quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Debate na Globo: o último debate entre candidatos à Presidência no Rio de Janeiro. Debate previsto para começar às 22h30

Presidenciáveis e seus assessores chegaram aos Estúdios da Globo

Acompanhe ao vivo o debate entre os candidatos à Presidência


Saiba as regras do debate

  • Participam:

  • Ciro Gomes (PDT),


  • Jair Bolsonaro (PL), 


  • Lula (PT), 


  • Felipe D’Ávila (Novo), 


  • Simone Tebet (MDB), 


  • Soraya Thronicke (União Brasil) e 


  • Padre Kelmon (PTB).


A pesquisa Datafolha ouviu 6.800 pessoas entre os dias 27 e 29 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.











Miriam Leitão explica o que é fazer cobertura de eleições que já se sabia quem iria vencer, então valorize seu voto! 

Fonte: g1/ Eleições

Zema = Bolsonaro

Fonte: frei Gilvander Moreira

Como deve votar uma pessoa cristã?

Fonte: frei Gilvander Moreiera

"Tire dúvidas sobre as eleições "

Urna Eletrônica utilizada com sucesso desde 1996

Por MATHEUS TUPINA E PRISCILA CAMAZANO - Folha de S. Paulo

"Eleitores se encontrarão com as urnas eletrônicas no próximo domingo (2) para escolher seus candidatos a deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente, mas algumas dúvidas ainda podem surgir até o momento da votação.

Qual documento levar? Pode levar criança? É permitido ir à sessão eleitoral de chinelo? Para ajudar o eleitor, a reportagem esclarece dúvidas envolvendo o pleito deste ano.

DIA DAS ELEIÇÕES É FERIADO?

Não. O Código Eleitoral de 1965 estabeleceu que as eleições devem ser realizadas no primeiro domingo de outubro ou em um dia já considerado feriado. Desde então a regra é seguida.

O QUE ABRE E O QUE FECHA NO DIA DA ELEIÇÃO?

A decisão de abrir ou fechar fica a cargo dos estabelecimentos. Shoppings, supermercados e o comércio de rua estão liberados para decidir os horários de funcionamento.

Bares e restaurantes também têm permissão para funcionar, porém, em alguns estados do país, haverá restrição de vendas de bebidas alcoólicas.

A exceção é dos postos de gasolina, que, segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), devem funcionar das 6h às 20h no dia do pleito.

PODE BEBER NO DIA DA ELEIÇÃO, OU VALE A LEI SECA?

É importante, antes de tudo, lembrar que a proibição de beber e dirigir vigora independentemente do pleito. Dito isso, alguns estados aderirão à Lei Seca no dia da votação, proibindo a venda de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e adegas.

São eles: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Roraima, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e Tocantins. A decisão desses estados vale tanto para o primeiro quanto para o segundo turno, em 30 de outubro.

PODE VOTAR DE CHINELO, REGATA OU CAMISA DE TIME DE FUTEBOL?

É permitido votar de chinelo, de bermuda e com qualquer tipo de camiseta —seja regata ou de times. O eleitor também pode ir com camisetas de partido, adesivos e broches, por exemplo.

Porém, o eleitor não pode manifestar-se para além destas formas, sendo uma ação individual e silenciosa.

É PERMITIDO ENTRAR NA SALA DE VOTAÇÃO COM BANDEIRA DO PARTIDO?

Sim. Entretanto, é proibido promover aglomerações com pessoas a favor de um partido ou candidato, ou até mesmo de pessoas uniformizadas.

PODE LEVAR CRIANÇA PARA VOTAR?

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), não há nenhuma vedação para o acompanhamento de crianças na votação, mas cabe ao presidente da seção eleitoral ou aos mesários orientar o comportamento na cabine, evitando interferência ou prejuízo ao sigilo do voto.

QUAIS DOCUMENTOS POSSO LEVAR PARA VOTAR?

