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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

7 hábitos no trabalho que podem causar um infarto


Por Natalia Aarao

"A vida corrida em um escritório pode ser muito perigosa. É na rotina profissional que nascem os principais problemas causadores do infarto. Por conta disso, é importante planejar bem o trabalho para evitar hábitos prejudiciais à saúde, adotados para compensar situações como falta de tempo ou muitas tarefas acumuladas.

Fast-food
Comer em lanchonetes se tornou um estilo de vida para muitas pessoas, que acabam optando pelo “junk food” por serem mais rápidos e práticos. Porém, esse hábito está cercado de perigos: aumento da obesidade, aumento do colesterol e risco de infarto.

Se você é daqueles que não quer sair do escritório nem para comer, se organize e leve alimentos saudáveis da sua casa: frutas, hortaliças, fibras, minerais e laticínios com baixos teores de gordura. Ande sempre com barrinhas de cereais no bolso para os intervalos. Evite refrigerantes.


Sedentarismo
A falta de tempo e de motivação para iniciar uma atividade física após um longo dia de trabalho é muito comum entre pessoas do mercado de trabalho. Quem não se exercita possui um risco duas vezes maior de sofrer doenças do coração, ter pressão alta e desenvolver diabetes, independentemente do fato de estar ou não acima do peso.

Uma nova pesquisa realizada no Canadá demonstra que apenas um minuto de exercício de alta intensidade pode melhorar a sua saúde, tanto quanto 45 minutos de um treino moderado. Isso significa que você não pode mais dizer que não tem tempo suficiente para entrar em forma. Subir alguns lances de escada na hora de almoço pode propiciar um treino rápido e eficaz.

Álcool
Almoços e jantares de negócios muitas vezes vêm acompanhados de um bom vinho. O problema é quando isso se torna frequente. O álcool aumenta a pressão arterial e sua dose máxima diária recomendada é de até 30g de etanol para homens e 15g para mulheres. As quantidades máximas diárias sugeridas dos tipos de bebidas alcoólicas mais comuns são: 2 latas (350 x 2 = 700 ml) ou 1 garrafa (650 ml) de cerveja; 2 taças de 150 ml ou 1 taça de 300 ml de vinho; 2 doses de 50 ml de uísque, vodca ou outra bebida destilada.


Tabagismo
Fumantes têm três vezes mais risco de sofrerem um ataque cardíaco do que as pessoas que não fumam. Além de causar dependência, o cigarro facilita o processo de adesão de placas de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, e a formação de coágulos também é mais rápida nos tabagistas, o que pode levar ao infarto.
A recomendação não poderia ser outra: Pare de fumar!


Estresse
O estresse leva à produção de adrenalina e cortisol, que causam estreitamento das artérias, aumento da pressão arterial e aumento do consumo de oxigênio pelo coração, além de diminuir a imunidade, favorecendo o aparecimento de doenças como o herpes.

O estresse pode fazer mal não só para a sua performance como para a sua vida. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, aproximadamente dois terços de todas as visitas hospitalares têm como motivo problemas relacionados ao estresse e 75% de todos os gastos com remédios são para curar problemas gerados por ele. Estresse pode causar pressão alta, doenças autoimunes, câncer, doenças do coração, insônia, depressão, ansiedade e mais.

Recomenda-se que sejam feitos intervalos durante o trabalho para que se possa relaxar com um alongamento, massagem ou qualquer outra coisa que faça esquecer do trabalho e descansar a mente por alguns minutos.

Sono ruim
Dormir pouco e mal é um hábito que pode trazer efeitos imediatos muito ruins no dia-a-dia, como cansaço, sonolência, irritabilidade, falta de paciência e falhas de memória, por exemplo. No entanto, o maior risco é cardiovascular, levando ao um infarte ou um AVC, em função de não se produzir a melatonina, o hormônio do sono, que é produzido a partir das 2h da manhã. A falta de sono leva à produção de cortisol e adrenalina, semelhante ao que ocorre no estresse. O indicado é um adulto dormir um sono tranquilo de 7 a 8 horas por noite.


Ficar sentado por muito tempo
Pessoas que ficam sentadas durante longos períodos, mesmo em escritórios, estão mais propensas a ter problemas circulatórios. Com o movimento reduzido, a tendência é a pessoa se desidratar, em função do ambiente seco, com ar refrigerado permanentemente ligado e ingestão de quantidade pequena de líquidos. As pernas incham, a pessoa fica desidratada e o retorno venoso diminui, favorecendo a formação de trombos, que podem migrar para o coração, causando um infarto. O recomendado é sempre mexer os pés para baixo e para cima e caminhar de tempos em tempos."

Sobre a autora:
Natalia Aarao é médica pós graduada pelo Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), atua na área da clínica médica, da cardiologia e da Tomografia e Ressonância Cardíacas, sendo membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da American College of Cardiology. Trabalhou como assistente do Prof. Dr. Roberto Kalil filho e, atualmente, faz parte do Corpo Clínico dos Hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês.

Fonte: Forbes Brasil

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