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segunda-feira, 31 de julho de 2023
Roda Viva | Arthur Lira | 31/07/2023 – Presidente da Câmara dos Deputados
domingo, 30 de julho de 2023
sábado, 29 de julho de 2023
Estão copiando Minas Gerais: "Câmaras municipais do interior de SP promovem reajustes em série de salários de prefeitos e vereadores"
Em São José do Rio Preto o aumento foi de 179% - Foto JN |
Não vamos nos esquecer que esse peso dos salários dos vereadores e prefeitos caem sempre em nossas costas, com mais impostos municipais. O que vai adiantar a Reforma tributária?
E não vamos nos esquecer que os vereadores têm como atribuição principal fiscalizar o executivo. Eles são nossos representantes.
Quanto aumentou o salário mínimo neste mesmo período em que eles dizem que não receberam aumento de salário.
É bom que nos lembremos disso nas próximas eleições, que serão em 2024.
Isto serve para todos os vereadores tanto em Minas Gerais como no interior de São Paulo, na verdade. em todo o país. Vai ser uma festa de aumentos nas Câmaras Municipais e para o executivo, prefeito e vice-prefeitos em detrimento da população que paga os seus salários.
Como em MG, o governador Romeu Zema (Novo) se deu um aumento 296% para seu salário e do vice-governador e dos seus secretários e os deputados estaduais da ALMG aprovaram. Que ótimos representantes... "Poder e Voz do cidadão" é slogan que Assembleia de Minas tem colocado em propagandas em horário nobre nas emissoras. Será que o cidadão realmente tem o poder e voz? Agora esquecem de quem paga. Somos nós, com os impostos, os eleitos que deveriam trabalhar para o cidadão.
Assim como fez o prefeito de Poços de Caldas, Sérgio Azevedo (PSDB) que aumentou seu salário do seu vice e de todo seu secretariado, como também dos vereadores (pagos por todos nós) para que não houvesse oposição.
"Em 25 cidades, câmaras já votaram reajuste de salário para os vereadores, prefeitos ou vices que vão assumir os mandatos em 2025. Os aumentos vão de 40 a 199%."
Por Jornal Nacional
"Câmaras municipais do interior paulista promovem aumento de até 199%"
Fonte: globoplay
"Em Sorocaba, no interior de São Paulo, em quatro anos, a Câmara vai gastar R$ 9 milhões a mais com os novos salários, dinheiro que daria para construir três creches. O último reajuste foi há seis anos.
"No meu ponto de vista, o vereador é um trabalhador como outro comum, porque ele trabalha todos os dias da semana", defendeu Gervino Gonçalves, presidente da Câmara de Vereadores de Sorocaba.
Em 2017, o STF decidiu pela constitucionalidade do pagamento do 13º e férias para prefeitos, vices e vereadores. A Constituição determina que os subsídios dos vereadores devem ser fixados pelas câmaras municipais, em cada legislatura, apenas para o mandato seguinte.
É o que as câmaras estão fazendo no interior de São Paulo. Foi só uma cidade votar o aumento de salário ou o décimo terceiro que a ideia rapidamente se espalhou. Em 25 cidades, câmaras já votaram aumento para vereadores, prefeitos ou vices que vão assumir os mandatos em 2025. Os aumentos vão de 40 a 199%.
Em São José do Rio Preto, o reajuste dos vereadores foi de 179%. Prefeito, vice e secretários terão aumentos escalonados, que variam de 50% a 102%. Moradores protestaram, mas não adiantou.
Em Rio Claro, o salário dos vereadores mais que dobrou.
Em Ourinhos, os próximos vereadores vão ganhar 52% a mais.
As câmaras municipais alegam que os salários estão defasados e que, no caso de Ourinhos, o último reajuste foi há nove anos.
