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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Reportagem: Setembro Amarelo - “Criando esperança através da ação”

Futuros médicos (as) e no meio a Dra. Ana Cecília com o folder do Setembro Amarelo
nas mãos.

 “Criando esperança através da ação"

Eram 8h em manhã fria, ainda no inverno, os futuros médicos tentavam montar uma tenda na esquina da Av. Nadir Vieira com a Rua  Benedito Lopes, onde fica o UBS, Unidade Básica de Saúde São Bento, como tinha sido montada há 2 anos, em função de ficar bem visível a todos os moradores do bairro Jardim São Bento. E que em função da pandemia não foi montada ano passado, 2020. 


Mas foi constatado que as ferragens da tenda estavam quebradas. Eles até tentaram mais de uma vez montar a estrutura, mas esse ano não foi possível. Mas como eles são criativos com a orientação da professora e médica da UBS São Bento, a Dra. Ana Cecília, como eles tinham feito e trazido folders com todas as informações pertinentes ao assunto: Setembro Amarelo: prevenção ao suicídio, que nessa época de pandemia levou às pessoas desesperançosas com a vida, a cometerem tal ato insano, de acabar com a própria vida.


Entrevistas com a Dra. Ana Cecília e os futuros médicos que pretendem seguir diversas especialidades, mas que estão no Jardim São Bento, zona Sul de Poços de Caldas, a fim de conhecer todo o processo do Setembro Amarelo. Sorte do Guilherme, que pretende seguir a especialidade da Psiquiatria no curso de Medicina na PUC Minas. Todos eles estão no 8º semestre do curso de Medicina e fazem parte da mesma turma. Vieram apenas duas moças, a Sarah que apresentou-se e disse ao menos a especialidade que pretende fazer, já a outra moça não quis nem se apresentar por pura timidez.


Veja a entrevista:

Fonte: OGM - O Guardião da Montanha - Jornal on-line


De acordo com a  OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde Pandemia de COVID-19 aumenta fatores de risco para suicídio


Vamos conversar

O coronavírus está afetando a saúde mental de muitas pessoas, principalmente profissionais de saúde. Dados recentes apontam aumento na angústia, ansiedade e depressão

“A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou,  que a pandemia da COVID-19 pode aumentar os fatores de risco para suicídio, incitando as pessoas a falarem abertamente e de forma responsável sobre o assunto. A ideia é que, mesmo com o distanciamento físico, as pessoas permaneçam conectadas com familiares e amigos e aprendam a identificar os sinais de alerta. 

O coronavírus está afetando a saúde mental de muitas pessoas. Estudos recentes mostram um aumento da angústia, ansiedade e depressão, especialmente entre os profissionais de saúde. Somadas às questões de violência, transtornos por consumo de álcool, abuso de substâncias e sentimento de perda, tornam-se fatores importantes que podem aumentar o risco de uma pessoa decidir tirar a própria vida.

Nós ainda não sabemos como o aumento da depressão, da violência doméstica e do uso de substâncias afetará as taxas de suicídio, mas é importante conversar sobre o assunto, apoiar uns aos outros nestes tempos de pandemia e conhecer os sinais de alerta de suicídio para ajudar a preveni-lo."

Desde 2003, a cada dia 10 de setembro, a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP), em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), promove o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Neste ano, o tema é “Trabalhando juntos para prevenir o suicídio”.

Nas Américas, estima-se que cerca de 100 mil pessoas cometam suicídio todo ano, de acordo com o último dado disponível, de 2016. A maioria dos suicídios na região ocorre em pessoas entre 25 e 44 anos (36%) e entre 45 e 59 anos (26%). As maiores taxas de suicídio das Américas estão na Guiana e Suriname.

Assim como no resto do mundo, os casos de suicídio nas Américas são mais comuns entre os homens, correspondendo a cerca de 78% de todos os registros. Nos países com maior renda, o número de homens que cometem suicídio é três vezes maior que entre as mulheres. Já nos países de baixa e média renda, a taxa é de 1,5 homem morto por essa causa para cada mulher.

"No ano de 2020 nos encontramos em circunstâncias muito inesperadas e desafiadoras devido ao enfrentamento da pandemia da COVID-19. O impacto do novo coronavírus provavelmente afetou o bem-estar mental de todos. E é por isso que neste ano, mais do que nunca, é fundamental que trabalhemos juntos para prevenir o suicídio", destacou Renato Oliveira e Souza. 

É muito importante que as pessoas estejam conectadas umas às outras, atentas aos sinais de alerta e a como reagir para prevenir o suicídio. Mesmo nestes momentos de maior distanciamento físico, as pessoas podem manter vínculos sociais e cuidar da saúde mental.

Sinais de alerta de suicídio

A maioria dos suicídios é precedida por sinais de alerta verbais ou comportamentais, como falar sobre: querer morrer, sentir grande culpa ou vergonha ou sentir-se um fardo para os outros. Outros sinais importantes são sensação de vazio, desesperança, aprisionamento ou falta de razão para viver; sentir-se extremamente triste, ansioso, agitado ou cheio de raiva; ou com dor insuportável, seja emocional ou física.

