Ela é mineira de Juiz de Fora e ela viu todo o movimento da 4ª Região militar sediada em Juiz de Fora, para o golpe militar de 1964. Até participou da passeata de mulheres pelo golpe de Estado. Só depois foi ver do que se tratava. E há mais de 20 anos mora em Poços de Caldas, MG.
Ela é uma mulher que não fica parada lê muito, pesquisa no seu notebook e/ou celular. Agora está um pouco afastada da política local. Saímos juntas depois da entrevista para a manifestação e passeata, em 11 de agosto “Pela Democracia” cuja o ponto de encontro foi no Terminal Central de Ônibus no centro de Poços de Caldas.
Reportagem local: "Pela Democracia!", em 11 de agosto, em Poços de Caldas, MG
Foto da Marília no terminal
Marília é essa mulher da jaqueta azul, na manifestação "Pela Democracia", em Poços de Caldas, MG Entrevistas com Marília Pereira são em três vídeos: Fonte: O Guardião da Montanha - OGM (1) Fonte: O Guardião da Montanha - OGM (2) Fonte: O Guardião da Montanha - OGM Com a renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961, como o Vice-Presidente João Goulart estava em visita à China, o Presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, assume o governo interinamente. "No dia seguinte, o impasse é solucionado com a aprovação pelo Congresso Nacional de emenda constitucional instituindo o regime parlamentarista e, consequentemente, reduzindo os poderes presidenciais. João Goulart toma posse na Presidência em 7 de setembro de 1961 e, para o cargo de Primeiro-Ministro, indica o Deputado Tancredo Neves, do PSD." Pela primeira vez o país tem instituído o regime parlamentarista. Mas a experiência parlamentarista duraria um pouco mais de 14 meses, quando o mineiro Tancredo Neves renuncia, em 26 de junho de 1962. Foram indicados mais três primeiros ministros, mas sem sucesso. Até que em um novo plebiscito o povo vota para a volta do presidencialismo, em 23 de janeiro de 1963. "O Presidente João Goulart encaminha propostas de reformas agrária e urbana, que o Congresso Nacional rejeita, provocando forte reação por parte dos grupos de esquerda. Em setembro, são os sargentos, suboficiais e cabos das Forças Armadas que se rebelam, reivindicando o direito de exercer mandato parlamentar nas três esferas de governo, o que contrariava a Constituição de 1946. No campo, invasões promovidas pelas Ligas Camponesas intensificam os conflitos pela posse da terra." (Fonte: Poder Legislativo, Câmara dos Deputados, em Brasília). Olha só como as mulheres tem poder! Em 19 de março de 1964 houve a "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", em São Paulo, organizada pela Senhoras de Santana, um bairro da capital paulista. O que determinou como certo o golpe militar.
Resultado: em 31 de março, O general Olímpio Mourão Filho ordenou que as tropas da 4ª Região Militar, sediada em Juiz de Fora, MG, marchassem rumo ao Rio de Janeiro para concretizar o golpe de Estado o qual se consolidou uma ditadura que durou oficialmente 21 anos. O Golpe militar se deu de fato em 1º de abril de 1964. Mas como 1º de abril é conhecido como "Dia da Mentira", os militares resolveram que era melhor colocar o golpe no dia 31 de março. Depois vieram os Atos Institucionais: AI-1, AI-2, AI-3, AI-4, Mas o que detonou a todos os brasileiros(as) foi o Ato Institucional nº 5, mais conhecido como AI-5, que fechou o Congresso e cassou mandatos e torturou até matar e instituiu a Censura. Ele ficou conhecido por Golpe dentro do Golpe, nos Anos de Chumbo da Ditadura Militar no Brasil. Foi de fato a morte de um sonho para qualquer democracia no país. O AI-5 durou de 13 de dezembro de 1968 quando foi implantado pelo General Costa e Silva, que veio a morrer, mas colocado na prática com todo o rigor pelo general Garrastazu Médici. O AI-5 durou até 13 de outubro de 1978, quando o general Geisel cancelou todos os atos institucionais. Foram 17 Atos Institucionais. A constituição vigente de 1988 que consolidou Fonte: globoplay Agora que temos de novo a democracia ameaçada por um bando de malucos, que não conhecem a história do Brasil ou por falta de interesse ou porque não estudaram mesmo, temos de fazer valer a democracia, não colocando em dúvida a urna eletrônica, já periciada por todos os órgãos a quem competia e a outros que não competia tal análise. Mas tudo bem o TSE - Tribunal Superior Eleitoral - não tem nada a esconder. Pode confiar! |
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