Maia disse que a discussão da proposta deve ocorrer no dia 5 de fevereiro. (Luis Macedo/Câmara dos Deputados) |
Por Redação Veja
a votação deve ocorrer no dia 19 de fevereiro
“O
presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ),
marcou para 19 de fevereiro do ano que vem a votação da reforma
da Previdência no
plenário da Casa, após fracassarem os esforços de governistas para
tentar conseguir os votos para aprovar a proposta na próxima semana.
Maia
disse hoje que, apesar de 2018 ser um ano eleitoral, ele acredita que
o tamanho da atual crise fiscal vivida pelo país permitirá que as
mudanças previdenciárias sejam aprovadas.
Segundo
ele, a discussão da proposta deve ocorrer no dia 5 de fevereiro.
Como se trata de matéria constitucional, o governo precisa de 308
votos para ser aprovada.
Depois
de se reunir hoje com o relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA), o
presidente da Câmara disse que foram feitos alguns ajustes no
relatório que será lido em plenário ainda nesta quinta, a partir
das 15h.
Segundo
Rodrigo Maia, houve “contaminação” do texto inicial e uma
“comunicação pouco efetiva”, mas até fevereiro haverá todas
as condições para colocar a proposta em pauta.
“A
recepção da sociedade já melhorou muito, tende a melhorar nas
próximas semanas. No dia 18, uma segunda-feira, a matéria vai estar
pronta para pauta e vamos começar a votação da reforma da
Previdência. A data está colocada para que cada deputado possa
organizar sua programação e para que a gente possa votar essa
matéria. Espero eu que a gente possa ter essa matéria aprovada
porque é fundamental para o Brasil”, declarou o presidente da
Câmara.
A
fixação da data de votação da proposta se transformou em uma
novela nos últimos dias. Ontem, o líder do governo no Senado,
Romero Jucá (PMDB-RR) disse que a votação da reforma havia ficado
para fevereiro. Poucas horas depois, o Palácio do Planalto soltou
uma nota desmentindo Jucá.
Na
nota, o Palácio dizia que a decisão sobre a data ainda não havia
sido tomada e que a definição dependia de uma negociação
conduzida pelo presidente Michel Temer e os presidentes da Câmara e
do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Servidores
O
relator da reforma disse que Rodrigo Maia se incumbiu de formular uma
nova regra de transição para os servidores públicos que
ingressaram antes de 2003.
A
regra da proposta exige que os funcionários públicos que
ingressaram antes de 2003 trabalhem até 65 anos (homens) e 62 anos
(mulheres) para ter direito a receber o último salário como
aposentadoria. Caso contrário, a aposentadoria será calculada com
base na média dos salários.
Essa
é mais uma tentativa do governo de angariar apoio para a aprovação
da reforma, que deve ser votada somente em fevereiro de 2018. Com a
sinalização, o governo espera reverter o voto dos deputados que são
influenciados com a pressão dos sindicatos dos servidores públicos,
que aumentaram os protestos e a mobilização contra a reforma nos
últimos dias.
Por
outro lado, enfraquece o discurso do governo de que a reforma coloca
fim aos privilégios. Somente servidores públicos que ingressaram
antes de 2003 têm direito às chamadas integralidade (receber como
aposentadoria o último salário) e paridade (os mesmos reajustes
concedidos para os servidores da ativa). Para os segurados do INSS, o
teto da aposentadoria é de 5.531 reais."
Fontes:
Veja.com (Com Reuters, Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
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