Cérebro não consegue raciocinar e lembrar ao mesmo
tempo
Redação Diário da saúde
Fazer contas ou lembrar
Se
você estiver resolvendo um problema de matemática e alguém lhe perguntar o que
você comeu ontem, das duas uma:
Ou
você pára com a sua tarefa e vai tentar se lembrar do seu jantar, ou diz para o
outro não lhe incomodar que você está ocupado agora.
Josef
Parvizi, da Universidade de Stanford, ficou incomodado com essa incapacidade de
trabalhar simultaneamente com raciocínio e reflexão, e quis descobrir as razões
dessa incompatibilidade entre os dois tipos de tarefa.
Memória desligada
A
resposta é que o cérebro humano possui uma área, o córtex medial posterior, que
fica extremamente ativa quando você usa a memória, mas é quase totalmente
desativada quando você tentar fazer um raciocínio lógico.
Isto
explica porque é tão difícil misturar a solução de um problema de matemática
com a lembrança de qualquer evento, seja ele agradável ou não - a área do
cérebro exigida para uma precisa ficar inativa para que a outra funcione bem.
A
razão da necessidade da desativação do córtex medial posterior para que os
raciocínios lógicos tenham êxito não está clara, mas os cientistas levantam a
hipótese de que isso pode ser necessário para que o cérebro possa concentrar-se
na tarefa complicada, evitando ser importunado por lembranças fora de hora.
Córtex medial posterior
O
córtex medial posterior, situado onde os dois hemisférios do cérebro se
encontram, é de grande interesse dos neurocientistas porque ele está envolvido
com o pensamento introspectivo.
O
Dr. Parvizi, juntamente com seus colegas Brett Foster e Mohammed Dastjerdi
agora desenvolveram uma técnica para medir diretamente a "saída"
desse ponto anatomicamente inacessível do cérebro.
A
nova técnica é mais precisa e alcança maior resolução do que a ressonância
magnética funcional (fMRI), que mede o fluxo sanguíneo nas diversas regiões do
cérebro, que não consegue detectar as flutuações de alta frequência do cérebro.
A
diferença entre a lembrança de fatos passados e o raciocínio é apenas a
primeira amostra de estudo que a nova técnica permitirá.
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