quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

"Petrobras começa 2022 como empresa mais valiosa da América Latina; veja ranking"

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro — Foto: Daniel Silveira/G1
 Por G1

"A Petrobras começou o ano como a empresa da empresa da América Latina com o maior valor de mercado. A estatal fechou o pregão de terça-feira (4) avaliada em US$ 70,6 bilhões (o equivalente a R$ 401 bilhões), segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economatica.


A petroleira ocupa a liderança desde o dia 27 de dezembro, quando superou a América Móvil do México, que segue na vice-liderança, com valor de mercado de US$ 69,3 bilhões, considerando a cotação de fechamento das ações do dia 4.

A mineradora brasileira Vale ocupa a 3ª posição, seguida pela Walmart México e pelo Mercado Livre, que tem sede na Argentina.


O Nubank, que abriu capital no fina do ano passado, aparece no 7º lugar, à frente 

da Ambev e do Itaú. 


Estatal ocupa a liderança desde o dia 27 de dezembro, quando superou a América Móvil do México em valor de mercado." Veja ranking abaixo:

Empresas mais valiosas da América Latina:


  1. 1-Petrobras: US$ 70,6 bilhões

  2. 2-América Móvil: US$ 69,3 bilhões

  3. 3-Vale: US$ 66,4 bilhõe

  4. 3-Walmart do México: US$ 62,6 bilhões

  5. 4-Mercado Livre: US$ 61,3 bilhões

  6. 5-Marvel Technology Solutions: US$ 59,7 bilhões

  7. 6-Nubank com US$ 44,8 bilhões

  8. 7-Ambev: US$ 42,4 bilhões

  9. 8-Itaú Unibanco: US$ 36 bilhões

  10. 9-Grupo México: US$ 33,5 bilhões

Valorização da Petrobras


Em reais, o valor de mercado da Petrobras atingiu R$ 401 bilhões no fechamento do dia 4 de janeiro, de acordo com o levantamento da Economatica.


As ações da Petrobras acumularam alta de mais de 30% em 2021, na esteira da elevação dos preços internacionais do Petróleo.


No início do governo Bolsonaro, valia na bolsa R$ 316 bilhões. Em maio de 2008, porém, chegou a valer R$ 510 bilhões.

     Empresas brasileiras mais valiosas da B3

  1. 1-Petrobras: R$ 401,1 bilhões

  2. 2-Vale: R$ 377 bilhões

  3. 3-Ambev: R$ 240,9 bilhões

  4. 4-Itaú Unibanco: R$ 204,8 bilhões

  5. 5-Bradesco: R$ 176,3 bilhões

  6. 6-Weg: R$ 133,6 bilhões

  7. 7-Santander Brasil: R$ 115,3 bilhões

  8. 8-JBS: R$ 86 bilhões

  9. 9-Rede D'Or: R$ 84,5 bilhões

  10. 10-BTG: R$ 83,7 bilhões    

Fonte: g1.com


  1. E porque será que combustível está tão caro cerca de 50% para nós brasileiros? 
  2. Se a Petrobras além dar conta do consumo interno, ainda exporta o petróleo.

  3. Além disso o Etanol aumentou também em cerca de 60%, mas o Etanol não 
  4. tem nada a ver com as comodities, é um combustível que foi criado no Brasil, 
  5. quer dizer não tem nada de fóssil nele. É o Álcool. Como explicar tal aumento?       

No mês de janeiro de 2022, a população de que tem a tarifa social terá a bandeira verde na sua conta de energia elétrica

Por Ana Lúcia Dias

Estamos pagando desde ano passado cerca de 38% de aumento na tarifa de energia elétrica, em meio a uma pandemia, com o desemprego batendo recorde de 12.9%. São quase de 13 milhões de pessoas sem emprego no país. 

E por causa da escassez hídrica, ou seja, falta de água nas usinas hidrelétricas,  provocada pela má gestão dos ministros de meio ambiente, tivemos o aumento na tarifa de energia elétrica, em função do uso das termoelétricas. O brasileiro paga por isso também. 

O governo federal estabeleceu no mês de janeiro de 2022 que as tarifas sociais nas contas de energia terão Bandeira verde, ou seja, não é cobrada taxa extra. 

