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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

General Villas Bôas enviou representação ao Ministério Público Militar sobre vídeo divulgado na internet

General Villas Boas - © Marcelo Camargo/Agência Brasil

"O gabinete do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, encaminhou representação ao Ministério Público Militar para que seja investigado "o cometimento de possível ilegalidade" em um vídeo gravado e divulgado na internet pelo coronel da reserva do Exército Carlos Alves, morador do Rio de Janeiro.

No vídeo, o coronel chama a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, de "salafrária, corrupta e incompetente" por ela ter se reunido com representantes de partidos políticos que solicitaram uma investigação sobre reportagem da Folha de S.Paulo.
A reportagem revelou que empresas pagaram pelo impulsionamento de mensagens anti-PT no aplicativo de mensagens Whatsapp durante as eleições.
É parte da rotina, adotada em todas as eleições já feitas no país, que ministros do TSE recebam representantes de partidos políticos que pedem providências do Judiciário sobre determinados assuntos.
O coronel da reserva faz ainda uma série de ameaças e acusações contra ministros de tribunais superiores, insinuando fraudes nas eleições e ameaçando convocar pessoas para atos de violência caso o presidente eleito no próximo dia 28 seja Fernando Haddad (PT), adversário de Jair Bolsonaro (PSL).
Em resposta à reportagem sobre o comportamento do coronel da reserva, o Comando do Exército informou em nota: "O referido militar afronta diversas autoridades e deve assumir as responsabilidades por suas declarações, as quais não representam o pensamento do Exército Brasileiro. O general Villas Bôas, comandante do Exército, é a autoridade responsável por expressar o posicionamento da Força. Cabe ressaltar ainda que o comandante do Exército, por intermédio de seu gabinete, encaminhou uma representação ao Ministério Público Militar solicitando que fosse investigado o cometimento de possível ilegalidade".
Procurado pela reportagem, o coronel da reserva não foi localizado para comentar o assunto. Com informações da Folhapress.
Fonte: Política ao Minuto

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