terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Últimas notícias não divulgadas sobre a liberação da Fosfoetanolamina

Enviamos para o senador, Ivo Cassol um e-mail para saber o papel do senado na liberação da Fosfoetanolamina sintética, especialmente para os pacientes que estão tomando a “substância”. E no dia seguinte, a assessoria dele nos respondeu. Agradecemos o interesse e os esclarecimentos prestados pelo senador, Ivo Cassol.


Abaixo segue o e-mail enviado e a resposta do senador Ivo Cassol


Senador, Ivo Cassol


Parabéns por sua atuação neste caso, da Fosfoetanolamina sintética.

Sr. senador assisti a audiência pública sobre a fosfoetanolamina sintética, no dia 29 de outubro de 2015. E depois disso a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), liberou e aprovou um outro "medicamento" que se chama "Caelyx", que possui a fosfoetanolamina em sua fórmula.

Ela é injetável, quer dizer, não é uma cápsula, como a fosfoetanolamina sintética. E vai custar entre 2 mil e 4 mil reais e não 0,10 centavos de real como a fosfoetanolamina sintética.


Gostaria de saber qual é o papel do senado federal nesta questão da Fosfoetanolamina sintética ? Não era de promover a liberação de imediato para os portadores de câncer, que já estão fazendo uso desta "substância" ?

E qual foi a função da audiência pública proposta pelo sr. ?

Me desculpe, mas o que adiantou essa Audiência Pública ?

O que o Senado Federal está fazendo para que a fosfoetanolamina sintética seja liberada aos portadores de câncer ?

E a verba liberada pelo governo federal ao Ministério de Ciência e Tecnologia para as pesquisas ?

Hoje, 21 de janeiro de 2016, às 2 h 08 está sendo reprisada a audiência pública sobre a fosfoetanolamina sintética pela tv senado.

Estou revendo seu entusiasmo nesta Descoberta do Brasil que vai ajudar a muitos brasileiros e ao mundo.

Todos os pesquisadores agradeceram ao Senado e, pediram para que os políticos do Brasil apressem a liberação da fosfoetanolamina sintética, que foi descoberta por um dos laboratórios de uma das conceituadas Universidades do mundo, o laboratório da USP - São Carlos - SP. que é no Brasil.

Gostaria de saber o que o Senado pode fazer para apressar a liberação da fosfoetanolamina sintética ?

Já que Anvisa liberou um outro medicamento, o Caelyx que contém em sua fórmula, a fosfoetanolamina.


Agradeço a atenção,
Ana Lúcia Dias
Jornalista - MTB. 24989-SP
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Resposta do Senador, Ivo Cassol

Srª Ana Lúcia Dias

Gostaria de agradecer-lhe o envio de sua mensagem, pela qual a senhora questiona o papel do Senado na liberação da Fosfoetalonamina.

Eu, pessoalmente e como Senador, resolvi me debruçar sobre o assunto em questão na esperança de que tal substância possa trazer alívio para as pessoas que sofrem com esta terrível doença, que é o câncer. Contudo, infelizmente, devido à falta de sua regulamentação, o acesso à Fosfoetanolamina ainda só é possível mediante determinação do Poder Judiciário, não tendo este Senado Federal poder para determinar a entrega da substância. 

A audiência pública que realizamos no dia 29 de outubro de 2015 visou a debater a descoberta e o desenvolvimento de pesquisa da droga Fosfoetanolamina, com a presença de autoridades governamentais da área de saúde pública, do corpo de pesquisadores dessa substância e de membros da comunidade médica do País.

Tenho feito pronunciamentos na tribuna do plenário desta Casa pedindo ajuda do Governo para que se ocupem os laboratórios e comecem a fabricação em 17 Estados, ou, pelo menos, que liberem para as pessoas que já estão em fase avançada de câncer, pois a USP não está dando conta de tantas liminares. Este é  papel do Senado: sensibilizar o Governo Federal e os governos estaduais a fim de que se iniciem os testes o mais rapidamente possível.

Como a senhora bem mencionou na sua mensagem, no dia 12 de novembro de 2015 o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação liberou R$10 milhões para as pesquisas da Fosfoetanolamina. Dias depois, os Governos do Rio Grande do Sul e de São Paulo aceitaram fazer parcerias com a USP para os testes e a produção das cápsulas.

Em 16 de dezembro do mesmo ano, foi divulgado que o Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) vai coordenar uma pesquisa para testar a Fosfoetanolamina no tratamento de pacientes com câncer. A previsão é que, no prazo de seis meses, os pesquisadores tenham uma ideia da eficácia da droga.

Ainda não há data para o início dos estudos porque será necessário um consenso da Secretaria Estadual da Saúde, do Ministério da Saúde e dos pesquisadores da USP de São Carlos, que vão repassar detalhes da fórmula da substância.

A escolha dos pacientes que vão participar dos testes vai depender de critérios técnicos, definidos pelo instituto. A ideia da Secretaria é não escolher pacientes muito debilitados, com o sistema de defesa comprometido, que podem não responder bem ao tratamento, pois isso poderia dar uma falsa ideia de que a substância não funciona. 
  
Inicialmente, dez pacientes, com diferentes tipos de câncer, serão testados. Se não houver efeitos colaterais graves, serão formados dez grupos, um para cada tipo de câncer, com vinte e um pacientes em cada grupo. Se, desses vinte e um pacientes, pelo menos dois responderem bem ao tratamento, o estudo será ampliado até chegar ao máximo de mil pacientes.

Todos os pacientes serão monitorados continuamente por uma equipe multiprofissional com experiência em testes clínicos, no Icesp. A produção da substância ficará sob a responsabilidade da Fundação para o Remédio Popular (Furp).

Em meados de janeiro deste ano, três laboratórios brasileiros foram autorizados pelo Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação a fazerem testes com a Fosfo: Florianópolis, Fortaleza e Rio de Janeiro.

Em Florianópolis, no CIENP, o coordenador é o Dr. João Batista Calixto. A previsão é que se chegue ao resultado final em dois anos e, pelo menos, a 80% do resultado até julho de 2016.
O objetivo é assegurar que o estudo seja feito com o mesmo material da substância usada desde o início da experiência, ou seja, a molécula da Fosfo.

Se os resultados dessa primeira parte dos testes forem positivos, a Anvisa vai autorizar o uso compassivo da substância, em que alguns pacientes podem ter acesso ao medicamento, mesmo sem registro.

Tenha a certeza de que continuarei lutando em prol da regulamentação da Fosfoetanolamina. Acredito que se trata de um sopro de vida que nós podemos dar para quem pede a Deus todos os dias.
Atenciosamente,
Senador Ivo Cassol

Fonte: Senado Federal em resposta ao e-mail encaminhado pelo jornal on-line, O Guardião da Montanha.

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