Qualquer um com foto que comprove sua identidade. Serão aceitos: e-Título, carteira de identidade, identidade social, passaporte ou outro documento de valor legal equivalente, certificado de reservista, carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação.

Importante lembrar que o eleitor que cadastrou dados biométricos também precisa apresentar documento com foto, e que o aplicativo de título virtual só pode ser baixado até sábado (1º).

COMO JUSTIFICAR AUSÊNCIA?

O eleitor que estiver ausente do seu domicílio eleitoral no dia e horário da eleição deverá justificar seu voto pelo aplicativo e-Título ou pelo site do TSE.

COMO DENUNCIAR ALGUMA IRREGULARIDADE ELEITORAL?

O TSE criou o Pardal, um aplicativo gratuito do tribunal, capaz de receber, na hora, denúncias de cidadãos de irregularidades, como compra de votos, propagandas irregulares e uso da máquina pública para obter votos. Ele pode ser baixado para dispositivos com iOS ou Android.

NÃO FUI VOTAR NO PRIMEIRO TURNO. POSSO VOTAR NO SEGUNDO TURNO?

Não só pode, mas deve. O eleitor que não votar no primeiro turno deve comparecer na rodada seguinte para votar, e justificar sua ausência em até 60 dias após a falta na primeira etapa da eleição.

PODE ENTRAR COM SANTINHO NO DIA DA ELEIÇÃO?

Sim, o eleitor pode levar santinhos ou colas para lembrar dos números em que votará, facilitando e agilizando o fluxo de votação.

FUI VOTAR E ESQUECI O NÚMERO DOS MEUS CANDIDATOS. O QUE FAÇO?

Uma lista com todos os candidatos e seus números estará disponível para consulta no momento da votação. Basta pedi-la ao presidente da mesa ou aos mesários que o acompanham.

Mas é bom lembrar que os mesários só podem ajudar quanto à maneira de votar, como a ordem dos cargos. Eles não podem, em hipótese nenhuma, ficar ao lado do eleitor, e dar orientações sobre as teclas numéricas que devem ser digitadas.

O QUE ACONTECE COM O VOTO DADO A UM CANDIDATO INELEGÍVEL?

Há a possibilidade de o candidato ter sua candidatura indeferida após o carregamento da mídia e a lacração da urna, portanto, o postulante constará na urna independentemente de ser considerado inapto a concorrer.

Se o eleitor votar em um candidato inapto, seu voto será anulado, tanto para cargos proporcionais —ou seja, para deputado estadual e federal— quanto para cargos majoritários, como senador, governador e presidente.

É o caso do Rio de Janeiro. Nas urnas do estado, constará Wilson Witzel (PMB), que teve sua candidatura indeferida após o carregamento das urnas. Por tanto, todos que escolherem o ex-governador terão seus votos invalidados.

COMO SABER SE O CANDIDATO ESTÁ INELEGÍVEL?

É possível encontrar as informações de elegibilidade de cada campanha no sistema de divulgação de candidaturas do TSE."

Fonte: Folha de S. Paulo                    

"Título de eleitor: aplicativo com documento online deve ser baixado até sábado, 1º de outubro antes das eleições"

 

Por g1

"A emissão da versão digital do documento do título de eleitor deve ser feita antes do dia 2 de outubro, quando ocorre o primeiro turno das Eleições 2022. O e-Título, aplicativo disponível gratuitamente, pode substituir o documento impresso com foto para quem cadastrou a biometria junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O eleitor que baixar ou até mesmo atualizar o aplicativo não pode deixar para a última hora, pois esses recursos vão ficar suspensos durante o pleito. Depois de fazer o download, é necessário validar o cadastro e liberar o uso do documento (veja detalhes abaixo).

GUIA DO ELEITOR: regras e orientações para a votação

O TSE orienta para realizar o quanto antes os procedimentos para evitar possíveis erros com o aumento da demanda que pode sobrecarregar o sistema.

