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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Como estudar Filosofia e Sociologia para o Enem



Malú Damázio - Guia do Estudante

"Ao contrário dos vestibulares tradicionais, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) traz uma prova mais interdisciplinar e que aborda temas que não são cobrados com frequência nos demais processos seletivos. Além de noções de Artes e Educação Física, o estudante que fará o Enem deve se preparar também para resolver questões de Filosofia e Sociologia.

O professor Alexandre Linares, do cursinho Maximize, explica que as disciplinas começaram a ser cobradas pelo exame porque o pensamento filosófico e a interpretação da sociedade fazem parte da vida humana e dialogam diretamente com o nosso cotidiano. "Sem os conhecimentos elementares destas áreas é muito mais complicado entender as dinâmicas da história humana, das relações dos seres humanos com o espaço e com a sociedade", diz.

Diluídas no caderno de Ciências Humanas e suas Tecnologias, Sociologia e Filosofia ocupam cerca de um terço das questões dessa prova e muitas vezes aparecem dialogando com eventos históricos, atualidades ou até mesmo com Geografia e geopolítica. Para te ajudar a estudar essas matérias, o GUIA conversou com professores de cursinho que prepararam algumas dicas.
Se a sua base de Sociologia e Filosofia na escola não foi muito forte ou se você ainda tem dúvidas com relação aos principais temas cobrados, o primeiro passo é refazer as provas do Enem - especialmente as de 2009 para cá, que foi quando as duas matérias começaram a aparecer nas questões. O professor de Ciências Humanas do cursinho Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, ressalta que a técnica de ver os conteúdos que já foram abordados e identificar em quais há dúvidas é a mais indicada para este momento, a um mês do Exame.

"Nós não temos muito tempo até o Enem, então não adianta muito começar a pesquisar na internet sobre os filósofos pré-socráticos e toda a linha histórica que se segue. Acredito que o aluno perderá tempo, a essa altura, se tentar estudar autor por autor ou decorar conceitos. É melhor que ele refaça as provas e tire as dúvidas que teve com o professor na escola", explica.

Filosofia
Ainda que o Enem mantenha de certa forma um caráter interdisciplinar, o exame tem se tornado cada vez mais conteudista, como explica o professor Edmilson Bello, do cursinho Maximize. Essas alterações trazem muitos reflexos no modo como a Filosofia é abordada dentro do vestibular.

"Anteriormente, mesmo que o candidato não possuísse um conhecimento específico, pela leitura e intelecção do texto do enunciado poderia encontrar a alternativa correta. Nas provas mais recentes, essa situação torna-se cada vez mais rara, embora não tenha sido totalmente abandonada. Dessa forma, é importante não só desenvolver a capacidade de intelecção de textos, mas também conhecer com um nível razoável os conteúdos mais cobrados", diz Bello. O vocabulário utilizado nas questões de Filosofia é bastante específico, por exemplo, e por isso é preciso estar atento aos termos da área.

Os professores lembram que é comum que haja perguntas sobre formas de governo e estruturas de organização social e destacam que os autores clássicos, como Platão e Aristóteles, são os que mais aparecem nas questões, assim como os teóricos do absolutismo Thomas Hobbes e Nicolau Maquiavel, e do iluminismo, como Jean-Jacques Rousseau, Voltaire e Denis Diderot.

Já entre autores contemporâneos, Alexandre Linares afirma que o Enem costuma trazer questões envolvendo Sartre, Heidegger, Michel Foucault e os filósofos da Escola de Frankfurt, como Adorno, Horkheimer, Marcuse, Habermas e Walter Benjamin, que tratam da indústria cultural e da reprodutibilidade técnica.


Ao contrário dos vestibulares tradicionais, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) traz uma prova mais interdisciplinar e que aborda temas que não são cobrados com frequência nos demais processos seletivos. Além de noções de Artes e Educação Física, o estudante que fará o Enem deve se preparar também para resolver questões de Filosofia e Sociologia.

O professor Alexandre Linares, do cursinho Maximize, explica que as disciplinas começaram a ser cobradas pelo exame porque o pensamento filosófico e a interpretação da sociedade fazem parte da vida humana e dialogam diretamente com o nosso cotidiano. "Sem os conhecimentos elementares destas áreas é muito mais complicado entender as dinâmicas da história humana, das relações dos seres humanos com o espaço e com a sociedade", diz.

