Fonte: BBC news - Brasil
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
Boletim epidemiológico atualizado: 31 de agosto, em Poços de Caldas, MG
Fonte: whatsapp |
Boletim explicativo da Secretaria de Saúde de Poços de Caldas, MG
Fonte: Secretaria de Saúde de Poços de Caldas, MG
Em 31 de agosto, há quatro anos, o Brasil perdeu a presidente que poderia continuar a mudar os rumos do país!
Ex-presidenta Dilma Roussef |
Por Lucas Rafael Chianello
Lucas Rafael Chianello - É articulista do OGM. É advogado fez Direito na PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Campus Poços de Caldas e é também Jornalista por saber notório, registrado no Ministério do Trabalho – MTB 14.838
domingo, 30 de agosto de 2020
Boletim epidemiológico atualizado: 30 de agosto, em Poços de Caldas, MG
Fonte: whatsapp |
"Acupuntura reduz inflamação em condições potencialmente fatais"
Redação do Diário da Saúde
Local, duração e intensidade da acupuntura
"A acupuntura não apenas modula a inflamação: Novas descobertas revelam que o local, a intensidade e o momento da acupuntura afetam todo o curso da doença.
Estes novos resultados prometem servir de subsídio para os esforços para usar a acupuntura no tratamento de doenças marcadas por inflamações sérias, garante o professor Shenbin Liu, da Escola de Medicina de Harvard (EUA).
A equipe de Liu usou com sucesso a acupuntura para domar a "tempestade de citocinas" que marca a inflamação sistêmica, uma condição que pode levar à morte.
A acupuntura ativou diferentes vias de sinalização, que desencadearam uma resposta pró-inflamatória ou anti-inflamatória em animais de laboratório com uma inflamação sistêmica induzida por bactérias.
Além disso, a equipe descobriu que três fatores determinaram como a acupuntura afetou a resposta: o local de aplicação, a intensidade e o tempo de tratamento.
Em outras palavras, onde no corpo a estimulação ocorreu, quão forte ela foi e quando a estimulação foi administrada produziu efeitos dramaticamente diferentes nos marcadores inflamatórios e na sobrevivência das cobaias.
Acupuntura contra inflamação
A equipe afirma que seus experimentos representam uma etapa crítica para definir os mecanismos neuroanatômicos subjacentes à acupuntura, além de oferecerem um roteiro para o aproveitamento da abordagem para o tratamento de doenças inflamatórias.
Eles alertam, no entanto, que, antes de qualquer uso terapêutico, as observações devem ser confirmadas em pesquisas futuras - em animais e também em humanos - e os parâmetros ideais para a estimulação por acupuntura devem ser cuidadosamente definidos.
"Nossas descobertas representam um passo importante nos esforços contínuos não apenas para entender a neuroanatomia da acupuntura, mas também para identificar maneiras de incorporá-la ao arsenal de tratamentos das doenças inflamatórias, incluindo a sepse," disse Qiufu Ma, membro da equipe.”
Checagem
com artigo científico:
Artigo: Somatotopic
Organization and Intensity Dependence in Driving Distinct
NPY-Expressing Sympathetic Pathways by Electroacupuncture
Autores:
Shenbin Liu, Zhi-Fu Wang, Yang-Shuai Su, Russell S. Ray, Xiang-Hong
Jing, Yan-Qing Wang, Qiufu Ma
Publicação: Neuron
DOI:
10.1016/j.neuron.2020.07.015
Fonte: Diário da Saúde
sábado, 29 de agosto de 2020
Boletim epidemiológico atualizado: 29 de agosto, em Poços de Caldas, MG
Fonte: whatsapp |
Prefeitura de Poços de Caldas estuda o retorno das atividades coletivas em parques da cidade
Parque Municipal deve ser liberado a partir de 1º de setembro em Poços de Caldas (MG) — Foto: Prefeitura Municipal de Poços de Caldas/Divulgação |
Prefeitura de Poços de Caldas estuda o retorno das atividades coletivas em parques da cidade
Fonte: EPTV 2ª Edição
“E agora, bancada fundamentalista?”
