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Em 31 de agosto, há quatro anos, o Brasil perdeu a presidente que poderia continuar a mudar os rumos do país!

Dilma Rousseff - Brasileira do ano - ISTOÉ Independente
Ex-presidenta Dilma Roussef

Por Lucas Rafael Chianello

"O QUE MELHOROU DE LÁ PRA CÁ?"

"O salário mínimo perdeu poder de compra; o Brasil voltou ao mapa da fome; estávamos com taxa de pleno emprego e hoje temos um sem número de desempregados; os médicos cubanos foram embora; o orçamento dos militares será maior que o da educação; nos tornamos motivo de vergonha internacional; fomos prejudicados com as reformas trabalhistas e da previdência; a saúde e a educação estão com o orçamento congelado por 20 anos...

Disseram que era só tirar a Dilma que o Brasil melhorava.

Se alguém de vocês me provar o que melhorou na vida do brasileiro depois da queda da Dilma, eu renuncio ao meu ativismo político e de cidadão."



Lucas Rafael Chianello - É articulista do OGM É advogado fez Direito na PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Campus Poços de Caldas e é também Jornalista por saber notório, registrado no Ministério do Trabalho – MTB 14.838                          

domingo, 30 de agosto de 2020

Boletim epidemiológico atualizado: 30 de agosto, em Poços de Caldas, MG

Fonte: whatsapp

 Segundo Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas, neste domingo, 30 de agosto, são 821 casos positivos em Poços: destes, 496 pacientes são considerados recuperados, 286 seguem em isolamento domiciliar, nove estão em Unidade de Terapia Intensiva e nove em ala ou leitos clínicos. Neste domingo, foi registrado mais um óbito. A paciente tinha 44 anos. A Secretaria Municipal de Saúde se solidariza com os familiares e amigos neste momento de perda. Até o momento são 21 óbitos confirmados no município, em função da Covid-19. O Informe registra nove óbitos de não residentes.


Dentre os 821 casos positivos no município, 50,5% se referem a pacientes do sexo masculino. A faixa etária de maior incidência é dos 30 aos 39 anos, que corresponde a 24,1% dos casos. A taxa de ocupação de Unidade de Terapia Intensiva, neste domingo, está em 35,09%. De 57 leitos, são 20 leitos ocupados, sendo nove por pacientes confirmados e 11, por pacientes que aguardam resultado de exame para confirmação do diagnóstico. A rede hospitalar de Poços também recebe pacientes de outras localidades. Neste domingo, são sete internações: três pacientes de Andradas, um de Arceburgo, um de Caldas, um de Ibititura de Minas, um de Machado. Lembrando que estes casos não são computados nas estatísticas locais referentes aos números de casos positivos, mas já estão incluídos na taxa de ocupação de leitos de UTI, divulgada diariamente no Boletim Epidemiológico. No total de 57 leitos de UTI disponíveis, constam os 10 leitos do Hospital de Campanha.
O Boletim também informa que já foram realizados no município, somando as redes pública e privada, 11.301 testes e exames. 

Informe Estadual
Segundo o Informe Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, 215.050 são casos confirmados. E destes, 31.778 estão em acompanhamento; 177.946 recuperados e 5.326 são óbitos por Covid-19 registrados em Minas
Fonte: Secretaria de Saúde de Poços de Caldas, MG  

"Acupuntura reduz inflamação em condições potencialmente fatais"

 Confira os benefícios da acupuntura para a saúde - Jetss

Redação do Diário da Saúde


Local, duração e intensidade da acupuntura

"A acupuntura não apenas modula a inflamação: Novas descobertas revelam que o local, a intensidade e o momento da acupuntura afetam todo o curso da doença.

Estes novos resultados prometem servir de subsídio para os esforços para usar a acupuntura no tratamento de doenças marcadas por inflamações sérias, garante o professor Shenbin Liu, da Escola de Medicina de Harvard (EUA).

A equipe de Liu usou com sucesso a acupuntura para domar a "tempestade de citocinas" que marca a inflamação sistêmica, uma condição que pode levar à morte.

A acupuntura ativou diferentes vias de sinalização, que desencadearam uma resposta pró-inflamatória ou anti-inflamatória em animais de laboratório com uma inflamação sistêmica induzida por bactérias.

Além disso, a equipe descobriu que três fatores determinaram como a acupuntura afetou a resposta: o local de aplicação, a intensidade e o tempo de tratamento.

Em outras palavras, onde no corpo a estimulação ocorreu, quão forte ela foi e quando a estimulação foi administrada produziu efeitos dramaticamente diferentes nos marcadores inflamatórios e na sobrevivência das cobaias.

