Por Marina
Monzillo - VEJA.com
"Com a virada do ano
se aproximando, começam os planos, e a casa própria é,
possivelmente, o maior dos sonhos. Sob o ponto de vista financeiro, o
que vale mais a pena: pagar aluguel ou prestações de um imóvel?
“Para ter essa
resposta, que não é fácil, é preciso primeiramente fazer a conta
que ninguém faz: ‘quanto de juros eu vou pagar ao longo dos anos
de financiamento?’”, comenta Ricardo Rocha, professor de finanças
do Insper.
Se o custo efetivo
total do parcelamento ficar maior do que a soma dos anos de aluguel e
seus reajustes, entra o fator da disciplina. Para que a economia de
continuar inquilino exista de fato, a diferença precisa ser poupada
e investida.
“Para aquele que
juntar perto de 40% para dar de entrada, a compra passa a ser mais
vantajosa, pois a quitação acontece em prazo menor, pagando-se
menos juros”, explica Rocha. Ele dá um exemplo clássico: “O
aluguel é interessante para primeira moradia, para recém-casados ou
quem quer morar sozinho pela primeira vez. Poupando a diferença e
juntando o FGTS, a compra mais tardia é uma boa estratégia para o
bolso”.
Os especialistas em
finanças pessoais costumam ensinar a conta da taxa de retorno do
aluguel, que pode dar um norte para quem tem o montante para pagar a
casa própria à vista: dividir o valor do aluguel pelo preço de
compra do imóvel e multiplicar por 100. Se o resultado for menor do
que o rendimento mensal de investimentos mais conservadores, de renda
fixa, como CDB e Tesouro Direto, melhor manter o dinheiro aplicado.
Do contrário, parta para a aquisição.
O momento de comprar
Em época de boom
econômico, os valores para a compra sobem demais, mas na recessão,
mesmo com muitos imóveis vazios, a demanda reprimida não deixa os
preços caíram muito. “Ainda mais porque o Brasil tem cerca de 80%
da população vivendo em nove regiões metropolitanas, o que mantém
elevado o valor do metro quadrado nesses grandes centros urbanos”,
comenta o professor. Isso também puxa os aluguéis para altos
patamares, mesmo em época de crise. Desapegar hoje da localização
perfeita, da metragem dos sonhos e, por um tempo programado, da ideia
da casa própria, pode fazer o dinheiro render mais e a compra ser
mais inteligente no futuro.”
Fonte:
Veja.com
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