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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Reportagem especial local: "Mulher Fênix" reúne cultura, música e debate sobre violência contra a mulher

Mulher Fênix, aquela que retorna das cinzas
Por Ana Lúcia Dias, OGM

O evento "Mulher Fênix" ocorreu na tarde e noite de 01 de novembro/24, promovido pela “família e amigos”, da Andresa  Vaz, com ela, Andresa na coordenação, em homenagem à irmã Alessandra Vaz, morta em 2019 pelo ex-companheiro.


Em função de algumas questões técnicas, não foi possível

publicar antes, mas como o evento traz muitas informações

importantes de como a mulher pode denunciar as agressões

psicológicas, morais e até em última instância a violência

física. Para evitar o feminicídio tão comum infelizmente nos

dias atuais.

Conversamos com Andresa e ela concordou que é um assunto

atemporal, já que o Brasil é o 5º no ranking mundial,

quando o assunto é o Feminicídio, desrespeito, uma vergonha

para um país, constituído na sua maioria por mulheres.


Alessandra Vaz, a homenageada, foi morta em 2009 pelo

ex-companheiro, que está preso, por “incêndio seguido de

morte”, por juri popular e não pelo que de fato aconteceu:

Feminicídio que é assassinato de mulheres pelo

“simples fato” de ser mulher. Assunto que Andresa Vaz

contesta com toda a razão.



Dá o que pensar: esses homens se esquecem de que não teriam nascido se não fosse pelas mulheres, suas mães, que os trouxeram ao mundo. Ou será que acreditam em cegonhas?

Ao chegar no evento, às 15h30, de 1º de novembro, encontramos o Gabriel e Ana Clara, filhos de Andresa Vaz, colocando legendas nas obras da tia Alessandra Vaz para a vernissage que seria horas depois.

Fonte: OGM - O Guardião da Montanha - Jornal on-line

Este texto logo na entrada da vernissage


Feminicídio, assunto muito bem abordado no início do evento às 16h, na Roda de Conversa, a Força e a Resiliência das Mulheres. A "Resiliência” – é a capacidade de lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. Especialidade da mulher. Não é aguentar desaforos psicológicos, morais e/ou físicos, vindos de um companheiro.
A Roda de Conversa tratou destes assuntos, reunindo profissionais de destaque para uma discussão enriquecedora e esclarecedora, em especial para a mulher. Participaram na ordem de fala: Ellen Lopes, advogada e professora; Juliane Emiko, delegada da DEAM — Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Poços de Caldas, Cintia Bernardes Pen, assistente social do Creas – Centro de Referência Especializado de Assistência Social e Tatiana Fernandes Vieira Veloso, psicóloga também do Creas.

Da esq. para dir. As convidadas, delegada, Dra. Juliane, a advogada Dra. Ellen, a assistente Social Cintia e a psicóloga Tatiana, ambas do Creas

O evento levantou reflexões e trocas de experiências sobre

os desafios e a superação da mulher em diferentes contextos.E o que fazer em casos de ameaças psicológicas, seguidas das físicas para se evitar o feminicídio?

1º — Apresentação da Carol que destacou o motivo deste tema tão importante, em especial para mulher. O teatro por trás das cortinas, na prática, explica como geralmente acontece um feminicídio, quando não é mais cruel, por exemplo, na frente dos filhos ou como foi no caso de Alessandra Vaz.

Fonte: OGM, O Guardião da Montanha - Jornal on-line

2º - Apresentação das convidadas:

Fonte: OGM, O Guardião da Montanha - Jornal on-line 

Com este time de mulheres tão gabaritado não é possível 
que essas informações de:
1-Quem chamar;  
2-Como denunciar esses casos; 
3-Pedir medidas protetivas antes, que cheguem ao ponto de não ter mais soluções, que resultem em mais feminicídios.


O Brasil é 5º país no mundo em número de “assassinatos de mulheres pelo fato de serem mulheres” — Feminicídio —. Que só aumentam. Dados são alarmantes, feminicídios só aumentam no país, até quando? Fonte: Globo News

3º Como proceder em caso da violência doméstica (1)

Fonte: OGM, O Guardião da Montanha - Jornal on-line

Nós mulheres, precisamos de ter mais coragem do que temos na hora de enfrentar uma gravidez e um parto (coloca um homem para passar por esta experiência para ver se ele aguenta, lógico que não!) E denunciar aquele que para nos conquistar começa sendo muito romântico, gentiL, compreensivo, com fala mansa, após um tempo tornam-se insuportavelmente ciumento, capaz de nos matar! 

Foi aprovado Conselho Nacional de Justiça, neste final de novembro/2024, aplicando a Lei Maria da Penha na íntegra, uma maneira a não demorar tanto mais para conceder a medida protetiva às mulheres que estejam passando por situações de violência. 

Lógico que não são todos os homens assim. Existem exceções, homens que respeitam as mulheres, que reconhecem nossos esforços, em especial se você trabalha também, não só cuidando da casa (um trabalho pouco reconhecido), dos filhos e do companheiro.   

3º Convidadas contam histórias que explicam como proceder no caso das medidas protetivas e dizem que Poços de Caldas têm meios de ajudar as mulheres que sofrem violência doméstica. (2)

Fonte: OGM, O Guardião da Montanha - Jornal on-line 

Alessandra Vaz foi vítima de feminicídio em 2019, assassinada por Rodrigo Marote, que nutria um ciúme obsessivo, inclusive das amizades da companheira. O crime aconteceu na presença de Daniela, amiga de Alessandra, que também foi morta por Marote. Apesar da gravidade do caso, o júri popular não o considerou culpado por duplo feminicídio. Marote foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. 

