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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Saúde: vacina contra dependência química. É ciência do Brasil, a partir das Universidades Federais que estão em ação

 Os pesquisadores tiveram sucesso em experiências com animais, e os testes mostraram que os anticorpos podem ser repassados para os fetos. O medicamento ainda precisa do aval da Anvisa para testes em humanos.

Por g1
"Cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão desenvolvendo uma vacina que se mostrou promissora na luta contra a dependência química. Os testes feitos até agora mostraram que os anticorpos podem ser repassados para os fetos. Ou seja, o medicamento seria eficaz também em bebês de gestantes usuárias de drogas.

“Se o Brasil sair na frente, desenvolvendo uma vacina que, inclusive possa proteger os bebês, a gente está prevenindo vários outros agravos à saúde desse bebê, e vários outros problemas de saúde pública, de inteligência, de saúde geral, a longo prazo”, diz a neuropediatra Liubiana Arantes.

Por enquanto, os pesquisadores tiveram sucesso em experiências com animais. Para testar em humanos, é preciso um sinal verde da Anvisa. O pedido ainda não foi enviado.

"A gente já concluiu as fases pré-clínicas em relação à segurança e eficácia em animais roedores e não roedores, que são os primatas não-humanos. Já identificamos a eficácia dessa vacina nesses animais e, também, a segurança dessa vacina”, afirma Raíssa Lima pesquisadora da UFMG.

Os pesquisadores acreditam que, caso consigam os mais recursos, o trabalho pode ser concluído em dois ou três anos

Como a vacina funciona? 


O imunizante foi desenvolvido a partir de moléculas modificadas da própria droga. Nos animais, a vacina induziu o sistema imune a produzir anticorpos que se ligaram à droga já presente na corrente sanguínea dos bichos.

Essa ligação aumentou o tamanho das moléculas do entorpecente, impedindo a passagem delas pela barreira hematoencefálica - estrutura que regula o transporte de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central. 

Sem chegar ao cérebro, o animal não sentiu os efeitos da droga. Os médicos esperam que, desta forma, no teste com humanos, a vontade de consumir crack e cocaína seja drasticamente reduzida."

Fonte: JN / g1/Saúde          

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