Fonte: BBC News - youtube
sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
terça-feira, 28 de janeiro de 2020
"Mortos não pela chuva, mas pela injustiça social"
Por Gilvander Moreira
- Articulista às terças-feiras
"No
final da penúltima semana de janeiro de 2020, choveu
significativamente em várias regiões de Minas Gerais. Em 24 horas
choveu 171,8 milímetros, chuva mansa, mas constante. Houve uma
enorme mobilização da grande imprensa e de poderes públicos
municipais de muitos municípios no sentido de alertar a população
de que estava chegando uma grande chuva que poderia causar
inundações, deslizamentos e pôr em risco a vida das pessoas. Em
Belo Horizonte, a defesa civil anunciou alerta de risco geológico e
chegou-se a pedir insistentemente para as pessoas ficarem em casa dia
24 de janeiro. Muitas avenidas foram interditadas. Segundo a Defesa
Civil do Governo de Minas Gerais, em Boletim de 26/01, com o título
“Mortes causadas pelas chuvas em MG”, em alguns dias de chuva:
13.887 pessoas foram desalojadas, 3.354 desabrigadas, 12 feridas, 44
foram mortas e 17 estão desaparecidas, o que, segundo o boletim, são
óbitos a serem confirmados.
Diante
dos deslizamentos de terra, das inundações provocadas pelas chuvas,
de quase 14 mil desalojados, de mais de 3 mil desabrigados, de 12
pessoas feridas e mais de 40 pessoas mortas – sem contar 19 pessoas
desaparecidas -, primeiro, expressamos nossa solidariedade e
conclamamos a quem puder se somar ao mutirão de apoio para ajudar as
milhares de famílias atingidas e muitas golpeadas a reconquistar o
mínimo necessário para erguer a cabeça e retomar a vida.
Entretanto, para que a mentira não continue cobrindo as causas mais
profundas da ‘sexta-feira da paixão’ que se abate sobre o povo
cada vez mais com frequência, precisamos dizer em alto e bom som a
verdade, cientes de que a verdade dói, mas liberta. É mentira
a manchete divulgada pela Defesa Civil – “Mortes causadas
pelas chuvas em MG”. É nojento ouvir jornalistas na grande
imprensa dizerem: “a chuva está castigando ...”. “A
chuva está causando estragos ...” Diante dos mortos, das
vítimas e de milhares de desabrigados aparentemente pelas chuvas, é
imoral e covarde ouvir prefeitos dando uma de Pilatos, tentando se
eximir de suas responsabilidades, afirmando que “foi uma
tragédia ambiental natural”, “Cada um deve cuidar da sua
casa”, “Invadiram áreas de riscos. Eles são os
culpados”. Fazer esse tipo de afirmação é apunhalar quem já
foi golpeado, é transformar a vítima em algoz. É injustiça que
clama aos céus.
Não
é a chuva e nem Deus que devem ser condenados. Colocar a culpa
na chuva e em Deus é encobrir o real escamoteamento a verdade, é
criar uma cortina de fumaça que ofusca a realidade beneficiando
somente os adoradores do capitalismo – grandes empresários da
cidade e do campo, políticos profissionais (uma corja) e ingênuos
sustentadores da engrenagem mortífera que continua a trucidar vidas
em progressão geométrica em uma sociedade cada vez mais desigual.
Na
Bíblia se fala de chuva mais de cem vezes. A chuva é benfazeja, cai
sobre justos e injustos, diz o evangelho de Mateus (Mateus 5,45). A
chuva é reflexo da bondade de Deus, que é um mistério de infinito
amor. Deus rega com a chuva a terra que deu como herança ao seu povo
(I Reis 8,36). “Mandarei chuva no tempo certo e será uma chuva
abençoada” (Ezequiel 34,26), profetiza Ezequiel
consolando o povo em tempos de imperialismo e de exílio, em tempos
de escassez de chuva. A sabedoria do povo da Bíblia reconhece que
Deus, solidário e libertador, “por meio da chuva, alimenta os
povos, dando-lhes comida abundante” (Jó 36,31). Até no
dilúvio, a chuva é vista como purificadora (Cf. Gênesis 6 a 9).
