Milton Ribeiro, novo ministro da Educação — Foto: Divulgação/Igreja Presbiteriana Jardim de Oração
Por
Cristiana Lôbo - Jornalista,
acompanha de perto os bastidores do governo e a política brasileira.
Comentarista em
Brasília
da
GloboNews
“A
decisão do presidente Jair
Bolsonaro de
anunciar o pastor Milton Ribeiro como novo
ministro da Educação significa
uma vitória expressiva da bancada evangélica, que pressionava pela
vaga.
A
nomeação foi rapidamente
publicada no
"Diário Oficial", na tarde desta sexta-feira (10), depois
de dois convites fracassados:
Milton
Ribeiro é integrante da Comissão de Ética Pública da Presidência,
nomeado por Bolsonaro em maio do ano passado.
Tarefas à frente do MEC
Uma
das primeiras tarefas do ministro será decidir sobre o parecer da
Câmara de Ensino Básico do Conselho Nacional de Educação sobre a
volta às aulas nas escolas públicas e privadas do ensino básico.
Pelo
parecer, deve ser respeitada a autonomia dos estados e das próprias
escolas privadas, mas a recomendação do conselho, que habitualmente
é seguida pelos estados, é a de que neste ano de pandemia, em que
as aulas foram suspensas em todos os estados, as escolas não
reprovem os alunos.
Ao
contrário, tentem fazer programas de recuperação de conteúdo. E,
também, que haja "flexibilização curricular": o conteúdo
que não for transmitido aos alunos este ano possa ser feito mais
adiante, invadindo o ano de 2021.
Dias letivos
A
obrigatoriedade de cumprir 200 dias de aula por ano foi suspensa
por conta da pandemia,
mas as 800 horas de conteúdo foram mantidas, contando com a
possibilidade de ensino à distância.
Mas
há o reconhecimento de que nem todos os estados e escolas poderão
cumprir. Por isso, o conselho recomenda que não haja reprovação,
mas recuperação de conteúdo. Nem todos no Ministério da Educação
concordam com a proposta.
Carlos
Nadalim, por exemplo, secretário de Alfabetização do Ministério,
é defensor da reprovação dos alunos. Ele é da chamada "ala
olavista" que apoia o governo. Estas adaptações do currículo
estão sendo feitas em locais como Inglaterra e Nova York.
Conselho de EducaçãoAntes de nomear o novo ministro da Educação, o Bolsonaro indicou novos integrantes para o Conselho de Educação, indicados pelo ex-ministro Abraham Weintraub.
São
nomes mais ligados à ala ideológica - uma espécie de compensação
pela perda do comando do Ministério. Assim, a Câmara de Ensino
Básico, por exemplo, será em sua maioria renovada, agora com
maioria de integrantes ligada ao governo Bolsonaro.”
Fonte:
g1
O
MEC – Ministério
da Educação e Cultura, no governo Bolsonaro
é uma das
pastas que mais têm a influência
da ala ideológica do
governo,
que
segue Olavo de Carvalho, aquele que diz que a terra é plana. Abraham Weintraub foi o
principal representante dessa ala.
Bolsonaro
não sabe o que faz, contradizendo todo seu discurso de campanha de
que jamais faria o “toma lá da cá”, ou seja, conceder cargos e
benefícios a partidos e integrantes dos mesmos.
Agora,
ele
quer o apoio para não ser afastado por meio do impeachment do cargo
de presidente, da bancada evangélica (bancada com 90
integrantes,
87
deputados e 3 senadores)
fazendo mais uma vez o toma lá da cá!
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