sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cérebro não consegue raciocinar e lembrar ao mesmo tempo



                                                                          

Cérebro não consegue raciocinar e lembrar ao mesmo tempo
Redação Diário da saúde


Fazer contas ou lembrar
Se você estiver resolvendo um problema de matemática e alguém lhe perguntar o que você comeu ontem, das duas uma:
Ou você pára com a sua tarefa e vai tentar se lembrar do seu jantar, ou diz para o outro não lhe incomodar que você está ocupado agora.
Josef Parvizi, da Universidade de Stanford, ficou incomodado com essa incapacidade de trabalhar simultaneamente com raciocínio e reflexão, e quis descobrir as razões dessa incompatibilidade entre os dois tipos de tarefa.
Memória desligada
A resposta é que o cérebro humano possui uma área, o córtex medial posterior, que fica extremamente ativa quando você usa a memória, mas é quase totalmente desativada quando você tentar fazer um raciocínio lógico.
Isto explica porque é tão difícil misturar a solução de um problema de matemática com a lembrança de qualquer evento, seja ele agradável ou não - a área do cérebro exigida para uma precisa ficar inativa para que a outra funcione bem.
A razão da necessidade da desativação do córtex medial posterior para que os raciocínios lógicos tenham êxito não está clara, mas os cientistas levantam a hipótese de que isso pode ser necessário para que o cérebro possa concentrar-se na tarefa complicada, evitando ser importunado por lembranças fora de hora.
Córtex medial posterior
O córtex medial posterior, situado onde os dois hemisférios do cérebro se encontram, é de grande interesse dos neurocientistas porque ele está envolvido com o pensamento introspectivo.
O Dr. Parvizi, juntamente com seus colegas Brett Foster e Mohammed Dastjerdi agora desenvolveram uma técnica para medir diretamente a "saída" desse ponto anatomicamente inacessível do cérebro.
A nova técnica é mais precisa e alcança maior resolução do que a ressonância magnética funcional (fMRI), que mede o fluxo sanguíneo nas diversas regiões do cérebro, que não consegue detectar as flutuações de alta frequência do cérebro.
A diferença entre a lembrança de fatos passados e o raciocínio é apenas a primeira amostra de estudo que a nova técnica permitirá.

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