Além disso, mudanças comportamentais, como fazer um plano ou pesquisar maneiras de morrer; afastar-se dos amigos, dizer adeus, distribuir itens importantes ou fazer testamentos; fazer coisas muito arriscadas, como dirigir em velocidade extrema; mudanças extremas de humor; comer ou dormir muito ou pouco; usar drogas ou álcool com mais frequência. Todos estes podem ser sinais para um possível suicídio.

Como prevenir o suicídio

O suicídio pode ser evitado e há intervenções eficazes disponíveis. A nível pessoal, a detecção precoce e o tratamento da depressão e dos transtornos por uso de álcool são essenciais para a prevenção do suicídio, bem como o contato com pessoas que já tentaram o suicídio. O apoio psicossocial nas comunidades é muito importante para o aconselhamento nesses momentos. Em caso de detecção de sinais de suicídio em si mesmo ou em alguém, a recomendação é procurar ajuda de um profissional de saúde o mais rápido possível.

Remover as barreiras de acesso aos cuidados de saúde mental, limitar o acesso aos meios para cometer suicídio, fornecer informações verdadeiras e adequadas sobre o assunto na mídia, bem como reduzir o estigma associado à procura de ajuda psicológica também podem ajudar a reduzir o suicídio.

A OPAS está trabalhando com os países das Américas para fortalecer os sistemas de saúde que contam com poucos recursos ou estão sobrecarregados pela pandemia da COVID-19, de modo a fazer frente ao aumento de casos de saúde mental (tanto novos, como agravantes de casos pré-existentes) e para manter a continuidade dos tratamentos das pessoas com problemas de saúde mental e uso de substâncias.

A OPAS também recomenda incorporar o apoio à saúde mental e psicossocial nos planos e esforços de resposta à COVID-19. Algumas recomendações incluem atendimento remoto ou virtual, adaptação e disseminação de mensagens para a população em geral, bem como para as populações de maior risco, e treinamento de profissionais de saúde e outros membros da comunidade sobre o assunto.”

Fonte: OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde

No marco do Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, que acontece no dia 10 de setembro de cada ano, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou que a pandemia de COVID-19 exacerbou os fatores de risco associados a comportamentos suicidas e pediu pela priorização da prevenção ao suicídio.

Estudos demonstram que a pandemia ampliou os fatores de risco associados ao suicídio, como perda de emprego ou econômica, trauma ou abuso, transtornos mentais e barreiras ao acesso à saúde. Cerca de 50% das pessoas que participaram de uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial no Chile, Brasil, Peru e Canadá um ano após o início da pandemia, relataram que sua saúde mental havia piorado.

“O suicídio é um problema urgente de saúde pública e sua prevenção deve ser uma prioridade nacional”, disse Renato Oliveira e Souza, chefe da Unidade de Saúde Mental da OPAS. “Precisamos de ações concretas de toda a sociedade para pôr fim a essas mortes e para que os governos criem e invistam em uma estratégia nacional integral para melhorar a prevenção e o atendimento ao suicídio”, acrescentou.

O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo responsável por uma em cada 100 mortes. A cada ano, mais pessoas morrem por suicídio do que por HIV, malária ou câncer de mama, ou devido à guerra e homicídio. O suicídio também é a quarta causa de morte no mundo entre jovens de 15 a 29 anos, depois de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

De acordo com as Estatísticas Mundiais de Saúde da OMS de 2019, 97.339 pessoas morreram por suicídio nas Américas em 2019 e estima-se que as tentativas de suicídio podem ter sido 20 vezes esse número. Os homens foram responsáveis ​​por cerca de 77% de todas as mortes por suicídio e, embora tenha havido progresso no desenvolvimento de intervenções baseadas em evidências na prevenção ao suicídio, muitos países continuam apresentando taxas crescentes.

“Perder um ente querido por suicídio é doloroso e evitável”, disse Souza. A orientação recente do LIVE LIFE, da OMS, tem o objetivo de apoiar os esforços nacionais e ajudar o mundo a alcançar a meta de reduzir a taxa global de suicídio em um terço até 2030.

As principais medidas comprovadas de prevenção ao suicídio incluem limitar o acesso a meios (como pesticidas e armas de fogo), identificação precoce, avaliação, manejo e acompanhamento de pessoas afetadas por pensamentos e comportamentos suicidas, promoção de habilidades socioemocionais de adolescentes e educação da mídia no relato responsável sobre suicídio.

O estigma, os recursos limitados e a falta de conscientização continuam sendo as principais barreiras para a busca de ajuda, destacando a necessidade de alfabetização em saúde mental e campanhas antiestigma.

“Creating Hope through Action” ("Criando esperança através da ação"), é o tema do Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio deste ano, organizado pela Associação Internacional para a Prevenção ao Suicídio (IASP) e endossado pela OMS, com o objetivo geral de aumentar a conscientização sobre a prevenção ao suicídio em todo o mundo.