"A inflação acumulada pelo IPCA, que é a inflação oficial, no período aí de cinco ou seis anos, ela deu 35% no acumulado. O salário mínimo não teve aumento real na maioria dos anos aqui, teve só um acompanhamento do índice de inflação", afirma Alex Itria, professor da Universidade Federal de São Carlos.
Segundo a Constituição, um vereador recebe de 20% a 75% do que ganha um deputado estadual. Por exemplo, o vereador de um município de 10 mil habitantes, ganha 20% do salário de um deputado estadual. Em um município com mais de 500 mil habitantes, esse percentual será de 75%.
Especialistas em contas públicas afirmam que essa "onda de reajustes" nas câmaras pode afetar investimentos em áreas importantes como educação e saúde.
"Os reajustes, por mais que eles possam ser feitos, não significa que eles devem ser feitos, inclusive porque a gente precisa considerar o impacto orçamentário disso e a proporção desse impacto orçamentário em relação às necessidades de outras áreas de políticas públicas efetivamente para a população, como educação, oferta de vagas em escolas e em creches, melhorias no atendimento básico à saúde", questiona Marina Atoji, diretora da Transparência Brasil."
Fonte: g1/Jornal Nacional
É neste domingo, 30/7 -Julho das Pretas ABC de 2023, latino-americanas e caribenhas em homenagem à Teresa de Bengela e a luta das mulheres negras
Fonte: Julho das Pretas
Esse ano traz como tema: Mulheres negras trabalhadoras de
terça-feira, 25 de julho de 2023
Nathalia Ziemkiewicz | Provoca | 25/07/2023 - Jornalista especialista em sexualidade
Em 25 de julho: é o dia da mulher negra latino-americana e caribenha
Justiça está caminhando no caso Marielle Franco e Anderson Gomes. Veja o foi descoberto até agora, após cinco anos
Com a delação premiada de um dos presos, Élcio Queiroz, descobriram-se vários fatos.
Caso Marielle Franco: saiba quem são os envolvidos no crime
Fonte: g1/ Rio de Janeiro
Mas ainda não foi divulgado o que todo o mundo quer saber: quem mandou matar a vereadora Marielle Franco do Psol. E por quê?
Por g1
"Os responsáveis pela investigação das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes afirmam que o caso avançou com a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, nesta segunda-feira (24), e com a homologação de um acordo de delação premiada com Élcio Queiroz.
"Um pacto de silêncio foi rompido. Estamos buscando e oferecendo repostas de um crime emblemático”, disse Fábio Cardoso, promotor de Justiça.
Mesmo assim, eles não descartam o envolvimento de outras pessoas no caso, principalmente no âmbito intelectual do crime.
As investigações mostram que cada um tinha um papel na execução do crime. Confira qual a dinâmica, de acordo com os avanços dos policiais e promotores.
Ronie Lessa Élcio Queiroz Suel Foto: Reprodução TV GloboMaxwell Simões Corrêa, o Suel
Suel foi preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e foi levado para a sede da PF, na Zona Portuária. Ele foi preso na mesma casa onde foi detido anteriormente. Um carro do ex-bombeiro foi apreendido.
Ano passado, ele foi expulso do Corpo de Bombeiros.
'O crime foi praticado por conta das causas defendidas por Marielle', diz promotor
PRIMEIRAS DELAÇÕES SURGEM NO CASO MARIELLE E HÁ EXPECTATIVA QUE CARLUXO POSSA ENTRAR NO RADAR DA PF
segunda-feira, 24 de julho de 2023
Roda Viva | Silvio Meira | 24/07/2023 - Saiba mais sobre as fakes news, regulação de dados e redes sociais. E a IA, Inteligência Artificial
sábado, 22 de julho de 2023
Notícias locais: embargada as obras da "Alameda Poços"
sexta-feira, 21 de julho de 2023
Notícias locais: vereador Diney Lenon, PT questiona a secretária da administração municipal sobre os Servidores Públicos municipaís
Veja o que a secretária da administração municipal, Ana Alice de Souza, diz a respeito dos servidores públicos municipais.