Pastor Everaldo sendo preso pela Polícia Federal |
Por Lucas Rafael Chianello
“Um Brasil que vimos durante muitos anos já não existe mais: majoritariamente católico, vemos os evangélicos/neo pentecostais cresceram ano a ano, de modo que o agrupamento político de evangélicos em partidos de direita levou à criação da expressão “bancada evangélica”. Portanto, não vamos tratar nesse artigo a crença, que é problema individual, mas os desdobramentos do crescimento da influência institucional evangélica na política brasileira.
Há o famoso ditador popular de que “deus ajuda a quem cedo madruga.” Baseada nisso, a chamada teologia da prosperidade defende que se tivermos visão empresarial de negócio e fé em Deus para superarmos obstáculos ao invés, por exemplo, de defender os direitos trabalhistas, consequentemente teremos sucesso/lucro, inclusive para contribuirmos com o dízimo/obra de Deus.
É como esse discurso que a institucionalidade política evangélica compõe o programa de extrema-direita da fraude eleitoral de Bolsonaro: torna-se um forte aliado do neoliberalismo extremo, pois basta a mão invisível do mercado regulamentar as relações sociais e assim passa a ser perda de tempo discutir questões políticas como escola pública de qualidade, valorização de professores, desmilitarização da polícia, etc, afinal, basta trabalhar, nem que for nas mais míseras condições, e ter fé em Deus.
Não à toa, para sinalizar à sua base eleitoral, Bolsonaro já disse que nomeará um ministro terrivelmente evangélico para a vaga de Celso de Mello no STF. Não haveria o golpe contra a presidenta Dilma e a prisão arbitrária de Lula sem a contribuição da institucionalidade política evangélica: Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados, e Deltan Dallagnol, principal procurador da força tarefa da operação lava jato, sempre levaram aos cultos de seus ministérios religiosos a bandeira falso moralista da anticorrupção.
Porém, a ascensão institucional evangélica de extrema-direita levou dois duros golpes essa semana: enquanto veio à tona a informação de que Deltan Dallagnol teve seu julgamento adiado no Conselho Nacional do Ministério Público por escandalosas 41 vezes em função de ter denunciado o presidente Lula com base numa edição de powerpoint (sem provas da denúncia, portanto), os noticiários da manhã deste 28/08/2020 informavam que o STJ afastou o governador do RJ, Wilson Witzel, de suas funções por 180 dias, enquanto Pastor Everaldo foi preso. Pastor Everaldo foi personagem da desestabilização política do Brasil após a vitória de Dilma em 2014: durante o pleito eleitoral, fazia “tabelinhas” com Aécio Neves para falar da corrupção na Petrobras (que Deltan “provou” com “powerpoint”) e ao final de seus pronunciamentos, defendia o voto facultativo e a redução da maioridade penal, projeto legislativo com origem na bancada evangélica.
Deputado Federal pelo PSDB, Aécio Neves eleito pelos mineiros |
Quem fere com espetáculo judicial policialesco, com espetáculo judicial policialesco será ferido. O que dirá, agora, a extrema-direita evangélica brasileira? Com qual moral, durante as eleições municipais desse ano, poderá atribuir a corrupção ao PT, à esquerda e aos movimentos sociais? Altares e púlpitos não são tribunas de casas legislativas e nem Jesus Cristo é cabo eleitoral. As 41 chincanas (adulterações) de Dallagnol e a prisão do Pastor Everaldo são a prova viva de que o falso moralismo evangélico de extrema-direita não sobrevive a um mero exame de fatos e de nossas próprias consciências.
O Brasil que queremos não virá do falso moralismo nazi liberal da teologia da prosperidade; virá de uma discussão cidadã profunda, serena e consciente sobre os temas políticos, sociais e econômicos que permeiam o cotidiano de nossa sociedade.”
Deputada Jandira Feghali sempre atenta a questões da mulher!
