quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

"Mortos não pela chuva, mas pela injustiça social"




  Por  Gilvander   Moreira 
Articulista  às terças-feiras

"No final da penúltima semana de janeiro de 2020, choveu significativamente em várias regiões de Minas Gerais. Em 24 horas choveu 171,8 milímetros, chuva mansa, mas constante. Houve uma enorme mobilização da grande imprensa e de poderes públicos municipais de muitos municípios no sentido de alertar a população de que estava chegando uma grande chuva que poderia causar inundações, deslizamentos e pôr em risco a vida das pessoas. Em Belo Horizonte, a defesa civil anunciou alerta de risco geológico e chegou-se a pedir insistentemente para as pessoas ficarem em casa dia 24 de janeiro. Muitas avenidas foram interditadas. Segundo a Defesa Civil do Governo de Minas Gerais, em Boletim de 26/01, com o título “Mortes causadas pelas chuvas em MG”, em alguns dias de chuva: 13.887 pessoas foram desalojadas, 3.354 desabrigadas, 12 feridas, 44 foram mortas e 17 estão desaparecidas, o que, segundo o boletim, são óbitos a serem confirmados.
Diante dos deslizamentos de terra, das inundações provocadas pelas chuvas, de quase 14 mil desalojados, de mais de 3 mil desabrigados, de 12 pessoas feridas e mais de 40 pessoas mortas – sem contar 19 pessoas desaparecidas -, primeiro, expressamos nossa solidariedade e conclamamos a quem puder se somar ao mutirão de apoio para ajudar as milhares de famílias atingidas e muitas golpeadas a reconquistar o mínimo necessário para erguer a cabeça e retomar a vida. Entretanto, para que a mentira não continue cobrindo as causas mais profundas da ‘sexta-feira da paixão’ que se abate sobre o povo cada vez mais com frequência, precisamos dizer em alto e bom som a verdade, cientes de que a verdade dói, mas liberta.  É mentira a manchete divulgada pela Defesa Civil – “Mortes causadas pelas chuvas em MG”. É nojento ouvir jornalistas na grande imprensa dizerem: “a chuva está castigando ...”. “A chuva está causando estragos ...” Diante dos mortos, das vítimas e de milhares de desabrigados aparentemente pelas chuvas, é imoral e covarde ouvir prefeitos dando uma de Pilatos, tentando se eximir de suas responsabilidades, afirmando que “foi uma tragédia ambiental natural”, “Cada um deve cuidar da sua casa”, “Invadiram áreas de riscos. Eles são os culpados”. Fazer esse tipo de afirmação é apunhalar quem já foi golpeado, é transformar a vítima em algoz. É injustiça que clama aos céus.
Não é a chuva e nem Deus que devem ser condenados. Colocar a culpa na chuva e em Deus é encobrir o real escamoteamento a verdade, é criar uma cortina de fumaça que ofusca a realidade beneficiando somente os adoradores do capitalismo – grandes empresários da cidade e do campo, políticos profissionais (uma corja) e ingênuos sustentadores da engrenagem mortífera que continua a trucidar vidas em progressão geométrica em uma sociedade cada vez mais desigual.
Na Bíblia se fala de chuva mais de cem vezes. A chuva é benfazeja, cai sobre justos e injustos, diz o evangelho de Mateus (Mateus 5,45). A chuva é reflexo da bondade de Deus, que é um mistério de infinito amor. Deus rega com a chuva a terra que deu como herança ao seu povo (I Reis 8,36). “Mandarei chuva no tempo certo e será uma chuva abençoada” (Ezequiel 34,26), profetiza Ezequiel consolando o povo em tempos de imperialismo e de exílio, em tempos de escassez de chuva. A sabedoria do povo da Bíblia reconhece que Deus, solidário e libertador, “por meio da chuva, alimenta os povos, dando-lhes comida abundante” (Jó 36,31). Até no dilúvio, a chuva é vista como purificadora (Cf. Gênesis 6 a 9). Sob o imperialismo dos faraós no Egito, a chuva de granizo é vista como uma praga que fustiga os opressores, ao mesmo tempo em que é uma dádiva de Deus que liberta da opressão (Cf. Gênesis 9 e 10).
A chuva não castiga, não desaloja, não desabriga e nem mata ninguém. Quem está em casa com boa estrutura, construída sobre terra firme, pode dormir tranquilo, porque a casa não cairá com as chuvas. Sempre recordo que 50 anos atrás, quando eu era criança, no noroeste de Minas Gerais, “chovia invernado uma semana, duas semanas, às vezes, até um mês sem parar”. Não morria praticamente ninguém. Nas Décadas de 1970, a maior parte do povo vivia no campo e podia construir as casas longe das margens dos rios que ficavam inundadas. Atualmente, só em Belo Horizonte há mais de 200 rios e córregos sepultados com asfalto, após serem envenenados com esgoto in natura.
A irmã chuva apenas revela uma injustiça socioeconômica e política existente. Quem desaloja, desabriga, fere e mata em última instância é a tremenda injustiça agrária e socioambiental reinante na sociedade capitalista. Dizer que “a chuva castiga” é mentira, é reducionismo que esconde o maior responsável por tanta dor e tanto pranto: o sistema capitalista e a classe dominante, que descartam as pessoas e as condenam a sobreviverem em encostas e áreas de risco. Soma-se a tudo isto a falta de planejamento urbano e social das prefeituras, que deveriam investir de forma contundente na elaboração de Plano Diretor e de zoneamento para as cidades de forma participativa e comunitária, buscando construir cidades justas economicamente, solidária socialmente e sustentável ecologicamente. Sem uma gestão socioambiental, os municípios continuarão destruindo as matas ciliares de rios e desmatando as suas encostas, fragilizando o solo, causando deslizamentos e assoreamentos, que tendem a ser cada vez mais trágicos.

