segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
Roda Viva | Leandro Vieira - carnavalesco | 28/02/2022
Pesquisadores da USP desenvolvem plataforma para ajudar no combate de fakes news
Notícias locais: PSF SANTO ANDRÉ FUNCIONARÁ EM NOVO LOCAL A PARTIR DESTA QUARTA-FEIRA (02)
Devido a logística da mudança, não haverá atendimento nesta terça-feira (1º).
O adeus ao repórter fotográfico Dida Sampaio
O Repórter fotografico agredido em ato pró-Bolsonaro era o Dida Sampaio |
Dida Sampaio era repórter fotográfico do Jornal O Estado de S. Paulo, ele foi vítima de um AVC, agravado por um aneurisma cerebral na sexta, 25 de fevereiro, aos 53 anos.
Super premiado por suas fotos, Francisco de Assis Sampaio nasceu no Ceará e ganhou dois premios Esso, Três Vladimir Herzog da Anistia e Direitos Humanos, como também o Premio Dom Elder Câmara de Imprensa, o Latino-americano de Jornalismo investigativo e Estadão de fotografia e vídeo.
Ele trabalhava no Estadão como repórter fotográfico de política, em Brasília. E tinha um olhar preciso e aguçado para fotografar.
Amazônia em Chamas - Foto: Dida Sampaio |
"Níveis de radiação em Chernobyl aumentam 20 vezes após combates na região"
"Após vários embates entre tropas russas e ucranianas na região, os níveis de radiação próximos à usina de Chernobyl aumentaram cerca de 20 vezes acima dos considerados sob controle, de acordo com o sistema automatizado de monitoramento da região. Grande parte dessa alteração ocorreu em razão dos equipamentos militares pesados utilizados no local nos últimos conflitos armados, que teriam afetado a estrutura da usina.
Russos ocupam Chernobyl
As tropas russas já dominam a extinta usina nuclear de Chernobyl desde quinta-feira (24), dia em que alguns funcionários responsáveis pelo monitoramento foram mantidos como reféns, situação que ameaça a segurança não só da Ucrânia como também de vários países europeus.
O alerta foi feito por Anna Kovalenko, especialista militar ucraniana, que acompanha a situação de perto. A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o governo norte-americano está indignado com a situação nos arredores da usina.
Intensa radiotividade
A usina de Chernobyl é um dos locais com os maiores índices radiotivos do mundo. Por isso, boa parte da região está fechada desde 1986, ano em que aconteceram duas explosões dentro do reator da usina, atingindo cerca de 2.600 Km ao redor com materiais altamente tóxicos.
Após a evacuação e a extinção do fogo nuclear — que custou a vida de muitos bombeiros — o reator foi selado e a área considerada inabitável por humanos pelos próximos 24 mil anos. Atualmente, só é possível circular por locais próximos, como a cidade de Pripryat, usando trajes especiais, e por um período máximo de algumas horas.
No entanto, guerra é guerra e não respeita limites e muitos menos riscos aos seres humanos: a atual invasão está sendo encarada pelas autoridades como um sinal de alerta para possíveis danos às duas camadas de proteção do reator (chamadas “sarcófagos”) que explodiu na década de 80.
Declarações contraditórias
Em um pronunciamento considerado contraditório, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, disse que a radiação ao redor da usina está dentro dos níveis normais e que as forças russas têm plena noção da segurança que deve ser priorizada na área.
No entanto, o conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy acredita que o local foi ocupado como parte de uma tática de “possível chantagem” contra o Ocidente.
“Chernobyl foi tomada e acho que eles vão chantagear o Ocidente. O Gabinete do presidente está preparando uma resposta a uma possível chantagem por meio de Chernobyl”, afirmou o conselheiro, Oleksiy Arestovych."
Fonte: Olhar Digital
"Como nasceu a Ucrânia - e quais seus vínculos históricos com a Rússia"
Ucrânia - Foto BBC.com |
Por Redação - BBC News Mundo
"Desde o dia 24 de fevereiro a comunidade internacional assiste com perplexidade a invasão da Ucrânia pela Rússia" "Como nasceu a Ucrânia e seus vínculos com a Rússia"
Fonte: UOL
“Quando pomos pé num território somos raiz forte.” Arapoã Kakyá Xukuru-K...