Sob o imperialismo dos faraós no Egito, a chuva de granizo é vista
como uma praga que fustiga os opressores, ao mesmo tempo em que é
uma dádiva de Deus que liberta da opressão (Cf. Gênesis 9 e 10).
A
chuva não castiga, não desaloja, não desabriga e nem mata ninguém.
Quem está em casa com boa estrutura, construída sobre terra firme,
pode dormir tranquilo, porque a casa não cairá com as chuvas.
Sempre recordo que 50 anos atrás, quando eu era criança, no
noroeste de Minas Gerais, “chovia invernado uma semana, duas
semanas, às vezes, até um mês sem parar”. Não morria
praticamente ninguém. Nas Décadas de 1970, a maior parte do povo
vivia no campo e podia construir as casas longe das margens dos rios
que ficavam inundadas. Atualmente, só em Belo Horizonte há mais de
200 rios e córregos sepultados com asfalto, após serem envenenados
com esgoto in natura.
A
irmã chuva apenas revela uma injustiça socioeconômica e política
existente. Quem desaloja, desabriga, fere e mata em última instância
é a tremenda injustiça agrária e socioambiental reinante na
sociedade capitalista. Dizer que “a chuva castiga” é mentira, é
reducionismo que esconde o maior responsável por tanta dor e tanto
pranto: o sistema capitalista e a classe dominante, que descartam as
pessoas e as condenam a sobreviverem em encostas e áreas de risco.
Soma-se a tudo isto a falta de planejamento urbano e social das
prefeituras, que deveriam investir de forma contundente na elaboração
de Plano Diretor e de zoneamento para as cidades de forma
participativa e comunitária, buscando construir cidades justas
economicamente, solidária socialmente e sustentável ecologicamente.
Sem uma gestão socioambiental, os municípios continuarão
destruindo as matas ciliares de rios e desmatando as suas encostas,
fragilizando o solo, causando deslizamentos e assoreamentos, que
tendem a ser cada vez mais trágicos.
Quem
é atingido quando a chuva chega em um volume maior, salvo exceções,
são as famílias que tiveram seus direitos humanos fundamentais –
direito à terra, à moradia, ao trabalho, à educação, a um
salário justo, ao meio ambiente equilibrado e à dignidade –
desrespeitados pelo capitalismo neoliberal e por pessoas que adoram o
deus capital, o maior ídolo da atualidade.
Segundo
o Comitê sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU
em seu Comentário 4, todas as pessoas têm o direito a uma moradia
SEGURA E ADEQUADA, abaixo especificada:
a)
Segurança da posse: a moradia não é adequada se os seus ocupantes
não têm um grau de segurança de posse que garanta a proteção
legal contra despejos forçados, perseguição e outras ameaças.
b)
Disponibilidade de serviços, materiais, instalações e
infraestrutura: a moradia não é adequada, se os seus ocupantes não
têm água potável, saneamento básico, energia para cozinhar,
aquecimento, iluminação, armazenamento de alimentos ou coleta de
lixo.
c)
Economicidade: a moradia não é adequada, se o seu custo ameaça ou
compromete o exercício de outros direitos humanos dos ocupantes.
d)
Habitabilidade: a moradia não é adequada se não garantir a
segurança física e estrutural proporcionando um espaço adequado,
bem como proteção contra o frio, umidade, calor, chuva, vento,
outras ameaças à saúde.
e)
Acessibilidade: a moradia não é adequada se as necessidades
específicas dos grupos desfavorecidos e marginalizados não são
levados em conta.
f)
Localização: a moradia não é adequada se for isolada de
oportunidades de emprego, serviços de saúde, escolas, creches e
outras instalações sociais ou, se localizados em áreas poluídas
ou perigosas.
g)
Adequação cultural: a moradia não é adequada se não respeitar
e levar em conta a expressão da identidade cultural (UNITED
NATIONS, 1991).
