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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Cerimonia no Supremo Tribunal em repúdio aos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado

Presidente do STF Luís Roberto Barroso


"Tribunal inaugurou exposição que lembra ataque de golpistas que invadiram, queimaram e depredaram o plenário, gabinetes de ministros e demais áreas do prédio."


"O ministro disse ter ficado impressionado com relatos de que, após a depredação, os criminosos "ajoelhavam-se no chão e rezavam fervorosamente"."

Trechos da fala do Presidente do Supremo Tribunal Federal:

"Falsos patriotas que não respeitam os símbolos da Pátria. Falsos religiosos que não cultivam o bem, a paz e o amor. Desmoralizaram Deus e a bandeira nacional. O que assistimos aqui foi a mais profunda e desoladora derrota do espírito."

"Na vida brasileira, já conhecemos o 'caminho maldito' da ditadura, na expressão de Ulysses Guimarães. E no 8 de janeiro constatamos as consequências dramáticas da incivilidade, dos discursos de ódio e da desinformação. Hora de fazer diferente e retomarmos os ideais iluministas e civilizatórios da Constituição de 1988", afirmou.

"Quem pensa diferente de mim não é meu inimigo, mas meu parceiro na construção de uma sociedade aberta, plural e democrática. A verdade não tem dono. Existem patriotas autênticos com diferentes visões de país. Ninguém tem o monopólio do amor ao Brasil", continuou.

“O Congresso é um dos poderes da República, o Judiciário é o outro poder, eventualmente podem ter visões diferentes de como tratar uma determinada matéria. Isso faz parte da vida. A divergência não é o problema na democracia, o problema na democracia é você não ser capaz de lidar com as divergências de forma institucional e civilizada", disse.

Rosa Weber, na época presidente do Supremo: trechos do que a ex-presidente Rosa Weber disse.

Ex-Ministra e Presidente da Suprema corte Rosa Weber — Foto: TV Justiça/Reprodução

"Segundo Rosa Weber, a data precisa ser lembrada como um marco na resistência da democracia."

"8 de janeiro de 23 há de se constituir o dia da infâmia. A outra face é o dia da resistência da democracia, que continuará sempre inabalada. Deixa como lição a necessidade do cultivo da democracia constitucional, na defesa sempre do nosso estado de direito. É preciso cultivar o jardim da democracia, na defesa intransigente das instituições democráticas", afirmou.

Compareceram à cerimônia autoridades como:
  • Os ministros do STF Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes, e os ministros aposentados Ricardo Lewandowski e Rosa Weber;
  • o ministro nomeado para o STF e ex-ministro da Justiça Flávio Dino;
  • o procurador-geral da República, Paulo Gonet;
  • os presidentes do STJ, Maria Thereza de Assis Moura; do STM, Joseli Camelo;
  • os ministros Jorge Messias (AGU) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais)
  • a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão;
  • o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti.

Exposição


A cerimônia também marcou a abertura da exposição "Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia". A mostra reúne imagens da atuação do STF após os ataques e marcas do ataque à sede da Corte.


Em outro evento no Senado em repúdio ao 8 de janeiro, do ano passado 


'Janja me avisou: não aceita a GLO', relembra Lula sobre 8/1


"Declaração do presidente faz parte do documentário "8/1: A Democracia Resiste", da GloboNews, da jornalista Julia Duailibi. Segundo Lula, ele teria "entregado o poder" aos militares se decretasse uma ação de Garantia da Lei e da Ordem, a GLO, em resposta ao ataque."


"Foi a Janja que me avisou: 'Não aceita GLO porque GLO é tudo o que eles querem, é tomar conta do governo'. Se eu dou autoridade para eles [militares], eu tinha entregado o poder para eles".


Fonte: g1.com/Política

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