terça-feira, 2 de julho de 2019

Nilmário Miranda lança em Poços de Caldas, “Histórias Que Vivi na História”

Da esq. p dir. Paulo Sérgio, Paulo Tadeu, Nilmário Miranda, Gilmar e Eloisio,
Por Ana Lúcia Dias

Foi no último sábado, 29 às 9h30 no Espaço “Fungotac”, onde os convidados foram recebidos com um cafezinho à la Mineira, com bolos, pão de queijo e outras delícias.

Quem é Nilmário Miranda
Ex-Ministro de Direitos Humanos no governo Lula, Jornalista com mestrado em Ciências Políticas e quase economista. Nilmário Miranda que nasceu em Belo Horizonte em 11 de agosto de 1947, filho de Oldack Miranda e da Nelly Dapieve de Miranda. Ele foi criado em Teófilo Otoni, desde bebê e estudou em escolas públicas. 

Ele fazia na UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, onde cursava Ciências Econômicas, quando em 1968, foi preso e processado e “convidado” a se retirar da universidade. Participou da Resistência à ditadura Militar (1964-1985, oficialmente) Até que foi preso novamente em 1 de maio, Dia do Trabalho, em São Paulo no ano de 1972. Mas agora pelo DOPS – Departamento de Ordem Política e Social e passou também DOI-CODI - Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna, dois órgãos de repressão e tortura, principalmente o DOI-CODI da rua Tutoia, em São Paulo. Ele, como muitos outros e outras resistiram ao pau de arara que sempre vinha acompanhado de choques elétricos, cadeira do dragão entre muitas outras torturas. Métodos estes utilizados pela ditadura militar e aprendidos nos EUA. Ele  ainda foi enviado aos presídios: Tiradentes, Carandiru e Hipódromo todos na capital paulista. Ele sobreviveu a tudo isso! 

Em Junho de 1974 voltou a Minas Gerais, mas como preso político, desta vez, para o presídio de Linhares em Juiz de Fora. 

Tropas do exercito de Juiz de Fora, MG
comandados pelo General Olímpio Mourão Filho
rumo à Guanabara, atual Rio de Janeiro para dar
início ao Golpe Militar



Vale lembrar que foi deste município, que partiram em 31 de março,
tropas do exército para desencadear o golpe militar, em 1 de abril de 1964. Comandados pelo General Olímpio Mourão Filho em direção à Guanabara, atual Rio de Janeiro.

Após três anos e um mês como prisioneiro político, voltou a UFMG graduando-se em Jornalismo e fez o mestrado em Ciência Política. Como jornalista, de 1976 a 1983 trabalhou no Jornal dos Bairros; no Sindicato dos bancários em 1979; no Sindicato dos Metalúrgicos de Betim de 1981 a 1982. Filiou-se ao PT em 1980; foi deputado estadual (1986-1990); deputado federal por três mandatos (1990-1994; 1994-1998; 1998-2002).

Nilmário, na retomada dos Direitos Humanos. 
Foi autor do projeto que criou a Comissão dos Direitos Humanos, que presidiu em 1995 e 1999.

Perseu Abramo

Foi ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos de 2003 a 2005... Presidiu Fundação Perseu Abramo, que também era jornalista, sociologo e professor.


Escreveu junto com Carlos Tibúrcio o livro: “Dos Filhos deste Solo” – A Responsabilidade Objetiva do Estado sobre os Mortos e Desaparecidos Políticos, Pela Editora Boitempo/ Fundação Perseu Abramo.


Em 2003, pela Segrac publicou “Memória Essencial – a trajetória Vitoriosa do PT em Minas”.

Em 2006, pela Autêntica, “Por que Direitos Humanos”,
Participou de produções coletivas como “Tiradentes, um Presídio da Ditadura”, organizado pelo jornalista Alípio Freire e outros; “Quem Está Escrevendo o Futuro”, organizado pela comunidade Baha'i.          

Escreveu ainda em 2007, "Teófilo Ottoni, A República e a Utopia do Mucuri" – Caros Amigos Editora. 



Nilmario MIranda recebendo da ex-presidente
Dilma Roussef, o prêmio de Direitos Humanos
Recebeu da Presidente Dilma Roussef, em dezembro de 2013, o Prêmio Direitos Humanos, a mais alta condecoração à pessoas que se destacam na defesa, na promoção e no enfrentamento às violações dos Direitos Humanos em nosso país.