Portanto,
quem desaloja, desabriga e mata não é a chuva, não é Deus, mas é
a injustiça social reproduzida cotidianamente no Brasil, que gera
uma tremenda desigualdade social e empurra milhões para sobreviver
em áreas de risco geológico. Quem construiu um barraco em área de
risco geológico antes foi empurrado para risco social.
Logo,
gratidão eterna à irmã chuva que gera vida e ao Deus da vida, mas
ira santa e rebeldia diante do sistema capitalista e seus executivos
que de fato desabrigam, golpeiam e matam. É hilariante ouvir um
prefeito ‘lavar as mãos’ sujas de sangue e dizer que “cada um
deve cuidar de sua casa”. Autoridades políticas só podem dizer
isso após construírem moradia digna – SEGURA e ADEQUADA - para 7
milhões de famílias que estão sem moradia no Brasil. Enfim, após
fazerem reforma agrária e reforma urbana. Em Belo Horizonte e Região
Metropolitana, onde mais vidas foram ceifadas (13 em Belo Horizonte,
6 em Betim, 5 em Ibirité e 2 em Contagem) há um déficit
habitacional acima de 150 mil moradias. Além de fertilizar a terra e
recarregar as nascentes e mananciais, a irmã chuva está gritando
por políticas públicas sérias e idôneas, tais como política
agrária e política de moradia popular adequada para todos/as.”
Frei Gilvander é nosso articulista às terças-feiras
Frei Gilvander Luís Moreira é frei e padre e fez mestrado e doutourado em Educação
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
LUTA POR DIREITOS – Crime da Vale em Brumadinho
"NA
LUTA POR DIREITOS, COM FREI GILVANDER: CRIME DA VALE E DO ESTADO EM
BRUMADINHO, SÓ CRESCE: 1 ANO DE IMPUNIDADE – RÁDIO BRASIL FM 87,9
– BELO HORIZONTE, MG – PROGRAMA DO DIA 26/1/2020
Frei Gilvander apresenta, semanalmente, o quadro Na luta por direitos, na Rádio BRASIL FM 87,9, da cidade de Belo Horizonte, MG. Nesse áudio, a participação de frei Gilvander Moreira no Programa desta semana, gravado em 26/1/2020, com notícias e reflexão acerca da I Romaria da Arquidiocese de Belo Horizonte pela Ecologia Integral a Brumadinho, que aconteceu no sábado, 25/1/2020. CRIME DA VALE E DO ESTADO EM BRUMADINHO, SÓ AUMENTA! Ouça e, se gostar, compartilhe. Sugerimos.#Frei Gilvander"
Ouça o frei Gilvander Moreira
"Recorde de empregos com carteira assinada é fake news de Guedes"
“Em
seu primeiro ano de governo (2002), Lula gerou mais de 800 mil postos
de trabalho. No primeiro ano do segundo mandato (2007), a geração
de empregos formais chegou a 1,9 milhão — um crescimento que
superou o já excelente resultado de 2006, quando o País registrou o
surgimento de 1,5 milhão de vagas com carteira assinada.
São
resultados expressivos, perto dos quais o desempenho do primeiro ano
de mandato de Jair Bolsonaro empalidece e fazem desafinar as
fanfarras com as quais o atual governo tenta vender como
“espetacular” a criação de 644.079 vagas de trabalho formal em
2019.
O
desempenho de Bolsonaro também fica muito longe do alcançado no
primeiro ano de governo da presidenta Dilma Rousseff (2011), quando o
Brasil, a caminho do pleno emprego, criou mais 1,9 milhão de vagas
com carteira assinada.
O
resultado do primeiro ano de Dilma é mais impressionante quando se
leva em conta que o País teve um fortíssimo crescimento em 2010,
último ano de Lula na Presidência, quando a geração de empregos
foi de 2,5 milhões de postos formais.
Mas
as comparações não devem levar em conta apenas a quantidade, mas
também a qualidade dos empregos gerados, alerta o economista Bruno
Moretti, assessor da Bancada do PT no Senado. Das 644 mil vagas
geradas sob a batuta de Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes, 85 mil
são para o chamado trabalho intermitente.