Rodrigo Marote não aceitava o sucesso de Alessandra Vaz, renomada artista plástica com obras reconhecidas em todo o Brasil. Natural de Poços de Caldas, MG Alessandra havia se mudado para São Pedro da Serra, RJ, onde passou a viver com Marote, seu ex-companheiro.


Rodrigo Marote, condenado pelos assassinatos de Alessandra Vaz e Daniela, já cumpre pena em regime semiaberto apenas três anos após os crimes. Ele foi condenado a 19 anos... Nesse regime, ele precisa apenas pernoitar na prisão, o que, na prática, lhe garante liberdade durante o dia.

A decisão preocupa e levanta temores sobre a possibilidade de novos casos de feminicídio envolvendo futuras companheiras.

Tanto que foi difícil encontrar as obras para vernissage; umas foram do próprio acervo de Alessandra; que estava em sua casa em São Pedro da Serra, RJ todo catalogado, outras obras conseguidas por meio de pessoas que haviam adquirido obras, e que cederam para o evento e outras do acervo da família.


Na Roda de Conversa voltada ao esclarecimento de temas relevantes para as mulheres ocorreu na parte da tarde, iniciando às 16h. O horário, que coincide com o expediente de trabalho para muitas mulheres, o que resultou em um público reduzido, mas que com o cair da tarde foram chegando mais e mais pessoas, não apenas mulheres, mas homens também.


A dinâmica familiar e laboral atual reflete um cenário no qual as mulheres, assim como os homens, assumam a função de provedoras. Muitas delas desempenham jornadas triplas, dividindo-se entre o trabalho, as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos e companheiros. Essa sobrecarga revela um desafio diário para aquelas que, além da carreira profissional, ainda são responsáveis por grande parte das responsabilidades domésticas e familiares.


A mulher hoje em dia tem de trabalhar muito mais que o homem para demonstrar sua capacidade e competência, em especial se ela está em cargo de liderança por conhecimento do assunto e merecimento. Vimos exemplos das convidadas

Ainda na Roda de Conversa, participações do público, veremos a participação da médica que chegou há pouco tempo em Poços de Caldas. Dra. Elaine, a médica parabeniza a iniciativa e menciona outras fontes de consulta.

Fonte: OGM, O Guardião da Montanha – Jornal on-line

Na vernissage, um público seleto compareceu para prestigiar

o evento, que trouxe uma mesa de petiscos à moda mineira e

a atmosfera acolhedora do som intimista de jeannine Gentile. Na vernissage, obras de Alessandra Vaz e... logo após ao coquetel à la mineira, teatro...

Fonte: OGM, O Guardião da Montanha - Jornal on-line

 A mãe, de Alessandra, Andresa, a sra. Sandra Mara, quando assistiu ao teatro, que teve a participação do ator Rafael Lopes, e da atriz Mari Mistura que conta a história da "Mulher Fênix", Alessandra, interpretada pela atriz Selma Mistura, a mãe, Sandra Mara sobe até o palco e muito emocionada recebe a tela, que está sendo pintada por uma artista desde o início do evento. 

Mãe, Sandra Mara, com a tela com o rosto de sua filha Alessandra.








É o rosto da Alessandra, daí a mãe, Sandra Mara desaba em um choro sentido e diz algumas palavras. E leva a tela e coloca ao lado dela na poltrona do teatro. É como se Alessandra estivesse ao lado dela e está, em espírito de luz. 

Logo após, a Andresa diz que não preparou nada para falar, mas diz o motivo de todo evento dedicado à sua irmã, Alessandra e o amor e orgulho que tem dela. E diz que ainda terão mais apresentações. 

Fonte: OGM, O Guardião da Montanha – Jornal on-line

Fonte: OGM, O Guardião da Montanha - Jornal on-line

E Andresa Vaz ainda convida uma amiga para cantar Janis Joplin com ela. Essa amiga também dá um show de interpretação e voz. 

E para fechar o espetáculo, Chico Eller, filho de Cássia Eller e Maria Eugênia. Músicas de autoria do próprio Chico. Vale ressaltar como são parecidos na voz, no jeito, até na risada de Cássia Eller. Ele considera Maria Eugênia sua mãe, como Cássia sempre quis. Tanto é que Maria Eugênia conseguiu a guarda de Chico na Justiça, em caso inédito. Após o falecimento de Cássia por um enfarte no miocárdio.

Assista ao show de Chico Eller

Fonte: OGM, O Guardião da Montanha – Jornal on-line 

Fonte: OGM, O Guardião da Montanha – jornal on-line

E para finalizar a reportagem, entrevistamos a idealizadora da "Mulher Fênix", Andresa Vaz.
Fonte: OGM, O Guardião da Montanha - Jornal on-line

Como disse a Andresa Vaz, esta Roda de Conversa foi a parte
essencial com essas quatro mulheres que solucionam casos 
de violência doméstica, em Poços de Caldas, que de acordocom as convidadas, o município oferece um amplo suporte para esses casos de violência contra às mulheres.

Seria ideal que não fosse necessária toda a mobilização policial, jurídica, assistencial e psicológica lideradas por estas convidadas. No entanto, ainda há homens que preferem se apegar a crenças simplistas, ignorando a realidade.

Caso seja necessário: a delegacia da Mulher – DEAM – em Poços de Caldas fica na Av. Dr. David Benedito Otoni, 527 - Jardim dos Estados, Poços de Caldas - MG, Telefone: (35) 3712-9647 – DENÚNCIE A VIOLÊNCIA!  

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