Ele deu a todos os presentes no lançamento de seu quinto livro, "Histórias Que Vivi na História", uma aula de história conhecida e vivida por ele. É um livro de memórias da historia de um homem que lutou e ainda luta pela democracia e pelos Direitos Humanos no país, que agora está sendo dilacerado por um governo fascista. Mas Nilmário tem a esperança como todos nós, de que isso Vai Passar e a Luta Continua.

A realização do livro: “Histórias Que Vivi na História”, de Nilmario Miranda, editado e impresso: Geração Editorial, teve a participação de muita gente, como: Luiz Fernando Emediato, Fernanda Emediato, Adriana Cavalho, Fred Paulino, Alan Maia, Cia. De Desenho, Nanete Neves e Hugo Almeida.

Vereador de Poços de Caldas, Paulo Tadeu (PT)
Vereador de Poços de Caldas, Paulo Tadeu (PT),
explicou a trajetória do companheiro de partido, de luta e, acima de tudo e por tudo isso, amigo.
Nilmário Miranda, muito gentil e amável nos concedeu uma entrevista, que se encontra no final do vídeo acima.


Ministra da Política das Mulheres no Gov. Dilma 
Roussef, Elenora Menecucci com Nilmário Miranda.



Convidados:


O mais interessante é que os  convidados, ouvindo Nilmário Miranda contando a história do país, levantavam-se de seus lugares e iam comprar o livro.   

 




Ao término do lançamento de seu livro "Histórias Que Vivi na História",
formou uma fila para receber os autografos deste ilustre mineiro, Nilmário Miranda. 

Eclipse total do Sol ao vivo


Fonte: O Globo

Eclipse do Sol. Evento único em 2019

O Observatório Europeu do Sul transmite nesta terça-feira, através do Youtube, o eclipse total solar que pode ser observado em regiões do Chile Argentina . Localizado aos pés do deserto do Atacama, o Observatório La Silla foi inaugurado em 1960 e é administrado pela organização europeia. O lugar abriu suas portas para mil convidados assistirem ao fenômeno, considerado o evento astronômico do ano.

No Chile , autoridades locais esperavam que o dia do eclipse atraísse entre 150 e 180 mil forasteiros à área, localizada a cerca de 500 km da capital Santiago. O presidente Sebastián Piñera visitou o observatório antes de se dirigir ao povoado de La Hilguera, próximo de La Silla, que será o ponto central para assistir ao eclipse.”

“— Hoje é um dia muito importante que nós esperamos por muito tempo. O Chile é a capital do mundo em matéria de astronomia. Somos os olhos e os sentidos da humanidade para observar e estudar o Universo.
Normalmente, a região tem 27 mil habitantes. Todas as vagas nos hotéis de Vicuña, La Serena e Coquimbo estão reservadas há meses. O governo calcula que cerca de 100 mil carros se dirijam à região e o movimento nos aeroportos próximos já pode ser sentido.
Pesquisador do Observatório Nacional, Eugênio Reis explica que a localidade reúne características especiais para a observação de fenômenos astronômicos e hoje responde por cerca de 60% de toda a atividade mundial nesta área.
— Estar em um planalto bem acima do nível do mar, onde a pressão atmosférica é menor, favorece muito a observação. Além disso, o Deserto do Atacama faz com que haja menos umidade, o que também é positivo. É claro que o governo chileno deu todos os incentivos para que os observatórios se instalassem ali, mas a localização em um planalto desértico é muito boa”
Fonte: O Globo

Eclipse total do Sol – o único do ano de 2019





Nesta terça-feira (2/7), países da América do Sul poderão observar um eclipse solar total. A visão do fenômeno só será completa para pessoas que estão no Chile e na Argentina. Porém, os brasilienses também terão uma visão parcial do evento astronômico, que será observado dessa forma no Uruguai, Paraguai, Equador e Brasil.

O professor de física do Instituto Federal de Brasília (IFB) Hara Dessano explica que o fenômeno ocorre quando a lua e o sol se alinham e um se sobrepõe ao outro. Graças à localização geográfica, chileno e argentinos poderão ver esse alinhamento resultar no encobrimento total do Sol pela Lua. O dia se transformará em noite por cerca de dois minutos. “Lá, a Lua estará passando em frente ao Sol e bloqueará a luz solar. Aqui, ainda se verá o Sol. Cerca de 22% dele estará coberto", diz Dessano. 