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Meio Ambiente: qual a influência dos Rios Voadores nas fortes chuvas que tem atingido o Brasil?
- Redação
- Mundo de notícias da BBC
"Neste exato momento, rios caudalosos transportam umidade para vastas regiões da América do Sul. Mas não são rios comuns. São "rios voadores".
Isso é popularmente conhecido como os fluxos de ar maciços de água em forma de vapor que vêm do Oceano Atlântico tropical e são alimentados pela umidade que evapora da Amazônia.
Esses rios de umidade atmosférica, que se movem rapidamente sobre a Amazônia até o encontro com os Andes, provocam chuvas a mais de 3.000 quilômetros de distância , no sul do Brasil, Uruguai, Paraguai e norte da Argentina.
Esses corredores atmosféricos têm até aproximadamente dois quilômetros de altura e podem transportar tanta água quanto a Amazônia.
São vitais para a produção agrícola e para a vida de milhões de pessoas na América Latina.
Mas eles também desempenham um papel em tempestades devastadoras como a desta semana na antiga cidade imperial brasileira de Petrópolis, nas colinas do estado do Rio de Janeiro.
As fortes chuvas causaram quase 200 deslizamentos de terra e deixaram mais de 100 mortos . As equipes de resgate continuam trabalhando 24 horas por dia para encontrar sobreviventes sob um manto de lama e detritos.
Na BBC Mundo explicamos como os rios voadores são gerados, qual sua contribuição para as tempestades severas na América do Sul e até que ponto eles estão sendo afetados pelo desmatamento e pelas mudanças climáticas.
Como surgem os rios voadores?
O Atlântico tropical é um oceano quente e sua evaporação é muito intensa , juntamente com a evaporação e transpiração das florestas amazônicas por meio de intensa reciclagem de umidade, explica José Marengo, meteorologista e coordenador geral de pesquisas, à BBC Mundo. Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) no Brasil.
“Você imagina então que existem ventos mais ou menos fortes, os alísios, que transportam toda essa umidade para os níveis mais baixos da atmosfera , e que são alimentados pela umidade reciclada pela Amazônia”, diz.
“Em qualquer rio existem zonas muito calmas e outras de alta velocidade, a que chamamos jactos fluviais ”, acrescenta o especialista.
No caso do rio voador, "ao encontrar a Cordilheira dos Andes, adquire uma velocidade maior em seu núcleo, o que constitui um jato de baixo nível , um jato de baixo nível, que é o que transporta a maior quantidade de umidade mais rapidamente. "
Este corredor aéreo "se curva para o sudeste do Brasil e atinge a bacia do Rio da Prata, causando chuvas".
Estal Sias, da Metsul Meteorologia do Brasil, explicou que a região norte daquele país é "muito úmida e tropical, onde há aquecimento constante. Só a floresta amazônica já joga uma grande quantidade de água na atmosfera por evaporação.
“O relevo da América do Sul, a cordilheira dos Andes, não deixa essa umidade escapar do continente, forçando esse rio voador a descer”, acrescentou o meteorologista, em declarações ao jornalista Rafael Barifouse, da BBC News Brasil.
Qual o papel da floresta amazônica?
Além da evaporação no Oceano Atlântico, a umidade liberada pelas árvores na floresta amazônica é outro componente essencial dos rios voadores.
Em palestras TED e outros meios de comunicação, o cientista brasileiro Antonio Nobre divulgou a função maravilhosa e incrível que essas árvores cumprem."
Fonte: BBC NEWS - mundo
Vacinação contra a Covid-19: 2ª dose para adultos, nesta segunda-feira, 28 de fevereiro, em Poços de Caldas, MG
A máscara é um dos dispositivos importantes para se evitar a Covid-19 Segunda-feira, 28 de fev. 2ª dose para adultos –A 2ª dose da vacina do laboratório Pfizer para quem tomou a 1ª dose da Pfizer até 7/02 Para quem tomou a 1ª dose da AstraZeneca, até 03/1 Para quem tomou a 1ª dose da Coronavac até 31/01 Não esqueça o intervalo Documentos: levar comprovante de residência, CPF, Cartão de vacinação da Covid-19. Local de vacinação para Pfizer, AstraZeneca e Coronavac |
Na Urca das 8h às 17h (Acesso pela porta lateral).
