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terça-feira, 21 de março de 2017

Poltrona antissono não deixa motoristas cochilarem

Poltrona antissono não deixa motoristas cochilarem
[Imagem: Marcopolo/Divulgação]

Redação do Site Inovação Tecnológica -  15/03/2017

Assento antissono

"Uma equipe multidisciplinar brasileira está desenvolvendo uma poltrona automotiva antissono, para minimizar o risco de acidentes sobretudo com motoristas profissionais.
A tecnologia pioneira e inédita foi criada por engenheiros e
pesquisadores da fabricante de ônibus Marcopolo, do CEMSA (Centro Multidisciplinar de Sonolência e Acidentes) e da Woodbridge, que
fabrica espuma para assentos automotivos.
A poltrona é equipada com quatro dispositivos de distração mecânica
e fisiológica: assento vibratório, manta térmica de aquecimento,
sistema de refrigeração e alto-falantes para mensagens.
Os comandos da cadeira são acionados por um aplicativo de celular, que
se comunica com a poltrona por Bluetooth. Um módulo
integrado, por sua vez, é responsável por receber os comandos e
registrar os dados coletados sobre o estado de fadiga do motorista,
bem como tempo de viagem e horário.
Batizada de Assento Antissono, a poltrona tem como objetivo
prolongar o estado de alerta e atuar durante as fases de sonolência
e fadiga do motorista de veículos pesados (ônibus e caminhões) e,
assim, reduzir o alto índice de acidentes causados no transporte de
pessoas e de carga.
Antissono preventivo
A partir dos dados coletados pelos sensores no Assento Antissono, um
algoritmo desenvolvido pelo CEMSA, baseado em estudos sobre o ciclo
cicardiano - período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se
baseia o ciclo biológico dos seres vivos - e os horários críticos
de propensão ao sono, define a sequência de distratores mais
adequada àquela viagem, atuando de forma preventiva.
O aplicativo determina em que momento a poltrona deve vibrar, aquecer,
ventilar ou emitir alertas sonoros. O aquecimento e a refrigeração
alteram a temperatura do corpo, retardando o início da fase de
fadiga. Já os ventiladores sopram ar nas regiões do pescoço e das
panturrilhas, diminuindo a temperatura periférica local, o que gera
um pequeno estresse térmico, deixando o motorista mais alerta. Se
nada der certo, os alto-falantes entram em ação e mandam o
motorista parar.
Isto é diferente dos sistemas já presentes em alguns automóveis, que
atuam de forma reativa, a partir principalmente de medições feitas
nas feições do motorista. Segundo os pesquisadores do CEMSA,
dependendo do nível de fadiga, os alertas reativos podem vir tarde
demais. Prevenindo a fadiga, através de dados específicos do
motorista e da jornada, é possível diminuir a incidência do sono
e, assim, o risco de acidente.
Os testes iniciais, realizados em simuladores com diferentes condições
de fadiga e estímulos, comprovaram a eficácia da poltrona
antissono, que agora está passando por testes reais em veículos de
frota. A equipe também já tem planos para integrar a poltrona com
um sistema de gestão da frota, repassando dados para os operadores
em tempo real."
Fonte: inovação tecnológica

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