Nessa
modalidade precária de contratação, o trabalhador fica à
disposição do empregador, mas só recebe as horas trabalhadas —
sem limite mínimo de carga horária. Ou seja, esse tipo de vaga,
criada pela Reforma Trabalhista de 2017, só é formal porque é
regida por um contrato.
“Vale
lembrar que o trabalhador, nessa modalidade, pode nem ser chamado
para trabalhar ou pode trabalhar pouquíssimas horas. Mas, desde a
reforma trabalhista, conta como emprego formal”, explica Bruno
Moretti.
“Apesar
do saldo positivo na geração de empregos em 2019, o resultado é
compatível com um mercado de trabalho que gera majoritariamente
vagas precárias”, aponta Moretti. As ocupações que surgem,
atualmente, tendem a oferecer menos garantias, segurança e menos ou
nenhum direito ao trabalhador.
Um
exemplo é o trabalho por conta própria, categoria onde se enquadram
os motoristas de aplicativos, os fornecedores de quentinha e os
entregadores de refeições.
O
País tem hoje 24,6 milhões de pessoas sobrevivendo desse tipo de
ocupação, um recorde da série histórica da Pesquisa Nacional por
Amostras de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em
novembro de 2019, o Brasil registrou quase 12 milhões de desocupados
e mais de 26 milhões de subutilizados — gente que desempenha uma
carga horário inferior à sua disponibilidade e necessidade. Em
2020, a taxa de desemprego deve fechar o ano em 11,4%.
Moretti
ressalta que 30% da melhora do saldo de emprego formal entre 2018 e
2019 é intermitente. O economista não vê com otimismo o cenário
de 2020: “O Brasil deve chegar ao final deste ano com uma taxa de
desemprego de 11,4%”.
A
manutenção da taxa de desemprego em dois dígitos, explica Moretti,
é principalmente fruto das políticas de austeridade defendidas e
implementadas pelo ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes.
“São medidas que que afetam o investimento público e o consumo
das famílias”.
Em
2020, a previsão para os investimentos públicos é de 0,5% do PIB,
percentual que é apenas um terço do índice registrado em 2012.
Programas como o Minha Casa Minha Vida ano terão este ano orçamento
inferior a R$ 3 bilhões — na era petista, o valor chegou a R$ 16
bilhões
“Até
o saldo positivo da construção civil — setor que é grande
empregador — em 2019 deve ser visto com cautela. Afinal, o
crescimento de 70 mil postos de trabalho foi baseado, principalmente,
nas construções de alto padrão e não em programas massivos de
habitação”.
Além
dos investimentos públicos desidratados, outra contribuição do
governo Bolsonaro para para manter a economia rodando abaixo do nível
pré-crise em 2020 são os cortes na área social, alerta Moretti.
Os
benefícios do Regime Geral da Previdência Social acima do salário
mínimo têm previsão de queda de até 40%. O Bolsa Família perdeu
R$ 3 bilhões entre 2019 e 2020. O salário mínimo não terá
valorização real.
“Com
queda da renda dos benefícios sociais, desemprego elevado e alto
endividamento das famílias, não se vislumbra recuperação
estrutural do consumo, além da piora da desigualdade”, explica o
economista.
O
cenário internacional completa o quadro desanimador: “A
desaceleração da economia mundial não aponta para uma recuperação
econômica no Brasil pelo lado das exportações”.
“Não
há canais para fazer a economia acelerar de modo a reduzir
estruturalmente o desemprego. Com o fim dos efeitos da liberação
dos saques do FGTS, os números da economia devem piorar no segundo
semestre de 2020”, avalia Moretti.”
domingo, 26 de janeiro de 2020
Primeiro encontro de Mulheres da Capoeira Filhas do Bonfim
"Em 18 de janeiro, em São José do Rio Pardo, SP, o primeiro encontro Feminino de Mulheres da Capoeira Filhas do Bonfim. O evento foi organizado pela ala feminina do grupo, contou com a presença de grandes Mestres inclusive com um dos fundadores do grupo, Mestre Senna, que prestigiou e reforçou a importância de as mulheres estarem mais presentes nas rodas de capoeira.
