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domingo, 24 de julho de 2016

Suspeitos de terrorismo poderão deixar prisão com tornozeleiras


Juiz responsável pelos pedidos de prisão explicou que suspeitos exaltavam a violência


O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba, é o responsável pela decisão de prender 12 pessoas suspeitas de terrorismo.
Em entrevista ao jornal O Globo, o magistrado afirmou ter receio de que a operação seja classificada como preconceito religioso e comentou sobre os pedidos de prisão.
Marcos falou sobre a possibilidade dos suspeitos usarem tornozeleiras eletrônicas. "É possível que polícia e MP concluam que basta que aquele sujeito seja monitorado por tornozeleira eletrônica para que não chegue perto das Olimpíadas ou aeroportos, por exemplo. O risco fica bem diminuído. Esse pessoal está sendo interrogado, o material apreendido analisado, só depois disso conseguiremos dar um panorama. Agora, o sujeito com provas contundentes contra ele, que disser ao delegado que a guerra santa é justa, tem que fazer isso mesmo, a situação dele é diferente", explicou.
Em relação as críticas à Operação, Marcos destacou: "No Brasil, na América Latina em geral, a gente tende a não levar muito a sério determinadas coisas. “Ah, a operação é um exagero, o juiz é autoritário". Mas depois o sujeito vai lá e comete um desatino. Como é que fica? Em algum momento eu precisava avaliar a situação. Tenho 44 anos, me formei depois da Constituição de 1988".
O magistrado explicou que decretou as prisões com base em indícios de que os suspeitos exaltavam a violência e associavam a religião à prática de violência e à necessidade de se praticar o jihad (no sentido de guerra pela fé contra os chamados infiéis).
"Junta-se a esse tipo de coisa a questão das olimpíadas, numa mensagem um diz que todo muçulmano tem que estar pronto para a jihad em qualquer lugar do mundo, o outro vai e complementa dizendo que as olimpíadas estão aí. Diz que o Brasil não é da coalizão, mas que vai ter gente do mundo todo aqui de país que participa da guerra ao Estado Islâmico. E vem outro e afirma que está aprendendo a fazer bomba", esclareceu.

Além disso, o juiz revelou que o Facebook iria receber multa diária de R$ 100 mil se não entregasse dados da comunidade virtual onde os suspeitos se manifestavam sobre possíveis ações terroristas no país.”
Fonte: 247 Brasil                            O Guardião da Montanha - Jornal on-line

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