Quem é atingido quando a chuva chega em um volume maior, salvo exceções, são as famílias que tiveram seus direitos humanos fundamentais – direito à terra, à moradia, ao trabalho, à educação, a um salário justo, ao meio ambiente equilibrado e à dignidade – desrespeitados pelo capitalismo neoliberal e por pessoas que adoram o deus capital, o maior ídolo da atualidade.

Segundo o Comitê sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU em seu Comentário 4, todas as pessoas têm o direito a uma moradia SEGURA E ADEQUADA, abaixo especificada:
a) Segurança da posse: a moradia não é adequada se os seus ocupantes não têm um grau de segurança de posse que garanta a proteção legal contra despejos forçados, perseguição e outras ameaças.
b) Disponibilidade de serviços, materiais, instalações e infraestrutura: a moradia não é adequada, se os seus ocupantes não têm água potável, saneamento básico, energia para cozinhar, aquecimento, iluminação, armazenamento de alimentos ou coleta de lixo.
c) Economicidade: a moradia não é adequada, se o seu custo ameaça ou compromete o exercício de outros direitos humanos dos ocupantes.
d) Habitabilidade: a moradia não é adequada se não garantir a segurança física e estrutural proporcionando um espaço adequado, bem como proteção contra o frio, umidade, calor, chuva, vento, outras ameaças à saúde.
e) Acessibilidade: a moradia não é adequada se as necessidades específicas dos grupos desfavorecidos e marginalizados não são levados em conta.
f) Localização: a moradia não é adequada se for isolada de oportunidades de emprego, serviços de saúde, escolas, creches e outras instalações sociais ou, se localizados em áreas poluídas ou perigosas.
g) Adequação cultural: a moradia não é adequada se não respeitar e levar em conta a expressão da identidade cultural (UNITED NATIONS, 1991).
Portanto, quem desaloja, desabriga e mata não é a chuva, não é Deus, mas é a injustiça social reproduzida cotidianamente no Brasil, que gera uma tremenda desigualdade social e empurra milhões para sobreviver em áreas de risco geológico. Quem construiu um barraco em área de risco geológico antes foi empurrado para risco social.