Proibição dos pesticidas mais perigosos: uma intervenção de alto impacto

Dado que se estima que o envenenamento por pesticidas causa 20% de todos os suicídios e as proibições nacionais de pesticidas altamente tóxicos e perigosos têm se mostrado eficazes em termos de custo, tais proibições são recomendadas pela OMS. Outras medidas incluem restringir o acesso a armas de fogo, reduzir o tamanho das embalagens de medicamentos e instalar barreiras nos locais nos quais é possível pular.

Mídia como responsável

O guia destaca o papel que a mídia desempenha em relação ao suicídio. A cobertura da imprensa sobre suicídio pode levar a um aumento nos casos devido à imitação (ou suicídios por imitação) - especialmente se for sobre uma celebridade ou descrever métodos de suicídio.

A nova orientação aconselha o monitoramento da cobertura de suicídios e sugere que a mídia neutralize relatos de suicídio com histórias de recuperação bem-sucedidas de problemas de saúde mental ou pensamentos suicidas. Também recomenda trabalhar com empresas de mídia social para aumentar sua conscientização e melhorar seus protocolos de identificação e remoção de conteúdo prejudicial.

Apoio a adolescentes

A adolescência (10-19 anos) é um período crítico para a aquisição de habilidades socioemocionais, principalmente porque metade dos problemas de saúde mental aparecem antes dos 14 anos. A orientação da LIVE LIFE incentiva ações, incluindo promoção da saúde mental e programas anti-bullying, links para serviços de apoio e protocolos claros para pessoas que trabalham em escolas e universidades quando o risco de suicídio é identificado.

Identificação precoce e acompanhamento de pessoas em risco

A identificação, avaliação, gestão e acompanhamento precoces aplicam-se a pessoas que tentaram suicídio ou são consideradas em risco. Uma tentativa anterior de suicídio é um dos fatores de risco mais importantes para um futuro suicídio.

Os profissionais de saúde devem ser capacitados para a identificação, avaliação, gestão e acompanhamento precoces. Grupos de pessoas que perderam alguém por suicídio podem complementar o apoio fornecido pelos serviços de saúde. Os serviços de emergência também devem estar disponíveis para fornecer apoio imediato a indivíduos em situação crítica.

A nova orientação, que inclui exemplos de intervenções de prevenção do suicídio implementadas em todo o mundo, em países como Austrália, Gana, Guiana, Índia, Iraque, República da Coreia, Suécia e EUA, pode ser usada por qualquer pessoa que esteja interessada ​​em implementar atividades de prevenção do suicídio, seja em nível nacional ou local, e nos setores governamentais e não governamentais.

“Embora uma estratégia nacional integral de prevenção do suicídio deva ser o objetivo final de todos os governos, iniciar a prevenção do suicídio com intervenções LIVE LIFE pode salvar vidas”, afirmou Alexandra Fleischmann, especialista em prevenção de suicídio da OMS

Os CAPS - Centro de Atenção Psicossocial em todo o Brasil, que é um serviço de saúde como qualquer outro, mas voltado para atender pessoas com sofrimento ou transtorno mental de crianças e adolescentes: o CAPS I.

Para ajuda com transtornos mentais diversos: o CAPS II.

Para auxiliar no uso de álcool e drogas: o CAPS AD.

É serviço gratuito que não precisa de encaminhamento.

Em caso de dúvidas, procure o Posto de Saúde (UBS) mais próximo para conversar sobre suas angústias e esclarecer melhor suas dúvidas.

Em Poços de Caldas, crianças e adolescentes com sofrimento, transtorno mental e ou vítimas de abuso, podem procurar o CAPS I Despertar, que conta com Psiquiatria infantil, Assistente Social e Psicólogo. Funcionamento de segunda a sexta-feira das 9h às 16h. Av Doutor David Benedito Ottoni, 794, Jardim dos Estados. Celular: (35) 9 8403-4548

Se você tem mais de 18 anos e está com sofrimento ou tem algum transtorno mental, procure o CAPS II - Girassol na Rua Ouro Preto, 156 - Centro. Funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Tel. (fixo) (35) 3715-9158

Se você quer ajuda com o uso de álcool ou qualquer outra droga, procure o CAPS AD na rua Paraíba, 200 - Centro. Funcionamento: de segunda a sexta-feira,  das 8h às 17h.

Tel. (fixo) (35) 3697-2249  

E Viva Melhor, Sem Culpa! 

Se você ainda está neste planeta é porque você tem uma missão designada por Deus!

CVV - Centro de Valorização da Vida é um outro serviço disponível 24h com apoio emocional para quem precisa

LIGUE: 188 ou acesse: www.cvv.org.br

E uma  equipe de profissionais especializados para atendê-lo (a).

Viva a vida! E quando você ficar desiludido, não esqueça de que seu desafio nunca é maior do que você pode aguentá-lo e, quando você estiver pronto para tirar sua própria vida, lembre da sua família. E procure ajuda profissional! 

Os Capes - Centro de Atenção Psicossocial funcionam durante o ano todo. O Setembro Amarelo existe para conscientizar pessoas de que há uma saída que não é acabar com a própria vida. Procure ajuda!                      

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