Acompanhe na Reportagem do EPTV 2


Fonte: EPTV 2a Edição          

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

"Igreja e Função Social da Propriedade"

 

    Por Gilvander Moreira

“O filósofo francês Alain Badiou, no livro São Paulo: A fundação do universalismo, alerta: “O capital exige, para que seu princípio de movimento torne homogêneo seu espaço de exercício, o permanente ressurgimento de identidades subjetivas e territoriais, as quais, aliás, reivindicam apenas o direito de serem expostas, da mesma maneira que as outras, às prerrogativas uniformes do mercado” (BADIOU, 2009, p. 18).


A luta do MST[2], da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e de todos os movimentos sociais camponeses busca pressionar para fazer cumprir a Constituição Federal de 1988 (CF/88) que prescreve como um de seus princípios fundamentais o cumprimento da função social da propriedade da terra. Isto é, os latifúndios que não cumprem sua função social devem ser desapropriados (CF/88, art. 185). Carlos Frederico Marés afirma que o conceito de produtividade está contido no conceito de função social, que é mais abrangente. Diz ele: “No conceito de produtividade está embutido o conceito de função social, isto é, só pode ser produtiva uma gleba que cumpra todos os requisitos da função social e, portanto, merece um prêmio, isto é, produtividade para a Constituição é sempre sustentável e não se confunde com rentabilidade ou lucratividade” (MARÉS, 2003, p. 129).

Socorro! Demolir 27 casas de até 3 andares n Comunidade Beco Fagundes Teresópolis, Betim/MG

E, qual o posicionamento da Igreja com relação à função social da propriedade da terra? Em contexto de desrespeito à dignidade humana e de superexploração da classe trabalhadora e da classe camponesa e diante da luta dos socialistas que defendiam a abolição da propriedade privada, reforçando a luta pelos direitos humanos fundamentais, a dignidade humana tem sido defendida pelo ensinamento social da Igreja Católica, expressa em várias encíclicas papais. Nessa perspectiva, rejeitando a tese socialista da abolição da propriedade, a Encíclica Rerum Novarum, de Leão XIII, de 1891, afirma que a propriedade, inclusive a dos bens de produção, é um direito natural. Porém, a propriedade tem uma função social e não se destina apenas a satisfazer os interesses do proprietário, significa, também, uma maneira de atender às necessidades de toda a sociedade. Desde 1891, os papas (re)afirmam ensinamento social semelhante em várias encíclicas: a Quadragesimo Anno, do papa Pio XI, de 1931; a Mater et Magistra, do papa João XXIII, de 1961; a Gaudium e Spes, documento do Concílio Vaticano II, de 1965, e a Populorum Progressio, do papa Paulo VI, de 1967, as quais afirmam que o conjunto de bens da terra destina-se, antes de mais nada, a garantir a todas as pessoas um decente teor de vida pelo conjunto de condições sociais que permitam e favoreçam o envolvimento integral de sua personalidade. A propriedade é um direito que comporta obrigações sociais.[3]

"Despejo em Betim/MG é absurdo sobre todos os aspectos: ilegal, sem risco" (Dr. Ailton).

O papa Francisco na carta Encíclica Laudato Si’ (Louvado Seja),  de 24 de maio de 2015, reafirma o destino comum dos bens como um princípio inarredável do ensinamento social da Igreja. Diz Francisco: “A tradição cristã nunca reconheceu como absoluto ou intocável o direito à propriedade privada, e salientou a função social de qualquer forma de propriedade privada. [...] Sobre toda a propriedade particular pesa sempre uma hipoteca social, para que os bens sirvam ao destino geral que Deus lhes deu” (PAPA FRANCISCO, 2015,  n. 93).

“Não há risco geológico nas 27 casas EM ÁREA PLANA, Beco Fagundes, Betim, MG.” (Dr. Edson).

O papa Francisco transcreve na Encíclica Laudato Si’ o que disse os bispos do Paraguai na Carta Pastoral El campesino paraguayo y la tierra, de 1983: “Cada camponês tem direito natural de possuir um lote razoável de terra, onde possa gozar de segurança existencial. Este direito deve ser de tal forma garantido que o seu exercício não seja ilusório, mas real. Isto significa que, além do título de propriedade, o camponês deve contar com meios de formação técnica, empréstimos, seguros e acesso ao mercado” (PAPA FRANCISCO, 2015, n. 94).

“Que sabedoria é esta?! Que aula magna! Rei nu.” “É desumano nos despejar!” Betim, MG.”

