Diretor do DMAE recebe relatório da sindicância que apura desvio de R$ 800 mil no departamento, em Poços de Caldas — Foto: Reprodução/EPTV |
Decisão foi publicada no Diário Oficial do Município desta segunda-feira (30) através da Portaria 054/2021.
Diretor do DMAE recebe relatório da sindicância que apura desvio de R$ 800 mil no departamento, em Poços de Caldas — Foto: Reprodução/EPTV |
Decisão foi publicada no Diário Oficial do Município desta segunda-feira (30) através da Portaria 054/2021.
Helba, viúva do fiscal Nelson: "São muitas provas que condenaram Antério Mânica. 4 mandantes livres"
Recordar as opressões e violências do passado que continuam presentes, se reproduzindo, e as lutas de resistência popular é imprescindível para seguirmos com as lutas libertárias. “Recordar para não repetir”, alertava a filósofa Hannah Arendt ao analisar o totalitarismo político nazista. Era dia 28 de janeiro de 2004, 8h20 da manhã, em uma emboscada, cinco jagunços dispararam rajadas de tiros em quatro fiscais da Delegacia Regional do Ministério do Trabalho, perto da Fazenda Bocaina, no município de Unaí. Na maior chacina contra agentes do Estado Brasileiro, foram ceifadas as vidas dos fiscais Eratóstenes de Almeida Gonçalves (o Tote), de 42 anos, João Batista Soares Lage, 50, e Nelson José da Silva, 52, e do motorista Aílton Pereira de Oliveira, 52. Por quê? Porque como servidores éticos e idôneos, estavam cumprindo seu dever: fiscalizando a existência de trabalho escravo em fazendas do agronegócio no município de Unaí. As autuações de vários fazendeiros escravocratas incomodavam, porque revelavam que “reis do feijão” eram na verdade “reis do trabalho escravo”.
Assisti presencialmente a algumas manhãs e tardes do 1º e 2º julgamento do Antério Mânica e também dos julgamentos dos outros mandantes. Ouvi coisas estarrecedoras que aconteceram na trama capitalista - satânica e diabólica - para assassinar trabalhadores éticos que cumpriam sua missão como servidores públicos. Ouvi, por exemplo, durante o 2º julgamento do Antério Mânica: “Havia um homem bravo dentro de um marea azul escuro, “o patrão”, que mandou matar todo mundo: «Tora todo mundo, todos!»”. Esta ordem alterou o acordo inicial à moda de Caim, que era para matar só o fiscal Nelson José da Silva. Os jagunços Chico Pinheiro e Erinaldo, e Hugo Pimenta em delação premiada, disseram que quem estava no Marea azul escuro era Antério Mânica, que disse: "Tora todo mundo".
Viúvas de Unaí e auditores fiscais: trabalho escravo, não! Prisão dos mandantes, sim! RJ
Após persegui-los por vários dias no encalço dos fiscais sempre juntos, preferiram não mais esperar um momento para emboscar só o fiscal Nelson. O empresário dono do cerealista, Hugo Pimenta, não tinha fazenda de soja e nem de feijão, era um grande comerciante de feijão em Unaí. Logo parecia não ter interesse direto no assassinato dos fiscais. Os patrões que se sentiam incomodados pelas fiscalizações eram Antério Mânica e Norberto Mânica. Os jagunços simularam praticar um latrocínio, assalto seguido de morte. Por isso, pegaram os celulares dos fiscais, jogaram em córregos e o relógio de Erastótenes foi encontrado em uma privada na casa de um dos jagunços em Formosa, GO. Não levaram a caminhonete branca com placa do governo federal. Esse tipo de caminhonete dificilmente é roubado. Provocado, o jagunço Erinaldo pediu 300 mil reais para assumir o massacre como latrocínio, mas desistiu, pois tinha muita gente envolvida e seria impossível demonstrar que tinha sido latrocínio e não massacre a mando. Antério Mânica e Norberto Mânica pressionaram os jagunços na prisão para eles assumirem que era latrocínio, o que livraria os mandantes. Esposa de um dos jagunços foi na prefeitura de Unaí pedir dinheiro para Antério Mânica.