Logo, gratidão eterna à irmã chuva que gera vida e ao Deus da vida, mas ira santa e rebeldia diante do sistema capitalista e seus executivos que de fato desabrigam, golpeiam e matam. É hilariante ouvir um prefeito ‘lavar as mãos’ sujas de sangue e dizer que “cada um deve cuidar de sua casa”. Autoridades políticas só podem dizer isso após construírem moradia digna – SEGURA e ADEQUADA - para 7 milhões de famílias que estão sem moradia no Brasil. Enfim, após fazerem reforma agrária e reforma urbana. Em Belo Horizonte e Região Metropolitana, onde mais vidas foram ceifadas (13 em Belo Horizonte, 6 em Betim, 5 em Ibirité e 2 em Contagem) há um déficit habitacional acima de 150 mil moradias. Além de fertilizar a terra e recarregar as nascentes e mananciais, a irmã chuva está gritando por políticas públicas sérias e idôneas, tais como política agrária e política de moradia popular adequada para todos/as.”



Frei Gilvander é nosso articulista às terças-feiras


Frei Gilvander Luís Moreira é frei e padre e fez mestrado e doutourado em Educação  

20 Melhores Truques de Computador para Tornar sua Vida Mais Fácil


Fonte: Incrível

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Prevenção para o coronavírus


Fonte: whatsapp

LUTA POR DIREITOS – Crime da Vale em Brumadinho


"NA LUTA POR DIREITOS, COM FREI GILVANDER: CRIME DA VALE E DO ESTADO EM BRUMADINHO, SÓ CRESCE: 1 ANO DE IMPUNIDADE – RÁDIO BRASIL FM 87,9 – BELO HORIZONTE, MG – PROGRAMA DO DIA 26/1/2020

Frei Gilvander apresenta, semanalmente, o quadro Na luta por direitos, na Rádio BRASIL FM 87,9, da cidade de Belo Horizonte, MG. Nesse áudio, a participação de frei Gilvander Moreira no Programa desta semana, gravado em 26/1/2020, com notícias e reflexão acerca da I Romaria da Arquidiocese de Belo Horizonte pela Ecologia Integral a Brumadinho, que aconteceu no sábado, 25/1/2020. CRIME DA VALE E DO ESTADO EM BRUMADINHO, SÓ AUMENTA! Ouça e, se gostar, compartilhe. Sugerimos.#Frei Gilvander"




Ouça o frei Gilvander Moreira

"Recorde de empregos com carteira assinada é fake news de Guedes"







Em seu primeiro ano de governo (2002), Lula gerou mais de 800 mil postos de trabalho. No primeiro ano do segundo mandato (2007), a geração de empregos formais chegou a 1,9 milhão — um crescimento que superou o já excelente resultado de 2006, quando o País registrou o surgimento de 1,5 milhão de vagas com carteira assinada.