De acordo com a secretária, "o Servidor municipal pode optar por continuar na CLT ou passar a ser estatutário".
Vereador Diney Lenon questiona ..
Fonte: Instagram
Notícias locais– Cultura: neste sábado, 22, na Urca: "Coletivo Bico Aberto e Os Detetives da Natureza"
Governo Lula edita decreto que restringe o acesso de civis a armas e munições. Primeiro passo para acaber com a violência no país
Presidente Lula durante cerimônia para assinatura de medidas para segurança pública — Foto: TV Brasil/Reprodução |
"A gente não pode permitir arsenais nas mãos de pessoas', diz Lula ao assinar medidas para segurança pública e crimes cometidos em escolas terão pena maior", diz Presidente Lula
Por g1
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta sexta-feira (21) um decreto sobre o controle "responsável" de armas no país.
A medida foi editada durante cerimônia no Palácio do Planalto e faz parte do Programa de Ação na Segurança (PAS), um pacote do governo visando diminuir a violência no país.
Em discurso, Lula afirmou que não se pode permitir "arsenais nas mãos de pessoas". Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que o decreto põe fim a um "capítulo trágico e de trevas" no país. Dino declarou ainda que a medida é "ponderada" e "equilibrada", e pode salvar vidas."
Novo decreto para armas no país
Flávio Dino: "Decreto põe fim ao armamentismo irresponsável"
Fonte: globonews
Presidente Lula assina nesta sexta-feira,21 o decreto para acabar com a violência no país
Fonte: globoplay
Fonte: G1/Política
terça-feira, 18 de julho de 2023
"Mineradoras Santa Paulina e Minar insistem em DEVASTAR Ibirité e Itabirito, em MG: violência brutal inadmissível"
Por frei Gilvander Moreira
"Após trinta horas de viagem de ônibus de Belo Horizonte, MG, até Rondonópolis, MG, estamos aqui no 1º dia do XV Intereclesial das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), com o Tema “CEBs: Igreja em saída na busca da vida plena para todos e todas” e o lema “Vejam! Eu vou criar novo céu e uma nova terra” (Is 65), com cerca de 1.500 representantes de CEBs de todo o Brasil. Estou longe fisicamente de Minas Gerais, mas com o coração em muitas lutas por justiça socioambiental nas minas e nos gerais. Partilho abaixo dois Manifestos escritos de forma coletiva, com minha participação, na esperança de que sejam instrumentos para ampliar a Rede de Apoio às lutas justas, necessárias e urgentes para que o município de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, MG, seja de fato Território Livre de Mineração e que o povo do município de Itabirito, no colar metropolitano da capital mineira, já tão sacrificado pela mineração devastadora, não permita a insanidade de aceitar mineração dentro da Estação Ecológica de ARÊDES. Leiam abaixo e divulguem, por favor.
1 - MANIFESTO PELO FECHAMENTO DA MINERAÇÃO SANTA PAULINA NA SERRA DO ROLA-MOÇA EM IBIRITÉ, DIVISA COM SARZEDO E BELO HORIZONTE, MG
O Parque Estadual da Serra do Rola-Moça (PESRM), situado nos municípios de Belo Horizonte, Brumadinho, Ibirité e Nova Lima, MG, com seus 3.941,09 hectares de área, é o terceiro maior parque em área urbana do Brasil. Criado através do decreto estadual nº 36.071, de 27 de setembro de 1994. É considerado área de proteção especial de mananciais, essenciais para o abastecimento de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Abrange, em seus domínios, várias nascentes e cabeceiras de rios, destacando-se as Áreas de Proteção Especial (APEs): Taboões, Rola-Moça, Bálsamo, Barreiro, Mutuca e Catarina, mananciais que abastecem parte da população de Belo Horizonte, Ibirité e Brumadinho. Adjacente ao PESRM, a Estação Ecológica de Fechos (EEFechos), um importante remanescente florestal, também um importante manancial de água que abastece a cidade de Belo Horizonte. A grande variedade de ecossistemas encontrados nesta região, contendo formações vegetais tanto da Mata Atlântica, quanto do Cerrado e de campos de altitude, faz com que a mesma seja dotada de uma extraordinária riqueza natural peculiar, que sofre violentas pressões tanto pela exploração mineral quanto pela alocação de empreendimentos imobiliários, em seu entorno. Preservar o PESRM se tornou uma necessidade para a sobrevivência de quase 6 milhões de pessoas da RMBH e de uma riquíssima biodiversidade.