Marinês, viúva do fiscal Erastótenes, fala sobre o Massacre dos Fiscais em Unaí
Após o massacre, os jagunços voltaram para cidade de Formosa, em Goiás, distante cerca de 110 km de Unaí, passando antes por Brasília, onde jogaram o carro roubado usado, no lago Paranoá. José Alberto e Chico Pinheiro executaram ordens de Antério Mânica e Norberto Mânica. Automóvel de luxo na época, o Marea, de propriedade de Bernadete Mânica, esposa de Antero, ficou escondido após o massacre, coberto por uma capa durante muito tempo na garagem de sua casa para ser ocultado. A Declaração do DETRAN/MG comprovou que em Unaí na época do massacre só existia uma marea azul escuro.
Chacina dos fiscais em Unaí: Entrevista com a viúva do Ailton, Marlene e filha Rayanne
Márcia Mânica, filha de Antério, sofreu autuação dos fiscais do Ministério do Trabalho dia 17 de janeiro de 2004. A quebra de sigilo telefônico e depoimentos dos jagunços comprovaram que Antério Mânica telefonou para a cidade de Formosa para agenciar dos jagunços várias vezes em janeiro de 2004, antes do massacre. Poucos minutos após o massacre, Antério Mânica telefonou para a Delegacia Regional do Trabalho na cidade de Paracatu, onde era o escritório dos fiscais, perguntando se já sabiam do massacre dos fiscais.
Entrevista com Helba, viúva de Nelson, 1 dos 4 fiscais matados em Unaí em 28/01/2004
Os jagunços procuraram em Unaí um hotel que não tivesse câmera. O chefe dos jagunços, Chico Pinheiro, dormiu em outro hotel. Os jagunços foram em Unaí e Paracatu várias vezes para matar os fiscais, mas não acharam ocasião e lugar propício. “Andando pra cima e pra baixo”, “pressionamos para matar logo, pois não podíamos continuar andando armado em carro roubado”, disse o jagunço Erinaldo no 2º julgamento de Antério. Por isso, a ordem: "Mata todo mundo". Os jagunços procuraram vários dias para matar o Nelson, mas não o encontraram sozinho. O José Alberto, um dos mandantes, levou os jagunços até a porta da casa do Nelson, em Unaí, mas por causa da cerca elétrica e porque “jagunço respeita a casa e a família” – disse Erinaldo -, resolveram não matá-lo na casa dele.
Entrevista com Calazans sobre o Massacre de 4 fiscais do MTE, em Unaí - 2a parte
O Norberto Mânica procurou Erinaldo para matar outras pessoas no Paraná. "É mais fácil eu matar você, Norberto, do que matar outras pessoas novamente a seu mando", disse Erinaldo. Por fazer delação premiada, Erinaldo teve um abatimento de 30% da pena que ficou em 72 anos. Após cumprir 16 anos de prisão em regime fechado, ele já está em regime aberto.
8 anos do massacre de 4 fiscais do MTE, em Unaí - Entrevista com Calazans - 1a parte
Em Unaí, alguém (o nome foi dito durante o 2º julgamento. Não escrevo o nome aqui na esperança de que todos que pensam assim se convertam) disse: "Foram mortos quatro cachorros, não quatro fiscais". As viúvas, os familiares dos fiscais e todos que combatem o trabalho escravo no Brasil tiveram que ouvir esta violenta e criminosa afirmação. Quem vomita violência assim precisa ser alcançado pela justiça divina! Convertam antes que seja tarde!
A Polícia Federal e a Polícia Civil de MG fizeram varredura em todos os hotéis de Unaí para descobrir onde os jagunços haviam se hospedado. Puseram nomes falsos na portaria do hotel onde dormiram já decididos a assassinar os fiscais na manhã seguinte, mas um número de RG verdadeiro foi escrito no caderno, por vacilo. Nunca os crimes são totalmente invisíveis. Os policiais durante a investigação vasculharam também números de celulares usados na região de Unaí.
Após identificar os pistoleiros, eles passaram a ser monitorados até quando julgaram oportuno prendê-los. Após a prisão, os pistoleiros passaram a colaborar com a investigação que comprovou a existência de dois intermediários – José Alberto e Hugo Pimenta - e dois mandantes: Antério Mânica e Norberto Mânica. Mataram os fiscais sem quebrar os vídeos das portas da camionete ranger com placa branca, carro oficial. Com isso, se descartou ser latrocínio. Não iriam fazer um assalto com quatro pessoas em uma caminhonete do Governo Federal e não levá-la. Os jagunços Erinaldo, Wiliam, Rogério Alan e Chico Pinheiro foram presos no mesmo dia em Formosa, Goiás, e levados de helicóptero para a Polícia Federal em Brasília.