Deputada Jandira Feghali - PCdoB- RJ |
Por Marilia Sena
"Projeto de Jandira Feghali quer suspender portaria que dificulta aborto legal"
“A deputada Jandira Feghali (PCdoB- RJ) protocolou nesta sexta-feira (28) um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para sustar a portaria do Ministério da Saúde que obriga médicos e profissionais da saúde a notificarem a polícia sobre procedimentos de aborto de vítimas de estupro.
>
Médicos terão que avisar política em casos de aborto por
estupro
O
texto do PDL diz que a portaria inviabiliza o aborto legal “ao
fazer tais exigências” e que ela está inserida no contexto mais
amplo de restrição dos direitos das mulheres vitimas de violência
sexual. “Entendemos que tanto a legislação em vigor atualmente
como as normas infra legais que tratam do tema foram fruto de muito
debate e não podem sofrer retrocessos.”
A interrupção de gestação é permitida no Brasil em três casos: quando a gravidez é fruto de estupro, quando há risco de vida para a mãe e quando o feto é anencéfalo.
“Qualquer norma que ofereça constrangimentos para o exercício de um direito deve ser prontamente contestada. As mulheres vítimas de violência sexual são constantemente revitimizadas ao enfrentar o caminho para fazer valer sua opção pelo aborto legal”, diz o projeto.
O projeto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal para interromper a vigência da portaria da Saúde. Ele exige maioria de votos simples e assim que for votado é promulgado pelo presidente do Congresso Nacional, sem passar pela sanção presidencial.
As deputadas Perpétua Almeida (PCdoB-AC) , Érika Kokay (PT-DF), Alice Portugal (PCdoB-BA), Sâmia Bonfim (Psol-SP), Fernanda Melchionna (Psol-RS), Luiza Erundina (Psol-SP) , Lídice da Mata (PSB-BA), Natália Bonavides (PT-RN) e Áurea Carolina (Psol-MG) também assinaram o documento.
No Twitter, Jandira disse que a portaria dificulta a realização do aborto legal e prevê constrangimento e violência psicológica à mulher.”
Entenda a portaria
"A portaria obriga médicos e profissionais da saúde a notificarem a polícia ao atenderem vítimas de estupro que procurem uma unidade de saúde para fazer o aborto decorrente da violência sexual. A portaria exige a notificação não apenas nos casos de confirmação do crime de estupro como também quando houver apenas indícios.
Segundo o ato normativo, no termo de consentimento assinado pela mulher para a realização do aborto deve haver uma lista de “desconfortos e riscos possíveis à sua saúde” sobre o procedimento. Os médicos também devem informar a mulher sobre a possibilidade de ver o feto ou o embrião por ultrassonografia antes de realizar o aborto.
A portaria também obriga os profissionais de saúde a preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro, como fragmentos de embrião ou feto, no caso de aborto legal. Essas evidências deverão ser entregues imediatamente à autoridade policial, para possíveis confrontos de DNA que possam levar à identificação do autor do crime.
O texto foi publicado nesta sexta no Diário Oficial da União (DOU) e tem vigência imediata"
Lua vai ficar bem próxima do planeta Saturno e Júpiter na noite deste sábado e pode ser visto a olho nú
A Lua fica próxima a Saturno e Júpiter. A lua, Júpiter e Saturno estão em conjunção, ou seja, bem pertinho um do outro na constelação ou signo de Capricórnio Para observar, basta olhar para a Lua a procurar um ponto brilhante. Os especialistas recomendam observar o Sol se pôr. Na direção oposta, Leste, cerca de 20 minutos depois o planeta estará visível a olho nu.
De acordo com o professor Marcos Calil, que tem um canal no Youtube, este fenômeno vai ser possível de observar graças ao ar seco e o céu com pouca nebulosidade.
filme: "Sertão Serrado"
Jornalista Washington Novaes |
Nossa Homenagem ao jornalista Washington Novaes, que nos deixou 26 de agosto, aos 86 anos.