Fonte: Prefeitura de Poços de Caldas, MG
Confira os intervalos entre as doses da vacinas:
Segunda dose
Coronavac: 28 dias após a primeira dose
Pfizer: oito semanas após a primeira dose
AstraZeneca: 12 semanas após a primeira dose
Dose de reforço
Janssen: dois meses após a primeira dose
Coronavac: quatro meses após a segunda dose
Pfizer: quatro meses após a segunda dose
AstraZeneca: quatro meses após a segunda dose
Imunocomprometidos
Coronavac, Pfizer e AstraZeneca: dose adicional 28 dias após a segunda dose e reforço após 4 meses da terceira dose
Jassen: segunda dose dois meses após a primeira dose e reforço quatro meses após a segunda dose
Importante: infectados pelo coronavírus devem esperar 30 dias após o fim dos sintomas para tomar qualquer uma das doses da vacina.
É importante tomar a vacina nos intervalos certos para a vacina ter efeito.
Vacinação contra Covid-19: 4ª dose para imunossuprimidos, nesta segunda-feira, 28 de fevereiro, em Poços de Caldas, MG
A máscara é um dos dispositivos importantes para se evitar a Covid-19 Segunda-feira, 28 de fev. 4ª dose - Para imunossuprimidos Essas pessoas deve ter recebido a 3ª dose como imunossuprimidos há 4 meses. É necessário levar Impresso o laudo médico (laudos, declarações ou relatórios médicos com descritivo ou CID (Cadastro internacional de Doença) da doença ou condições de saúde, assinado e carimbado, em versão original.) Levar impresso o laudo médico pois será retido. LOCAL DE VACINAÇÃO: Fonte: Prefeitura de Poços de Caldas, MG Confira os intervalos entre as doses da vacinas: Segunda dose Dose de reforço Imunocomprometidos Importante: infectados pelo coronavírus devem esperar 30 dias após o fim dos sintomas para tomar qualquer uma das doses da vacina. É importante tomar a vacina nos intervalos certos para a vacina ter efeito. |
Vacinação contra a Covid-19: 3ª dose ou dose de reforço, nesta segunda-feira, 28 de fevereiro, em Poços de Caldas, MG
A máscara é um dos dispositivos importantes para se evitar a Covid-19 Segunda-feira, 28 de fev. 3ª dose em adultos a partir dos 18 anos. 3ª dose – Para quem recebeu a 2ª dose até dia 28 de outubro. Nos Postos de Saúde nos bairros das 8h às 13h –UBS Regional Leste – Rua Cecília Fischela, 63 – Estância São José –UBS Regional Sul – Av. Antônio Marinoni, 125 – São Sebastião –UBS Jd. Country Club – Rua José Mendonça 131 – Jd. Country Club – PSF Parque Esperança – Rua Lázaro de Lima, 280 – PSF Santa Rosália – Rua Dr. Antenor Damini, nº 233. –PSF Caio Junqueira – Rua das Mangueiras, n° 262 –PSF Vila Nova (novo local) – Rua Antônio Pereira Guimarães, nº 299 – PSF Jd. Quissisana (novo local) – Rua Geny Vilas Boas Tardelli, nº 50 E na Urca (acesso pela Av. João Pinheiro) das 8h às 17h Não esqueça do intervalo de 4 meses da 2ª dose Documentos: CPF, Cartão da Vacinação da Covid e comprovante de residência. |
Confira os intervalos entre as doses da vacinas:
Segunda dose
Coronavac: 28 dias após a primeira dose
Pfizer: oito semanas após a primeira dose
AstraZeneca: 12 semanas após a primeira dose
Dose de reforço
Janssen: dois meses após a primeira dose
Coronavac: quatro meses após a segunda dose
Pfizer: quatro meses após a segunda dose
AstraZeneca: quatro meses após a segunda dose
Imunocomprometidos
Coronavac, Pfizer e AstraZeneca: dose adicional 28 dias após a segunda dose e reforço após 4 meses da terceira dose
Jassen: segunda dose dois meses após a primeira dose e reforço quatro meses após a segunda dose
Importante: infectados pelo coronavírus devem esperar 30 dias após o fim dos sintomas para tomar qualquer uma das doses da vacina.