Parabéns a todas as pessoas e organizações, como a Comissão Pastoral da Terra, que seguem firmes na luta pela erradicação do trabalho escravo no Brasil. Basta de relações sociais escravocratas! Respeito à dignidade humana é princípio constitucional e precisa ser respeitado.
Em tempo: Nos Estados Unidos, George Floyd foi morto asfixiado dois anos atrás. No Brasil, dia 25 de maio de 2022, vários policiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fizeram uma Sexta-feira da Paixão, em câmara de gás no camburão de uma viatura, em Umbaúba, SE, ao torturar e matar Genivaldo de Jesus, negro, esposo e pai, outro Jesus. Em prantos, a esposa dele desabafou: “Ele nunca fez mal a ninguém”.
Quem elogiou o massacre que a Polícia Militar do RJ e PRF fizeram na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, dia 24/5/2022, causando 25 mortos, elogiou a política de segurança satânica e diabólica: a do bangue-bangue. Além da mãe morta, todos os mortos nascem inocentes, mas a sociedade capitalista desumaniza muitas pessoas. Segurança pública se conquista com justiça socioambiental, cultura, educação pública de qualidade, direitos humanos e relações sociais de justiça, solidariedade, amor e paz.
Presente em nós e nas vítimas de violência, o Deus da vida continua interpelando os jagunços e mandantes que massacraram os fiscais, os policiais do RJ e da PRF, Cains de hoje: “Onde estão os irmãos de vocês, os fiscais Nelson, Erastótenes, João Batista e Ailton, a mãe, os negros de periferia, o Genivaldo? Ouço o sangue deles clamando por mim de Unaí, dos morros do RJ e da câmara de gás da viatura, em Sergipe. (Gn 4,9-10). Justiça, JÁ!"
Frei Gilvander Moreira escreve para o Jornal O Guardião da Montanha, às terças-feiras. Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente e assessor da CPT/MG, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; prof. de Teologia bíblica no SAB (Serviço de Animação Bíblica), em Belo Horizonte, MG |
Por esse motivo poderá haver falta de abastecimento em alguns bairros como, Jd. Esperança, Jd. Contorno, Jd. Paraíso, Jd. Daniele, Jd. São Bento, Sta Tereza, Res. Tiradentes, Cohab, Parque das Nações, São Sebastião, Vila Matilde, São Conrado, Jd. Aeroporto e Jd. Kennedy I e II.
A previsão para a normalização do abastecimento será feita gradualmente no decorrer do dia."
Fonte: Alô Poços
"Com o objetivo de avançar nos tratamentos de diversos tipos de câncer, pesquisadores britânicos iniciaram os testes da vacina OVM-200, criada pela Oxford Vacmedix – empresa desenvolvida por cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido. O imunizante está sendo testado em pacientes com câncer de próstata, pulmão e ovário.
Apenas no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somando as três neoplasias, é esperado que se tenha 90,2 mil casos diagnosticados em 2022. Através da nova alternativa de tratamento que vem sendo estudada, seria possível direcionar o sistema imunológico do paciente a reconhecer uma proteína, chamada de survivina, que se encontra em altas concentrações na superfície da célula cancerosa. Em grandes quantidades, a survivina, além de desregular a célula cancerosa, funciona também como um inibidor do sistema imunológico.
“De modo geral, nosso sistema imunológico é ‘programado’ para destruir pequenos cânceres quando começam a se desenvolver. No entanto, as células cancerosas podem contornar a situação e permitir que a doença se espalhe, criando estratégias para evitar serem atacadas pelo organismo. Uma dessas táticas é a produção da survivina – proteína capaz de ajudar o câncer a se esconder do sistema imunológico”, explica Bernardo Garicochea, oncologista do Grupo Oncoclínicas.
No organismo, a survivina combate a morte celular programada, aumenta a taxa de divisão da célula e também fica na superfície dela, impedindo que o sistema imunológico ataque a célula. “A survivina existe em todas as células humanas. Nas do câncer, é produzido mais survivina do que as normais, pois elas não querem morrer de jeito nenhum, querem viver o máximo que podem e se dividir o mais rápido possível”, destaca o médico.