A terra e nosso senso de (in) justiça
Foto de Sebastião Salgado |
Por Ana Paula Ferreira
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Boletim epidemiológico atualizado: 28 de agosto, em Poços de Caldas
Fonte: whatsapp |
Boletim explicativo da Secretaria de saúde de Poços de Caldas, MG
Fonte: Secretária de Saúde de Poços de Caldas, MG
Deputado Federal (PSL) resolve contar sobre os bastidores da eleição presidencial de 2018
Deputado Julian Lemos Eduardo Bolsonaro |
Por Redação da Isto é
"Gulliem Charles Bezerra Lemos, mais conhecido como Julian Lemos, deputado federal, mais votado da Paraíba, e primeiro vice-presidente nacional do PSL, foi o entrevistado da live de IstoÉ nesta sexta-feira (28). O parlamentar falou sobre os bastidores da eleição presidencial de 2018, quando ele era coordenador da campanha bolsonarista no nordeste brasileiro “Bolsonaro à época era um deputado caricato”, diz ele.
Nas lembranças da corrida eleitoral, o Lemos afirmou que deu R$ 35 mil para o ex-ministro Bebiano pagar dívidas do então deputado Jair Bolsonaro e que o mesmo Bebiano negociou com o ministro do Supremo Luiz Fux, a candidatura à presidência.
“Os filhos de Bolsonaro são perversos, vingativos e moleques. O presidente perdeu o controle total dos filhos”, critica.
Ao certo, a disputa de poder ao redor do Palácio do Planalto já vitimou vários bolsonaristas de carteirinha. Lemos é um deles. Boa parte das contendas resume-se a disputas de poder com os filhos do presidente. Para o vice-presidente do PSL, os filhos de Bolsonaro agem na zona sombria das fake news, de tenebrosas articulações políticas e negociatas de cargos.
“Minha honra está acima de Bolsonaro. Os filhos do presidente não tem coragem de encarar [seus desafetos]. Eles gostam de rebaixar, humilhar e diminuir as pessoas. Eduardo Bolsonaro é uma moleque, um demagogo”, afirma.
O deputado também comentou sobre o cenário político nacional e a possibilidade do presidente da República voltar ao PSL. Ele negou a notícia de que Bolsonaro, para voltar a antiga legenda, apresentou uma ‘lista-negra’, composta por um senador e sete deputados federais que não deseja mais que permaneçam no PSL, entre esses, o próprio Julian Lemos. “Ninguém será defenestrado do PSL”, alega.
Lemos avalia que o governo faz um bom enfrentamento à crise sanitária e manda um recado para o ministro da economia: “Se Guedes bater de frente com Bolsonaro, ele roda fácil. Ele não alisa”, alerta.
O deputado federal da Paraíba explica que o crescimento de Bolsonaro nas pesquisas de opinião está umbilicalmente ligado ao auxílio emergencial de R$ 600,00. Para ele, a chegada do dinheiro aos bolsos das pessoas fez até os fogões sumiram das lojas.
“Bolsonaro cresceu às custas do auxílio emergencial. Se continuar a pagar os 600 reais, daqui a quatro meses ninguém sabe mais quem é Lula no Nordeste”, finaliza."
Fonte: Isto é
Beneficiado pelo despejo no Quilombo Campo Grande, no Campo do meio, Sul de Minas é um empresário de Campinas, SP
(Duas notas de esclarecimentos foram pedidas ao Jornal O Guardião da Montanha, uma da Pirelli e outra da JDE)
Essa manifestação ocorreu no dia 14 de agosto quando a PM de MG, entrou no Quilombo Campo Grande, em Campo do meio, Sul de Minas com bombas, derrubou a escola e mais o barracão. |
"Processo
de recuperação judicial de João Faria já registrou 358 credores,
entre eles oito cooperativas de cafeicultores"
Por Leonardo Fuhrmann
“O empresário João Faria da Silva, do interior de São Paulo, é o principal beneficiado pelo despejo do Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio (MG).