Como usar o e-Título nas eleições 2022

A partir do dia 5 de setembro, os eleitores podem voltar a emitir ou atualizar o e-Título. Para um eventual segundo turno, marcado para 30 de outubro, a emissão do documento digital também ficará suspensa na data.

Como usar o e-Título?

O e-Título está pode ser baixado em celulares Android (neste link) e em iPhones (neste link).

Ao abrir o aplicativo pela primeira vez, clique em "Próximo" e, depois, em "Começar no e-Título". Em seguida, aceite os termos de uso do aplicativo. Para emitir o título de eleitor digital, siga este passo a passo:

  1. 1- Insira nome, data de nascimento, CPF ou número de inscrição presente no título impresso, além de nome da mãe e do pai, se constar no RG, e clique em "Entrar no e-Título";
  2.  
  3. 2- Na tela seguinte, responda a três questões para confirmar sua identidade – o aplicativo pede a alternativa correta em perguntas sobre informações como documento de identificação, cidade natal, estado, endereço, grau de instrução e número de telefone;


  1. 3- Crie uma senha – caso você já tenha usado o e-Título, insira a senha criada anteriormente (é possível criar uma nova ao clicar em "Esqueci minha senha");

4-O aplicativo pode mostrar uma tela para ativar o desbloqueio do aplicativo com o leitor de impressão digital do celular;

5- Os dados do seu título de eleitor estarão disponíveis na aba "e-Título".

O e-Título reúne informações como nome, número de inscrição do título de eleitor, data de nascimento, número de zona eleitoral e seção, município, nome dos pais. Há ainda um QR Code que serve para validar as informações.

Posso votar só com o e-Título?


O eleitor pode levar apenas o celular com o e-Título se estiver com a biometria em dia com a Justiça Eleitoral. Se a sua foto não estiver aparecendo no aplicativo, ele não poderá ser usado para liberar o acesso à urna.

Mesmo que não tenha foto, o aplicativo ajuda a encontrar o local de votação rapidamente, assim como a versão em papel.

Para o voto, o TSE exige a apresentação de um documento com foto, o que, além do e-Título, inclui carteira de identidade, identidade social, carteira de trabalho, carteira nacional de habilitação, passaporte ou equivalente, carteira de categoria profissional reconhecida por lei ou certificado de reservista.

O título de eleitor impresso não tem foto e, por isso, não serve para permitir a votação.

Importanteantes de irem à urna, os eleitores devem desligar os aparelhos e deixá-los em uma mesa receptora com o documento de identificação."

Fonte: g1                      

Reportagem local: Caminhada da Esperança, no último sábado, 24 de setembro

Na concentração
Por Ana Lúcia Dias - Editora e Jornalista responsável pelo jornal O Guardião da Montanha

No último sábado, 24 de setembro tivemos a Caminhada da Esperança, em Poços de Caldas, MG. A concentração foi às 16h na Rua Paraíba com Av. Assis Figueiredo, no centro da cidade. Um pouco mais cedo, já tinha gente com camiseta, bandeiras, adesivos e muita disposição para fazer a caminhada que partiu da Av. Assis até a Praça Pedro Sanches. 
 

Houve a sugestão de que se utilizassem as calçadas para a caminhada, mas isso se tornou impraticável devido ao grande número de pessoas que se juntaram á passeata e logo se viu  bandeiras o que a tornaria  inviável. Daí, como de acontece em qualquer manifestação pacífica, foram todos para a rua. Muito melhor, inclusive para fotografar.


