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terça-feira, 13 de agosto de 2019

A Marcha das Margaridas, hoje e amanhã em Brasiília




Milhares de mulheres em defesa da soberania popular!

Milhares de mulheres do campo, da floresta e das águas marcharão em Brasília por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência"


"Hoje, terça-feira, dia 13 de agosto, milhares de mulheres do campo, da floresta e das águas de todo o Brasil e de 26 países de todos os continentes chegarão à capital federal para participar, nos dias 13 e 14 de agosto, da maior ação estratégica protagonizada pelas mulheres na América Latina: a Marcha das Margaridas.
Marcha das Margaridas em Brasília
A ação acontece a cada quatro anos e esta é a sexta edição, com o lema da Marcha das Margaridas 2019 é “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”. Ao longo de suas edições, desde a primeira realizada em 2000, a Marcha tornou-se um importante espaço e uma importante estratégia para as Margaridas conquistarem visibilidade, reconhecimento social, político e cidadania plena.

Mulheres do Sul de Minas marcando presença na Marcha das Margaridas
Coletivo Feminista Mulher pela Democracia Poços de Caldas e região também foram para a Marcha das Margaridas em Brasília, capital federal
Mulheres de São Thomé das Letras e Três Corações, MG rumo à Brasília na Marcha das Margaridas


A 6ª Marcha das Margaridas é realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), suas 27 Federações e mais de 4 mil Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de todo o País, em parceria com 16 organizações sociais, entre movimentos feministas e de mulheres trabalhadoras, centrais sindicais e organizações internacionais.

PROGRAMAÇÃO
As caravanas dos estados começam a chegar na madrugada de 13 de agosto e as atividades serão iniciadas às 14h, com oficinas, painéis e com a Mostra de Saberes e Sabores das Margaridas. A abertura oficial será às 19h e, na sequência, será realizada a noite cultural. Uma das apresentações confirmadas é da atriz Letícia Sabatella. As atividades do primeiro dia são exclusivas para as delegações dos estados e para a delegação internacional.



No dia 14, momento da “grande marcha”, a programação é aberta ao público em geral. As Margaridas estarão concentradas no lado externo do Pavilhão do Parque da Cidade a partir das 6h. Sairão em marcha às 7h em direção à Esplanada dos Ministérios. A previsão é que o ato de encerramento seja realizado às 11h nas proximidades do Congresso Nacional.”

"A coordenadora-geral da Marcha 2019, Maria José Morais Costa, a Mazé, conta que milhares de mulheres se envolvem na construção desse evento que este ano ocorre nesta terça e quarta (13 e 14). “É um processo de formação, mobilização e construção na base. A gente define o lema, o caráter e os eixos temáticos que estaremos trabalhando na base”, diz.

Aí as mulheres passam praticamente dois anos discutindo, fazendo o processo de formação na base. Termina uma marcha as mulheres já vão pensando (a próxima).

Faltando dois anos, já começam a intensificar esse processo. Envolve não só as 100 mil que vêm à Brasília, mas milhares de outras por todo o canto do país e do mundo, que sabem o que é a Marcha das Margaridas”, explica a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares da Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag).
São 27 federações e mais de 4 mil os sindicatos filiados à Contag, que promove as Marchas com parceria e apoio de movimentos feministas, de mulheres trabalhadoras, centrais sindicais e organizações internacionais.

Crescimento na democracia

Mazé relata que este ano as mulheres estão encontrando muitas dificuldades para a Marcha. “Nesse governo que aí está, que só quer retirar os direitos da classe trabalhadora, sobretudo das mulheres, a gente não tem nem como dialogar.”

Assim, os eixos políticos da Marcha 2019 tocam em pontos nevrálgicos, sob risco no governo Jair Bolsonaro. Tratam da defesa da terra, água e agroecologia; da autodeterminação dos povos, com soberania alimentar e energética; pela proteção e conservação da sociobiodiversidade; por autonomia econômica, trabalho e renda; por previdência e assistência social pública, universal e solidária; por saúde pública e em defesa do SUS; por uma educação sexista e antirracista e pelo direito à educação do campo; pela autonomia e liberdade das mulheres sobre seu corpo e sua sexualidade; por uma vida livre de todas as formas de violência; por democracia com igualdade e fortalecimento da participação política das mulheres.
Esta será a primeira Marcha das Margaridas após o golpe que em 2016 retirou Dilma Rousseff da Presidência da República.

“Tínhamos um diálogo muito bom nos últimos anos com os dois governos, de Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, 2003 a 2010) e Dilma (entre 2011 e 2016)”, lembra a dirigente da Contag. “A gente pode dialogar sobre nossas pautas e conseguimos várias conquistas durante esses governos através da Marcha das Margaridas.”

“Não existe uma receita pronta para construir a Marcha das Margaridas… a criatividade e a ousadia de cada mulher ou grupo é o que prevalece”, afirma a publicação que sugere ações para ampliar o processo de mobilização."
Fontes: Conversa Afiada e Brasil 247 

2 comentários:

  1. Obrigada por mostrar a lindeza do movimento Marcha das Margaridas!

    33anos da morte de Margarida Alves, assassinada em conflitos pela terra.

    Blog fundamental p trazer o q a mídia local falha.

    Parabéns!

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    1. Agradecemos a visita. E o comentário é muito gratificante. Agradecida!

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