É importante tomar a vacina nos intervalos certos para a vacina ter efeito.
Vacinação contra a covid: 1a dose em crianças a partir de 5 anos, nesta segunda-feira, 28 de fevereiro, em Poços de Caldas, MG
Você, pai e mãe leve seus filhos para vacinar. As vacinas são seguras e eficazes |
Crianças com ou sem comorbidades podem ser vacinadas na Urca (acesso pela porta lateral) das 8h às 17h
Crianças sem comorbidades podem ser vacinadas nos Postos de Saúde nos bairros das 8h às 13h
Locais de vacinação nos bairros das 8h às 13h
–UBS Regional Leste – Rua Cecília Fischela, 63 – Estância São José
Documentos: CPF, comprovante de endereço. Carteira de vacinação e Certidão de Nascimento da criança.
Em caso de crianças com comorbidades: a vacinação só ocorrerá na Urca das 8h às 17h e são necessários algumas comprovações da comorbidade.
Levar IMPRESSO o Laudo, pois será retido. Além de laudos, declarações ou relatórios médicos com descritivo ou CID (Cadastro internacional de Doença) da doença ou condições de saúde, assinado e carimbado, em versão original.
Confira os intervalos entre as doses da vacinas:
Segunda dose
Coronavac: 28 dias após a primeira dose
Pfizer: oito semanas após a primeira dose
AstraZeneca: 12 semanas após a primeira dose
Dose de reforço
Janssen: dois meses após a primeira dose
Coronavac: quatro meses após a segunda dose
Pfizer: quatro meses após a segunda dose
AstraZeneca: quatro meses após a segunda dose
Imunocomprometidos
Coronavac, Pfizer e AstraZeneca: dose adicional 28 dias após a segunda dose e reforço após 4 meses da terceira dose
Jassen: segunda dose dois meses após a primeira dose e reforço quatro meses após a segunda dose
Importante: infectados pelo coronavírus devem esperar 30 dias após o fim dos sintomas para tomar qualquer uma das doses da vacina.
É importante tomar a vacina nos intervalos certos para a vacina ter efeito.
Vacinação contra a Covid-19: 2a dose para crianças, nesta segunda-feira, 28 de fevereiro, em Poços de Caldas, MG
–UBS Regional Leste – Rua Cecília Fischela, 63 – Estância São José
Documentos: CPF, comprovante de endereço. Carteira de vacinação e Certidão de Nascimento da criança.
Em caso de crianças com comorbidades: a vacinação só ocorrerá na Urca das 8h às 17h e são necessários algumas comprovações da comorbidade.
Levar IMPRESSO o Laudo, pois será retido. Além de laudos, declarações ou relatórios médicos com descritivo ou CID (Cadastro internacional de Doença) da doença ou condições de saúde, assinado e carimbado, em versão original.
Confira os intervalos entre as doses da vacinas:
Segunda dose
Coronavac: 28 dias após a primeira dose
Pfizer: oito semanas após a primeira dose
AstraZeneca: 12 semanas após a primeira dose
Dose de reforço
Janssen: dois meses após a primeira dose
Coronavac: quatro meses após a segunda dose
Pfizer: quatro meses após a segunda dose
AstraZeneca: quatro meses após a segunda dose
Imunocomprometidos
Coronavac, Pfizer e AstraZeneca: dose adicional 28 dias após a segunda dose e reforço após 4 meses da terceira dose
Jassen: segunda dose dois meses após a primeira dose e reforço quatro meses após a segunda dose
Importante: infectados pelo coronavírus devem esperar 30 dias após o fim dos sintomas para tomar qualquer uma das doses da vacina.
É importante tomar a vacina nos intervalos certos para a vacina ter efeito.
"Zelensky aceita conversar com Putin"
Presidente da Ucrânia, Zelensky - Reprodução/Facebook |
"De acordo com autoridades russas, uma delegação do país chegou a Belarus na noite deste domingo (27) para negociar com a Ucrânia."
No quarto dia da ofensiva ao território ucraniano, tropas russas atacaram fontes de combustível e causaram grandes explosões."
Com informações da AFP e G1.
Fonte: IstoÉ
"Putin coloca arsenal nuclear em estado de alerta"
Presidente da Rússia, Vladimir Putin |
"O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste domingo (27.fev.2022) que colocará em alerta máximo as “forças de dissuasão nuclear” do país. O líder afirmou que a motivação foram as “declarações agressivas” da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), além de sanções financeiras anunciadas por países do Ocidente.