“Na história da capoeira, conta-se que Bimba foi um dos grandes Mestres que com sua capoeira trouxe mulheres para dentro da convivência masculina das rodas... e entre elas a famosa Maria 12 Homens, Calça Rala, Nega Didi Maria para o Bonde entre outras”. (fonte: Axé Senzala).
“Sendo assim nosso evento foi muito relevante, pois é muito difícil a permanência das mulheres na capoeira” conta a coordenadora e professora, Karen Gonçalves.
Esse movimento inspira as mulheres que gostam a treinarem e serem mais participativas nas Rodas de Capoeira, a se sentirem empoderadas, além da união e garra que todas demonstraram na ocasião. Outro aspecto, é que com este espaço de representatividade nós mulheres acabamos nos espelhando umas nas outras, em busca de alcançar as mais altas graduações na capoeira. “Em nosso grupo poucas alcançaram tal lugar, mas cremos que com esse novo olhar e com mais eventos como este, logo teremos muitas delas voando longe”, afirma à coordenadora e professora Karen Gonçalves.
Esse movimento inspira as mulheres que gostam a treinarem e serem mais participativas nas Rodas de Capoeira, a se sentirem empoderadas, além da união e garra que todas demonstraram na ocasião. Outro aspecto, é que com este espaço de representatividade nós mulheres acabamos nos espelhando umas nas outras, em busca de alcançar as mais altas graduações na capoeira. “Em nosso grupo poucas alcançaram tal lugar, mas cremos que com esse novo olhar e com mais eventos como este, logo teremos muitas delas voando longe”, afirma à coordenadora e professora Karen Gonçalves.
O evento contou com oficinas de dança típicas como Carimbo, entre outras com alunas da cidade de Caldas. Samba de Roda, com Lucia Vera, a presidente do Centro Cultural Afro Brasileiro Chico Rei para os participantes masculinos mix de “aulões”, e percussão com Maria Augusta.
O grupo todo, mulheres e homens que jogam capoeira em São José do Rio Pardo, SP |
Apresentação de Maculelê, pelas alunas de São José do Rio Pardo e Itobi, sendo delas a abertura do evento.
Esteve presente também a Contramestre Maria Matos (Filhos do Bonfim), que diz: “O 1° Encontro Feminino em São José do Rio Pardo, SP foi um divisor de águas pra mim. Venho participando de vários eventos ao longo da minha vida (28 anos de Capoeira), honestamente posso dizer que raramente pude observar abertura para a participação efetiva das mulheres, fiquei realmente emocionada, pois a partir deste, tenho convicção de que iremos nos fortalecer e aparecer mais", afirma.
A professora e coordenadora Karen diz que “a repercussão foi muito positiva e, que durante o ano serão realizadas outras ações e oficinas." O evento foi encerrado, com roda e saltos acrobáticos, seguido por um belo café e confraternização entre os presentes.”
Fonte: Presidente do Centro Cultural Afro Brasileiro Chico Rei, Lucia Vera
Em inglês, Caetano faz um alerta: o fascismo bate à porta no Brasil
"O compositor Caetano Veloso publicou um vídeo em inglês pedindo a seus seguidores que assistam ao documentário Democracia em Vertigem, o documentário de Petra Costa que concorre ao Oscar.
A mensagem pode ser vista como um tentativa de Caetano de ampliar o alcance da mensagem do documentário, que retrata o golpe de 2016 no Brasil.
Caetano tem milhões de fãs fora do Brasil, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. Ele tem influencia em círculos intelectuais ligados à musica e ao ambientalismo no Exterior e tem se engajado no combate ao fascismo, tendo sido vítima da ditadura militar brasileira, que o forçou ao exílio em Londres.
Democracia em Vertigem concorre ao Oscar na noite de 9 de fevereiro com American Factory, The Cave, Sama e Honeyland."
Fonte: viomundo
BBB EDIÇÃO 20
Artigo de J.J. Abdala - Escreve aos domingos.