Está na Constituição de 1988 a exigência de cumprimento da função social da propriedade fundiária, mas o Estado não cumpre a Constituição neste e em nenhum dos direitos sociais prescritos. Pior, dribla o tempo todo as leis que garantem os direitos sociais.”

Vídeos que descrevem os assuntos abordados:

“Se derrubarem nossas 27 casas, nossa mãe morrerá, pois é acamada e hipertensa.” Betim/MG.”

“Estou nesta casa há 14 anos, 3 andares, sem nenhuma rachadura. Por que despejo? Betim/MG.”

“Suspendam o despejo em Betim, MG. Absurdo brutal. MESA DE NEGOCIAÇÃO, JÁ!” (Frei Gilvander)

Referências

BADIOU, Alain. São Paulo: a fundação do universalismo. São Paulo: Boitempo Editorial, 2009.

MARÉS, Carlos Frederico. A função social da terra. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris Editor, 2003.

PAPA FRANCISCO. Discurso do Papa aos Movimentos Populares. In: II Encontro Mundial dos Movimentos Populares com o Papa Francisco (Documento). Santa Cruz de la Sierra, Bolívia: Ed. Delegação dos Movimentos Populares brasileiros, p. 17-35, 2015.


Fonte: Frei Gilvander Moreira


Frei Gilvander Moreira


Gilvander Moreira é colunista às terças-feiras para O Guardião da Montanha - Jornal online. Ele é  Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente e assessor da CPT/MG, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; prof. de Teologia bíblica no SAB (Serviço de Animação Bíblica), em Belo Horizonte, MG.


 


Vacinação contra a covid-19 nesta terça-feira, 4 de janeiro de 2022, em Poços de Caldas

  Não esqueça da máscara mesmo estando imunizado com as duas doses e, não esquecer  do prazo de duas semanas para estar totalmente imunizado. E agora, em função da ômicron, a nova variante, temos de nos prevenir tomando a 3a dose da vacina contra a covid-19 

Terça-feira (04/01) – a partir das 13h

2ª Dose:

-Pessoas que receberam a 1ª dose da Astrazeneca até 09/11 (somente na sala de vacina da Urca)

-Pessoas que receberam a 1ª dose da CORONAVAC até 07/12 (somente na sala de vacina da Urca)

Pessoas que recebera a 1ª dose da Pfizer até 14/12 (somente na sala de vacina da Urca)

ATENÇÃO

-Todas as pessoas devem levar comprovante de residência para a vacinação.

LOCAIS DE VACINAÇÃO:

Sala de Vacina da Urca (Acesso pela Rua Amazonas)–  13h às 17h

A 3ª Dose: lembrando que o Ministério da Saúde estabeleceu que as 3ª doses terão de ser aplicadas após 4 meses da aplicação da 2ª dose.


    Fonte: Prefeitura de Poços de Caldas       

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Como os vetos de Bolsonaro alteram o "Auxílio Brasil'

 Bolsonaro vetou pontos do programa

Por Leandro Prazeres, Da BBC News Brasil em Brasília

"O presidente Bolsonaro (PL) sancionou nesta quinta-feira (30/12) a lei que cria o Auxílio Brasil, programa social de transferência de renda que substitui o Bolsa Família após 18 anos. Um programa reconhecido em todo o mundo de combate à fome.

O programa foi proposto pelo governo por meio de uma Medida Provisória, em agosto deste ano, e aprovada no Congresso Nacional no início deste mês. A meta do governo é atender pelo menos 17 milhões de famílias. 

Bolsonaro, no entanto, vetou dois trechos da lei aprovada pelo Congresso Nacional. Em um deles, o presidente vetou o dispositivo que determinava que o governo deveria providenciar recursos suficientes para atender a todas as famílias elegíveis ao programa. 

Na prática, isso significa que o número de pessoas atendidas pelo programa vai depender da quantidade de recursos que o governo disponibilizar. 

O outro trecho vetado é o que determinava o cumprimento de metas para a redução da pobreza e da pobreza extrema nos três anos seguintes à entrada em vigor da lei. 

A BBC News Brasil ouviu especialistas em redução da pobreza para explicar os impactos dos vetos de Bolsonaro à lei do Auxílio Brasil. 

O que é o Auxílio Brasil

O Auxílio Brasil é um programa social desenhado pela equipe de Bolsonaro e apresentado como o substituto do Bolsa Família, criado há 18 anos durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que vinha atendendo pouco mais de 14 milhões de famílias. 