Putin determinou que Serguey Shoigu, ministro da Defesa, e Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, coloquem as forças “em regime especial de dever de combate”.
“Como você pode ver, não apenas os países ocidentais tomam medidas hostis contra nosso país na dimensão econômica –quero dizer as sanções ilegais que todos conhecem muito bem. Mas também os altos funcionários dos principais países da Otan se permitem fazer declarações agressivas em relação ao nosso país”, declarou o presidente russo."
Fonte: Poder 360
"A terceira grande guerra já começou"
Vladimir Putin |
"Ao visitar o tradicional Salão da Agricultura, um dos mais importantes eventos da França nas áreas econômica e política, o presidente do país, Emmanuel Macron, falou sobre aquilo que era inevitável que falasse: a covarde invasão da Ucrânia pelas Forças Armadas da Rússia, a partir de ordens emanadas do presidente autocrata Vladimir Putin.
Em um tom nada otimista, Macron ratificou as suas mais recentes análises, explicando que já estão consumados os primeiros lances para que uma guerra de grandes proporções venha novamente assolar o mundo. Quando? Isso é impossível responder. A única certeza histórica e factual é que tal confronto global vai ganhando contornos concretos.
Já não importa como será e nem quando ocorrerá o final do conflito armado na Ucrânia — a análise que agora se impõe é outra e maior. O que está em jogo, daqui para frente, é que crises econômicas e eventuais desabastecimentos irão – ainda que aos poucos, ainda que com avanços e recuos – afetar o mundo todo.
Isso se dará em decorrência inevitável das crescentes sanções que a Organização do Tratado do Atlântico Norte imporá à Rússia – e, deixe-se é claro, tais sanções econômicas têm mesmo de ser estabelecidas, ainda que, infelizmente, elas causem, se tanto, leves arranhões aos planos totalitários e expansionistas de Vladimir Putin. Mas elas são, pelo menos, uma forma de reação às alucinações ditatoriais do presidente russo.
Eis uma das medidas mais radicais e direcionadas pessoalmente a Putin e ao seu chanceler, Serguei Lavrov: os EUA e a União Européia os incluirão no rol dos indivíduos que poderão ter seus bens bloqueados em toda a Europa. Sem dúvida, é uma subida de tom na reação do Ocidente, mas de pouco impacto: a vida financeira de Putin não será afetada, uma vez que ele não possui bens declarados no exterior — e, vale observar, não os possui porque, maquiavelicamente, sempre planejou tocar para frente sua política beligerante e autoritária. E sabe que o confisco de seus bens fora da Rússia há tempo está em pauta.
Ainda assim, mesmo sem se sentir atingido, Putin mandou um duro recado de cunho militar, dessa vez para a Suécia e a Finlândia – como se vê, ele vai engatando um país ao outro, vai tentando aumentar o raio de eventuais confrontos. O que Putin declarou foi o seguinte: se Finlândia e Suécia se movimentarem em direção à Organização do Tratado do Atlântico Norte, deixando de lado a sua histórica neutralidade, tal ato terá “consequências político-militares que necessitarão de resposta”.
O Ocidente precisa dar o troco à covarde iniciativa de Putin de invadir a Ucrânia, tenha ele maior ou menor eficácia – o que não pode é deixar a Rússia sem nenhuma punição, até porque o ex-agente da KGB Putin não é o dono do mundo. Putin, por sua vez, já está fixando que pretende arranjar mais encrenca militar pela frente, envolvendo Finlândia e Suécia. Por meio de pequenas escaramuças – sejam verbais, sejam armadas – a paz vai sendo assassinada por Putin. Daqui para frente, a animosidade da Rússia, sempre latente, começará a se manifestar cada vez com maior atrevimento. É essa guerra de guerrilhas a formadora de uma grande guerra."
"A guerra na Europa já começou."
Fonte: IstoÉ
sábado, 26 de fevereiro de 2022
"Quem vai parar o amigo de Bolsonaro?"