Acupuntura contra inflamação

A equipe afirma que seus experimentos representam uma etapa crítica para definir os mecanismos neuroanatômicos subjacentes à acupuntura, além de oferecerem um roteiro para o aproveitamento da abordagem para o tratamento de doenças inflamatórias.

Eles alertam, no entanto, que, antes de qualquer uso terapêutico, as observações devem ser confirmadas em pesquisas futuras - em animais e também em humanos - e os parâmetros ideais para a estimulação por acupuntura devem ser cuidadosamente definidos.

"Nossas descobertas representam um passo importante nos esforços contínuos não apenas para entender a neuroanatomia da acupuntura, mas também para identificar maneiras de incorporá-la ao arsenal de tratamentos das doenças inflamatórias, incluindo a sepse," disse Qiufu Ma, membro da equipe.”

Checagem com artigo científico:

Artigo: Somatotopic Organization and Intensity Dependence in Driving Distinct NPY-Expressing Sympathetic Pathways by Electroacupuncture
Autores: Shenbin Liu, Zhi-Fu Wang, Yang-Shuai Su, Russell S. Ray, Xiang-Hong Jing, Yan-Qing Wang, Qiufu Ma
Publicação: Neuron
DOI: 10.1016/j.neuron.2020.07.015

Fonte: Diário da Saúde

sábado, 29 de agosto de 2020

Boletim epidemiológico atualizado: 29 de agosto, em Poços de Caldas, MG

Fonte: whatsapp























 "Segundo Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas, neste sábado, 29 de agosto, são 821 casos positivos em Poços: destes, 496 pacientes são considerados recuperados, 287 seguem em isolamento domiciliar, 10 estão em Unidade de Terapia Intensiva e oito em ala ou leitos clínicos. Até o momento são 20 óbitos confirmados no município, em função da Covid-19. A atualização deste sábado descarta um óbito que seguia em investigação, referente a uma paciente de 56 anos que faleceu no domingo, 23. O resultado do exame laboratorial analisado na Funed, a Fundação Ezequiel Dias em Belo Horizonte, deu negativo para Covid-19. O Informe registra nove óbitos de não residentes.

Dentre os 821 casos positivos no município, 50,5% se referem a pacientes do sexo masculino. A faixa etária de maior incidência é dos 30 aos 39 anos, que corresponde a 24,1% dos casos. A taxa de ocupação de Unidade de Terapia Intensiva, neste sábado, está em 38,6%. De 57 leitos, são 22 leitos ocupados, sendo 10 por pacientes confirmados e 12, por pacientes que aguardam resultado de exame para confirmação do diagnóstico. A rede hospitalar de Poços também recebe pacientes de outras localidades. Neste sábado, são sete internações: três pacientes de Andradas, um de Arceburgo, um de Caldas, um de Ibititura de Minas, um de Machado. Lembrando que estes casos não são computados nas estatísticas locais referentes aos números de casos positivos, mas já estão incluídos na taxa de ocupação de leitos de UTI, divulgada diariamente no Boletim Epidemiológico. No total de 57 leitos de UTI disponíveis, constam os 10 leitos do Hospital de Campanha.

O Boletim também informa que já foram realizados no município, somando as redes pública e privada, 11.301 testes e exames. 

Informe Estadual
Segundo o Informe Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, 212.565 são casos confirmados. E destes, 31.537 estão em acompanhamento; 175.758 recuperados e 5.270 são óbitos por Covid-19 registrados em Minas."

Fonte: Secretaria de Saúde de Poços de Caldas, MG

Prefeitura de Poços de Caldas estuda o retorno das atividades coletivas em parques da cidade

Parque Municipal deve ser liberado a partir de 1º de setembro em Poços de Caldas (MG) — Foto: Prefeitura Municipal de Poços de Caldas/Divulgação
Parque Municipal deve ser liberado a partir de 1º de setembro em Poços de Caldas (MG) — Foto: Prefeitura Municipal
de Poços de Caldas/Divulgação

Prefeitura de Poços de Caldas estuda o retorno das atividades coletivas em parques da cidade 

Fonte: EPTV 2ª Edição

“E agora, bancada fundamentalista?”

Pastor Everaldo sendo preso pela Polícia Federal


Por Lucas Rafael Chianello


Um Brasil que vimos durante muitos anos já não existe mais: majoritariamente católico, vemos os evangélicos/neo pentecostais cresceram ano a ano, de modo que o agrupamento político de evangélicos em partidos de direita levou à criação da expressão “bancada evangélica”. Portanto, não vamos tratar nesse artigo a crença, que é problema individual, mas os desdobramentos do crescimento da influência institucional evangélica na política brasileira.