O foco do Auxílio Brasil é reduzir as taxas de pobreza e pobreza extrema no país. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2020, o Brasil tinha 24% da sua população vivendo na pobreza, com rendimentos abaixo de R$ 450 por mês per capita. O órgão aponta ainda que 5,7% da população vivia na pobreza extrema, com rendimentos próximos a R$ 155 por mês per capita. 

O Auxílio Brasil vai pagar R$ 130 por criança de até três anos a famílias que sejam consideradas pobres ou extremamente pobres. 

O programa também prevê o pagamento de R$ 65 por integrante entre três e 21 anos de idade em famílias nessas condições. 

Fila de pessoas aguardando atendimento em frente a unidade de cadastro no Recife

Além disso, há a previsão de pagamentos complementares vinculados a rendimento esportivo, entre outros. O governo estipulou uma metade atender até 17 milhões de famílias.

Além disso, o presidente assinou um decreto estabelecendo que ao longo de 2022, nenhuma família beneficiária do programa receberia menos que R$ 400. Assim, quem receberia valores inferiores a R$ 400 segundo o programa seria contemplado com uma complementação até este valor.

A criação do programa às vésperas de um ano eleitoral, no entanto, foi alvo de controvérsia.

Oposicionistas afirmam que o Auxílio Brasil seria um programa eleitoreiro com objetivo de viabilizar a reeleição de Bolsonaro no ano que vem.

O governo, em contrapartida, alega que o novo programa é mais robusto e teria o objetivo de oferecer maior segurança social aos seus beneficiários.

Presidente Jair Bolsonaro rodeado por parlamentares durante entrega da MP do Auxílio Brasil, em agosto  - Foto: CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS 

Continuação da Filas

Os vetos de Bolsonaro ao texto aprovado no Congresso Nacional, no entanto, são criticados por especialistas em renda básica e redução da pobreza ouvidos pela BBC News Brasil.

A ex-secretária nacional adjunta de Renda e Cidadania Letícia Bartholo afirma que o veto de Bolsonaro ao trecho que determinava que o governo deveria alocar verbas para o atendimento da todas as famílias elegíveis ao programa oficializa a manutenção da "fila" de pessoas que precisam do benefício, mas que por restrições orçamentárias, não poderão recebê-lo.

Inicialmente, a Câmara dos Deputados havia aprovado mecanismos que tinham o potencial de diminuir ou zerar a fila de pessoas elegíveis para o benefício. O mecanismo, no entanto, foi derrubado no Senado. O veto de Bolsonaro, portanto, oficializou a posição do governo contra o dispositivo.

Se o veto for mantido pelo Congresso Nacional, a quantidade de pessoas que poderão receber o benefício vai estar condicionada ao orçamento que o governo destinar ao programa, como acontecia com o Bolsa Família.

Na mensagem enviada ao Congresso para justificar a medida, o governo alega que a manutenção desse trecho da lei não atendia ao "interesse público" porque levaria ao aumento das despesas do programa e poderia fazer o governo violar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

"Em outras palavras, o veto diz que o governo não precisa disponibilizar verbas o suficiente para atender todo mundo que precisa do benefício. Esse já era um problema que havia no Bolsa Família, mas o atual governo teve a chance de resolvê-lo e não o fez", afirmou a ex-secretária.

"Vamos ver centenas de milhares de pessoas amargando por meses a espera para entrar no programa. A indisponibilidade de orçamento faz com que se formem filas ao longo do programa independente de haver pessoas classificadas para recebê-lo", afirmou.

Para o presidente da Rede Brasileira de Renda Básica, Leandro Ferreira, esse veto mostra que os problemas identificados no Bolsa Família não foram resolvidos pelo Auxílio Brasil.

"As carências que a gente via no Bolsa Família não foram sanadas. Foi uma oportunidade perdida", explicou.

Metas contra a pobreza vetadas

      A fome cresceu  durante o governo Bolsonaro - Foto Getty Imagens

O outro trecho vetado é o que estabelecia um conjunto de metas para a redução da pobreza e da pobreza extrema no país nos três anos seguintes ao início da vigência da lei.

Para a pobreza, a meta era manter as taxas de pobreza menores a 12% em 2022, 11% em 2023 e 10% em 2024. Para a pobreza extrema, a era meta era manter a taxa menor que 6% em 2022, 4% em 2023 e 3% em 2024.

