Ontem, 7 de abril foi o Dia do Jornalista!

SER JORNALISTA NO BRASIL

Por Ana Lúcia Dias e Bady Monte Líbano 

O Dia do Jornalista, comemorado em 07 de abril, foi instituído em 1931, por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem ao médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por inimigos políticos em 1830.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) foi criada para representar e assegurar aos jornalistas seus direitos e legitimar sua profissão. A data escolhida para sua criação oficial foi o dia 07 de abril de 1908, haja vista o seu caráter histórico e importância para a liberdade de imprensa.

                                                                 

A (ABI) foi idealizada pelo jornalista Gustavo de Lacerda, que acreditava que os jornais deveriam funcionar como cooperativas com uma missão social de informar e levar conhecimento à população. Sua ideologia era contrária ao Jornalismo praticado até então, cujos veículos eram empresas que visavam ao lucro, e a notícia era apenas uma mercadoria. Tal posição fez com que a associação enfrentasse certa resistência e até boicotes por parte dos grandes empresários, fator que levou a uma maior demora na consolidação da entidade.

O que acontece novamente nos dias de hoje, o Jornalismo perdeu sua ideologia principal, criando-se assim a impressa intitulada de Marrom, coisa que envergonha a muitos profissionais sérios, que tem orgulho de sua profissão e da qual orgulha muitos redatores, editores e donos de veículos de comunicação tanto escritos, virtuais e televisionados. Apesar de o dia 07 de abril ser a principal data brasileira de homenagem aos jornalistas, outros dias também homenageiam tal profissional.

O Dia do Jornalista, assim como suas áreas de atuação, varia conforme o país. Nos Estados Unidos, por exemplo, comemora-se em 08 de agosto. Já na China a data escolhida foi 08 de novembro.

O primeiro jornal brasileiro não era produzido no Brasil. O Correio Braziliense foi criado em 1º de junho de 1808 pelo jornalista Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, em Londres. Sua circulação encerrou-se em 1º de dezembro de 1822.

A imprensa brasileira passou a se desenvolver e se tornar mais popular com a abolição da escravatura, os avanços na educação básica, o barateamento dos custos de produção e possibilidade de inserção de imagens nos semanários, que depois se tornaram periódicos.

Os jornalistas brasileiros não tinham formação específica até a década de 1940. Os profissionais do Jornalismo eram, em sua maioria, médicos, advogados e, posteriormente, escritores.

O primeiro curso de Jornalismo no Brasil, criado em 1947, em São Paulo, foi o da Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. A graduação nessa área ganhou força na década de 1960, e as seguintes instituições passaram a oferecer o curso: Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Faculdade Eloy de Souza (atual Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN), Universidade de Brasília (UnB) e federais de Goiás (UFG), Ceará (UFC) e Amazonas (UFAM). ECA - da USP, PUC - Pontifícia Universidade Católica de SP. entre outras. 

                         

O diploma para o exercício do Jornalismo tornou-se exigência em 1969 (em plena ditadura militar), o que possibilitou o crescimento e aperfeiçoamento dos cursos de graduação e, posteriormente, especializações para os profissionais da comunicação, mas em 2009, o Supremo Tribunal Federal jogou o nosso diploma no lixo. O que significou o país ficar sem a Lei de Imprensa, sem o respeito aos profissionais que cursaram uma faculdade durante 4 anos tiveram matérias específicas e especializadas para cada assunto. 

Hoje existem diversos meios de comunicação no Brasil, com ótimos profissionais de Jornalismo, que se dedicam que correm risco de vida, que são ameaçados, que sofrem boicote, que são hostilizados por fazerem seu trabalho, principalmente as mulheres jornalistas, pelo governo federal, na figura do presidente da República, Jair Bolsonaro. 

Os jornalistas profissionais sabem que o verdadeiro Jornalismo ou Jornalista sempre tem que ser imparcial perante a notícia levada ao conhecimento público, para que possa ter credibilidade em suas matérias escritas ou faladas. Se não fossem os jornalistas não haveria informações confiáveis da OMS - Organização Mundial da Saúde ou do Ministério da Saúde, em meio a essa pandemia mundial, da covid-19.     

Feliz dia do Jornalista à todos os colegas de trabalho.    

Fonte:  Equipe Brasil Escola.