Na capital, o Clube de Astronomia de Brasília (Casb) estará reunido na Praça dos Três Poderes a partir das 18h até 21h30 com equipamentos adequados para a observação. O evento é aberto ao público. 

Para quem quer assistir por conta própria, é preciso ter alguns cuidados, pois, não se pode olhar diretamente para o eclipse devido à radiação ultravioleta. “É preciso proteger os olhos com óculos especiais, porque se estará olhando diretamente para a luz solar. Às vezes usar até mais de um óculos escuros”, recomenda Hara. 

Fora isso, é só olhar para o céu e aproveitar. “Como será no horário que o sol está se pondo é bom ir para um lugar descampado para ter uma visão melhor e torcer para não está nublado”, completa."

Transmissão pela internet

"O evento também será transmitido ao vivo pela empresa de informática IBM, em parceria com observatórios da Argentina, do Chile e a Nasa. 

De acordo com o site Time and Date, em Brasília, será possível ver cerca de 21% do sol coberto. O evento terá início por volta de 17h até às 17h49. 

Esta é uma oportunidade única de ver um fenômeno do tipo, pois, esse será o único eclipse total observado no mundo em 2019. O último dessa espécie foi observado em 2017 nos Estados Unidos."

Fonte: Correio Braziliense           

segunda-feira, 1 de julho de 2019

“ONU e OEA se manifestam contra ataques que Glenn Greenwald está sofrendo de autoridades brasileiras”