Há o famoso ditador popular de que “deus ajuda a quem cedo madruga.” Baseada nisso, a chamada teologia da prosperidade defende que se tivermos visão empresarial de negócio e fé em Deus para superarmos obstáculos ao invés, por exemplo, de defender os direitos trabalhistas, consequentemente teremos sucesso/lucro, inclusive para contribuirmos com o dízimo/obra de Deus.

É como esse discurso que a institucionalidade política evangélica compõe o programa de extrema-direita da fraude eleitoral de Bolsonaro: torna-se um forte aliado do neoliberalismo extremo, pois basta a mão invisível do mercado regulamentar as relações sociais e assim passa a ser perda de tempo discutir questões políticas como escola pública de qualidade, valorização de professores, desmilitarização da polícia, etc, afinal, basta trabalhar, nem que for nas mais míseras condições, e ter fé em Deus.

Não à toa, para sinalizar à sua base eleitoral, Bolsonaro já disse que nomeará um ministro terrivelmente evangélico para a vaga de Celso de Mello no STF. Não haveria o golpe contra a presidenta Dilma e a prisão arbitrária de Lula sem a contribuição da institucionalidade política evangélica: Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados, e Deltan Dallagnol, principal procurador da força tarefa da operação lava jato, sempre levaram aos cultos de seus ministérios religiosos a bandeira falso moralista da anticorrupção.

Porém, a ascensão institucional evangélica de extrema-direita levou dois duros golpes essa semana: enquanto veio à tona a informação de que Deltan Dallagnol teve seu julgamento adiado no Conselho Nacional do Ministério Público por escandalosas 41 vezes em função de ter denunciado o presidente Lula com base numa edição de powerpoint (sem provas da denúncia, portanto), os noticiários da manhã deste 28/08/2020 informavam que o STJ afastou o governador do RJ, Wilson Witzel, de suas funções por 180 dias, enquanto Pastor Everaldo foi preso. Pastor Everaldo foi personagem da desestabilização política do Brasil após a vitória de Dilma em 2014: durante o pleito eleitoral, fazia “tabelinhas” com Aécio Neves para falar da corrupção na Petrobras (que Deltan “provou” com “powerpoint”) e ao final de seus pronunciamentos, defendia o voto facultativo e a redução da maioridade penal, projeto legislativo com origem na bancada evangélica.

De volta à Câmara sob vaias e elogios, Aécio evita holofotes - 19/03/2019 -  Poder - Folha
Deputado Federal pelo PSDB, Aécio Neves eleito pelos mineiros

Quem fere com espetáculo judicial policialesco, com espetáculo judicial policialesco será ferido. O que dirá, agora, a extrema-direita evangélica brasileira? Com qual moral, durante as eleições municipais desse ano, poderá atribuir a corrupção ao PT, à esquerda e aos movimentos sociais? Altares e púlpitos não são tribunas de casas legislativas e nem Jesus Cristo é cabo eleitoral. As 41 chincanas (adulterações) de Dallagnol e a prisão do Pastor Everaldo são a prova viva de que o falso moralismo evangélico de extrema-direita não sobrevive a um mero exame de fatos e de nossas próprias consciências.

O Brasil que queremos não virá do falso moralismo nazi liberal da teologia da prosperidade; virá de uma discussão cidadã profunda, serena e consciente sobre os temas políticos, sociais e econômicos que permeiam o cotidiano de nossa sociedade.



Lucas Rafael Chianello - Articulista do OGMÉ advogado fez Direito na PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Campus Poços de Caldas e é também Jornalista por saber notório, registrado no Ministério do Trabalho – MTB 14.838

Deputada Jandira Feghali sempre atenta a questões da mulher!

Jandira Feghali: Dilma é honesta
Deputada Jandira Feghali - PCdoB- RJ

Por Marilia Sena

"Projeto de Jandira Feghali quer suspender portaria que dificulta aborto legal"

A deputada Jandira Feghali (PCdoB- RJ) protocolou nesta sexta-feira (28) um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para sustar a portaria do Ministério da Saúde que obriga médicos e profissionais da saúde a notificarem a polícia sobre procedimentos de aborto de vítimas de estupro.

