa em seres humanos, nas fases necessárias para se comprovar que é ou não um medicamento", afirmou Pansera.

Novos testes
"Vamos seguir com os testes nas fases pré-clínicas e clínicas. Precisamos concluir os ensaios com animais, conduzidos agora", informou. "Por volta de 15 de abril, nós teremos um novo relatório. Estamos trabalhando com dois tipos de câncer - melanoma e de pâncreas -, a fim de ver a reação do organismo, tanto ao produto composto como às substâncias separadas."
Os estudos iniciais apontam que a pílula distribuída pelo Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC/USP) contém 32% de fosfoetanolamina, além de monoetanolamina e alguns sais, como cálcio, magnésio e zinco.
"A grande conclusão até o momento é que não existe toxicidade no uso desse composto", destacou Pansera. "A cápsula possui, em média, 330 miligramas da substância. Como, em geral, os pacientes consomem três comprimidos por dia, supomos que as pessoas estejam absorvendo em torno de um grama. Nessa quantidade, está comprovado que não é tóxico “. “

Fonte: MCTI – Ministério da Ciência e Tecnologia Inovação

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