São resultados expressivos, perto dos quais o desempenho do primeiro ano de mandato de Jair Bolsonaro empalidece e fazem desafinar as fanfarras com as quais o atual governo tenta vender como “espetacular” a criação de 644.079 vagas de trabalho formal em 2019.
O desempenho de Bolsonaro também fica muito longe do alcançado no primeiro ano de governo da presidenta Dilma Rousseff (2011), quando o Brasil, a caminho do pleno emprego, criou mais 1,9 milhão de vagas com carteira assinada.
O resultado do primeiro ano de Dilma é mais impressionante quando se leva em conta que o País teve um fortíssimo crescimento em 2010, último ano de Lula na Presidência, quando a geração de empregos foi de 2,5 milhões de postos formais.
Mas as comparações não devem levar em conta apenas a quantidade, mas também a qualidade dos empregos gerados, alerta o economista Bruno Moretti, assessor da Bancada do PT no Senado. Das 644 mil vagas geradas sob a batuta de Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes, 85 mil são para o chamado trabalho intermitente.
Nessa modalidade precária de contratação, o trabalhador fica à disposição do empregador, mas só recebe as horas trabalhadas — sem limite mínimo de carga horária. Ou seja, esse tipo de vaga, criada pela Reforma Trabalhista de 2017, só é formal porque é regida por um contrato.
Vale lembrar que o trabalhador, nessa modalidade, pode nem ser chamado para trabalhar ou pode trabalhar pouquíssimas horas. Mas, desde a reforma trabalhista, conta como emprego formal”, explica Bruno Moretti.
Apesar do saldo positivo na geração de empregos em 2019, o resultado é compatível com um mercado de trabalho que gera majoritariamente vagas precárias”, aponta Moretti. As ocupações que surgem, atualmente, tendem a oferecer menos garantias, segurança e menos ou nenhum direito ao trabalhador.
Um exemplo é o trabalho por conta própria, categoria onde se enquadram os motoristas de aplicativos, os fornecedores de quentinha e os entregadores de refeições.
O País tem hoje 24,6 milhões de pessoas sobrevivendo desse tipo de ocupação, um recorde da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em novembro de 2019, o Brasil registrou quase 12 milhões de desocupados e mais de 26 milhões de subutilizados — gente que desempenha uma carga horário inferior à sua disponibilidade e necessidade. Em 2020, a taxa de desemprego deve fechar o ano em 11,4%.
Moretti ressalta que 30% da melhora do saldo de emprego formal entre 2018 e 2019 é intermitente. O economista não vê com otimismo o cenário de 2020: “O Brasil deve chegar ao final deste ano com uma taxa de desemprego de 11,4%”.
A manutenção da taxa de desemprego em dois dígitos, explica Moretti, é principalmente fruto das políticas de austeridade defendidas e implementadas pelo ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes. “São medidas que que afetam o investimento público e o consumo das famílias”.
Em 2020, a previsão para os investimentos públicos é de 0,5% do PIB, percentual que é apenas um terço do índice registrado em 2012. Programas como o Minha Casa Minha Vida ano terão este ano orçamento inferior a R$ 3 bilhões — na era petista, o valor chegou a R$ 16 bilhões
Até o saldo positivo da construção civil — setor que é grande empregador — em 2019 deve ser visto com cautela. Afinal, o crescimento de 70 mil postos de trabalho foi baseado, principalmente, nas construções de alto padrão e não em programas massivos de habitação”.
Além dos investimentos públicos desidratados, outra contribuição do governo Bolsonaro para para manter a economia rodando abaixo do nível pré-crise em 2020 são os cortes na área social, alerta Moretti.
Os benefícios do Regime Geral da Previdência Social acima do salário mínimo têm previsão de queda de até 40%. O Bolsa Família perdeu R$ 3 bilhões entre 2019 e 2020. O salário mínimo não terá valorização real.
Com queda da renda dos benefícios sociais, desemprego elevado e alto endividamento das famílias, não se vislumbra recuperação estrutural do consumo, além da piora da desigualdade”, explica o economista.
O cenário internacional completa o quadro desanimador: “A desaceleração da economia mundial não aponta para uma recuperação econômica no Brasil pelo lado das exportações”.
Não há canais para fazer a economia acelerar de modo a reduzir estruturalmente o desemprego. Com o fim dos efeitos da liberação dos saques do FGTS, os números da economia devem piorar no segundo semestre de 2020”, avalia Moretti.”
Fonte: PT na câmara   / Blog da cidadania    

domingo, 26 de janeiro de 2020

Primeiro encontro de Mulheres da Capoeira Filhas do Bonfim

Mulheres no primeiro Encontro feminino de capoeiristas de Rio Pardo, SP


"Em 18 de janeiro, em São José do Rio Pardo, SP, o primeiro encontro Feminino de Mulheres da Capoeira Filhas do Bonfim. O evento foi organizado pela ala feminina do grupo, contou com a presença de grandes Mestres inclusive com um dos fundadores do grupo, Mestre Senna, que prestigiou e reforçou a importância de as mulheres estarem mais presentes nas rodas de capoeira.  

