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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Brasileiros desenvolvem exame para diagnosticar Alzheimer

Com informações da Agência Brasil e UFSCar

Exame para Alzheimer
Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estão desenvolvendo um método simples, rápido e de baixo custo para detectar a doença de Alzheimer - algo inédito em termos mundiais.

Atualmente, os médicos contam apenas com técnicas pouco precisas para o diagnóstico, como tomografia, ressonância magnética e análise clínica dos sintomas, o que traz muita subjetividade ao diagnóstico.

"É muito difícil diferenciar o Alzheimer de outros tipos de demência. Normalmente, pessoas idosas tendem a ter mais demências, 60% das quais são relacionadas ao Alzheimer," explica o professor Ronaldo Censi Faria, um dos responsáveis pela pesquisa.

Biomarcador
O novo exame é baseado na proteína ADAM10, presente no sangue, e que se mostra alterada nos pacientes com Alzheimer e de transtorno neurocognitivo leve, considerado uma espécie de pré-Alzheimer.


O teste é feito detectando a presença desse biomarcador. O material usado tem um custo por volta de R$ 3, tornando viável identificar diferentes estágios da doença e até mesmo uma predisposição ao Alzheimer, segundo a equipe.

Uma pequena quantidade de sangue é tratada com partículas magnéticas que são capturadas por um imã. A concentração é determinada com um dispositivo sensor descartável. O nível do biomarcador tende a aumentar, dependendo do grau da doença.

Outra vantagem do novo exame é que os métodos atuais só detectam a doença em estágios mais avançados. Se diagnosticado de forma precoce, o tratamento do Alzheimer pode conseguir retardar o avanço da doença, embora ainda não existam terapias totalmente eficazes.

Mais pesquisas
Mas esta foi apenas a primeira etapa no desenvolvimento do novo exame, já que a pesquisa se baseou na análise de uma pequena amostra, com apenas 24 pacientes. Na próxima etapa a equipe espera conseguir ampliar o número de voluntários para pelo menos 200.

Com isto, a estimativa é que o produto leve de cinco a 10 anos para chegar ao mercado.”

Fonte: Diário da Saúde  

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