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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

"Dilma: Bolsonaro age como fascista ao ser ‘cúmplice da tortura e da morte’"

EX-PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF (PT). FOTO: ROBERTO 
 STUCKERT FILHO/PR

Por Estadão Conteúdo

'Índole de torturador': a ex-presidente rebateu provocações de Bolsonaro em relação à perseguição na ditadura"


"A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) rebateu as provocações feitas por Jair Bolsonaro e classificou o presidente da República como “fascista”, “sociopata” e “cúmplice da tortura e da morte”.

Pela manhã desta segunda-feira, 28, o atual chefe do Executivo ironizou a tortura sofrida por Dilma no período em que foi presa, em 1970, durante a ditadura militar. A apoiadores, Bolsonaro cobrou que lhe mostrassem um raio X da adversária política para provar uma fratura na mandíbula.


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“A cada manifestação pública como esta, Bolsonaro se revela exatamente como é: um indivíduo que não sente qualquer empatia por seres humanos, a não ser aqueles que utiliza para seus propósitos. Bolsonaro não respeita a vida, é defensor da tortura e dos torturadores, é insensível diante da morte e da doença, como tem demonstrado em face dos quase 200 mil mortos causados pela Covid-19 que, aliás, se recusa a combater. A visão de mundo fascista está evidente na celebração da violência, na defesa da ditadura militar e da destruição dos que a ela se opuseram”, relatou Dilma em nota.


 “É triste, mas o ocupante do Palácio do Planalto se comporta como um fascista. E, no poder, tem agido exatamente como um fascista.”

 

Para Dilma, Bolsonaro mostra, “com a torpeza do deboche e as gargalhadas de escárnio, a índole própria de um torturador” e “ao desrespeitar quem foi torturado quando estava sob a custódia do Estado, escolhe ser cúmplice da tortura e da morte.”

No documento, a presidente avalia que o presidente insulta, além dela, outras milhares de vítimas da ditadura militar, torturadas e mortas, assim como aos seus parentes, “muitos dos quais sequer tiveram o direito de enterrar seus entes queridos”, escreve.


Um sociopata, que não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos, não merece a confiança do povo brasileiro”, conclui."


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Fonte: Carta Capital 

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