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domingo, 31 de janeiro de 2021

Confirmada a greve dos caminhoneiros a partir de 1º de fevereiro

Caminhoneiro, retirando o adesivo do Bolsonaro.

Por Ana Lúcia Dias

A greve dos caminhoneiros irá  realizar-se como o previsto, em todos os estados do país, a partir de amanhã, 1º de fevereiro e não tem data para terminar. A não ser que o Bolsonaro faça o que prometeu para a categoria.

Estão previstas multas nas rodovias que foram privatizadas multas de 10 mil para pessoas físicas ou motoristas autônomos e de 100 mil para as jurídicas, incluindo empresas, sindicatos, federações e confederações.
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"Duas decisões do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) proibiram que, em caso de greve dos caminhoneiros, trechos das rodovias Presidente Dutra e Régis Bittencourt sejam bloqueados.

A justiça atendeu as concessionárias das rodovias.

No caso da Dutra, a juíza Cláudia Vilibor Breda determinou que os manifestantes deixem livre para carros, caminhões, ônibus e demais veículos toda a extensão da rodovia, inclusive proibindo que fiquem parados no acostamento."

A Juíza entendeu que a Constituição Federal garante o direito à manifestação, mas não podem ser prejudicados outros direitos fundamentais, como o ir e vir.

Quanto à rodovia Régis Bittencourt, a juíza Bárbara Antunes proibiu bloqueios entre os quilômetros 268 (Taboão da Serra) e 569 (divisa com o Paraná). A multa é de R$ 2 mil por dia e por pessoa em caso de descumprimento. Ela diz que os  bloqueios em rodovias como a Régis Bittencourt podem trazer prejuízos irreparáveis para os cidadãos.

PAUTA:

"Os caminhoneiros têm uma longa pauta de reivindicações e diversas lideranças dizem que os trabalhadores autônomos foram “traídos pelo presidente Jair Bolsonaro”.

Entre as representações que convocaram ou apoiam a paralisação estão Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB), que integra o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte, Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores). e Logística  (CNTTL), Federação Única dos Petroleiros (FUP).

De acordo com os líderes destas entidades, mesmo depois da greve realizada em maio de 2018, a situação dos caminhoneiros continua difícil no País, com fretes desvalorizados, preços dos pedágios e custos com diesel e pneus elevados, além de condições precárias de descanso, refeição e abastecimento nas rodovias.

A insatisfação dos caminhoneiros com o governo Bolsonaro foi a alta de 4,4% no óleo diesel autorizada pela Petrobras nas refinarias."

Em função do refino do petróleo ser realizado nos EUA, resultado: os combustíveis refinados são cobrados em dólar, Bolsonaro quis manter assim. A ideia teria sido do ex-presidente Temer. Na mesma época em que foi "doada" para EUA, a base de Alcântara, por cerca de 25 anos. 

A promessa de Bolsonaro na paralização de 2018, ainda não cumprida é a do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot).

O governo Bolsonaro zerou o imposto de importação sobre pneus de caminhão, ajustou a tabela de frete pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), prometeu a redução do PIS/Cofins sobre o óleo diesel, além de ter prometido também rever as regras de pesagem de caminhões nas rodovias para redução dos custos dos caminhoneiros.

Mas o preço dos combustíveis, no caso do diesel continua alto para os caminhoneiros que o utilizam em larga escala, a redução do PIS/Cofins sobre o óleo diesel ficou na promessa.

Fonte: Diário do Transporte    


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