> Médicos terão que avisar política em casos de aborto por estupro 

O texto do PDL diz que a portaria inviabiliza o aborto legal “ao fazer tais exigências” e que ela está inserida no contexto mais amplo de restrição dos direitos das mulheres vitimas de violência sexual. “Entendemos que tanto a legislação em vigor atualmente como as normas infra legais que tratam do tema foram fruto de muito debate e não podem sofrer retrocessos.”

A interrupção de gestação é permitida no Brasil em três casos: quando a gravidez é fruto de estupro, quando há risco de vida para a mãe e quando o feto é anencéfalo.

Qualquer norma que ofereça constrangimentos para o exercício de um direito deve ser prontamente contestada. As mulheres vítimas de violência sexual são constantemente revitimizadas ao enfrentar o caminho para fazer valer sua opção pelo aborto legal”, diz o projeto.

O projeto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal para interromper a vigência da portaria da Saúde. Ele exige maioria de votos simples e assim que for votado é promulgado pelo presidente do Congresso Nacional, sem passar pela sanção presidencial.

As deputadas Perpétua Almeida (PCdoB-AC) Érika Kokay (PT-DF)Alice Portugal (PCdoB-BA)Sâmia Bonfim (Psol-SP), Fernanda Melchionna (Psol-RS)Luiza Erundina (Psol-SP) , Lídice da Mata (PSB-BA)Natália Bonavides (PT-RN) Áurea Carolina (Psol-MG)  também assinaram o documento.

No Twitter, Jandira disse que a portaria dificulta a realização do aborto legal e prevê constrangimento e violência psicológica à mulher.

Entenda a portaria

"A portaria obriga médicos e profissionais da saúde a notificarem a polícia ao atenderem vítimas de estupro que procurem uma unidade de saúde para fazer o aborto decorrente da violência sexual. A portaria exige a notificação não apenas nos casos de confirmação do crime de estupro como também quando houver apenas indícios.

Segundo o ato normativo, no termo de consentimento assinado pela mulher para a realização do aborto deve haver uma lista de “desconfortos e riscos possíveis à sua saúde” sobre o procedimento. Os médicos também devem informar a mulher sobre a possibilidade de ver o feto ou o embrião por ultrassonografia antes de realizar o aborto.

A portaria também obriga os profissionais de saúde a preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro, como fragmentos de embrião ou feto, no caso de aborto legal. Essas evidências deverão ser entregues imediatamente à autoridade policial, para possíveis confrontos de DNA que possam levar à identificação do autor do crime.

O texto foi publicado nesta sexta no Diário Oficial da União (DOU) e tem vigência imediata"

Estudante do último semestre do curso de Jornalismo no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) com dois anos de experiência em Jornalismo Político e Econômico. Foi repórter e produtora do Senado Notícias na TV Senado. Passou pela editoria de Economia do jornal Correio Braziliense. Foi finalista do prêmio MPT em 2018 pelo Correio Braziliense com a reportagem "O Desrespeito como Obstáculo".

Lua vai ficar bem próxima do planeta Saturno e Júpiter na noite deste sábado e pode ser visto a olho nú

 Lua vai ficar próxima do planeta Saturno na noite deste sábado e observação poderá ser a olho nú

"A Lua vai ficar próxima do planeta Saturno e Júpiter na noite deste sábado. Será possível observar mesmo em locais com alto índice de poluição luminosa, de acordo com o site de meteorologia Climatempo.

A Lua fica próxima a Saturno e Júpiter. A lua, Júpiter e Saturno estão em conjunção, ou seja, bem pertinho um do outro na constelação ou signo de Capricórnio Para observar, basta olhar para a Lua a procurar um ponto brilhante. Os especialistas recomendam observar o Sol se pôr. Na direção oposta, Leste, cerca de 20 minutos depois o planeta estará visível a olho nu.

De acordo com o professor Marcos Calil, que tem um canal no Youtube, este fenômeno vai ser possível de observar graças ao ar seco e o céu com pouca nebulosidade.
 
Saturno é o sexto planeta a partir do Sol, e o segundo maior do sistema solar. O primeiro é Júpiter. É conhecido pelo complexo sistema de anéis formados principalmente por gelo e poeira cósmica e possui 53 luas conhecidas e outras nove em pesquisa."
 
Fonte: Climatempo / Bafafa-Rio

filme: "Sertão Serrado"

Fica 2020 será digital e vai homenagear o jornalista Washington Novaes, em  Goiás | Goiás | G1
Jornalista Washington Novaes


Nossa Homenagem ao jornalista Washington Novaes,  que nos deixou 26 de agosto, aos 86 anos.