A fazenda Ariadnópolis pertencia à massa falida da Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia), antiga administradora da Usina Ariadnópolis Açúcar e Álcool S/A. A empresa quebrou nos anos 90 e os funcionários, sem receber salários e verbas indenizatórias, acabaram permanecendo na terra.
A massa falida da empresa pediu a reintegração de posse em 2011, mas o processo ganhou força a partir de 2016, quando foi anexado um plano de recuperação judicial que incluía o arrendamento de parte dos 3.195 hectares da Fazenda Ariadnópolis para a Jodil Agropecuária e Participações Ltda.
O contrato de parceria para exploração agropecuária firmado em 2016 entre a massa falida da Capia e a Jodil Agropecuária é válido por sete anos.
A Jodil é uma das empresas de Faria, dono também da Jodil Participações, da Terra Forte Exportação e Importação de Café e de um quarto CNPJ em seu nome completo, como produtor rural em Garça (SP). Faria também é dono da Campneus – nota de esclarecimento da Pirelli - Campneus – maior revendedora brasileira da Pirelli, que não faz parte do pedido de recuperação, assim como bens pessoais. Ele já foi capa de uma revista chamada Gente Muito Importante.
Escola construída pela comunidade e destruída pela PM. |
Desde o ano passado, a história ganhou mais um ingrediente judicial. O grupo empresarial entrou em recuperação judicial. Sua dívida total é calculada em R$ 1,8 bilhão. No processo que tramita no Judiciário paulista, em Campinas, estão cadastrados 358 credores. Entre eles, além de bancos e cooperativas de crédito, oito cooperativas de produtores de café, além de funcionários em busca de seus direitos trabalhistas.
Com dívida bilionária, o patrimônio de Faria pode a ficar uma casa decimal abaixo. Só em Campo do Meio são duas fazendas de produção de café, que somam mais de 1.600 hectares e estão avaliadas em mais de R$ 100 milhões, em valor de mercado. A Terra Forte é uma das maiores comercializadoras de café no Brasil, exportando 2,5 milhões de sacas por ano, equivalentes a 6,5% de todo o café exportado pelo Brasil.
O grande produtor e exportador ameaça um projeto de café orgânico de qualidade, produzido por famílias assentadas: o Guaií (“semente boa”, no idioma guarani). O processo de produção foi iniciado há oito anos, abolindo o uso de insumos químicos, agrotóxicos e sementes transgênicas. O café é produzido por uma cooperativa de vinte famílias, em sistema de mutirão. A colheita anual é de 510 toneladas.
Empresário é citado na operação Rosa dos Ventos
Faria também foi citado, assim como a Jodil Agropecuária, em um relatório complementar da Operação Rosa dos Ventos, da Polícia Federal, produzido em 2018. A operação investigava o empresário Miceno Rossi Neto, flagrado em esquema de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal em Campinas.
Faria é citado no relatório por causa da sociedade que detém, junto à Jodil Agropecuária, na empresa Voar Participações, criada em 2014, de compartilhamento de aeronaves.
A empresa operava um jato executivo Bombardier Learjet 45, pertencente a Rossi Neto, e um helicóptero Helibrás Esquilo AS-350, de Faria. No acerto da sociedade, Faria ficou com 40% da empresa, em razão de o avião ter um valor maior de mercado.
O nome de Miceno, no entanto, não aparece entre os sócios. Em seu depoimento à PF, Faria diz que foi usada uma offshore, a Victory Ltd, administrada pelo piloto da aeronave, Marcos Antonio Lauria, funcionário de Miceno. Segundo o relatório da PF, Lauria tinha uma procuração da Victory para firmar contratos, constituir sociedades e abrir contas bancárias.
Junto à procuração havia um manuscrito, também apreendido, que lista algumas empresas da organização criminosa com pendências a serem sanadas, como a BioAgro, Capital Brasil, Denver, Usina São Paulo e AD Importação e Exportação, todas do grupo de Miceno. Ligado ao setor de combustíveis, Miceno é dono de usinas sucroalcooleiras no interior paulista.
