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sábado, 10 de março de 2018

Dez mulheres que lutaram pela igualdade de gênero no país


Em homenagem ao dia 8 de março, que marca a luta delas e de tantas outras pelo mundo, o Governo do Brasil separou algumas histórias que se destacaram nessa trajetória

"Primeira brasileira a integrar uma unidade militar, Maria Quitéria nasceu em São José de Itapororocas (BA), no ano de 1797. Durante as lutas pela Independência do Brasil, alistou-se no regimento de artilharia, como soldado Medeiros. Depois foi transferida para a infantaria e passou a integrar o Batalhão dos Voluntários do Imperador, em 1822. Pelo seu entusiasmo e bravura, Maria Quitéria conquistou o respeito dos companheiros e recebeu de D.Pedro I a insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro. Em junho de 1996, passou a ser reconhecida como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.
Conhecida pelo pseudônimo de Nísia Floresta, Dionísia Gonçalves Pinto foi provavelmente a primeira mulher no País a publicar textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda dava seus primeiros passos. Nascida em Papari — hoje cidade Nísia Floresta — Rio Grande do Norte, em 12 de outubro de 1810, Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.
Carlota Pereira de Queirós foi a primeira mulher brasileira a ser eleita deputada federal. Nascida em São Paulo, em 13 de fevereiro de 1892, atuou como médica, escritora e pedagoga. Estudou dietética infantil em centros médicos da Europa, onde efervesciam as ideias feministas e o movimento sufragista. Ao voltar ao Brasil, organizou a assistência aos feridos da Revolução Constitucionalista, movimento de contestação à Revolução de 1930, ocorrido em São Paulo. Em maio de 1933, foi a única mulher eleita deputada à Assembleia Nacional Constituinte.
O primeiro sindicato de trabalhadoras domésticas do Brasil foi criado por Laudelina de Campos Melo. Nascida em 12 de outubro de 1904, em Poços de Caldas, Minas Gerais, aos sete anos já trabalhava como empregada doméstica. Em 1936, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro e fundou a Associação de Trabalhadores Domésticos do País. Sua luta, especialmente na década de 1970, foi fundamental para a categoria conquistar o direito à carteira de trabalho e à Previdência Social. 
Conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras, Bertha Lutz foi bióloga e a segunda mulher a ingressar no serviço público. Nascida em São Paulo, no dia 2 de agosto de 1894, a pioneira na defesa dos direitos políticos das mulheres contribuiu para o decreto do voto feminino em 1932 junto ao movimento sufragista. Quatro anos depois, assume o mandato de deputada. Como parlamentar, atuou pela mudança na legislação referente ao trabalho da mulher e do menor, visando, além de igualdade salarial, à licença de três meses para a gestante e à redução da jornada de trabalho, então de 13 horas diárias. 
Celina Guimarães Viana: primeira mulher a exercer o direito de voto no País, em 1927. Naquele ano, o Rio Grande do Norte foi o primeiro estado a estabelecer que não haveria distinção de sexo para o exercício do voto. Com isso, ela se inscreveu para votar com o auxílio de seu marido e entrou para a história como a primeira mulher a votar no Brasil. Em 25 de novembro de 1927, na cidade de Mossoró, foi incluído o nome de Celina Guimarães Vianna na lista dos eleitores do Rio Grande do Norte.
Nascida em 11 de julho de 1901, Antonieta de Barros foi a primeira mulher a integrar a Assembleia Legislativa de Santa Catarina e a primeira mulher negra eleita parlamentar no Brasil. Começou a trabalhar como jornalista na década de 1920, criando e dirigindo em Florianópolis, onde nasceu o jornal A Semana, mantido até 1927. Na mesma década, dirigiu o periódico Vida Ilhoa, na mesma cidade. Como educadora, fundou o Curso Antonieta de Barros, que dirigiu até a sua morte, em 1952, além de ter lecionado em outros três colégios.
Mesmo tendo nascido praticamente cega, em 11 de novembro de 1930, Rose Marie Muraro teve determinação para se tornar uma das intelectuais mais influentes do Brasil e uma das pioneiras do feminismo. Foi responsável por livros que retratavam de forma contundente a condição da mulher na sociedade da época, como A Sexualidade da Mulher Brasileira. Ela também foi responsável por disseminar conteúdos estrangeiros sobre o tema, traduzindo e editando inúmeras publicações.
Rosmary Corrêa: foi a primeira delegada especial para mulheres, atuou na primeira unidade especializada do País, inaugurada em São Paulo em 1985. Eleita deputada estadual pela primeira vez em 1990, reelegeu-se em 1994, 1998 e 2002. Sua atuação parlamentar foi voltada para a segurança pública e para o combate à violência e à discriminação contra a mulher.
A farmacêutica cearense Maria da Penha é o marco recente mais importante da história das lutas feministas brasileiras. Em 1983, enquanto dormia, recebeu um tiro do então marido, Marco Antônio Heredia Viveiros, que a deixou paraplégica. Depois de se recuperar, foi mantida em cárcere privado, sofreu outras agressões e nova tentativa de assassinato, também pelo marido, por eletrocussão. Procurou a Justiça e conseguiu deixar a casa, com as três filhas. Depois de um longo processo de luta, em 2006, foi sancionada a Lei nº 11.340, conhecida por Lei Maria da Penha, que coíbe a violência doméstica contra mulheres. Com informações do Portal Brasil.”
Fonte: Brasil ao minuto

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