Em princípio, a caminhada começou na calçada, mas foi para as ruas, devido ao grande fluxo de pessoas

Fonte: OGM - O Guardião da Montanha


Desde a concentração e caminhada até o coreto da Praça
Pedro Sanches, no centro de Poços de Caldas, MG

Fonte: OGM - O Guardião da Montanha

De repente, foi chegando mais e mais gente para compor essa caminhada, inclusive motoristas nos carros que passavam ao lado da passeata, por exemplo, na Av. Assis buzinavam apoiando e mais, pessoas nas janelas, com bandeiras, nos bares também fazendo o L de Lula. Todos felizes. Sem a cara séria dos bolsonaristas que até passaram ao lado da caminhada, mas fechavam os vidros de seus carros…

Fonte: OGM - O Guardião da Montanha

Fonte: OGM - O Guardião da Montanha











Mas vamos as imagens e vídeos para estimular a quem não pode ir nesta Caminhada da Esperança, que vá na próxima, que já está marcada para sábado 1º de outubro na mesma "bat hora e no mesmo bat local", às 16h na Rua Paraíba com Av. Assis Figueiredo, a concentração. Na Caminhada da Vitória, um dia antes da eleição oficial, que é no próximo domingo, dia 2 de outubro. Se você pensa um pouco, venha para que possamos ser felizes de novo! Sem a violência que impera no Brasil inteiro.

Término da "Caminhada da Esperança no Coreto da Praça Pedro
Sanches, no centro de Poços de Caldas, MG
Fonte: OGM - O Guardião da Montanha

A caminhada  terminou no coreto da Praça Pedro Sanches com o discurso do ex-vereador Paulo Tadeu, atual presidente do PT, em Poços de Caldas que chamou os representantes dos partidos, que foram à caminhada como PT, PSOL, REDE, PCdoB, partidos que também possuem candidatos nessas eleições e, que apoiam o Lula para presidente, para discursarem a respeito de suas propostas para o Brasil, Minas e Poços de Caldas, em especial.


Na Praça Pedro Sanches, atrás ao Coreto 


Sara Azevedo, PSOL candidata ao Senado, Cacá, PT candidata à Deputada Estadual e 
Diney Lenon, PT candidato a Deputado Federal.

No Coreto da Praça Pedro Sanches, onde terminou a
caminhada
 
Fonte: OGM - O Guardião da Montanha

Entrevista com a candidata ao Senado Federal Sara Azevedo 
do PSOL 

Fonte: OGM - O Guardião da Montanha


Entrevista: trabalhador da Nucleobras de Caldas que explica
como os governos do PT avançaram nesta área

Fonte: OGM - O Guardião da Montanha

Vira Voto! 

Fonte: Selma Mistura



 


terça-feira, 27 de setembro de 2022

Candidatos ao governo do RJ participam de debate na Globo

Debate reúne candidatos ao governo de SP

Candidatos ao governo de SP

 Globo transmite o último debate do primeiro turno entre os candidatos ao governo de São Paulo no dia 27/09

Fonte: g1/Eleições/ SP

Debate para governador em MG: acompanhe em tempo real

Candidatos se preparam para debate da TV Globo (Foto: Fred Botrel/TV Globo)
 

A Globo transmite o último debate do primeiro turno entre os candidatos ao governo de Minas Gerais nesta terça-feira (27).


Fonte: g1./Eleições/MG

Com a palavra, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

Fonte: frei Gilvander Moreira

"Ameaçada de perder Brasil, extrema direita festeja sobrevivência com Itália"

Giorgia  Meloni

Por Jamil Chade, colunista do UOL

"Depois de se manter em silêncio por semanas, o movimento de extrema direita respirou aliviado neste domingo e comemorou. Para os líderes ultraconservadores, a ameaça de perder a eleição no Brasil foi em parte compensado com a vitória de Giorgia Meloni na Itália.

Com a derrota do governo de Donald Trump, nos EUA, grupos de extrema direita focaram suas atenções no Brasil e em sua capacidade diplomática de influenciar na agenda internacional. Emails internos de membros da Casa Branca chegaram a recomendar aos integrantes do movimento ultraconservador que o ponto focal da agenda reacionária passaria a ser o governo de Jair Bolsonaro, na ausência de Trump."