Estamos perdendo a riquíssima biodiversidade há muito tempo!
A extração de minério na área do PESRM começaram em 1937 com a concessão de lavra ao Departamento Nacional de Produção, tendo funcionado até o final dos anos 2000 com base nas famigeradas Autorizações Ambientais de Funcionamento quando foram interditadas por força de ação ajuizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP/MG). Desde então a Mineração Santa Paulina levou 7 (sete) anos para que ao final tivesse em 2021 indeferido seu pedido de Licença Ambiental para voltar a explorar minério na Mina da Boa Esperança localizada entre Ibirité e Sarzedo, por evidentes razões de inviabilidade ambiental.
Com as atividades minerárias paralisadas em razão da ausência de licenças ambientais necessárias, a Mineração Santa Paulina, embora tenham sido comprovadas operações ilegais nesse período, terminou reduzindo a área a um cenário de destruição – crateras brutais - que permanece há anos sem adoção das medidas de recuperação necessárias. Em nova tentativa de operar legalmente na área, a Mineração Santa Paulina buscou licenciar então a atividade de reaproveitamento de bens metálicos dispostos em pilha estéril ou rejeitos, pedido que teve sua rejeição recomendada por extenso parecer emitido pelo setor técnico da Superintendência Regional do Meio Ambiente (SUPRAM) da Secretaria de estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD).
Licenças ambientais não são requeridas. Tudo feito sem licença ambiental
Entretanto, de maneira incompreensível e absurda, o Superintende do órgão resolveu autorizar a retirada de mais de 1 milhão de toneladas sem qualquer tipo de licenciamento ambiental. A retomada das atividades minerárias pela Mineração Santa Paulina causou grande comoção popular, indignação e reivindicações pelas comunidades atingidas, com diversas representações dirigidas ao Ministério Público de Minas Gerais, apontando os múltiplos e brutais impactos negativos, danos ambientais e atividades poluidoras, decorrentes da retomada da retirada de minério e escoamento da produção através do trânsito de veículos de transporte da Mineração Santa Paulina em estrada clandestinamente aberta e em estreitas estradas de terra que interligam os municípios de Ibirité e Sarzedo, causando múltiplos e violentos danos às comunidades lindeiras aos trechos trafegados, especialmente centenas de famílias horticultoras. Inicialmente estão previstas 120 (cento e vinte) viagens diárias com pesados caminhões passando a cada 6 (seis) minutos, das 6h às 18h.
Diante dessa concreta e gravíssima ameaça ao Parque Estadual da Serra do Rola-Moça e a seus mananciais de abastecimento público, aos ecossistemas e ao bem-estar das populações atingidas, a produção de alimentos que alimenta a inteira região metropolitana de Belo Horizonte, o Ministério Público de MG ajuizou a Ação Civil Pública 5009765-16.2023.8.13.0114 que tramita perante a 3ª Vara Cível da Comarca de Ibirité. Dentre várias razões exposta pelo Ministério Público de MG (MP/MG), destaca-se que a Fazenda Boa Esperança, onde se encontra a Mineração Santa Paulina, situa-se na zona de amortecimento do Parque Estadual Serra do Rola Moça, nos limites de área de Conservação e Proteção Integral, afirmando que o empreendimento minerário da Mineração Santa Paulina “provoca e provocará impactos negativos, correspondendo, fundamentalmente, à ocupação dos espaços naturais, com prejuízos inevitáveis à fauna e à flora”, porquanto que o empreendimento minerário não conta com licenciamento ambiental clássico, precedido de estudo de impacto ambiental e de relatório de impacto ambiental (EIA e RIMA).