David Miranda, Glenn Greenwald e seus filhos. Foto: Divulgação/Twitter

Por  Vinicius Segalla 

As ameaças e ataques que o jornalista Glenn Greenwald vem sofrendo de políticos e autoridades brasileiras chamou a atenção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nesta segunda-feira (1), O Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Edison Lanza, e o Relator Especial das Nações Unidas para a Promoção e Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão, David Kaye, emitiram um comunicado informando ao mundo inteiro que o jornalista do Intercept Brasil vem sofrendo “as ameaças, desqualificações por parte das autoridades e as intimidações recebidas pelo jornalista Glenn Greenwald da agência de notícias The Intercept Brazil, bem como com seus parentes, após a divulgação de informações e denúncias de interesse público.”
As autoridades internacionais destacaram o importante papel desempenhado pela mídia para a democracia, especialmente quando se trata de jornalismo investigativo ativo. “Como resultado, os jornalistas que investigam casos de corrupção ou ações impróprias por autoridades públicas não devem estar sujeitos a assédio judicial ou outro tipo de assédio em retaliação por seu trabalho.”
Os relatores lembraram também que “o Estado brasileiro tem a obrigação de prevenir, proteger, investigar e punir a violência contra jornalistas, especialmente aqueles que foram submetidos a intimidação, ameaças ou outros tipos de violência.”
Leia, abaixo, a íntegra do comunicado conjunto da ONU e da CIDH:
O Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, e o Relator Especial das Nações Unidas para a Promoção e Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão, David Kaye, expressam sua preocupação com as ameaças, desqualificações por parte das autoridades e as intimidações recebidas pelo jornalista Glenn Greenwald da agência de notícias The Intercept Brazil, bem como com seus parentes, após a divulgação de informações e denúncias de interesse público.
Os Relatores Especiais instam o Estado do Brasil a conduzir uma investigação completa, efetiva e imparcial das ameaças recebidas pelo jornalista e sua família. Também lembra as autoridades brasileiras de suas obrigações de prevenir e proteger os jornalistas em risco e garantir a confidencialidade das fontes de informação.
De acordo com informações de conhecimento público, no dia 9 de junho a Intercept Brazil começou a publicar uma série de vazamentos que denunciavam alegadas irregularidades na chamada “operação acorrupção Lava Jato”.
Imediatamente após a publicação, o jornalista Glenn Greenwald começou a receber insultos, calúnias e ameaças de morte. US congressista David Miranda – e os filhos do casal também sob o rótulo #DeportaGreenwald, uma campanha coordenada de assédio contra o jornalista e seu marido (o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) se tornou viral.
As autoridades públicas apontaram para a natureza supostamente ilegal do material vazado recebido pela Intercept Brasil de uma fonte anônima para desqualificar ou restringir a liberdade de imprensa.
Além disso, os deputados federais defenderam a possibilidade de convocar o jornalista Glenn Greenwald para a Câmara dos Deputados e acusaram-no de cumplicidade com “práticas de ativismo jornalístico através de um ato criminoso, que (ele faz) cúmplice”. Esses legisladores expuseram o jornalista como um agente que estaria enfrentando instituições e autoridades brasileiras ou “cometendo crimes contra a segurança nacional”, implicando que ele poderia ser criminalmente criminalizado ou deportado do país.
Os Relatores Especiais também documentaram as publicações de um legislador federal que exibiu uma foto de Greenwald no Facebook sob o título “Inimigo do Brasil”. A publicação também envolveria seu marido, David Miranda.
Por meio de um comunicado datado de 17 de junho, Miranda divulgou uma série de ameaças contra ele e seus filhos, também informou que havia apresentado uma queixa à Polícia Federal brasileira, devido ao crescente número de ataques recebidos pelo deputado após que o marido dela publique os vazamentos.
Além disso, o Relator Especial da CIDH regista a informação fornecida antes de emitir a declaração do Estado do Brasil, o que indica que o jornalista pode ativar o “Programa de Proteção para Defensores dos Direitos Humanos, comunicadores sociais e Environmentalist” ( PPDDH), que desde setembro de 2018 expandiu seu escopo de atuação para incluir jornalistas e comunicadores sociais.
Em várias ocasiões, os Relatores Especiais destacaram o importante papel desempenhado pela mídia para a democracia, especialmente quando se trata de jornalismo investigativo ativo. Como resultado, os jornalistas que investigam casos de corrupção ou ações impróprias por autoridades públicas não devem estar sujeitos a assédio judicial ou outro tipo de assédio em retaliação por seu trabalho. O Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas declarou que os ataques contra pessoas que exercem sua liberdade de expressão não podem ser compatíveis com o artigo 19 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos em nenhuma circunstância. No mesmo sentido, os Estados-Membros da OEA reafirmaram que “o jornalismo deve ser exercido livre de ameaças, abuso físico ou psicológico ou outro assédio” e pediu para implementar abrangente de prevenção, protecção e aplicação neste Matter (AG / RES. 290, XLVII-O / 17), aprovada pela Assembléia Geral da OEA no marco de seu 47 ° período ordinário de sessões.
Os Relatores Especiais lembram que o Estado brasileiro tem a obrigação de prevenir, proteger, investigar e punir a violência contra jornalistas, especialmente aqueles que foram submetidos a intimidação, ameaças ou outros tipos de violência. A obrigação de prevenir, supõe – entre outros – o de adotar um discurso público que contribua para prevenir a violência contra jornalistas, que “exige que os funcionários públicos se abstenham de fazer declarações que exponham jornalistas e trabalhadores da mídia a um maior risco de atos de violência “. Além disso, a Relatoria da ONU declarou que “O Estado deve assegurar a integridade física e psicológica dos jornalistas”.
Da mesma forma, a proteção de fontes jornalísticas constitui um princípio que faz parte do direito à liberdade de expressão, dado seu valor inestimável para a sociedade acessar informação de interesse público que, sem essa proteção, dificilmente se tornaria pública. O Princípio 8 da Declaração de Princípios sobre Liberdade de Expressão da CIDH estabelece que “todos os comunicadores sociais têm o direito de reservar suas fontes de informação, anotações e arquivos pessoais e profissionais”. Da mesma forma, em âmbito internacional, a confidencialidade das fontes deriva das garantias do direito de buscar, receber e divulgar informações, o que está consagrado no artigo 19 do Pacto.”
Sobre os autores do comunicado:
David Kaye (EUA) foi nomeado Relator Especial para a promoção do direito à liberdade de opinião e expressão em agosto de 2014 pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Os Relatores Especiais são parte do que é conhecido como Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos. Os Procedimentos Especiais, o maior corpo de especialistas independentes no sistema da ONU para os Direitos Humanos, é o nome geral dos mecanismos de pesquisa e monitoramento do Conselho de Direitos Humanos para lidar com situações específicas em países ou questões temáticas em todos os países. o mundo. Os especialistas dos Procedimentos Especiais trabalham voluntariamente; eles não são funcionários da ONU e não recebem salário pelo seu trabalho. Eles são independentes de qualquer governo ou organização e agem individualmente.
Edison Lanza (Uruguai) é relator especial para a liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O Escritório do Relator Especial para a Liberdade de Expressão foi criado pela CIDH para promover a defesa do direito à liberdade de pensamento e expressão no Hemisfério, dado o papel fundamental que esse direito desempenha na consolidação e desenvolvimento do sistema democrático.”
Fonte: DCM