“Na história da capoeira, conta-se que Bimba foi um dos grandes Mestres que com sua capoeira trouxe mulheres para dentro da convivência masculina das rodas... e entre elas a famosa Maria 12 Homens, Calça Rala, Nega Didi Maria para o Bonde entre outras”. (fonte: Axé Senzala). 

“Sendo assim nosso evento foi muito relevante, pois é muito difícil a permanência das mulheres na capoeira” conta a coordenadora e professora, Karen Gonçalves.

Esse movimento inspira as mulheres que gostam a treinarem e serem mais participativas nas Rodas de Capoeira, a se sentirem empoderadas, além da união e garra que todas demonstraram na ocasião. Outro aspecto, é que com este espaço de representatividade nós mulheres acabamos nos espelhando umas nas outras, em busca de alcançar as mais altas graduações na capoeira. “Em nosso grupo poucas alcançaram tal lugar, mas cremos que com esse novo olhar e com mais eventos como este, logo teremos muitas delas voando longe”, afirma à coordenadora e professora Karen Gonçalves.

O evento contou com oficinas de dança típicas como Carimbo, entre outras com alunas da cidade de Caldas. Samba de Roda, com Lucia Vera, a presidente do Centro Cultural Afro Brasileiro Chico Rei para os participantes masculinos mix de “aulões”, e percussão com Maria Augusta. 
O grupo todo, mulheres e homens que jogam capoeira em São José do Rio Pardo, SP

Apresentação de Maculelê, pelas alunas de São José do Rio Pardo e Itobi, sendo delas a abertura do evento. 
Esteve presente também a Contramestre Maria Matos (Filhos do Bonfim), que diz: “O 1° Encontro Feminino em São José do Rio Pardo, SP foi um divisor de águas pra mim. Venho participando de vários eventos ao longo da minha vida (28 anos de Capoeira), honestamente posso dizer que raramente pude observar abertura para a participação efetiva das mulheres, fiquei realmente emocionada, pois a partir deste, tenho convicção de que iremos nos fortalecer e aparecer mais", afirma.
A professora e coordenadora Karen diz que “a repercussão foi muito positiva e, que durante o ano serão realizadas outras ações e oficinas." O evento foi encerrado, com roda e saltos acrobáticos, seguido por um belo café e confraternização entre os presentes.” 
Fonte:  Presidente do Centro Cultural Afro Brasileiro Chico Rei, Lucia Vera 

Em inglês, Caetano faz um alerta: o fascismo bate à porta no Brasil

"O  compositor Caetano Veloso publicou um vídeo em inglês pedindo a seus seguidores que assistam ao documentário Democracia em Vertigem, o documentário de Petra Costa que concorre ao Oscar.
A mensagem pode ser vista como um tentativa de Caetano de ampliar o alcance da mensagem do documentário, que retrata o golpe de 2016 no Brasil.
Caetano tem milhões de fãs fora do Brasil, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. Ele tem influencia em círculos intelectuais ligados à musica e ao ambientalismo no Exterior e tem se engajado no combate ao fascismo, tendo sido vítima da ditadura militar brasileira, que o forçou ao exílio em Londres.
Democracia em Vertigem concorre ao Oscar na noite de 9 de fevereiro com American FactoryThe CaveSama e Honeyland."
Fonte: viomundo

Notícias locais: Achille Mbembe no Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas,, nesta 4ª feira (29),às 20h





BBB EDIÇÃO 20


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Artigo de J.J. Abdala - Escreve aos domingos. 