O trecho também previa que se o governo não cumprisse as metas, ele deveria divulgar publicamente as razões que o teriam levado a isso.

Na mensagem sobre o veto, o governo disse que a proposta foi excluída do texto porque a tentativa de atingir as metas poderia levar a aumento de despesas e tiraria autonomia do governo para alocar verbas de forma discricionária e de acordo com o que o governo classificou como "gestão fiscal responsável".

Para Letícia Bartholo, o veto indicaria uma falta de compromisso do governo atual com a redução da pobreza.

"Minha avaliação é de que esse veto mostra que não há compromisso efetivo do Poder Executivo em atuar de forma firme no combate à redução da pobreza e da pobreza extrema no Brasil. Quando as metas são eliminadas, não há compromisso pelo qual o governo deveria ser cobrado", diz a especialista.

Leandro Ferreira, por sua vez, lamenta o fato de que o veto presidencial tenha afetado as metas porque elas faziam parte de um debate desenvolvido no Congresso Nacional havia algum tempo.

"Isso é ruim tanto porque o governo passa a não ter metas para alcançar quanto pelo fato de o governo ter rejeitado uma ideia boa que veio do Parlamento. Isso, do ponto de vista político, é muito ruim", afirmou.

Procurada, a Presidência da República não respondeu às questões enviadas pela reportagem.

O Ministério da Cidadania, por sua vez, enviou uma nota informando a pasta trabalha para "ampliar o alcance das políticas socioassistenciais e atingir, com maior eficácia, a missão de superar a pobreza e minimizar os efeitos da desigualdade socioeconômica".

Ainda de acordo com a nota, o ministério pretende alcançar 18 milhões de famílias com o Auxílio Brasil e que em dezembro, pelo menos 14,5 milhões de pessoas receberam repasses do programa."

Fonte: BBC News - Brasil  

"A História Grita aos nossos ouvidos"

 Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


Por Lucas Vasques, Jornalista e redator da Revista Fórum

"Coronel do Exército diz sentir nojo de Bolsonaro, “Sinto melancolia em ver boa parte dos oficiais de minha geração e ex-comandantes participando de um governo chefiado por uma pessoa política e intelectualmente despreparada”, afirmou Marcelo Pimentel Jorge de Souza, militar da reserva.

Marcelo Pimentel Jorge de Souza, coronel da reserva do Exército, postou, em sua página no Facebook, um texto contundente contra o presidente brasileiro. O militar afirma sentir nojo de Jair Bolsonaro e vergonha por ter se formado na mesma Academia Militar que ele.

O coronel diz, ainda, que Bolsonaro e seus ministros militares desmoralizam as Forças Armadas. “Sinto melancolia em ver boa parte dos oficiais de minha geração e ex-comandantes participando de um governo chefiado por uma pessoa política e intelectualmente despreparada”.

Como oficial da reserva do Exército e de acordo c/o direito que me é assegurado pela Lei 7.524/86, declaro ter/sentir:

– NOJO da pessoa que preside meu país;

– DESPREZO por quem participa de seu governo;

– REPÚDIO por quem ainda hoje o apoia;

– ASCO em escutar sua voz ou a pronúncia de seu nome;

– VERGONHA de que tenha um dia passado pela mesma Academia Militar que me formou oficial do EXÉRCITO BRASILEIRO;

– CONTRARIEDADE com quem, minimamente informado, votou nessa pessoa pra ser PRESIDENTE DO BRASIL;

– MELANCOLIA em ver boa parte dos oficiais de minha geração e ex-comandantes participando de um governo chefiado por uma pessoa política e intelectualmente despreparada, inepta e incompetente, além de desumana e extremamente grosseira e mal-educada;

– DESESPERANÇA em perceber que grande parte dos oficiais e praças das novas gerações está seguindo o MAU exemplo de alguns chefes e ex-chefes insensatos, ambiciosos, tolos ou idênticos ao capitão manobrado por generais;

– MEDO que o Exército, por intermédio da maioria de seus integrantes, seja transformado numa instituição à imagem e semelhança de seu atual ‘comandante supremo’, que continua sendo tratado como ‘MITO’ nos quartéis em que comparece, SEMPRE acompanhado por generais-ministros políticos que COMANDAVAM, CHEFIAVAM e GUIAVAM as forças armadas brasileiras… até outro dia; e