O Ministério Público exige, mas cadê o cumprimento da lei
Assim o Ministério Público de MG exige como pertinente ao caso, a) a imediata suspensão de todas as atividades desenvolvidas pela Mineração Santa Paulina; b) a abstenção de promover qualquer intervenção no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça e/ou no seu entorno/zona de amortecimento; c) a abstenção de transitar caminhões e transportar minério (ou materiais afins), especialmente no entorno do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça (incluindo a sua zona de amortecimento); d) recuperação de todas as áreas degradadas e alteradas no empreendimento, por meio da elaboração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, e ulterior execução de Plano de Fechamento de Mina (PAFEM) ou Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD); d.1) O PAFEM/PRAD deve contemplar a efetiva, integral e definitiva reparação ambiental da área onde foram desenvolvidas as atividades minerárias, elaborado por equipe técnica com ART e contando cronograma de execução a ser rigorosamente seguido. d.2) O referido PAFEM/PRAD não poderá contemplar quaisquer medidas que impliquem em lavra de minério existente na área do empreendimento; e) a adoção de todas as medidas emergenciais e de segurança aptas a assegurar a estabilidade de todas as estruturas existentes no empreendimento minerário – nas crateras -, enquanto elas existirem, inclusive daquelas estruturas cuja operação será paralisada, devendo, ainda, ser garantida a neutralização de todo e qualquer risco à população e ao meio ambiente natural, cultural e artificial; f) a contratação, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, de auditoria técnica independente com reconhecida expertise, para o acompanhamento das medidas de recuperação das áreas degradadas e garantia de segurança das estruturas do local, sem prejuízo do cumprimento da legislação no tocante à realização de auditorias ordinárias e extraordinárias e da apresentação dos relatórios previstos em normas específicas e/ou solicitados por órgão competente; g) a observância das recomendações e adoção das providências recomendadas pela equipe de auditoria técnica independente e pelos órgãos competentes, nos prazos assinados, que objetivem a integral recuperação da área do empreendimento; h) no prazo máximo de 30 (trinta) dias, elabore um plano de comunicação com a comunidade, a fim de que as intervenções ocorram de forma transparente com a população diretamente afetada. Todos os trabalhos deverão passar pelo crivo dos órgãos de Estado/Município competentes, no que aplicável. Requereu também o Ministério Público, ainda, cautelarmente, com o objetivo de assegurar a integral reparação de danos, o bloqueio do valor de R$ 20.000.000,00(vinte milhões de reais) em contas de titularidade da Mineração Santa Paulina.
Audiência de Conciliação presencial na quinta-feira, 20 de julho, às 17h, em Ibirité. Participe!
A Juíza Renata Souza Viana postergou a análise da tutela de urgência conforme descrito acima para após a realização da Audiência de Conciliação, que ocorrerá de forma presencial, na quinta-feira, dia 20/07/2023 às 17:00, em Ibirité, MG, razão pela qual é imprescindível a manifestação por escrito por meio de notas próprias de Movimentos Sociais e Organizações de Defesa dos Direitos Humanos, sociais e ambientais a serem encaminhadas ao Ministério Público e à juíza do caso, mas também pela presença no momento da Audiência de Conciliação, de entidades, movimentos socioambientais, coletivos de luta por direitos, lideranças dos âmbitos ambiental, social, cultural, religioso e político. Haverá Ato Público na Praça do Fórum em Ibirité, MG, dia 20/07/23, a partir das 14 horas. Convocamos a quem puder ir participar.