Sinopse: O filme Sertão Serrado integra a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, retratando o Cerrado brasileiro e a resistência dos povos tradicionais e originários, além dos conflitos agrários, o avanço da monocultura intensiva de grãos, a pecuária extensiva e os grandes empreendimentos hidrográficos e minerais. Diante do intenso processo de degradação dos bens naturais do Cerrado, o filme indica também, a partir dos conhecimentos científicos e populares, caminhos para a conservação deste bioma, especialmente da água, e para a construção de uma nova relação do povo que o habita.
Ficha técnica: Direção e montagem: Dagmar Talga. Roteiro: Dagmar Talga, Murilo Mendonça Oliveira de Souza Edição: Deivid Eduardo Borges. Locução: Eduardo Tornaghi Arte gráfica: Janiel Divino de Souza Imagens: Dagmar Talga, Murilo Mendonça Oliveira de Souza, Janiel Divino de Souza, Jaqueline Vilas Boas Talga, Arquivo CPT, Arquivo GWATÁ Fotos: Dagmar Talga, Murilo Mendonça Oliveira de Souza Pesquisa: Dagmar Talga, Murilo Mendonça Oliveira de Souza, Isolete Wichinieski, Elvis Marques. Trilha: Eduardo Paiva, Dagmar Talga, Isolete Wichinieski Produção: Coordenação da Articulação das CPT´s do Cerrado, Elvis Marques, Murilo Mendonça Oliveira de Souza, Janiel Divino de Souza, Dagmar Talga, Jaqueline Vilas Boas Talga, Tiago Camarinha Lopes, Luiz Salgado, Roberta Caiado. Produção Executiva: Comissão Pastoral da Terra – CPT, Núcleo de Agroecologia e Educação do Campo – GWATÁ/UEG. Realização: Comissão Pastoral da Terra – CPT e Essá Filmes Duração: 40.03 minutos Apoio: Núcleo de Agroecologia e Educação do Campo – GWATÁ/UEG, Prelazia de São Felix do Araguaia - MT, Mosteiro da Anunciação – Goiás/GO.

A terra e nosso senso de (in) justiça

  Foto de Sebastião Salgado 

 

Por  Ana Paula Ferreira


"Não nascemos injustos. Somos educados a (re) produzir um senso de justiça e é curioso saber que a palavra senso está atrelada a percepção, ao sentido. Portanto, nossa qualidade de discernimento entre o que seria ou não justo estaria baseada não tanto no campo da racionalidade, mas no sentimento.


Ora, se nossas emoções estão vulneráveis a uma construção social e cultural e esse controle das mentes e corações é exercido habilmente pela indústria cultural, que enaltece a verdade dos heróis e valoriza a história dos vencedores, começamos a compreender o quanto que nosso senso de justiça está em defesa dos poderosos. Compartilho o exemplo da história “Os três porquinhos” narrada à exaustão na nossa primeira infância.


Podemos pensar em dois aspectos da história: sua estrutura linguística e pedagógica. Na primeira, nota-se que os porquinhos que quiseram se dar ao luxo do lazer, ócio e prazer musical, fizeram casas de palha e de madeira e tiveram suas construções destruídas pelo predador. Valores capitalistas tais como trabalho, dedicação, disciplina são reverenciados na figura de Pedrito, tornando-se explícito que se o indivíduo arduamente se entregar a uma tarefa, conquistará a prosperidade. Na questão pedagógica é importante levamos em consideração como que geralmente o conto é trabalhado: as crianças são levadas a contar até três junto com o “lobo” para que o porquinho saísse; são incentivados a soprar as casinhas e a desalojar o suíno que não tem outro recurso senão fugir. O que pedagogicamente ensinamos, seja com a linguagem da história ou com a didática da contação? Que o que é digno de valor é a história dos vencedores. Na medida em que o lobo era o animal mais forte, as crianças eram conduzidas a acabar com a vida que os porquinhos construíram para si. Contamos a história tal como aprendemos e nem refletimos sobre os seus vários sentidos com as crianças, o qual poderia também ser a importância da união entre os mais vulneráveis num processo de resistência contra aquele que tem mais poder.


Isso aconteceu durante a história da humanidade. Ameríndios e africanos foram também retirados de suas propriedades, houve saque, tortura, escravidão com esses povos sob a narrativa de que não tinham alma, de que se buscava um processo civilizacional e a violência era necessária para domesticar os bárbaros. Durante tempo nossos livros de história traziam essa leitura dos fatos e muitas pessoas criaram seu senso de justiça nesse paradigma, acreditando que indígenas e negros eram preguiçosos e estão em situação de desigualdade porque não se esforçaram tanto quanto deveriam. É a mesma lógica que sustenta o fato de não nos sensibilizarmos com o despejo de moradores do Movimento Sem Terra no argumento de que a terra não foi comprada nem herdada por esses trabalhadores.