Faria aparece no processo criminal a respeito do caso, que tramita na Justiça Federal em Campinas, quando tentou liberar o jato de um confisco judicial. Mas o pedido não deu certo e a aeronave acabou indo a leilão. Atualmente está em nome de outros três empresários do interior paulista. O helicóptero está registrado atualmente em nome de um banco.
Campanhas querem reconstruir escola e boicote a marcas
Escola Eduardo Galeano antes da destruição |
A Associação dos Agricultores Familiares do Assentamento Primeiro do Sul lançou uma campanha para a reconstrução da Escola Popular Eduardo Galeano. O prédio onde ficava a escola foi destruído durante a ação de despejo da semana retrasada. O nome é uma homenagem ao jornalista e escritor uruguaio, conhecido pelo livro As Veias Abertas da América Latina.
A Comissão Organizadora da I Conferência Nacional, Popular, Autônoma por Direitos, Democracia e Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional divulgou uma nota contra o despejo, em que destaca a importância da ocupação para o sustento das famílias e também a importância da produção agroecológica no local: "No Quilombo Campo Grande há uma diversificada produção e comercialização de alimentos livres de agrotóxico. São colhidos anualmente mais de 510 toneladas do café agroecológico Guaií, que em guarani significa semente boa, e é reconhecido nacionalmente pela sua qualidade. O grupo de mulheres acampadas Raízes da Terra cultiva sementes agroecológicas e hortas medicinais.
O despejo também reforçou a campanha “No meu bule não”, que existe desde 2018, de boicote às empresas que compram café produzido ou distribuído pelas empresas de Faria. O material de divulgação tem reportagem do De Olho nos Ruralistas sobre o caso, publicada em novembro de 2018, como uma das fontes: “Maior produtor de café do Brasil avança sobre fazenda ocupada há 20 anos por famílias sem-terra".
Faria vende café para gigantes do setor alimentício
Nestlé e, dona das empresas Douwe Egberts – nota de esclarecimento da Jacobs Douwe Egberts - JDE – e da Mondeléz, são as principais compradoras das empresas de Faria, segundo informações divulgadas por ele em entrevistas.
As duas empresas já foram denunciadas à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) por manter fornecedores que exploram o trabalho escravo em sua produção. A denúncia cita fazendas de café na Bahia e em Minas Gerais.
A multinacional suíça Nestlé é uma das maiores empresas alimentícias do mundo, com diversas marcas de bolachas, iogurtes, chocolates, lácteos, sorvetes e cafés. Suas principais marcas de café no Brasil são Nescafé, Nespresso e Dolce Gusto. A holandesa Jacobs Douwe Egberts é a fusão das áreas de café da Douwe Egberts com a estadunidense Mondeléz.
A Mondeléz é dona da Lacta no Brasil, com marcas como Bis, Diamante Negro, Toblerone, além de Halls, Trident, Bubbaloo, Royal, Philadelphia, Trakinas, Oreo, Chocolícia e Tang, entre outras. A Jacobs Dowe Egberts é dona das marcas de café Caboclo, Pelé, do Ponto, Damasco, Moka, Pilão, Seleto, além de marcas internacionais como LOR, Jacobs Coffee, Douwe Egberts, Senseo, Tassimo, Moccona, Kenco, Pickwick, além de outras. No Brasil, ela também representa a marca italiana illy.
A Jacobs Douwe Ebberts pertence hoje ao grupo alemão JAB Holdings, da família Reimann, uma das mais ricas da Alemanha. O grupo tem investido numa estratégia pesada de desenvolvimento no setor de café. No ano passado, foi revelada a ligação do clã com o nazismo. Além de filiados ao partido de Hitler, os Reimann exploraram trabalho forçado de prisioneiros franceses e russos em suas empresas. A Nestlé também admitiu participação no mesmo crime no período.”
Fonte: Brasil de fato
Despejo no Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, Sul de Minas
Fonte: O Guardião da Montanha