Além disso, Bernardo Garicochea comenta que, na vacina, os cientistas criaram uma proteína bastante semelhante à survivina. “Essa proteína é injetada no paciente e, justamente por ser apenas levemente diferente, o organismo começa a produzir anticorpos contra a survivina. Com isso, ela passa a atacar, por efeito colateral, a proteína que está nas células do câncer em grande quantidade. Já nas células normais, por apresentarem uma baixa quantidade de survivina, o sistema imunológico não se mostra interessado em destruí-las. Com isso, essa inibição que a survivina estava provocando vai começar a desaparecer e o sistema imunológico vai tirar o ‘freio de mão’ que estava puxado e passar a atacar as células do câncer”.
Para o especialista, os avanços trazem esperança para o tratamento de diversos pacientes ao redor do mundo. “Apesar de ainda ser cedo para afirmar os resultados dessa vacina, esse é um momento de muito otimismo na ciência. Acredito que em um futuro não tão longe ela possa ajudar milhares de pessoas”, comenta.
Como a vacina funciona?
Durante a fase de testes, os voluntários irão receber três doses da vacina, com duas semanas de intervalo. Em seguida, serão monitorados por seis meses, checando alterações em seu câncer e também efeitos colaterais do medicamento. Vale lembrar que apesar de focar apenas nos três tipos de câncer (próstata, pulmão e ovário), é esperado que a vacina seja eficaz contra as demais neoplasias.
Apesar do termo “vacina”, a droga em estudo tem o objetivo de ajudar o sistema imunológico de quem já tem o diagnóstico da doença a ganhar mais força para combater o inimigo – neste caso, o câncer. Um dos grandes desafios da oncologia é conseguir criar medicações que combatam as neoplasias. Geralmente, as drogas usadas são capazes de atuar nas células cancerígenas, mas, por outro lado, também causam efeitos colaterais.
“Embora o sistema imune possa prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e evitar que sejam destruídas. Assim, o papel dessa nova geração de terapias avançadas, que têm surgido nos últimos anos para ampliar o leque de alternativas de tratamento no combate ao câncer, é justamente ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de estímulo para que o corpo consiga identificar as células cancerígenas com mais facilidade – e assim ele seja capaz de combater a doença. Ou seja, o estímulo que essa vacina gera faz com que o sistema imunológico volte a reconhecer o tumor como um agente externo, promovendo assim uma resposta extremamente específica, e, consequentemente, de elevada eficácia”, comenta o oncologista da Oncoclínicas.
Novas frentes no combate ao câncer
Felizmente, as novas medicações têm avançado no combate ao câncer, pois quanto mais se conhece sobre a doença, mais se sabe que as células cancerosas, ou câncer humano, dependem basicamente que certos sistemas do organismo funcionem adequadamente.
“O que aprendemos é que esses sistemas – que são as proteínas que se ativam umas com as outras e levam um efeito final na célula – são redundantes. Isso significa que, às vezes, uma conversa com a outra. Então, imagine que a célula está vivendo um momento muito ruim na vida dela, porque a quantidade de oxigênio no meio não está boa. Ela precisa começar, em primeiro lugar, a economizar oxigênio, em segundo lugar evitar a formação de radicais livres, até que se comece a diminuir o metabolismo. Essa célula vai receber o sinal, que vem do meio ambiente, dizendo que tem pouco oxigênio e vai ativar uma série de proteínas, que vão seguir em cascata, até darem um sinal para o núcleo da célula, diminuindo a atividade metabólica”, diz Bernardo Garicochea.
De modo geral, uma proteína pode ser usada tanto para um caminho, como para outro. Ou seja, a célula espertamente se utiliza de uma mesma proteína para várias coisas, conseguindo ser condutora de diversos efeitos. “É removido um material do tumor para o estudo do DNA das células ou delas propriamente ditas. Com isso, conseguimos definir o que há de errado na célula cancerosa e é possível bloquear o problema através dos medicamentos que estão surgindo”, explica.