"Deu- se inicio a
vigésima edição de mais um programa de TV do qual se intitula Big
Brother Brasil, que na verdade nada mais é do que a depravação da
existência humana exposta em um canal de TV aberto, de tal maneira,
por uma famosa emissora de TV brasileira, que insiste em expor na sua
em sua grade de programação este conteúdo nada positivo.
O que me leva a crer
que ainda nos dias atuais, parecemos retroceder, sejamos claros, ver
pessoas confinadas em uma casa, televisionada 24 horas por dia
durante praticamente três meses, degradando-se a cada edição. E o
que me assusta mais ainda é saber que tem pessoas que pagam uma
mensalidade equivalente a R$21.90 por mês, para ter acesso a 10
câmeras durante 24 horas do dia, ou seja, o tempo todo.
Não sei qual é o
termo de seleção dos participantes desse chamado Reality Show, que
a meu ver está mais para um show de horrores, um programa de segunda
categoria, sem fundamento algum, com pessoas degeneradas, que
degradam e arrastam a dignidade se é que existe alguma, em troco de
1,5 milhão de reais e em consequência a fama.
Eu
pobre mortal jamais entenderei o real motivo da existência e
permanência
deste certo programa exibido em rede aberta de televisão, não que
eu seja conservador de mais, pelo contrário, eu apenas prezo o meu
tempo, me pouco de certas coisas que de nada vão acrescentar em
minha vida.
Nada contra a emissora
de TV, que por sua vez vive de publicidade, que gera empregos etc, e
tal, porém caros leitores um pouco de bom senso não fazem mal a
ninguém, não digo aqui que não devemos assistir muito menos que
devemos boicotar a programação, haja vista que este programa não é
o único que denigre a imagem da emissora, nos últimos anos, a TV
aberta em geral tem perdido muito seu público, com programações
extremante de mau gosto, deprimente, sem graça alguma, a futilidade,
a depravação tomou conta, as famosas telenovelas brasileiras
conhecidas mundo a fora, hoje não se segura mais o telespectador de
frente a telinha, o rumo das tramas são um deboche ao nosso
intelecto, uma falta de bom senso, misturado à falta de bom gosto de
seus roteiristas, é praticamente impossível reunir a família de
frente a TV, cenas desnecessárias de sexo, nudez, violência e
traição tudo que há de pior reunidos num balaio só. Acho que
perdemos a concepção da moral, imagino que tudo seja normal, o sexo
a nudez perdeu seu encanto poético
e
passou a ser explorado de uma forma vulgar, medíocre, porca e
nojenta.
Voltando a este BBB,
que tem como seu apresentador um rapaz que já permeou diversos
setores desta mesma emissora, tenho uma impressão de que se pareça
com um chuchu, este legume praticamente sem gosto, este apresentador
que força lá no seu interior uma simpatia da qual é desprovido, é
um jovem de poucas falas objetivas e aparenta estar sempre perdido,
apesar de que como dizem fazer TV ao vivo é a oficina do Diabo,tudo
pode acontecer.
Eu imagino que a
família brasileira por mais moderna que esteja hoje, merece o mínimo
de respeito, já que a nossa classe politica não nos respeita, que
nosso poder judiciário também não. As emissoras de TV deveriam ao
menos mostrar em seus programas, telejornais, telenovelas em sua
programação em geral, um conteúdo mais abrangente, limpo,
produtivo, bons aos olhos e ouvidos, algo mais cultural.
Para que eu não me
estenda e passe a me igualar a esta gente vou ficando por aqui, mas
como dizem somos o que comemos, também somos aquilo do absolvemos,
somos frutos do que consumimos, então acho que vale a pena rever
certos conceitos bem básicos.
Boa sorte Brasil."
O
articulista J.J. Abdala escreve aos domingos
Ele
reside no Paraguay. É graduado em Direito,
ex-diplomata e Licenciado
em comércio internacional e Ciências Políticas na Universidade
Católica Nuestra Señora de La Asuncion.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
"Tenho mesmo que dormir oito horas? O tempo ideal de sono em cada idade"
Por LIFESTYLE ao minuto
"A quantidade de horas que devemos dormir varia de acordo com a idade e organismo de cada um."
