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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Ciência: "NASA detecta a maior erupção solar da década"

 Imagem da potente labareda, à direita na imagem. NASA

Funcionamento de satélites de comunicação e GPS pode ter sido alterado, segundo a agência”


Por Alícia Alegre

Duas poderosas erupções solares ocorreram na última quarta-feira, sendo que a segunda delas é a mais intensa registrada desde o início desse ciclo de atividade solar em dezembro de 2008, segundo informou a NASA em um comunicado.

As rajadas de radiação desprendidas dessas erupções foram detectadas pelo satélite Solar Dynamics Observatory da agência especial estadunidense às 9h10 GMT e 12h02 GMT (2h10 e 5h02 de Brasília), respectivamente.

De acordo com o Centro de Previsão de Meteorologia Espacial (SWPC, na sigla em inglês), essas erupções, chamadas de “categoria X”, perturbaram as comunicações de rádio de alta frequência durante uma hora no lado da Terra situado em frente ao Sol e também as comunicações de baixa frequência utilizadas na navegação. Além disso, podem alterar o funcionamento dos satélites de comunicação e o GPS, assim como as redes de distribuição elétrica ao chegarem à atmosfera superior da Terra. As duas erupções ocorreram em uma região ativa do Sol onde já havia ocorrido uma erupção de intensidade média em 4 de setembro.

Além disso, esses fenômenos também podem afetar as naves que viajam pelo espaço, já que poderiam apresentar mais resistência ao entrarem na órbita da Terra e terem problemas de orientação e de aumento de carga. Como curiosidade, a aurora boreal poderá ser vista mais baixa da Pensilvânia ao Oregon.

O ciclo atual do Sol se iniciou em dezembro de 2008 e tem um promédio de 11 anos. Durante esse tempo, a intensidade da atividade solar diminuiu bruscamente, abrindo caminho ao “mínimo solar”. No final da fase ativa, essas erupções se tornam cada vez mais raras, o que não significa que não sejam potentes.

As tempestades solares são o resultado de uma acumulação de energia magnética em alguns lugares. Essas rajadas de matéria ionizada se projetam a grande velocidade na Coroa Solar e além, até centenas de milhares de quilômetros de altitude.”

Fonte: El País

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