Jamil Chade comenta

Fonte: UOL



Fonte: UOL   

O que é o centrão?


Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, em Brasília é um dos líderes do Centrão.

"No Congresso Nacional, parlamentares não atuam apenas individualmente. Para ter maior influência, eles se unem em grupos e blocos para “jogar” o jogo da política nacional. Um dos grupos mais famosos é o chamado Centrão.

Formado por congressistas de diversos partidos, ele tem poder para mudar o equilíbrio de forças nas duas Casas, especialmente na Câmara dos Deputados. Por isso, vamos entender, neste artigo, como o Centrão atua, por quem é formado e qual o tamanho de sua influência.

O Centrão, de 1988 a 2020

O termo “centrão” não é novo. Ele foi usado para designar os parlamentares que formavam maioria na Assembleia Constituinte que deu origem à atual Constituição, em 1988. Porém, a palavra passou a ser usada novamente para dar nome a algo totalmente diferente.

O Centrão atual passou a ter destaque a partir de 2014, quando, sob o comando de Eduardo Cunha (MDB-RJ), atuou para elegê-lo presidente da Câmara dos Deputados.

Ele é, basicamente, um grupo formado por 170 a 260 deputados (segundo as estimativas) de diferentes partidos, que se unem para conseguir maior influência no parlamento e defender, de modo conjunto, seus interesses.

Atualmente, ele é formado por parlamentares do PP (40 deputados), Republicanos (31), Solidariedade (14) e PTB (12). Este seria o “Centrão oficial”, mas, em certos momentos, são somados o PSD (36 deputados), MDB (34), DEM (28), PROS (10), PSC (9), Avante (7) e Patriota (6).

A maior parte dessas legendas não tem uma atuação ideológica clara (apesar de serem classificadas como de centro e centro-direita em muitas ocasiões) e estão dispostas a negociar apoio ao Executivo em troca de cargos na administração pública.

Por conta disso, o Centrão é associado por muitos à “velha política” e ao fisiologismo – ou seja, a atuação visando ganhos dos partidos e dos políticos, independentemente de ideologias e do interesse público.

Com essa “má fama”, não é de surpreender que muitos deputados apontados como parte do Centrão não aceitem essa classificação. Muitos se dizem apenas “independentes”, isto é, fora da oposição e da base do governo.

O que é o centrão?

Fonte:Politize

Centrão surgiu sob a coordenação de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara. Foto: Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados.

Apesar de ser um bloco informal (explicaremos essa característica mais à frente), o Centrão tem seus líderes e porta-vozes, e alguns deles são famosos. Vamos conhecer, resumidamente, a trajetória de alguns deles.

Arthur Lira (PP-AL)

Empresário, pecuarista e advogado, Lira está em seu terceiro mandato como deputado federal e já foi deputado estadual, além de vereador por Maceió. Passou por PFL, PSDB, PTB e PMN antes de chegar ao PP.

Lira é réu por supostas irregularidades envolvendo a Petrobrás, a Caixa Econômica Federal e o Ministério das Cidades. Responde também por processo no âmbito da Lava-Jato e foi acusado de participar de esquema de desvios na Assembleia Legislativa de Alagoas.

Marcos Pereira (Republicanos-SP)

Advogado, professor e bispo licenciado, Marcos Pereira foi Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços entre 2016 e 2018, no governo Temer. Atualmente, é o vice-presidente da Câmara dos Deputados.

Segundo depoimento da Odebrecht à Lava-Jato, Pereira negociou caixa-dois da empresa para o PRB, nome do Republicanos à época. Em outro caso, Joesley Batista o acusou de receber propina em troca de um empréstimo de 2,7 bilhões da Caixa para a JBS.

Paulinho da Força (Solidariedade-SP)

Líder licenciado da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva é figura conhecida da política nacional. Deputado federal desde 2007, ele passou por PTB e PDT antes de articular a criação do Solidariedade, em 2013, partido do qual é presidente.