“Uma
boa noite de sono ajuda a recarregar as energias, a restaurar o
organismo, melhora a memória, o humor e combate a ansiedade. Mas,
será que temos mesmo que dormir oito horas? Segundo um estudo
realizado pela entidade norte-americana National Sleep Foundation, e
partilhado pela publicação Mega Curioso, a quantidade de horas que
devemos dormir varia de acordo com a idade e organismo de cada um.
A
National Sleep Foundation chegou a essa conclusão através da
criação de um painel desenvolvido por pesquisadores, que analisaram
dados científicos de modo a determinar as horas de sono ideais tendo
em conta a faixa etária.
Eis
as horas que deve dormir:
-
Recém-nascidos (0 - 3 meses): entre 14 e 17 horas;
-
Bebês (4 - 11 meses): entre 12 e 15 horas;
-
Crianças (1 - 2 anos) entre 11 e 14 horas;
-
Crianças em fase pré-escolar (3 - 5 anos): entre 10 e 13 horas;
-
Crianças em fase escolar (6 - 13 anos): entre 9 e 11 horas;
-
Adolescentes (14 - 17 anos): entre 8 a 10 horas;
-
Adultos jovens (18 - 25 anos): entre 7 a 9 horas;
-
Adultos (26 – 64 anos): entre 7 a 8 horas;
-
Idosos (mais de 65 anos): 7 a 8 horas.
Os
pesquisadores alertam que dormir mais ou menos horas conforme a idade
não é necessariamente um indicador de que algo está mal, a não
ser que a pessoa esteja apresentando sintomas que apontem para algum
distúrbio ou doença que esteja a condicionar o período de descanso
- e sim, nesses casos recomendam procurar um médico para que possa
avaliar a condição do indivíduo.”
Fonte:
LIFESTYLE
ao
minuto
Saúde: Afinal, o que é o coronavírus?
"A doença surgiu na China, começou a se espalhar pelo mundo e está causando preocupação global. Entenda tudo o que se sabe sobre o novo vírus."
Por Bruno
Carbinatto
“Nos
últimos dias, o noticiário internacional foi tomado por um assunto
de caráter urgente: o surgimento de um novo
e misterioso vírus na China capaz
de causar pneumonia forte e até levar a morte.
O primeiro caso da
doença foi relatado em 31 de dezembro em Wuhan, cidade do interior
do país com mais de 11 milhões de habitantes. Cerca de três
semanas depois, o vírus já se espalhou para pelo menos outros nove
países, incluindo Coréia do Sul, Japão, Arábia Saudita e Estados
Unidos.
No
total, são mais de 600 casos confirmados e 17 mortes. Alguns outros
países ainda estão observando suspeitas de casos. No Brasil, o
Ministério da Saúde descartou recentemente cinco suspeitas de
ocorrências do vírus.
A
rápida transmissão do vírus – apelidado de “coronavírus de
Wuhan” – gerou preocupação global. Na China, três cidades
foram colocadas
em quarentena,
impedindo efetivamente o deslocamento de 20 milhões de pessoas. Além
disso, outros países estudam medidas de proteção, e estão se
preparando para uma possível nova epidemia.
Mas,
afinal, o que é esse coronavírus?
Uma nova ameaça
O termo “coronavírus”
se refere, na verdade, a um grande grupo viral formado por diversos
vírus já conhecidos e identificados. O nome da família se deve à
forma desses organismos — sob microscópios, eles têm uma
aparência que lembra a de uma coroa.
Há vários
representantes do grupo, e inúmeros podem infectar humanos e
animais. A maioria, no entanto, causa sintomas leves de uma gripe,
como tosse, coriza, dor de cabeça e de garganta, etc.