Os defensores dessa justificativa desconsideram que a própria Constituição Federal prevê a desapropriação de terras improdutivas e o que o MST faz é forçar essa distribuição, haja vista que a Reforma Agrária nunca foi política pública séria no Brasil. Para os apoiadores do latifúndio, “o Agro é tech, o Agro é pop, o Agro é tudo” e não se percebe que defender essa desigual estrutura fundiária é continuarmos na dinâmica de desmatamento para que nosso país seja o celeiro e o curral do mundo, é permanecermos liderando o ranking de nação com o maior consumo de agrotóxicos do mundo, é colocarmos vidas de tribos indígenas a própria sorte, é de forma desumana aceitar que famílias pobres sejam retiradas de sua terra num processo arbitrário de reintegração de posse.

A violência não vem apenas em formato de força física. Antes, mata sua capacidade de pensar e de se sensibilizar com os mais fracos. Que possamos enfim, pensar em que medida estamos defendendo os opressores e renunciando a vida dos mais oprimidos, em que medida nossos sentimentos já foram capturados para abastecer a história do vencedores, e o que achamos ter de senso de justiça, nada mais é do que uma mercadoria que já foi adquirida por aqueles que tem poder."


        

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Deputado Federal (PSL) resolve contar sobre os bastidores da eleição presidencial de 2018

Carlos Bolsonaro e Julian Lemos trocam farpas publicamente
Deputado Julian Lemos                                                       Eduardo Bolsonaro 

Por Redação da Isto é

"Gulliem Charles Bezerra Lemos, mais conhecido como Julian Lemos, deputado federal, mais votado da Paraíba, e primeiro vice-presidente nacional do PSL, foi o entrevistado da live de IstoÉ nesta sexta-feira (28). O parlamentar falou sobre os bastidores da eleição presidencial de 2018, quando ele era coordenador da campanha bolsonarista no nordeste brasileiro “Bolsonaro à época era um deputado caricato”, diz ele.

Nas lembranças da corrida eleitoral, o Lemos afirmou que deu R$ 35 mil para o ex-ministro Bebiano pagar dívidas do então deputado Jair Bolsonaro e que o mesmo Bebiano negociou com o ministro do Supremo Luiz Fux, a candidatura à presidência.

“Os filhos de Bolsonaro são perversos, vingativos e moleques. O presidente perdeu o controle total dos filhos”, critica.

Ao certo, a disputa de poder ao redor do Palácio do Planalto já vitimou vários bolsonaristas de carteirinha. Lemos é um deles. Boa parte das contendas resume-se a disputas de poder com os filhos do presidente. Para o vice-presidente do PSL, os filhos de Bolsonaro agem na zona sombria das fake news, de tenebrosas articulações políticas e negociatas de cargos.

“Minha honra está acima de Bolsonaro. Os filhos do presidente não tem coragem de encarar [seus desafetos]. Eles gostam de rebaixar, humilhar e diminuir as pessoas. Eduardo Bolsonaro é uma moleque, um demagogo”, afirma.

 O deputado também comentou sobre o cenário político nacional e a possibilidade do presidente da República voltar ao PSL. Ele negou a notícia de que Bolsonaro, para voltar a antiga legenda, apresentou uma ‘lista-negra’, composta por um senador e sete deputados federais que não deseja mais que permaneçam no PSL, entre esses, o próprio Julian Lemos. “Ninguém será defenestrado do PSL”, alega.

Lemos avalia que o governo faz um bom enfrentamento à crise sanitária e manda um recado para o ministro da economia: “Se Guedes bater de frente com Bolsonaro, ele roda fácil. Ele não alisa”, alerta.

 O deputado federal da Paraíba explica que o crescimento de Bolsonaro nas pesquisas de opinião está umbilicalmente ligado ao auxílio emergencial de R$ 600,00. Para ele, a chegada do dinheiro aos bolsos das pessoas fez até os fogões sumiram das lojas.

“Bolsonaro cresceu às custas do auxílio emergencial. Se continuar a pagar os 600 reais, daqui a quatro meses ninguém sabe mais quem é Lula no Nordeste”, finaliza."

