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domingo, 18 de julho de 2021

"Taxar fortunas reduz desigualdade, mas empobrece os ricos, diz dono da Riachuelo"

© Sérgio Lima/Poder 360 -  Empresário Flávio Rocha disse que é preciso avançar na desoneração da folha de pagamento.

E que para ele pouco importa os milhões de brasileiros (as) que não tem o que comer, vestir ou moram em barracos ou nas ruas do país 
 

Por Poder360


"O empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, disse que um imposto sobre grandes fortunas poderia reduzir a desigualdade social, mas por uma “via não inteligente”, pois empobreceria os ricos. Para ele, o ideal é diminuir o imposto de renda, para que mais dinheiro possa ser canalizado a investimentos, aumentando a demanda por mão de obra.

As declarações foram feitas em entrevista à Folha de S.Paulo publicada neste sábado (17.jul.2o21). “Se desigualdade fosse o problema, tinha que dar um troféu para a Venezuela, que expulsou as fortunas para Miami ou quebrou quem insistiu em ficar”, disse.

Pois é, sr. Flavio Rocha e outros empresários

O empresário elogiou a nova versão da proposta de reforma tributária, apresentada na 3ª feira (23.jul). O novo texto aumentou o corte na alíquota do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica), passando de 15% para 5% em 2022 e 2,5% o imposto sobre o lucro das empresas em 2023.

A nova versão manteve a taxação de 20% sobre lucros e dividendos distribuídos aos sócios das empresas, com algumas excepcionalidades, como isenção de até R$ 20.000 para pequenos negócios.

“É muito salutar desonerar o lucro reinvestido. Tendo em vista que a maioria das empresas, pelo menos as companhias de capital aberto, distribuem o dividendo mínimo, 25%, se você desonerou em 12,5% o lucro total e onerou em 20% os 25% de distribuído, fica neutra ou até positiva para a empresa”.

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Rocha defende que haja tributação de dividendos acima da parcela obrigatória, de 25%. “Seria uma sugestão que tornaria ainda mais atrativo”, declarou. “Quer dizer, os 25% de distribuição de dividendos que são obrigatórios não seriam tributados, mas se a empresa optar por distribuir dividendos além do obrigatório por lei, aí incidiria a tributação”. 

Ele também disse que é preciso avançar na direção da desoneração da folha de salário. Considera o “pior imposto” e o “imposto do desemprego”. 


“A tributação da folha realmente é um retrocesso regressivo e danoso. Acho que é o mais urgente. É criar o espaço fiscal para a desoneração da folha”, disse. O empresário disse que é desproporcional a carga tributária sobre a economia formal. “Pelo fato de ser fácil tributar o trabalhador de carteira assinada é justamente sobre ele que recai a maior carga que existe”. 

Outro problema apontado diz respeito à sonegação, apontado por Rocha como um grande deformação. Ele afirmou que um aumento de imposto pode impactar a competitividade de empresas diante da economia “clandestina” e informa, da “venda sem nota” e dos “camelódromos digitais”.

“É isso que nos assusta. É esse ciclo vicioso de se acuar cada vez mais um universo cada vez menor dos contribuintes que vendem com nota e registram funcionários. É ruim porque você tira a competitividade das empresas éticas, que contribuem para o financiamento do estado, e dá um tiro no pé do governo, porque aumenta a informalidade e diminui a arrecadação”, afirmou.

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Sobre a diferenciação de alíquotas da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) por setores, o empresário disse que “vai gerar uma desorganização total da economia”. A taxa faz parte da 1ª etapa da reforma tributária, que propõe a unificação do PIS e da Cofins.

“É um gesto voluntarioso de quem não tem a vivência prática desse processo de calibragem das alíquotas. Em muitos setores, 1% a mais ou a menos de alíquota determina quem vai ganhar, se é o formal ou o informal. É diferente de 1% em siderúrgica, indústria automobilística, onde existe baixíssima informalidade, são setores que têm capacidade de repassar imposto para preço”, declarou.

Fonte: Poder 360 

E os deputados e senadores também não pensam para aprovar o "Fundo Eleitoral" no valor de 5,7 bilhões de reais para suas campanhas! Agora, será que eles pensam nos 50 milhões de brasileiros (as) que vivem abaixo da linha da pobreza em nosso país?                         

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