domingo, 4 de setembro de 2022

Notícias locais: OGM entrevista Marília Pereira que confirma que o golpe militar partiu de Minas Gerais

Marília Pereira em seu apto, em Poços de Caldas

Por Ana Lúcia Dias

No dia 11 de agosto tivemos o prazer e a honra de entrevistar Marília Pereira, uma mulher de 83 anos que foi candidata a vereadora pelo PT (Partido dos Trabalhadores) nas eleições passadas, em 2020. Uma mulher que vai nos contar o passado histórico, ela participou da luta por um Brasil democrático.

Ela é mineira de Juiz de Fora e ela viu todo o movimento da 4ª Região militar sediada em Juiz de Fora, para o golpe militar de 1964. Até participou da passeata de mulheres pelo golpe de Estado. Só depois foi ver do que se tratava. E há mais de 20 anos mora em Poços de Caldas, MG.


Ela é uma mulher que não fica parada lê muito, pesquisa no seu notebook e/ou celular. Agora está um pouco afastada da política local. Saímos juntas depois da entrevista para a manifestação e passeata, em 11 de agosto “Pela Democracia” cuja o ponto de encontro foi no Terminal Central de Ônibus no centro de Poços de Caldas.


Reportagem local: "Pela Democracia!", em 11 de agosto, em Poços de Caldas, MG


Foto da Marília no terminal

Marília é essa mulher da jaqueta azul, na manifestação "Pela Democracia", em Poços de Caldas, MG

Entrevistas com Marília Pereira são em três vídeos:
Fonte: O Guardião da Montanha - OGM (1)

Fonte: O Guardião da Montanha - OGM (2)

Fonte: O Guardião da Montanha - OGM

Com a renúncia de Jânio Quadros em 25 de

agosto de 1961, como o Vice-Presidente

João Goulart estava em visita à China, o

Presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli,

assume o governo interinamente.

"No dia seguinte, o impasse é

solucionado com a aprovação pelo

Congresso Nacional de emenda

constitucional instituindo

o regime parlamentarista e,

consequentemente, reduzindo

os poderes presidenciais. João

Goulart toma posse na Presidência

em 7 de setembro de 1961 e, para o

cargo de Primeiro-Ministro,

indica o Deputado Tancredo Neves,

do PSD." Pela primeira vez

o país tem instituído o regime

parlamentarista.


Mas a experiência parlamentarista duraria

um pouco mais de 14 meses, quando o

mineiro Tancredo Neves renuncia, em

26 de junho de 1962.

Foram indicados mais três primeiros

ministros, mas sem sucesso. Até que

em um novo plebiscito o povo vota

para a volta do presidencialismo,

em 23 de janeiro de 1963. 


"O Presidente João Goulart encaminha

propostas de reformas agrária

e urbana, que o Congresso Nacional

rejeita, provocando forte reação

por parte dos grupos de esquerda.

Em setembro, são os sargentos,

suboficiais e cabos das Forças Armadas

que se rebelam, reivindicando o

direito de exercer mandato parlamentar

nas três esferas de governo,

o que contrariava a Constituição de 1946.

No campo, invasões promovidas

pelas Ligas Camponesas intensificam os

conflitos pela posse da terra."

(Fonte: Poder Legislativo, Câmara dos

Deputados, em Brasília).


Olha só como as mulheres tem poder


Em 19 de março de 1964 houve a "Marcha

da Família com Deus pela Liberdade", em

São Paulo, organizada pela Senhoras de

Santana, um bairro da capital paulista. O

que determinou como certo o golpe militar.

 

Resultado: em 31 de março, O general

Olímpio Mourão Filho ordenou que as

tropas da 4ª Região Militar, sediada

em Juiz de Fora, MG, marchassem

rumo ao Rio de Janeiro para

concretizar o golpe de Estado o

qual se consolidou uma ditadura que

durou oficialmente 21 anos. O Golpe

militar se deu de fato em 1º de abril

de 1964. Mas como 1º de abril é

conhecido como "Dia da Mentira",

os militares resolveram que era

melhor colocar o golpe no dia 31 de

março.


Depois vieram os Atos Institucionais: AI-1,

AI-2, AI-3, AI-4, Mas o que detonou a todos

os brasileiros(as) foi o Ato Institucional nº 5,

mais conhecido como AI-5, que fechou o

Congresso e cassou mandatos e torturou

até matar e instituiu a Censura. Ele ficou

conhecido por Golpe dentro do Golpe,

nos Anos de Chumbo da Ditadura

Militar no Brasil. Foi de fato a morte

de um sonho para qualquer

democracia no país. O AI-5 durou de

13 de dezembro de 1968 quando foi

implantado pelo General Costa e Silva,

que veio a morrer, mas colocado na

prática com todo o rigor pelo

general Garrastazu Médici. O AI-5 durou

até 13 de outubro de 1978, quando o

general Geisel cancelou todos os atos

institucionais. Foram 17 Atos Institucionais.


A constituição vigente de 1988 que consolidou

a democracia

Fonte: globoplay


Agora que temos de novo a democracia

ameaçada por um bando de malucos, que

não conhecem a história do Brasil ou por

falta de interesse ou porque não estudaram

mesmo, temos de fazer valer a

democracia, não colocando em dúvida a

urna eletrônica, já periciada por todos os

órgãos a quem competia e a outros que

não competia tal análise. Mas tudo bem

o TSE - Tribunal Superior Eleitoral -

não tem nada a esconder. Pode confiar!


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