Deputado Glauber Braga - Psol- RJ |
"Glauber Braga (PSOL-RJ) disse que ministro será lembrado como um juiz que se corrompeu. Escoltado, Moro deixou a audiência aos gritos de 'fujão'"
Por André Siqueira – Veja.com
“A
sabatina do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio
Moro,
na Câmara dos Deputados foi encerrada por volta das 21h50, após o
deputado Glauber
Braga (PSOL-RJ)
afirmar que “a história não absolverá” Moro, que, segundo ele,
será lembrado “como o juiz que se corrompeu, como um juiz ladrão”.
A
fala de Glauber Braga causou reação de parlamentares aliados ao
governo Bolsonaro que reagiram, aos gritos. Um dos mais exaltados, o
Delegado Éder
Mauro (PSD-PA)
partiu para cima de Braga, mas foi separado pelo petista Paulo
Teixeira (SP).
A mesa da presidência
da audiência, comandada pela deputada Marcivania Flexa (PCdoB-AP),
foi cercada por alguns deputados que exigiam o encerramento da
sessão. O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) disse que a parlamentar não
tinha “pulso” para contornar a confusão.
A deputada Marcivana
Flexa encerrou a sessão após Moro deixar a audiência escoltado por
seguranças. Enquanto se retirava, deputados da oposição gritavam
“fujão”.
Moro foi sabatinado por
deputados nesta terça-feira, 2, por quase oito horas, para explicar
as mensagens vazadas pelo site The Intercept Brasil, envolvendo o
então juiz federal e o chefe da força-tarefa da Operação Lava
Jato, Deltan Dallagnol. O ministro da Justiça e Segurança Pública
foi ouvido por parlamentares de quatro comissões: de Constituição
e Justiça; de Trabalho; de Direitos Humanos; e de Fiscalização
Financeira e Controle.
A
confusão envolvendo Glauber Braga e governistas não foi o único
momento de tensão da sessão. No primeiro bate-boca entre
oposicionistas e aliados de Bolsonaro, o deputado Rogério Corrêa
(PT-MG) chamou Dallagnol de “mau elemento” e “cretino” e foi
respondido pelo líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), aos
gritos. O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), ameaçou
encerrar a reunião durante a discussão.
“Se
começar bate boca, que eu tô prevendo, vou encerrar a reunião.
Quero saber se querem fazer o debate de forma civilizada, fazendo
perguntas”, disse Francischini.
A estratégia dos
deputados ficou clara desde o início da audiência. Os aliados de
Moro e do governo Bolsonaro alegaram que a Lava Jato foi responsável
pela maior investigação de combate à corrupção e lavagem de
dinheiro da história do país.
Os parlamentares de
oposição, por sua vez, questionam a imparcialidade do então juiz
federal na condução dos processos da força-tarefa. A analogia
sobre um árbitro de futebol atuando a favor de uma das equipes foi
utilizada diversas vezes por oposicionistas.”
Fonte:
Veja.com
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