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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Novo medicamento contra obesidade


Saúde

A equipe de uma pesquisadora brasileira que trabalha nos Estados Unidos desenvolveu uma rota totalmente nova para medicamentos anti-obesidade.
As tentativas de tratamento da obesidade têm-se focado predominantemente em drogas destinadas a suprimir o apetite ou aumentar o metabolismo.
Mas todas têm esbarrado nos efeitos colaterais danosos.
Renata Pasqualini e seus colegas da Universidade do Texas (EUA) estão focando outra rota, que usa uma espécie de "código de endereçamento postal" sanguíneo para atacar as células de gordura.
Novo medicamento contra a obesidade
A nova droga, chamada Adipotide, age sobre o tecido adiposo branco, o nome científico para o tipo não-saudável de gordura que se acumula sob a pele e ao redor do abdômen.
O novo medicamento age destruindo seletivamente o suprimento de sangue do tecido adiposo.
Macacos obesos que tomaram a nova droga perderam em média 11% do seu peso corporal após quatro semanas de tratamento.
O índice de massa corporal (IMC) e a circunferência abdominal (cintura) também foram reduzidos, enquanto todas as três medidas mantiveram-se inalteradas em macacos sem tratamento, que serviram como referência.
Houve também uma diminuição substancial da gordura corporal entre os animais tratados.
Gordura sem alimento
"O desenvolvimento deste composto para uso humano pode se tornar uma forma não-cirúrgica para reduzir realmente a gordura branca acumulada, em contraste com os atuais medicamentos para perda de peso, que tentam controlar o apetite ou impedir a absorção de gordura da dieta," comentou Renata.
O novo medicamento liga-se a uma proteína na superfície dos vasos sanguíneos que abastecem a gordura, chamada proibitina.
A seguir, um peptídeo sintético desencadeia a morte celular.
Sem suprimento de sangue, as células de gordura são reabsorvidas e metabolizadas.
Código postal biológico
Este estudo apresenta o segundo medicamento desenvolvido usando uma técnica de mapeamento vascular criado pelo laboratório de Renata.
A técnica é chamada de "CEP biológico".
Renata Pasqualini esteve recentemente no Brasil para apresentar sua nova técnica.
Ela e seus colegas descobriram que os vasos sanguíneos são mais do que "canos" uniformes e constantes para servir o sistema circulatório.
Na verdade, os vasos sanguíneos diferem, dependendo do órgão ou tecido que eles abastecem, com células específicas em cada "endereço".
Isto criou a possibilidade de criar medicamentos que vão corretamente para os endereços desejados dentro do corpo, usando o tal CEP biológico.
Fonte: Diário da Saúde

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