Esse Manifesto pelo Fechamento da Mineração Santa Paulina na Serra do Rola-Moça é destinado a colher assinaturas de todas as pessoas preocupadas com as ameaças de morte ao Parque Estadual Serra do Rola Moça e a seus Mananciais de Abastecimento Público, fundamentais para a vida e o bem estar de todos os quase 6 milhões de pessoas da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Derrotar o projeto de devastação da Mineração é agora mais urgente do que nunca!
2 - MANIFESTO da rede de proteção da ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ARÊDES (EEA), em Itabirito, MG: repudiamos com veemência o PL 387 que visa minerar em ARÊDES
Nós, representantes da Sociedade Civil, amigos/a e Rede de Apoio da Estação Ecológica Estadual de Arêdes (EEA), em Itabirito, MG, vimos à presença de Vossa Excelência e aos Excelentíssimos (as) Senhores (as) Secretários(as) de Estado e Deputados(as) Estaduais de Minas Gerais, à Senhora Diretora Geral do IEF(Instituto Estadual de Florestas) e ao Ministério Público Estadual expressar a nossa grande indignação quanto às graves consequências da proposta presente no Projeto de Lei 387/2023 que propõe alterar (desafetar) os limites da Estação Ecológica de Arêdes. Esse brutal, violento e injusto PL 387 visa possibilitar que áreas de relevante importância para os objetivos de criação desta Unidade de Conservação sejam destinadas à exploração minerária, atendendo à ganância tão somente de uma empresa mineradora, a Minar, que tanto degradou a região no passado, desconsiderando os demais aspectos socioambientais, tão necessários para garantir o desenvolvimento sustentável no Estado de Minas Gerais. Não obstante, proporcionar uma significativa alteração da dinâmica da Estação Ecológica de Arêdes, criada pelo Decreto Estadual nº. 45.397 de 14 de junho de 2010, alterado pelo Decreto Estadual n.º 46.322 de 30 de setembro de 2013, com fundamento na Lei n°. 19.555 de 09 de agosto de 2011, este Projeto de Lei 387 retira uma grande e importante gleba da área original dessa relevante Unidade de Conservação, sem que os critérios técnicos tenham sido evidenciados e devidamente analisados e segundo a nossa percepção, sem que tenha havido maiores discussões com a sociedade. Essa alteração de limites gera, inclusive, os seguintes graves conflitos:
Desafetação de cerca de 280 mil metros quadrados (cerca de 28 hectares) da bacia hidrográfica do Córrego do Bação (cabeceira do Alto Rio das Velhas), que alimenta nascentes que abastecem 80% da população da cidade de Itabirito. A água necessária para abastecimento humano sofrerá risco de ter sua bacia hidrográfica descaracterizada, sob a pena de se perder definitivamente um bem comum que já está escasso. A crise hídrica se agrava em uma progressão geométrica. Preservar as nascentes e os mananciais se tornou uma necessidade para a sobrevivência da população. Não é aceitável, nem justo e ético que uma atividade econômica proponha explorar estas áreas;
A área onde a mineradora Minar pretende ocupar com sua escavação e demais estruturas formará um obstáculo linear de pelo menos mil metros, o que inviabilizará definitivamente o Corredor Ecológico que hoje liga as bacias do rio Paraopeba e rio das Velhas, prejudicando diretamente um dos objetivos de criação do Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda. Um corredor ecológico integra porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recuperação de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais.
Destruição do último campo ferruginoso que restou protegido na Serra de Itabirito. Este campo nativo, que está em alto grau de conservação, é considerado Zona Primitiva da Estação Ecológica, sendo essencial para o desenvolvimento de pesquisas, guarda um remanescente embrionário formado a 60 milhões de anos e indispensável para propiciar a recuperação das áreas exploradas pelas mineradoras do entorno (mineradoras Vale S/A, Gerdau, SAFM e Herculano). Para o conjunto de características naturais relevantes da Estação Ecológica de Arêdes, este campo nativo mantém a representatividade dos ecossistemas que antes existiam no quadrilátero ferrífero e aquífero, e na Serra de Itabirito especificamente, e hoje caminham aceleradamente para a extinção. Será a nossa geração a última a poder ver este ecossistema na natureza? O PL 387, se for aprovado, devastará tudo isso.