– DESCONFIANÇA de que alguns generais que se apresentam hoje como ‘dissidentes do governo’ e críticos (exclusivos) ao presidente, mesmo sendo, antes das eleições, as pessoas que mais o conheciam na face da Terra exceto a própria família (dele), sejam apenas aproveitadores de nova ocasião para manutenção do ‘PARTIDO MILITAR’ no centro do poder e do cenário político nacional, agravando o processo de POLITIZAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS e seu reverso – MILITARIZAÇÃO DA POLÍTICA e da SOCIEDADE -, ambos nocivos para as Forças Armadas (DEFESA) e o BRASIL (ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO)…hoje, amanhã e SEMPRE.

(a) Marcelo Pimentel J. de Souza, cel R-1 EB.

Observações:

1) indico posto hierárquico na manifestação de meu pensamento político (coronel), em contrariedade ao estabelecido na Lei 6.880/80 (Estatuto dos Militares), Art 28, inciso XVIII (determina q o oficial da reserva se abstenha de usar seu posto qdo ocupar cargo público ou ‘discutir política’ publicamente), SIMPLES e EXCLUSIVAMENTE para demonstrar o poder do ‘MAU EXEMPLO’ de inúmeros generais (veja o perfil pessoal de rede social do gen villas boas ou heleno, pra citar apenas dois) que descumprem os preceitos ÉTICOS (é disso que trata o Art 28 do Estatuto dos Militares) mais elementares, traduzido num raciocínio bem simples: “SE UM GENERAL FAZ, QUALQUER OUTRO MILITAR PODE FAZER TAMBÉM” – eu fiz tão somente para mostrar a impropriedade dessa conduta;

2) é o mesmo que dizer… ‘SE UM GENERAL DA ATIVA FAZ POLÍTICA’ (é/era o que fazem/faziam – os generais Pazuello, Ramos, Braga Netto, Rego Barros, respectivamente ministros da saúde, secretaria de governo, casa civil e ‘porta-voz’) ‘QUALQUER MILITAR, DE CORONEL A SOLDADO, PODE FAZER TAMBÉM’;

3) o marechal Osório, comandante da força terrestre na Guerra da Tríplice Aliança, já dizia: “É FÁCIL A MISSÃO DE COMANDAR HOMENS LIVRES; BASTA MOSTRAR-LHES O CAMINHO DO DEVER”;

4) o dever do militar das forças armadas NÃO é governar (independentemente de sua visão político-ideológica, e é livre para tê-la) nem, muito menos, tutelar o poder político civil;

5) lugar de militares e de forças armadas é no ‘fundo do palco’, não protagonizando as lutas políticas normais e legítimas de uma sociedade;

6) pra ajudar a resolver ‘polarizações’ não se deve aderir a um dos polos, muito menos estimular, apoiar ou criar um;

7) ISENÇÃO funcional, NEUTRALIDADE política, IMPARCIALIDADE ideológica, APARTIDARISMO absoluto, PROFISSIONALISMO estrito e CONSTITUCIONALIDADE são os ‘ingredientes’ da argamassa que sustenta o MURO que deve (deveria) separar forças armadas da política. Quem é ou foi chefe e comandante, que ‘PRECEDE, GUIA e LIDERA’ seus subordinados, DEVERIA ser o primeiro a PRATICAR esses 6 princípios, posto que o ‘EXEMPLO ARRASTA’ – ‘ARRASTA’ para a trilha do DEVER profissional ou para as profundezas do ABISMO institucional.

8) eu e muitos oficiais de minha geração formada na AMAN/1987 ajudamos a reerguer aquele MURO nos 30 anos que se seguiram à Constituição que fundou o Estado Democrático de Direito. Ajudamos a reconstruir a IMAGEM POSITIVA de credibilidade, confiança e respeito da sociedade em seu Exército, após 21 anos de autoritarismo inaugurados e protagonizados por chefes militares que se formaram no ‘Estado de Indisciplina Crônico’ dos quartéis nos anos 1920-60 e que, percebendo ou não, transformaram-se em generais ‘DITADORES’ nos anos 1960-70;