"Deu- se inicio a vigésima edição de mais um programa de TV do qual se intitula Big Brother Brasil, que na verdade nada mais é do que a depravação da existência humana exposta em um canal de TV aberto, de tal maneira, por uma famosa emissora de TV brasileira, que insiste em expor na sua em sua grade de programação este conteúdo nada positivo.

O que me leva a crer que ainda nos dias atuais, parecemos retroceder, sejamos claros, ver pessoas confinadas em uma casa, televisionada 24 horas por dia durante praticamente três meses, degradando-se a cada edição. E o que me assusta mais ainda é saber que tem pessoas que pagam uma mensalidade equivalente a R$21.90 por mês, para ter acesso a 10 câmeras durante 24 horas do dia, ou seja, o tempo todo.

Não sei qual é o termo de seleção dos participantes desse chamado Reality Show, que a meu ver está mais para um show de horrores, um programa de segunda categoria, sem fundamento algum, com pessoas degeneradas, que degradam e arrastam a dignidade se é que existe alguma, em troco de 1,5 milhão de reais e em consequência a fama.

Eu pobre mortal jamais entenderei o real motivo da existência e
permanência deste certo programa exibido em rede aberta de televisão, não que eu seja conservador de mais, pelo contrário, eu apenas prezo o meu tempo, me pouco de certas coisas que de nada vão acrescentar em minha vida.

Nada contra a emissora de TV, que por sua vez vive de publicidade, que gera empregos etc, e tal, porém caros leitores um pouco de bom senso não fazem mal a ninguém, não digo aqui que não devemos assistir muito menos que devemos boicotar a programação, haja vista que este programa não é o único que denigre a imagem da emissora, nos últimos anos, a TV aberta em geral tem perdido muito seu público, com programações extremante de mau gosto, deprimente, sem graça alguma, a futilidade, a depravação tomou conta, as famosas telenovelas brasileiras conhecidas mundo a fora, hoje não se segura mais o telespectador de frente a telinha, o rumo das tramas são um deboche ao nosso intelecto, uma falta de bom senso, misturado à falta de bom gosto de seus roteiristas, é praticamente impossível reunir a família de frente a TV, cenas desnecessárias de sexo, nudez, violência e traição tudo que há de pior reunidos num balaio só. Acho que perdemos a concepção da moral, imagino que tudo seja normal, o sexo a nudez perdeu seu encanto poético
e passou a ser explorado de uma forma vulgar, medíocre, porca e nojenta.

Voltando a este BBB, que tem como seu apresentador um rapaz que já permeou diversos setores desta mesma emissora, tenho uma impressão de que se pareça com um chuchu, este legume praticamente sem gosto, este apresentador que força lá no seu interior uma simpatia da qual é desprovido, é um jovem de poucas falas objetivas e aparenta estar sempre perdido, apesar de que como dizem fazer TV ao vivo é a oficina do Diabo,tudo pode acontecer.

Eu imagino que a família brasileira por mais moderna que esteja hoje, merece o mínimo de respeito, já que a nossa classe politica não nos respeita, que nosso poder judiciário também não. As emissoras de TV deveriam ao menos mostrar em seus programas, telejornais, telenovelas em sua programação em geral, um conteúdo mais abrangente, limpo, produtivo, bons aos olhos e ouvidos, algo mais cultural.

Para que eu não me estenda e passe a me igualar a esta gente vou ficando por aqui, mas como dizem somos o que comemos, também somos aquilo do absolvemos, somos frutos do que consumimos, então acho que vale a pena rever certos conceitos bem básicos.  
Boa sorte Brasil."