Também está envolvido em diversas acusações de corrupção, entre elas o recebimento de propinas da Odebrecht, em investigação da Lava-Jato. Além disso, Paulinho é réu por praticar irregularidades no BNDES.

Wellington Roberto (PL-PB)

Com passagens por PMDB e PTB, ele foi senador pela Paraíba de 1998 a 2003 e desde então é deputado federal pelo mesmo estado. Foi denunciado em CPMI por envolvimento no Escândalo das Sanguessugas, de 2006, que consistia na compra de ambulâncias a preços superfaturados.

Valdemar da Costa Neto (PL)

Um dos líderes do PL, o político foi deputado federal por São Paulo em duas ocasiões: entre 1995 e 2001 e de 2007 a 2013. Em ambas, renunciou ao cargo para evitar ser cassado. Condenado por participação no mensalão, chegou a cumprir pena em regime semiaberto, mas foi beneficiado por indulto presidencial expedido em 2015.

Mesmo sem ocupar um cargo público, Valdemar da Costa Neto segue como um dos líderes do PL e importante articulador do Centrão.

Roberto Jefferson (PTB)

Uma das figuras mais conhecidas da política brasileira e um dos rostos mais famosos do Centrão, apesar de não ter cargo público desde 2005, ano em que encerrou sua atuação como deputado federal pelo Rio de Janeiro desde 1983. É o atual presidente do PTB.

Jefferson tem um longo currículo na política brasileira: participou da “tropa-de-choque” em defesa de Fernando Collor contra o impeachment, foi apontado como suspeito em CPI de 1994 e revelou o esquema do mensalão em 2005. Naquele mesmo ano, teve o mandato cassado por envolvimento no mesmo escândalo e anos mais tarde foi condenado pelo STF a sete anos de prisão.

O Centrão e Bolsonaro

O Centrão voltou aos holofotes nas últimas semanas por conta da aproximação com o governo de Jair Bolsonaro. Sem base formal no Congresso, o presidente passou a negociar com o grupo em troca de apoio para aprovação de medidas e para diminuir as chances de ser vítima de um processo de impeachment.

São três os cargos mais notórios cedidos pelo governo federal ao Centrão:

  • Diretoria de Ações Educacionais do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), com atuação nacional e orçamento de mais de R$ 50 bilhões, foi dada a Garigham Amarante Pinto, indicado pelo PL.
  • Diretoria-geral do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra Secas), um órgão de planejamento e execução de obras para enfrentamento da seca no Nordeste. Fernando Marcondes, do Avante, indicado para o cargo, foi uma indicação de Arthur Lira.
  • Secretaria de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, do Ministério do Desenvolvimento Regional. TIago Pontes Queiroz, agora ocupante do cargo, foi recomendado por Marcos Pereira.

Segundo o jornal El País, em reportagem de 22 de maio de 2020, o Centrão já tinha assumido, até aquele momento, a administração de R$ 73 bilhões, equivalente a 2% do orçamento da União. Dias depois, o Estado de S. Paulo noticiou que Bolsonaro colocará Alexandre Borges Cabral, indicado por Valdemar da Costa Neto, no comando do Banco do Nordeste.

Essa aliança vai de encontro ao que foi pregado por Bolsonaro e aliados durante a campanha presidencial de 2018, e mesmo depois da eleição. O Centrão era definido como parte da velha política, e negociar com ela seria ceder ao “toma-lá-dá-cá”, criticado pelo presidente em diversas ocasiões.

Em julho de 2018, durante encontro do PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu, o general Augusto Heleno, cantou “se gritar pega Centrão, não fica um”, em referência a uma música de samba cuja letra diz “se gritar pega ladrão, não fica um”. Hoje, Augusto Heleno é ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

Apesar dessa posição do general, o núcleo militar do governo também tem atuado em maior proximidade com os parlamentares antes criticados. Essa união improvável foi apelidada de “Centrão verde-oliva”, em referência às cores do uniforme do Exército brasileiro.


