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sábado, 24 de junho de 2023

Notícias locais: um resumo do que têm acontecido com árvores em Poços de Caldas, MG

Fonte: "Poços com Árvores"

Por Ana Lúcia Dias

Um presente muito bem-vindo da produtora Retratarte ao Movimento "Poços com Árvores"

Apenas para você ter uma ideia do que aconteceu na última quarta-feira, 21 em Poços de Caldas, MG

Enquanto o mundo está preservando o Meio Ambiente, plantando árvores para ter um ar mais saudável nas grandes cidades. As árvores são responsáveis pela fotossíntese, o que é isso? Basicamente, as árvores respiram o gás carbônico e expiram o oxigênio. Elas também são responsáveis por acolher os ninhos dos pássaros e abelhas que estão em extinção.As árvores são as maiores combatentes da Emergência Climática.  

Se a cada dia teremos, por ação da humanidade dias mais quentes, nada como árvores para nos proporcionar a sombra. E um ar menos poluído.

Mas o prefeito Sérgio Azevedo - PSDB - com seu sonho `sem propósito aparente´ de privatizar também o monotrilho - elefante branco -, além de todos os pontos turísticos da cidade não dando direito, aos habitantes que já pagam os impostos municipais nas compras, na energia elétrica e água, que são departamentos municipais. E no IPTU - Imposto Territorial Urbano - então. Este monotrilho é do século passado foi projetado em 1982, portanto, há 51 anos. A tecnologia já está muito mais avançada. E os especialistas dizem que o monotrilho precisa ser demolido.

Veja a linha do tempo do monotrilho:

  • "agosto de 1981: câmara aprova a construção e a abertura de licitação para o monotrilho.

  • outubro de 1981: prefeitura assina o contrato com a empresa J. Ferreira Ltda. A ideia era que ela bancasse toda a obra e, depois de 50 anos de funcionamento, devolvesse o monotrilho para a prefeitura. A construção começa no mesmo ano.

  • janeiro de 1989: as obras ficaram paradas e a prefeitura faz estudos nos contratos com a concessionária para determinar quais medidas tomar para o reinício do serviço.

  • junho de 1990: testes experimentais são realizados, mas após uma falha grave, são suspensos.

  • 25 de setembro de 2000: após a inauguração oficial, o trem descarrila em uma curva e 19 pessoas têm que ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros. O monotrilho funciona poucas vezes até 2003, quando é suspenso definitivamente.

  • 14 de novembro de 2003: duas pilastras, que ficam ao longo da Avenida João Pinheiro, caem e derrubam cerca de 50 metros da estrutura.

  • 9 de março de 2005: um laudo aponta que a culpa foi de obras realizadas pela prefeitura para desassoreamento do Ribeirão Poços de Caldas, que corta a cidade.

  • 30 de setembro de 2014: Ministério Público trabalha para que o monotrilho volte a funcionar, mas um impasse entre a prefeitura e a empresa mantém o serviço suspenso.
  • 17 de dezembro de 2014: concessionária e prefeitura não entram em um acordo referente ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do monotrilho proposto pelo MP. O trem segue sem funcionar.

  • 22 de julho de 2015: EPTV Sul de Minas, afiliada da Rede Globo, mostra que moradores de rua usam o monotrilho como abrigo e se recusam a ir para centros de recolhimento da cidade.

  • 22 de março de 2016: uma liminar da 3ª Vara Cível de Poços de Caldas determina que a prefeitura faça reparos no monotrilho para evitar que parte da estrutura desabe.

  • 26 de março de 2016: prefeitura questiona a liminar e pede que a empresa, com a licitação seja intimada.

  • 20 de março de 2017: um abaixo-assinado pede a demolição da estrutura do monotrilho. O grupo alega que o empreendimento deixou um legado de agressão à natureza, além do risco à segurança dos moradores e visitantes da cidade.

  • 5 de dezembro de 2018: parte da estrutura do monotrilho é isolada para manutenção. A medida é tomada pela empresa responsável pela construção inicial do trem.

  • 29 de janeiro de 2019: a empresa J. Ferreira Ltda desiste de contrato de concessão do monotrilho e entrega a obra à Prefeitura de Poços de Caldas.
Árvores que tomaram conta dos trilhos do monotrilho de Poços de Caldas — Foto: Camilla Resende/G1

A concessão

A empresa J. F. Ferreira Ltda tinha a concessão do monotrilho até 2050, segundo a Prefeitura de Poços de Caldas. O contrato inicial foi feito à mão e assinado pelo então prefeito Ronaldo Junqueira. Após este prazo – que era de 50 anos a partir da data que entrou em vigor – um novo acordo deveria ser feito com a prefeitura ou o monotrilho deveria ser entregue à administração municipal.

A construção do monotrilho previa 30 km de extensão, mas apenas aproximadamente 20% foram entregues em 2000, com seis estações a aproximadamente 500 metros de distância cada. Segundo divulgado à época, os trens tinham:

✔tecnologia 100% nacional
motor elétrico 
duas alavancas para controle (uma para acelerar e outra para frear)
velocidade máxima de 80 km/hcapacidade para 30 pessoas sentadas

A partir daí, até 2003, o meio de transporte, que também era visto como atração turística, funcionou poucas vezes, sendo marcado por um acidente em uma de suas primeiras viagens e o desabamento de parte da estrutura no último ano de atividade.

Acidente com o trem

Cercado de expectativa após quase 20 anos do início das obras, o monotrilho foi finalmente inaugurado em setembro de 2000. Dezenove pessoas participariam da primeira volta, sendo 14 adultos e 5 crianças. Mas em uma das curvas, as rodas escaparam do trilho e o trem acabou ficando travando junto à estrutura."


Parte da estrutura do monotrilho de Poços de Caldas caiu em 2003 — Foto: Reprodução/EPTV


Fonte: g1/Sul de MInas 
             

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