Bolsonaro cumprimentando o Putin - Foto: Mikhail Klimentyev / Sputnik / AFP |
Por Germano Oliveira - IstoÉ
"Quando os soldados russos já estão tomando Kiev, a poucas horas de ter o controle total da Ucrânia e derrubar Volodimir Zelensky do poder, é de se perguntar: quais serão os limites do ditador da Rússia? Ele vai mesmo invadir depois a Finlândia e a Suécia, como ameaçou o déspota apenas porque esses dois países estão dispostos também a entrar para a Otan, como quiseram fazer os ucranianos? O sanguinário presidente russo vai reconstruir o império da União Soviética? Qual será o próximo país que ele pretende ocupar agora para consolidar o novo desenho do mapa mundi, que ele pretende impor? Será um novo Hitler, que na segunda guerra também saiu invadindo tudo o que podia, como a Polônia e outros países da Europa? E quem vai apoiar essa insanidade? Por enquanto, ele está tendo o apoio da China, Venezuela, e, pasmem, de Bolsonaro, nosso pequeno ditador, que deve estar festejando o massacre que o camarada Putin, seu amicíssimo, está determinando na Europa. Afinal, Bolsonaro ainda não condenou o despropósito de Putin, com quem esteve, na semana passada, jantando no Kremlin junto com o crápula invasor e se fartando comidinhas exóticas, como caranguejos com manga e abacate.
É bem verdade que nesta sexta-feira, 25, o governo brasileiro condenou a invasão russa, embora na quarta, 23, o Itamaraty tenha adotado uma posição dúbia, em que não criticou Putin no Conselho de Segurança da ONU. O embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho, tentou se equilibrar entre a posição dos EUA, que deseja punições a Putin, à do imperado russo, que o governo brasileiro não quer atacar mais duramente em razão da amizade de Bolsonaro com Putin. Para não repetir a posição de pária internacional, o embaixador disse que “a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial, soberania e independência política de um membro da ONU é inaceitável”. Menos mal, mas é só retórica, de um discurso vazio das autoridades brasileiras.
O que o mandatário deveria fazer, ele não fez. O presidente prefere ser puxa-saco de Putin. Uma semana antes dos russos invadirem a Ucrânia, o capitão e sua comitiva, com Carlos Bolsonaro a tiracolo, foi a Moscou e disse que não havia risco de guerra, que Putin era um grande amigo, e de lá deve ter saído com os manuais da guerra tecnológica, como determinar a invasão dos computadores por hackers e também com o uso de robôs, para interferir nas eleições brasileiras. Os russos já fizeram isso à favor de Trump e agora devem ajudar Bolsonaro no jogo sujo dos subterrâneos da Internet – tema que Carluxo domina como ninguém no gabinete do ódio do Palácio do Planalto.
Em momento algum ele se manifestou contra a insanidade de Putin e ainda puxou as orelhas do vice, general Hamilton Mourão, que condenou a invasão. Bolsonaro deu um pito no vice, como se ele não fosse nada no governo, embora tenha sido eleito tanto quanto o capitão: “Quem fala pelo governo sou eu”, desautorizou Bolsonaro, como se o general fosse apenas um moleque de recados do governo. É por isso mesmo que Mourão vai deixar o cargo agora no final de março para ser candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul. Ele não agüenta mais ser humilhado por Bolsonaro. E Bolsonaro não suporta mais nem olhar na cara do vice. Presidente e vice é uma relação traumática desde Collor/Itamar e Dilma/Temer, para ficar apenas nos casos mais recentes.
O fato é que Bolsonaro, em momento algum, condenou a postura ditatorial do amiguinho, alegando que a Rússia é nossa fornecedora de fertilizantes, um dos maiores exportadores de petróleo e gás do mundo, e bla-blá-blá. Não teve vergonha na cara ao ficar do lado errado, de um País que ainda sustenta um regime voltado para o que há de mais atrasado no mundo, o comunismo esfacelado. Como pergunta a ISTOÉ na sua edição que já está nas bancas: Bolsonaro é vermelho nesse conflito? Afinal, ele não dizia que a bandeira do Brasil jamais será vermelha (por causa do PT) e agora vai a Moscou passar o chapéu e pedir ajuda para os comunistas resolvam os problemas aqui, como a falta de insumos para agricultura, sobretudo os fertilizantes? O Brasil, realmente, não é para os fracos."
Fonte: IstoÉ