Alguns vírus do grupo,
porém, podem levar a doenças respiratórias mais graves, como
pneumonia e síndrome respiratória – e até levar á morte. É o
caso do SARS, outro coronavírus que também surgiu na China e se
espalhou pelo mundo em 2002, causando 774 mortes confirmadas. Em
2012, outra doença causada por um coronavírus foi relatada
internacionalmente: a MERS, que se espalhou principalmente no Oriente
Médio e matou mais de 800 pessoas.
O novo coronavírus de
Wuhan – oficialmente chamado de 2019-nCoV – causa sintomas
parecidos com os do SARS e do MERS, embora ainda não se saiba se sua
origem (e contágio) sejam os mesmos. Geralmente, coronavírus são
passados por contato direto entre humanos, por meio de tosse ou
espirro
Apesar de já ser demonstrado que o novo vírus passa de humanos para humanos, não está claro o quão fácil isso acontece. Mas o fato de 15 agentes de saúde terem sido infectados sugere que a transmissão pode ser mais perigosa do que se imaginava, uma vez que essas pessoas utilizam equipamentos e protocolos de higiene e proteção.
Como
o novo vírus surgiu?
A origem do vírus
também permanece incerta. Novos vírus surgem de mutações
(geralmente em animais selvagens) e chegam aos humanos através do
contato direto com esses bichos. Os patógenos de MERS e SARS, por
exemplo, surgiram em morcegos, e tiveram como hospedeiros
intermediários camelos e gatos-de-algália, respectivamente.
O
novo coronavírus provavelmente surgiu de uma feira de rua de
frutos-do-mar em Wuhan, onde diversos animais foram vendidos, e
várias pessoas que frequentaram o local acabaram infectadas. Os
morcegos — que foram vendidos em forma de sopa na feira — são um
dos principais suspeitos, mas um
novo estudo que
analisou o código genético do vírus indica que ele pode ter sido
passado para humanos pelo contato com cobras asiáticas, cuja carne
também foi vendida no dia. Esse tipo de cobra é conhecido por se
alimentar de morcegos.
No entanto, como o vírus
consegue se adaptar aos hospedeiros tanto de sangue frio e quanto
quente ainda permanece um mistério.
É importante ressaltar
que não há nenhuma vacina ou tratamento específico para infecções
por coronavírus. Em geral, trata-se o sintoma, e o sistema
imunológico do indivíduo é responsável por lutar contra a doença.
Por essa razão, pessoas debilitadas, idosos e crianças são os
grupos mais vulneráveis – e os que mais respondem pelas mortes do
novo surto.
Devemos
nos preocupar?
Sim
– mas não entrar em pânico. O novo vírus é claramente um
problema de saúde pública, e a velocidade com que se espalhou
levantou alerta do mundo todo, incluindo da Organização Mundial da
Saúde (OMS). Mas o órgão da ONU anunciou,
na tarde do dia 23, que não classificaria o novo surto como
“emergência de saúde global”. “Ainda não é o momento”,
justificou Didier Houssin, líder do comitê de emergência da OMS.
“É muito cedo para considerar este evento uma emergência de saúde
pública de interesse internacional.
Um estudo de
pesquisadores britânicos estimou, com base no tempo que a infecção
levou para se espalhar, que o número de infectados pode ser de até
quatro mil pessoas. Especialistas e organizações, porém, pedem
cautela, e afirmam que ainda não é possível determinar o tamanho
exato da crise.
Os novos casos de
coronavírus se assemelham bastante aos da SARS e MERS, que também
geraram preocupação global. Os vírus foram combatidos por medidas
de saúde pública, e hoje são consideradas doenças superadas.
No
Brasil, as suspeitas existentes foram descartadas por não se
enquadrarem nos critérios estabelecidos pela OMS. O brasileiro
Jarbas Barbosa, sub-diretor da Organização Pan-Americana de Saúde
(Opas), reforçou, em
entrevista à revista VEJA,
que a nova mutação do coronavírus ainda “não chegou” ao
continente americano, apesar de um caso confirmado nos Estados Unidos
de um homem que havia voltado de Wuhan. O caso foi considerado
isolado e “importado”, não levando o vírus adiante desde que
pisou em solo americano.”
Fonte:
superinteressante
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