Meio ambiente: Desmatamento na Amazonia preocupa o mundo

Desmatamento na Amazônia em junho cresce quase 60% em relação ao mesmo período em 2018 

Números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que acumulado do primeiro semestre de 2019 também supera índices do ano passado


Zona desmatada da Floresta Amazônica para o plantio de soja, em  Mato Grosso, em foto de outubro de 2015 Foto: PAULO WHITAKER / Agência O Globo 

"A preocupaçãointernacional em torno do desmatamento na Amazônia, que resultou em forte pressão política sobre o presidente Jair Bolsonaro no encontro do G20, em Osaka, no Japão, deve ganhar corpo com os números atualizados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações . Em junho, a Amazônia perdeu 762,3 km² de floresta, o equivalente a duas vezes a área de Belo Horizonte. É o pior registro do mês desde 2016. No acumulado dos últimos 180 dias, o quadro também inspira preocupações.

No mesmo período, em junho de 2018, o desmatamento havia sido de 488,4 km². Na prática, a floresta perdeu duas cidades do porte de Paris a mais em comparação ao ano passado. No acumulado de 2019, o Brasil viu uma redução de aproximadamente 1,5 vez o território da cidade de São Paulo: 2.273,6 km².  
O Inpe trabalha com satélites que calculam o desmatamento com base em diferentes filtros.O sistema é criticado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que defendeu em diferentes ocasiões a contratação de uma empresa privada estrangeira para o monitoramento da Amazônia. O instituto, por sua vez, defende a precisão dos dados.  
Os números desta reportagem levam em conta desmatamentos com solo exposto, com vegetação e derrubadas resultantes de atividades ligadas à mineração, metodologia adotada pela ONG Observatório do Clima. Na série histórica da plataforma Terra Brasilis, disponibilizada pelo instituto e iniciada em 2015, os números deste ano só são superados pelos de 2016, que registrou, até junho daquele ano, 3.183 km² de áreas desmatadas. Naquela ocasião, os índices foram os piores desde 2008. quase 60% em relação ao
O cenário coloca em xeque as metas do Brasil para o Acordo de Paris,assinado em 2015. No documento, o país se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030 e a compensar os gases poluentes emitidos pela ação de derrubada da floresta até o fim da próxima década. Há, ainda, a Lei 12.187, assinada em 2009 para firmar o compromisso do Brasil junto às Nações Unidas de reduzir o desmatamento da Amazônia Legal para 3.907 km² até 2020.

Balsa transporta troncos de árvores no Pará, estado mais afetado pelo desmatamento de acordo com os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Foto: Frame / Agência O Globo
Para Carlos Ritti, secretário-executivo do Observatório do Clima, o quadro confirma a agenda “antiambiental” defendida pelo governo federal. 
— A variação tem uma digital para trás, que é a do governo Jair Bolsonaro. O discurso na campanha se reflete na redução no combate ao desmatamento. O número de operações foi 70% maior de janeiro a abril. Não é uma variação, digamos, esperada de um início de governo. Se no discurso você estimula e diz que vai tirar o governo das costas de quem quer produzir, estamos, na verdade, tirando o governo das costas de quem está cometendo crimes ambientais — avalia Ritti.
Sobre as críticas de Salles ao monitoramento do Inpe, o ambientalista é taxativo:  — O sistema do Inpe visa alertar os órgãos ambientais para que vão a campo para acabar com o desmatamento. Ele não detecta o desmatamento em sua totalidade. Esses números mostram uma tendência muito forte, mas não permite dizer que foi só isso que foi desmatado — explica o secretário-executivo. — Os dados não importam ao governo assim como os do IBGE, os da Fiocruz. A metodologia é reconhecida mundialmente como muito robusta. O ministério e o Ibama estão recebendo informações sobre o desmatamento ilegal dentro e fora de propriedade privada e têm todos os instrumentos para agir. Cabe ao ministro a responsabilidade de colocar equipes em campo, até porque recursos não faltam.
Ministério do Meio Ambiente ainda não nomeou chefes para as superintendências dos estados que compõem a Amazônia Legal. Segundo estimativa do Observatório do Clima, quase 99% do desmatamento ocorrido em 2019 tem origem ilegal. 