Veja também nosso vídeo “União Brasil e PP: centrão ou direita?”

Fonte: Politize

O Centrão existe?

Mesmo sendo tão abordado na imprensa e tendo seus líderes famosos, o Centrão é um bloco informal no Congresso brasileiro. Isso significa que ele não é oficial e registrado da mesma forma que grupos como a Maioria, a Minoria, a oposição e o governo.

Por conta disso e das negações de certos parlamentares a respeito de sua participação no grupo, o Centrão não tem um número definido de integrantes. As estimativas variam de 170 a 220 deputados.

Existe outra questão importante a respeito da atuação do bloco, levantada pela cientista política Graziela Guiotti Testa no blog Legis-Ativo, do Estadão. Segundo ela, diante de tantos partidos com cadeiras na Câmara, se torna mais fácil classificar uma enorme quantidade de deputados como parte de um único grupo.

O problema é que essa classificação dificulta a “accountability”, ou seja, o acompanhamento das ações e a responsabilização dos parlamentares por parte dos eleitores.

Caso não aprove as atitudes de um determinado político, o eleitor pode punir a ele e a seu partido na próxima eleição simplesmente não dando seu voto. Mas como fazer isso perante um grupo tão variado e, apesar das lideranças famosas, com tantos membros pouco conhecidos pela opinião pública? Ao colocar todos no mesmo barco, corre-se o risco de não se identificar ninguém e ter menos ferramentas para julgar cada deputado.

O outro lado: uma defesa do Centrão

Por mais que seja comum falar do Centrão de forma depreciativa, há quem defenda sua importância no jogo político brasileiro. Recentemente, um de seus líderes, o já citado Arthur Lira (PP-AL), fez isso em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o deputado, o grupo é, na verdade, “uma grande maioria de parlamentares, de diversos partidos, que convergem em ideias centrais. Nós somos um grande centro agregador de convergências políticas“.

Esse seria o papel do Centrão: garantir a governabilidade do Executivo federal e o equilíbrio de forças no Congresso. Teria sido graças a ele que diversos presidentes, de Fernando Henrique Cardoso a Jair Bolsonaro, conseguiram promover reformas impopulares.

Dessa forma, o Centrão seria, inclusive, “o grande estabilizador da democracia, nas palavras de Lira. “Esse grande grupo disperso de parlamentares de centro, unidos pela singularidade de conviverem bem com todos os opostos, são uma força moderadora”.

Por isso, a aproximação de Bolsonaro com o bloco seria um “movimento institucional de ampla envergadura na direção da democracia“, com a inclusão de diversos partidos e parlamentares na execução do plano de governo da presidência.

Mas não é apenas Arthur Lira que se opõe às críticas ao Centrão. O cientista político Alberto Carlos de Almeida, por exemplo, condena o que classifica como a “antipolítica” contida nessas críticas, ou seja, a rejeição à negociação e à composição de apoios que faz parte da política e da democracia.

Do outro lado, de acordo com Almeida, deputados precisam levar recursos aos eleitores que representam. Esses recursos seriam obtidos em troca de apoio ao Executivo, sem ferir a lei. Seria necessário, então, separar as negociações ilegítimas daquelas necessárias à governabilidade.

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REFERÊNCIAS

El País: centrão já administra 73 bilhões de reais no Governo Bolsonaro

G1: Entenda o que é o Centrão, bloco na Câmara do qual Bolsonaro tenta se aproximar

Money Report: quem são os líderes e integrantes do Centrão

Nexo: 3 áreas do governo Bolsonaro que agora estão com o centrão

Nexo: a negociação de Bolsonaro com o centrão do Congresso

UOL: se aderir de vez a Bolsonaro, centrão tem força para segurar impeachment


Fonte: Politize

Para enfraquecer o centrão:

Fonte: frei Gilvander Moreira