Fonte: Isto é 

Beneficiado pelo despejo no Quilombo Campo Grande, no Campo do meio, Sul de Minas é um empresário de Campinas, SP

(Duas notas de esclarecimentos foram pedidas ao Jornal O Guardião da Montanha, uma da Pirelli e outra da JDE)

Essa manifestação ocorreu no dia 14 de agosto quando a PM de MG,  entrou no Quilombo Campo Grande, em Campo do meio, Sul de Minas com bombas, derrubou a escola e mais o barracão. 




"Processo de recuperação judicial de João Faria já registrou 358 credores, entre eles oito cooperativas de cafeicultores"

Por Leonardo Fuhrmann


O empresário João Faria da Silva, do interior de São Paulo, é o principal beneficiado pelo despejo do Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio (MG).

A fazenda Ariadnópolis pertencia à massa falida da Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia), antiga administradora da Usina Ariadnópolis Açúcar e Álcool S/A. A empresa quebrou nos anos 90 e os funcionários, sem receber salários e verbas indenizatórias, acabaram permanecendo na terra.

A massa falida da empresa pediu a reintegração de posse em 2011, mas o processo ganhou força a partir de 2016, quando foi anexado um plano de recuperação judicial que incluía o arrendamento de parte dos 3.195 hectares da Fazenda Ariadnópolis para a Jodil Agropecuária e Participações Ltda.

O contrato de parceria para exploração agropecuária firmado em 2016 entre a massa falida da Capia e a Jodil Agropecuária é válido por sete anos.

A Jodil é uma das empresas de Faria, dono também da Jodil Participações, da Terra Forte Exportação e Importação de Café e de um quarto CNPJ em seu nome completo, como produtor rural em Garça (SP). Faria também é dono da Campneus – nota de esclarecimento da Pirelli - Campneus – maior revendedora brasileira da Pirelli, que não faz parte do pedido de recuperação, assim como bens pessoais. Ele já foi capa de uma revista chamada Gente Muito Importante.

Escola construída pela comunidade e destruída pela PM.














Desde o ano passado, a história ganhou mais um ingrediente judicial. O grupo empresarial entrou em recuperação judicial. Sua dívida total é calculada em R$ 1,8 bilhão. No processo que tramita no Judiciário paulista, em Campinas, estão cadastrados 358 credores. Entre eles, além de bancos e cooperativas de crédito, oito cooperativas de produtores de café, além de funcionários em busca de seus direitos trabalhistas.

Com dívida bilionária, o patrimônio de Faria pode a ficar uma casa decimal abaixo. Só em Campo do Meio são duas fazendas de produção de café, que somam mais de 1.600 hectares e estão avaliadas em mais de R$ 100 milhões, em valor de mercado. A Terra Forte é uma das maiores comercializadoras de café no Brasil, exportando 2,5 milhões de sacas por ano, equivalentes a 6,5% de todo o café exportado pelo Brasil.

O grande produtor e exportador ameaça um projeto de café orgânico de qualidade, produzido por famílias assentadas: o Guaií (“semente boa”, no idioma guarani). O processo de produção foi iniciado há oito anos, abolindo o uso de insumos químicos, agrotóxicos e sementes transgênicas. O café é produzido por uma cooperativa de vinte famílias, em sistema de mutirão. A colheita anual é de 510 toneladas.

Empresário é citado na operação Rosa dos Ventos

Faria também foi citado, assim como a Jodil Agropecuária, em um relatório complementar da Operação Rosa dos Ventos, da Polícia Federal, produzido em 2018. A operação investigava o empresário Miceno Rossi Neto, flagrado em esquema de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal em Campinas.

Faria é citado no relatório por causa da sociedade que detém, junto à Jodil Agropecuária, na empresa Voar Participações, criada em 2014, de compartilhamento de aeronaves.

A empresa operava um jato executivo Bombardier Learjet 45, pertencente a Rossi Neto, e um helicóptero Helibrás Esquilo AS-350, de Faria. No acerto da sociedade, Faria ficou com 40% da empresa, em razão de o avião ter um valor maior de mercado.

O nome de Miceno, no entanto, não aparece entre os sócios. Em seu depoimento à PF, Faria diz que foi usada uma offshore, a Victory Ltd, administrada pelo piloto da aeronave, Marcos Antonio Lauria, funcionário de Miceno. Segundo o relatório da PF, Lauria tinha uma procuração da Victory para firmar contratos, constituir sociedades e abrir contas bancárias.

Junto à procuração havia um manuscrito, também apreendido, que lista algumas empresas da organização criminosa com pendências a serem sanadas, como a BioAgro, Capital Brasil, Denver, Usina São Paulo e AD Importação e Exportação, todas do grupo de Miceno. Ligado ao setor de combustíveis, Miceno é dono de usinas sucroalcooleiras no interior paulista.