Diluídas no caderno de Ciências Humanas e suas Tecnologias, Sociologia e Filosofia ocupam cerca de um terço das questões dessa prova e muitas vezes aparecem dialogando com eventos históricos, atualidades ou até mesmo com Geografia e geopolítica. Para te ajudar a estudar essas matérias, o GUIA conversou com professores de cursinho que prepararam algumas dicas.

Se a sua base de Sociologia e Filosofia na escola não foi muito forte ou se você ainda tem dúvidas com relação aos principais temas cobrados, o primeiro passo é refazer as provas do Enem - especialmente as de 2009 para cá, que foi quando as duas matérias começaram a aparecer nas questões. O professor de Ciências Humanas do cursinho Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, ressalta que a técnica de ver os conteúdos que já foram abordados e identificar em quais há dúvidas é a mais indicada para este momento, a um mês do Exame.

"Nós não temos muito tempo até o Enem, então não adianta muito começar a pesquisar na internet sobre os filósofos pré-socráticos e toda a linha histórica que se segue. Acredito que o aluno perderá tempo, a essa altura, se tentar estudar autor por autor ou decorar conceitos. É melhor que ele refaça as provas e tire as dúvidas que teve com o professor na escola", explica.

Filosofia
Ainda que o Enem mantenha de certa forma um caráter interdisciplinar, o exame tem se tornado cada vez mais conteudista, como explica o professor Edmilson Bello, do cursinho Maximize. Essas alterações trazem muitos reflexos no modo como a Filosofia é abordada dentro do vestibular.

"Anteriormente, mesmo que o candidato não possuísse um conhecimento específico, pela leitura e intelecção do texto do enunciado poderia encontrar a alternativa correta. Nas provas mais recentes, essa situação torna-se cada vez mais rara, embora não tenha sido totalmente abandonada. Dessa forma, é importante não só desenvolver a capacidade de intelecção de textos, mas também conhecer com um nível razoável os conteúdos mais cobrados", diz Bello. O vocabulário utilizado nas questões de Filosofia é bastante específico, por exemplo, e por isso é preciso estar atento aos termos da área.

Os professores lembram que é comum que haja perguntas sobre formas de governo e estruturas de organização social e destacam que os autores clássicos, como Platão e Aristóteles, são os que mais aparecem nas questões, assim como os teóricos do absolutismo Thomas Hobbes e Nicolau Maquiavel, e do iluminismo, como Jean-Jacques Rousseau, Voltaire e Denis Diderot.

Já entre autores contemporâneos, Alexandre Linares afirma que o Enem costuma trazer questões envolvendo Sartre, Heidegger, Michel Foucault e os filósofos da Escola de Frankfurt, como Adorno, Horkheimer, Marcuse, Habermas e Walter Benjamin, que tratam da indústria cultural e da reprodutibilidade técnica.

Sociologia
A Sociologia é um conteúdo que pode estar distribuído em várias frentes do Enem, inclusive na redação. O tema de 2015, que abordou a violência contra a mulher, é uma questão diretamente relacionada à formação social, ressalta Linares. De acordo com o professor do cursinho Maximize Caio Costa, a disciplina aparece na prova não apenas em conteúdos específicos e técnicos, mas também em questões formativas, que motivam o estudante a fazer uma análise crítica da sociedade.

Alguns conceitos básicos, como ação social e fato social são recorrentes, assim como os sociólogos clássicos: Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim. Mas Costa destaca que a prova também costuma trazer a relação com a sociedade contemporânea "através da visão de movimentos sociais pelos cidadãos, e também da própria política e de como ela aparece na vida dos indivíduos por meio das instituições, das organizações e da cidadania".


Para a revisão do conteúdo, o professor reconhece que os manuais de Sociologia são importantes, mas lembra que é essencial que o estudante se atente para os debates da atualidade. "O aluno precisa estar ligado no papel da mulher, no debate de gênero, que cada vez está mais presente, e também na forma como a desigualdade social afeta o cotidiano". Uma dica é ler as notícias diárias em jornais e na internet, além de revistas mensais mais aprofundadas para perceber quais os principais problemas por trás das notícias. "A corrupção é um problema social, certo? Então, ela é tema da Sociologia", completa Costa.

Por isso, dedique sua atenção a temas que são constantemente debatidos nos dias de hoje, como direitos humanos e de minorias, diferenças culturais, trabalho infantil e feminino, guerras, migrações e crise de refugiados."


Fonte: Guia do Estudante

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