O articulista J.J. Abdala escreve aos domingos
Ele reside no Paraguay. É graduado em Direito, ex-diplomata e Licenciado em comércio internacional e Ciências Políticas na Universidade Católica Nuestra Señora de La Asuncion.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

"Tenho mesmo que dormir oito horas? O tempo ideal de sono em cada idade"



















Por LIFESTYLE ao minuto

"A quantidade de horas que devemos dormir varia de acordo com a idade e organismo de cada um."

Uma boa noite de sono ajuda a recarregar as energias, a restaurar o organismo, melhora a memória, o humor e combate a ansiedade. Mas, será que temos mesmo que dormir oito horas? Segundo um estudo realizado pela entidade norte-americana National Sleep Foundation, e partilhado pela publicação Mega Curioso, a quantidade de horas que devemos dormir varia de acordo com a idade e organismo de cada um.
 
A National Sleep Foundation chegou a essa conclusão através da criação de um painel desenvolvido por pesquisadores, que analisaram dados científicos de modo a determinar as horas de sono ideais tendo em conta a faixa etária.
Eis as horas que deve dormir:
- Recém-nascidos (0 - 3 meses): entre 14 e 17 horas;
- Bebês (4 - 11 meses): entre 12 e 15 horas;
- Crianças (1 - 2 anos) entre 11 e 14 horas;
- Crianças em fase pré-escolar (3 - 5 anos): entre 10 e 13 horas;  
- Crianças em fase escolar (6 - 13 anos): entre 9 e 11 horas;
- Adolescentes (14 - 17 anos): entre 8 a 10 horas; 
- Adultos jovens (18 - 25 anos): entre  7 a 9 horas;
- Adultos (26 – 64 anos): entre 7 a 8 horas;
- Idosos (mais de 65 anos):  7 a 8 horas.
Os pesquisadores alertam que dormir mais ou menos horas conforme a idade não é necessariamente um indicador de que algo está mal, a não ser que a pessoa esteja apresentando sintomas que apontem para algum distúrbio ou doença que esteja a condicionar o período de descanso - e sim, nesses casos recomendam procurar um médico para que possa avaliar a condição do indivíduo.”
Fonte: LIFESTYLE ao minuto  

Saúde: Afinal, o que é o coronavírus?




"A doença surgiu na China, começou a se espalhar pelo mundo e está causando preocupação global. Entenda tudo o que se sabe sobre o novo vírus."

Por Bruno Carbinatto

Nos últimos dias, o noticiário internacional foi tomado por um assunto de caráter urgente: o surgimento de um novo e misterioso vírus na China capaz de causar pneumonia forte e até levar a morte.

O primeiro caso da doença foi relatado em 31 de dezembro em Wuhan, cidade do interior do país com mais de 11 milhões de habitantes. Cerca de três semanas depois, o vírus já se espalhou para pelo menos outros nove países, incluindo Coréia do Sul, Japão, Arábia Saudita e Estados Unidos.

No total, são mais de 600 casos confirmados e 17 mortes. Alguns outros países ainda estão observando suspeitas de casos. No Brasil, o Ministério da Saúde descartou recentemente cinco suspeitas de ocorrências do vírus.

A rápida transmissão do vírus – apelidado de “coronavírus de Wuhan” – gerou preocupação global. Na China, três cidades foram colocadas em quarentena, impedindo efetivamente o deslocamento de 20 milhões de pessoas. Além disso, outros países estudam medidas de proteção, e estão se preparando para uma possível nova epidemia.

Mas, afinal, o que é esse coronavírus?

Uma nova ameaça
O termo “coronavírus” se refere, na verdade, a um grande grupo viral formado por diversos vírus já conhecidos e identificados. O nome da família se deve à forma desses organismos — sob microscópios, eles têm uma aparência que lembra a de uma coroa.

Há vários representantes do grupo, e inúmeros podem infectar humanos e animais. A maioria, no entanto, causa sintomas leves de uma gripe, como tosse, coriza, dor de cabeça e de garganta, etc.