Faria aparece no processo criminal a respeito do caso, que tramita na Justiça Federal em Campinas, quando tentou liberar o jato de um confisco judicial. Mas o pedido não deu certo e a aeronave acabou indo a leilão. Atualmente está em nome de outros três empresários do interior paulista. O helicóptero está registrado atualmente em nome de um banco.

Campanhas querem reconstruir escola e boicote a marcas

Escola Eduardo Galeano antes da destruição

A Associação dos Agricultores Familiares do Assentamento Primeiro do Sul lançou uma campanha para a reconstrução da Escola Popular Eduardo Galeano. O prédio onde ficava a escola foi destruído durante a ação de despejo da semana retrasada. O nome é uma homenagem ao jornalista e escritor uruguaio, conhecido pelo livro As Veias Abertas da América Latina.

Conheça o café Guaií e a produção do Quilombo Campo | Direitos Humanos

A Comissão Organizadora da I Conferência Nacional, Popular, Autônoma por Direitos, Democracia e Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional divulgou uma nota contra o despejo, em que destaca a importância da ocupação para o sustento das famílias e também a importância da produção agroecológica no local: "No Quilombo Campo Grande há uma diversificada produção e comercialização de alimentos livres de agrotóxico. São colhidos anualmente mais de 510 toneladas do café agroecológico Guaií, que em guarani significa semente boa, e é reconhecido nacionalmente pela sua qualidade. O grupo de mulheres acampadas Raízes da Terra cultiva sementes agroecológicas e hortas medicinais. 

Conheça o café Guaií e a produção do Quilombo Campo | Direitos Humanos


O acampamento faz parte do Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”, uma ação do MST cuja meta é incentivar as famílias assentadas e acampadas, e a sociedade em geral, a plantar 100 milhões de árvores pelo país nesta década, recuperando áreas degradadas e disseminando a cultura das agroflorestas e dos quintais produtivos.

O despejo também reforçou a campanha “No meu bule não”, que existe desde 2018, de boicote às empresas que compram café produzido ou distribuído pelas empresas de Faria. O material de divulgação tem reportagem do De Olho nos Ruralistas sobre o caso, publicada em novembro de 2018, como uma das fontes: “Maior produtor de café do Brasil avança sobre fazenda ocupada há 20 anos por famílias sem-terra".

Faria vende café para gigantes do setor alimentício

Nestlé e, dona das empresas Douwe Egberts – nota de esclarecimento da Jacobs Douwe Egberts - JDE – e da Mondeléz,  são as principais compradoras das empresas de Faria, segundo informações divulgadas por ele em entrevistas.

As duas empresas já foram denunciadas à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) por manter fornecedores que exploram o trabalho escravo em sua produção. A denúncia cita fazendas de café na Bahia e em Minas Gerais.

A multinacional suíça Nestlé é uma das maiores empresas alimentícias do mundo, com diversas marcas de bolachas, iogurtes, chocolates, lácteos, sorvetes e cafés. Suas principais marcas de café no Brasil são Nescafé, Nespresso e Dolce Gusto. A holandesa Jacobs Douwe Egberts é a fusão das áreas de café da Douwe Egberts com a estadunidense Mondeléz.

A Mondeléz é dona da Lacta no Brasil, com marcas como Bis, Diamante Negro, Toblerone, além de Halls, Trident, Bubbaloo, Royal, Philadelphia, Trakinas, Oreo, Chocolícia e Tang, entre outras. A Jacobs Dowe Egberts é dona das marcas de café Caboclo, Pelé, do Ponto, Damasco, Moka, Pilão, Seleto, além de marcas internacionais como LOR, Jacobs Coffee, Douwe Egberts, Senseo, Tassimo, Moccona, Kenco, Pickwick, além de outras. No Brasil, ela também representa a marca italiana illy.

A Jacobs Douwe Ebberts pertence hoje ao grupo alemão JAB Holdings, da família Reimann, uma das mais ricas da Alemanha. O grupo tem investido numa estratégia pesada de desenvolvimento no setor de café. No ano passado, foi revelada a ligação do clã com o nazismo. Além de filiados ao partido de Hitler, os Reimann exploraram trabalho forçado de prisioneiros franceses e russos em suas empresas. A Nestlé também admitiu participação no mesmo crime no período.”

Fonte: Brasil de fato     

Despejo no Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, Sul de Minas         

Fonte: O Guardião da Montanha