Acordos na mira 

Embora o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE), fechado durante o G20, condicione os benefícios eventualmente aproveitados pelo Brasil ao desenvolvimento sustentável, faltam indícios de que o país cumprirá o requisito. Enquanto o martelo era batido em Osaka, o Fundo Amazônia, iniciativa financiada pelos governos Alemanha e Noruega voltada para a proteção do bioma, vive momentos de suspense.  
O comitê organizador responsável pelo projeto não foi renovado no decreto presidencial da última sexta-feira, enquanto o governo negocia um novo formato com os dois países europeus. Boa parte do financiamento do Ibama, por exemplo, deriva atualmente do fundo, considerado uma iniciativa de sucesso internacionalmente.
  • (A indefinição sobre o futuro do Fundo Amazônia) É uma tentativa de ingerência política do Ministério do Meio Ambiente e de Ricardo Salles sobre a questão — avalia o secretário-executivo da ONG.
    O endurecimento do discurso de lideranças europeias como o presidente da França, Emmanuel Macron, não impedirá que o desmatamento ilegal avance, teme Ritti. Para ele, o bloco europeu “assinou um cheque em branco” em relação ao aumento da violência contra povos indígenas e do desmatamento. Ele afirma, ainda, que o acordo significa um incentivo a mais para o desmatamento na Amazônia, com as portas abertas para a expansão da produção e da competitividade no mercado brasileiro, além de estimular novas mudanças na legislação ambiental. 
Ainda de acordo com Ritti, o próprio acordo com a União Europeia pode ficar na berlinda se o Brasil persistir nas políticas adotadas desde a posse de Jair Bolsonaro. O ambientalista também critica a decisão do bloco europeu:
Temos no acordo referências a questões de proteção do meio ambiente, como no Acordo de Paris. Tudo isso é bonito no papel Como traduzir isso em mecanismos? O que vai assegurar que esse país cumpre? Não estamos perdendo apenas governança ambiental, climática, extinguindo conselhos. Na prática, o que está acontecendo é justamente o contrário do que os governos europeus cobraram do Brasil no discurso. Se o acordo entrar em pleno vigor em dois ou três anos, corremos o risco de perder muita floresta, e haverá uma digital da UE por trás disso.
Procurando pela reportagem do GLOBO, o Ministério do Meio Ambiente não respondeu aos questionamentos ainda."
Fonte: O Globo   

Meio ambiente: “DESCOBERTA GIGANTE RESERVA DE ÁGUA DOCE EMBAIXO DO OCEANO ATLÂNTICO”

Oceano Atlantico

Cientistas encontraram imensa porção de “água fóssil” congelada desde a Era do Gelo no mar da costa nordeste dos EUA”


Por Redação HC


Um grupo de geólogos da Universidade de Columbia, Nova Iorque, veio a público recentemente para apresentar sua nova pesquisa de exploração sobre uma reserva de água doce congelada situada embaixo do Oceano Atlântico.

De acordo com os cientistas, há quase três mil quilômetros cúbicos de água doce presa em sedimentos porosos embaixo da água. Apesar de se tratar de um fato surpreendente,  já se suspeitava de que existissem reservas de água subterrâneas. Especialistas acreditam que esses tipos de depósito de água doce são abundantes, mas muito pouco se sabe sobre seus volumes e sua distribuição no planeta.

A “água fóssil” se armazena em meio as porosidades das rochas (Foto: Reprodução/ J Telling)

Os cientistas acreditam que este aquífero é o maior já encontrado. Eles o avaliam como “gigantesco”.Segundo seus cálculos, a reserva vai da costa do estado de Massachusetts até New Jersey e abrange cerca de 350 km da costa do Atlântico nessa região dos Estados Unidos. Se a reserva estivesse na superfície, formaria um lago de cerca de 40 mil km2.

Para detectar a reserva d’água, os pesquisadores usaram ondas eletromagnéticas. Uma pista que eles já tinham é que, nos anos 70, algumas companhias petroleiras que perfuravam a costa não extraíam petróleo, mas sim água doce. Os pesquisadores, no entanto, não sabiam se eram apenas depósitos isolados ou algo muito maior.

Os geólogos acreditam que a água doce pode ter se armazenado ali de duas maneiras. Por um lado, acredita-se que no final da Idade do Gelo, grandes quantidades de água doce acabaram presas em sedimentos rochosos, algo que os especialistas chamam de “água fóssil”. Mas pesquisas recentes mostram que os reservatórios provavelmente também se alimentam de chuva e se infiltram através dos sedimentos na terra e alcançam o mar.”

Fonte: Terra.com / Hard Core