Alguns vírus do grupo, porém, podem levar a doenças respiratórias mais graves, como pneumonia e síndrome respiratória – e até levar á morte. É o caso do SARS, outro coronavírus que também surgiu na China e se espalhou pelo mundo em 2002, causando 774 mortes confirmadas. Em 2012, outra doença causada por um coronavírus foi relatada internacionalmente: a MERS, que se espalhou principalmente no Oriente Médio e matou mais de 800 pessoas.

O novo coronavírus de Wuhan – oficialmente chamado de 2019-nCoV – causa sintomas parecidos com os do SARS e do MERS, embora ainda não se saiba se sua origem (e contágio) sejam os mesmos. Geralmente, coronavírus são passados por contato direto entre humanos, por meio de tosse ou espirro

Apesar de já ser demonstrado que o novo vírus passa de humanos para humanos, não está claro o quão fácil isso acontece. Mas o fato de 15 agentes de saúde terem sido infectados sugere que a transmissão pode ser mais perigosa do que se imaginava, uma vez que essas pessoas utilizam equipamentos e protocolos de higiene e proteção.

Como o novo vírus surgiu?
A origem do vírus também permanece incerta. Novos vírus surgem de mutações (geralmente em animais selvagens) e chegam aos humanos através do contato direto com esses bichos. Os patógenos de MERS e SARS, por exemplo, surgiram em morcegos, e tiveram como hospedeiros intermediários camelos e gatos-de-algália, respectivamente.

O novo coronavírus provavelmente surgiu de uma feira de rua de frutos-do-mar em Wuhan, onde diversos animais foram vendidos, e várias pessoas que frequentaram o local acabaram infectadas. Os morcegos — que foram vendidos em forma de sopa na feira — são um dos principais suspeitos, mas um novo estudo que analisou o código genético do vírus indica que ele pode ter sido passado para humanos pelo contato com cobras asiáticas, cuja carne também foi vendida no dia. Esse tipo de cobra é conhecido por se alimentar de morcegos.

No entanto, como o vírus consegue se adaptar aos hospedeiros tanto de sangue frio e quanto quente ainda permanece um mistério.

É importante ressaltar que não há nenhuma vacina ou tratamento específico para infecções por coronavírus. Em geral, trata-se o sintoma, e o sistema imunológico do indivíduo é responsável por lutar contra a doença. Por essa razão, pessoas debilitadas, idosos e crianças são os grupos mais vulneráveis – e os que mais respondem pelas mortes do novo surto.

Devemos nos preocupar?
Sim – mas não entrar em pânico. O novo vírus é claramente um problema de saúde pública, e a velocidade com que se espalhou levantou alerta do mundo todo, incluindo da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas o órgão da ONU anunciou, na tarde do dia 23, que não classificaria o novo surto como “emergência de saúde global”. “Ainda não é o momento”, justificou Didier Houssin, líder do comitê de emergência da OMS. “É muito cedo para considerar este evento uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

Um estudo de pesquisadores britânicos estimou, com base no tempo que a infecção levou para se espalhar, que o número de infectados pode ser de até quatro mil pessoas. Especialistas e organizações, porém, pedem cautela, e afirmam que ainda não é possível determinar o tamanho exato da crise.

Os novos casos de coronavírus se assemelham bastante aos da SARS e MERS, que também geraram preocupação global. Os vírus foram combatidos por medidas de saúde pública, e hoje são consideradas doenças superadas.

No Brasil, as suspeitas existentes foram descartadas por não se enquadrarem nos critérios estabelecidos pela OMS. O brasileiro Jarbas Barbosa, sub-diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), reforçou, em entrevista à revista VEJA, que a nova mutação do coronavírus ainda “não chegou” ao continente americano, apesar de um caso confirmado nos Estados Unidos de um homem que havia voltado de Wuhan. O caso foi considerado isolado e “importado”, não levando o vírus adiante desde que pisou em solo americano.”

Fonte: superinteressante