Quanto aos benefícios dos novos tratamentos, o oncologista comenta os principais pontos. “A toxicidade do tratamento é muito menor do que quando se usa quimioterapia ou radioterapia. Além disso, vale destacar também o aprendizado em se descobrir coisas novas, como os fatores de funcionamento das vias de sobrevivência da célula e entendimento do sistema imunológico. Isso vai fazer com que comecemos a tratar os distúrbios metabólicos das células. É esse o futuro que nos espera”.
Dose de esperança
Apesar dos avanços promissores, o especialista explica que ainda é cedo para afirmar que a nova descoberta seria a chave para a cura do câncer ou que seja aplicável a todos os casos. De toda forma, os passos já trilhados são observados com otimismo e lançam boas perspectivas para tratamentos de cânceres metastáticos e que não respondem às medicações convencionalmente indicadas, tais como quimioterápicos e drogas alvo-moleculares.
“Passamos a encontrar caminhos para aqueles casos em que não haviam respostas para outros tratamentos disponíveis no momento. Isso abre novas portas. Essas respostas têm se mostrado promissoras no que seria efetivo para vencer o câncer”, finaliza Bernardo Garicochea."
Fonte: Medicina S/A
"A Medicina S/A é a mais importante revista de negócios, gestão e liderança do setor médico-hospitalar no Brasil. Com alto padrão editorial, nosso conteúdo apresenta os mais recentes e importantes avanços em Inovação, Tecnologia e Boas Práticas em Saúde. Compartilhamos a visão de empresas, instituições e profissionais que estão transformando o mercado de healthcare."
© AFP |
Cerca de 35 pacientes com a doença já estão em fase de testes e receberão três doses do imunizante, cada uma com duas semanas de intervalo. Eles serão monitorados por um semestre.
A ideia da vacina não é prevenir da doença, mas atuar como uma forma de tratamento.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
Racismo, não!
"Saudações aos que têm coragem!"
Fonte: vereador Diney Lenon
“Se quer descobrir a verdadeira natureza de um homem, dê-lhe poder. Quase todos os homens conseguem superar a adversidade – apenas um grande homem consegue superar a prosperidade.”.
Robert G. Ingersoll
Sempre que passo em frente a um ponto de ônibus e vejo estudantes aglomerados esperando a chegada do transporte que os levarão a seus destinos, lembro-me de minhas próprias experiências de quando usava uniforme escolar e utilizava o transporte público. Muitos foram os momentos divertidos, conversando, brincando e aguardando em turma a vinda do ônibus que nos levaria de volta às nossas casas.
Naquela época, os estudantes podiam viajar gratuitamente de ônibus, desde que uniformizados. Era lei. Havia situações que o motorista poderia solicitar a caderneta ou carteira do colégio para que o estudante “provasse” sua condição de estudante. Mas a gratuidade estava garantida. O condutor devia apenas abrir a porta e permitir que os estudantes entrassem – no caso, entrávamos pela porta de saída, pois se entrássemos pela porta normal de entrada dos passageiros, seríamos obrigados a passar pela roleta, o que acarretaria o pagamento da passagem.
A lei era simples e clara: gratuidade de transporte para os estudantes uniformizados. O colégio onde eu estudava exigia uniforme. Eu e meus amigos e amigas estávamos sempre trajados conforme as normas da instituição que estudávamos. E mesmo assim, era totalmente incerto que fosse permitida a nossa viagem no ônibus que desejássemos.
Por um motivo muito simples: dependia do motorista.
Havia condutores que simplesmente não permitiam o nosso ingresso no ônibus. Quando avistaram nossos gestos para que parassem, passavam direto. Quando isto não era possível, pois algum passageiro ou passageira desejava descer no ponto de ônibus onde estávamos, simplesmente negava nossa entrada, fechando a porta imediatamente após a descida do passageiro.
Com o tempo, já conhecíamos os motoristas que não nos atendiam, e quando os avistávamos simplesmente não fazíamos mais sequer menção de entrar no ônibus, pois seria uma tentativa infrutífera. Só nos restava esperar pelo motorista seguinte, torcendo para que fosse um profissional que permitisse nossa entrada. Alguns eram tão simpáticos que fazíamos questão de esperar que ele passasse para que, então, subiremos em seu ônibus.
O que diferenciava um motorista do outro? A lei era a mesma para todos, mas qual o motivo que fazia com que alguns impedissem nosso ingresso no ônibus e outros nos recebessem sorrindo?