Redução do valor cultural e paisagístico do Complexo Arqueológico de Arêdes, pela sua fragmentação e destruição de estruturas componentes. Trata-se de Complexo Histórico-Arqueológico oriundo do século XVIII composto por conjuntos e unidades isoladas (casas, capela, muros, currais, casa de fundição, canais, catas antigas, dentre outros), confeccionados em alvenaria de pedra, portanto, exemplar raro da arquitetura vernacular mineira, com acabamentos variados, compostos por blocos de canga e/ou de quartzito em cantaria. Quem irá querer conhecer um patrimônio em local onde também estará acontecendo a exploração minerária com todos seus impactos, barulhos, poeiras e riscos? Como este patrimônio poderá fruir para nossa sociedade? Hoje a Estação Ecológica pode receber escolas e demais visitantes, no entanto, este PL 387 prevê que, à montante das áreas propícias para visitação e passeios escolares, estará uma atividade com tantos parâmetros de segurança a serem atendidos devido ao grau de risco elevado da atividade. Isto não pode ser conciliado. Não aprendemos nada com os crimes brutais e hediondos das mineradoras em conluio com o Estado em Bento Rodrigues/Mariana e em Brumadinho, que afetaram drasticamente as bacias dos vales dos rios Doce e Paraopeba? Quantos outros crimes cada vez mais brutais deixaremos acontecer com a ação devastadora das mineradoras?
Estamos em um momento de transição, os governos e populações das cidades mineradoras buscam a diversificação econômica e a possibilidade de se desenvolver de forma limpa. Os municípios e as comunidades precisam com urgência se libertarem da mineriodependência que escraviza e superexplora o povo e os ecossistemas cada vez mais. Não é possível mais que uma atividade econômica impeça o desenvolvimento de outras. Assim como o Distrito de São Gonçalo do Bação, o Monumento Natural da Serra da Moeda, a Serra do Curral e a nossa Estação Ecológica de Arêdes, em Itabirito e tantos outros bens potenciais para o turismo e com seu valor intrínseco devem ser leoninamente defendidos, por nós que nos importamos com nossa terra.
Assim sendo, apelamos a Vossas Excelências que arquivem definitivamente o Projeto de Lei 387, que se for aprovado, abrirá caminho para brutal devastação da Estação Ecológica de Arêdes e sacrificará nascentes e córrego que estão na cabeceira do rio das Velhas e comprometerá inclusive o abastecimento público de Belo Horizonte e Região Metropolitana. A mineradora Minar já degradou de forma brutal esta região no passado. O PL 387 só gerará lucro e acumulação de capital para a mineradora Minar e retirará dos nossos descendentes o restante deste precioso bem cultural, histórico, arqueológico e natural, que temos a obrigação de proteger, como Coletividade. O Governo de Minas Gerais e os deputados/as também têm a obrigação de garantir a preservação da Estação Ecológica de Arêdes. Pelo expresso acima, repudiamos com veemência o PL 387 e exigimos o seu arquivamento. Fora, PL 387/23 que atende a lobby da mineradora Minar e outras mineradoras."
Acompanhe nos vídeos a situação que há tempos se vive no Estado de Minas Gerais:
A deputada federal Duda Salabert (@duda_salabert) participou de uma audiência, nesta semana no Parlamento Europeu, para denunciar os impactos da mineração em Minas Gerais e a relação com o acordo Mercosul - União Europeia.
Fonte: MídiaNinja
Fonte: frei Gilvander Moreira