Caverna do Diabo. Imagem editada e redimensionada de Jônatas Cunha em Wikimedia Commons, sob a licença CC BY-SA 2.0 |
Por Equipe eCycle - eCycle
"Por IPAM - No Brasil, das 22 mil cavernas resguardadas, 30% possuem máxima proteção. Em seu interior, elas abrigam animais raros que hoje estão sob ameaça devido a decreto que autoriza construções de alto impacto nessas áreas. Em carta publicada na revista científica Nature nesta terça-feira (15), pesquisador brasileiro ressalta os riscos que a decisão traz para a vida nas cavernas e explica a relevância desses locais ao equilíbrio do ecossistema, como, por exemplo, o abastecimento de aquíferos.
O decreto nº 10.935/2022, assinado em 12 de janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), expõe cavernas a empreendimentos com implicações e tem sido alvo de debates entre comunidade científica, sociedade civil e esferas do poder público. Por revogar a regra que proíbe danos irreversíveis em cavernas classificadas como de alta prioridade e relevância, o documento teve parte de seus efeitos suspensos para discussão no STF (Supremo Tribunal Federal).
A exploração comercial dessas áreas coloca em risco espécies raras de animais que só existem em algumas poucas cavernas de máxima proteção, como peixes, insetos e aracnídeos, diz o pesquisador associado ao IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e pós-doutorando na UFPA (Universidade Federal do Pará), Hernani Oliveira.O decreto nº 10.935/2022, assinado em 12 de janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), expõe cavernas a empreendimentos com implicações e tem sido alvo de debates entre comunidade científica, sociedade civil e esferas do poder público. Por revogar a regra que proíbe danos irreversíveis em cavernas classificadas como de alta prioridade e relevância, o documento teve parte de seus efeitos suspensos para discussão no STF (Supremo Tribunal Federal).
A exploração comercial dessas áreas coloca em risco espécies raras de animais que só existem em algumas poucas cavernas de máxima proteção, como peixes, insetos e aracnídeos, diz o pesquisador associado ao IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e pós-doutorando na UFPA (Universidade Federal do Pará), Hernani Oliveira.
O decreto nº 10.935/2022, assinado em 12 de janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), expõe cavernas a empreendimentos com implicações e tem sido alvo de debates entre comunidade científica, sociedade civil e esferas do poder público. Por revogar a regra que proíbe danos irreversíveis em cavernas classificadas como de alta prioridade e relevância, o documento teve parte de seus efeitos suspensos para discussão no STF (Supremo Tribunal Federal).
A exploração comercial dessas áreas coloca em risco espécies raras de animais que só existem em algumas poucas cavernas de máxima proteção, como peixes, insetos e aracnídeos, diz o pesquisador associado ao IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e pós-doutorando na UFPA (Universidade Federal do Pará), Hernani Oliveira.
Chamados de troglóbios, os animais que vivem nas cavernas são extremamente adaptados a esses ambientes muitos não têm olhos, por exemplo, mas possuem antenas e aparelhos olfativos bem desenvolvidos. Entre as espécies mais ameaçadas estão os peixes Trichomycterus itacarambiensis, o bagrinho-de-caverna, que vive somente na caverna Olhos d'Água, na bacia do São Francisco em Minas Gerais, e Eigenmannia vicentespelaea, peixe-elétrico conhecido como ituí, encontrado em cavernas da região de São Domingos, na Bahia. O ituí está no livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção.
Oliveira avalia que embora o decreto proíba a exploração de cavernas que leve à extinção de qualquer espécie, os empreendimentos, inevitavelmente, vão impactar os ecossistemas da fauna cavernícola, atrapalhando o ciclo natural de vida dessa biodiversidade.
Além de abrigar fauna rara, cavernas protegidas desempenham serviços ecossistêmicos de abastecimento de aquíferos e de formação de solo, contribuindo também para a manutenção de ciclos de nutrientes, como os ciclos do carbono, do oxigênio e do nitrogênio.
Na carta à Nature, o pesquisador faz ainda um alerta para a expansão do setor de mineração no Brasil: impulsionado por mercados da agricultura e da produção de cimento, a atividade tem exercido cada vez mais pressão sobre as cavernas, conclui."
Fonte: eCycle
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