Muitos anos depois, lendo um artigo em uma revista que a memória não me traz o nome, tomei conhecimento de um fenômeno muito interessante, chamado de “Síndrome do Pequeno Poder”. Segundo a Psicologia, esta síndrome ocorre com as pessoas que, ao receberem uma parcela de poder, começam a agir com autoritarismo, tomando decisões que lhe convém, sem se importar com as consequências destas decisões ou mesmo se elas extrapolam alguma norma, lei ou convenção moral.
O segurança da loja é agressivo e violento com suspeitos de furto no estabelecimento? O professor subjuga os alunos sob o peso das avaliações? O síndico toma decisões sem levá-las ao colegiado do condomínio e se recusa a abrir as contas pelas quais é responsável? A gerente da boutique se recusa a vender uma roupa para uma cliente por não se encaixar no seu “padrão”? Alguém busca contornar uma situação com a frase “você sabe com quem está falando?” e puxa um documento qualquer, buscando dar a popular “carteirada”? O Diretor de uma empresa assedia moralmente seus subordinados? O Presidente, o Governador ou o Prefeito se recusam a obedecer às leis e afrontam o que deveriam proteger?
Todos os casos acima são exemplos de pessoas que tem a Síndrome do Pequeno Poder. Eu apenas não concordo com o nome dado. Primeiro, porque não acredito que haja um “pequeno poder”. O “poder”, qualquer que seja ele, tem potencial para causar resultados catastróficos se não for bem utilizado.
Segundo, porque a causa precisa ser bem identificada: se um poder é mal utilizado, a origem está naquele que o maneja mal. Abusam do poder que possuem por insegurança, medo, necessidade de aceitação, egocentrismo. De certa maneira, o poder as faz sentir-se “grandes”, uma forma de se afirmarem não apenas para os outros, mas principalmente para si mesmas.
Então, a “Síndrome do Pequeno Poder” é, na verdade, a “Síndrome do Pequeno Homem”, alguém que se sente pequeno e precisa subir em uma escada para se sentir importante. Sem a escada, ele não é nada, o que explica as reações que essas pessoas têm quando confrontadas, mesmo que estejam fora das leis, da moral ou da Ética.
A Síndrome do Pequeno Homem é facilmente identificável. Se alguma pessoa age deliberadamente, de maneira a originar humilhação, sofrimento e subjugação, utilizando para isto de algum poder que possui no momento, vemos o pequeno homem em ação, buscando no poder uma grandeza que ele mesmo não acredita que possua.
Por isto que uma das melhores maneiras de se conhecer alguém é, justamente, dando-lhe poder. Suas ações revelarão quem é a pessoa, como uma lâmpada acendida em um porão escuro.
Todo ser humano tem algum poder, e exercê-lo adequadamente demanda consciência e grandeza. As pessoas que exercem seu poder de maneira a construir bem-estar, harmonia e justiça, são aquelas que possuem o melhor antídoto para a Síndrome do Pequeno Homem: a Modéstia.
Qualquer semelhança com o atual mandatário do país não é mera coincidência!
Maurício Luz |
1º Belmiro Siqueira de Administração – em 1996, na categoria monografia, com o tema “O Cliente em Primeiro Lugar”.
E o 2ºBelmiro Siqueira em 2008, com o tema “Desenvolvimento Sustentável: Desafios e Oportunidades Para a Ciência da Administração”..
Ex-integrante da Comissão de Desenvolvimento Sustentável do Conselho de Administração RJ.
Com experiência em empresas como SmithKline Beecham (atual Glaxo SmithKline), Lojas Americanas e Petrobras Distribuidora, ocupando cargos de liderança de equipes voltadas ao atendimento ao cliente.
Maurício Luz é empresário, palestrante e Professor. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997).
Mestre em Administração de Empresas pelo Ibmec (2005). Formação em Liderança por Condor Blanco Internacional (2012).
Formação em Coach pela IFICCoach (2018). Certificado como Conscious Business Change Agent pelo Conscious Business Innerprise (2019).
Atualmente em processo de certificação em consultor de Negócios Conscientes por Conscious Business Journey.
Cora Coralina - Foto: Wikipedia |
Cora Coralina dizia: "Nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas"
Fonte: Brasil Mostra Sua Grandeza