9) falo porque é necessário reparar, URGENTEMENTE, as muitas avarias no ‘MURO’, antes que desmorone por completo e tenhamos risco de retroceder institucionalmente àquele ‘Estado de Indisciplina Crônico’ anos pré-64 ou, por outro lado, que se transformem as forças armadas num monolito político-ideológico de sustentação a desvarios autoritários como no período 1964-68-77-85. Como dizia o General Peri Bevilacqua, Ministro do STM cassado pelo AI-5: ‘QUANDO A POLÍTICA ENTRA NO QUARTEL POR UMA PORTA, A DISCIPLINA SAI PELA OUTRA’);

10) falo porque tive (e tenho) a ‘melhor profissão do mundo’ – a de oficial do Exército Brasileiro e, por isso, tenho consciência plena que aquele MURO só será reparado se contar com a participação mutuamente cooperativa das chefias militares das forças armadas e das lideranças políticas da sociedade civil.

Como fazer isso? É resposta ao mesmo tempo SIMPLES e COMPLEXA. Apresentarei somente a parte SIMPLES e IMEDIATA:

– a saída, mais breve possível, de todos (TODOS) os militares da ATIVA que exercem cargos de natureza política e/ou que não tenham claríssima relação com as atividades essencialmente militares (o que inclui atividades administrativas);

– a saída gradual de todos (ou quase todos) militares da RESERVA dos cargos para os quais foram nomeados no governo, estatais, autarquias, fundações, fundos de pensões, embaixadas, tribunais etc., nas mesmas condições dos da ativa; e

– o mais SIMPLES de tudo –> Basta os GENERAIS darem o EXEMPLO. Dar EXEMPLO é fazer primeiro ou junto!"

"A HISTÓRIA grita aos nossos ouvidos!"

Ouçamo-la!        

Fonte: Revista Fórum   

sábado, 1 de janeiro de 2022

"Que Nada lhe Dê Esperanças nos Dias que Virão"


 Se estiver passando pelo Inferno, continue caminhando.

Winston Churchill

Muitas são as formas de como os seres humanos contam os períodos em que o planeta completa uma volta em torno do Sol. Enquanto os países que seguem o calendário gregoriano celebram a entrada no ano 2022, para os muçulmanos estamos no ano 1443 e para os que seguem o calendário hebraico, a contagem está em 5782. Para os chineses, estamos no ano 4719, e as celebrações de mudança de ano não tem uma data fixa, pois seguem um calendário baseado nas fases lunares. Para quem segue o calendário gregoriano, como nós, o ano novo chinês sempre ocorre entre 21 de janeiro e 20 de fevereiro.

As formas de contagem dos anos podem variar. Mas o que há de comum em todas as culturas é que os festejos de ano novo trazem consigo a renovação da Esperança. O fim de um período e o início do próximo é acompanhado de celebrações, recordações, pedidos para o atendimento de desejos e sonhos, novas determinações, fechamento de ciclos e abertura de novos. Um recarregamento de energias para mais um período de travessia.

O Propósito preenche as ações humanas de significado. Eu faço uma tarefa ou ação porque sinto e entendo sua importância para alcançar determinado resultado em algum momento no futuro. O Propósito é a semente da motivação. 

Mas a Esperança é a água que nutre essa semente. Você pode ter o melhor Propósito do mundo, mas se não tiver Esperança que suas ações tenham o resultado desejado, muito provavelmente a paralisia reinará. Ou o desleixo.

O psicólogo austríaco Viktor Frankl demonstrou a importância que a Esperança tem para o ser humano, principalmente em épocas difíceis. Prisioneiro em um campo de concentração durante os horrores da Segunda Guerra Mundial, Frankl percebeu que as vidas de muitos prisioneiros eram abreviadas quando estes perdiam a Esperança. “Quem não consegue mais acreditar no futuro – seu futuro – está perdido no campo de concentração. Com o futuro, tal pessoa perde o apoio espiritual, sucumbe interiormente e decai física e psiquicamente.”, diz Frankl em seu livro “Em Busca de Sentido”. 

O próprio Viktor Frankl encontrou uma forma de manter-se esperançoso face ao sofrimento que enfrentava a cada momento do dia. Ele mantinha escondido um caderno onde efetuava anotações e observações sobre o que vivenciava a cada dia, sonhando com o momento em que apresentaria suas anotações e conclusões em aulas e palestras. 

Retire a Esperança de um ser humano e você roubará o seu futuro. Roube o futuro de um ser humano, e suas ações presentes perderão o sentido. E ele definhará até a morte, seja física, seja em vida, quando suas ações são movidas apenas para satisfazer a camada mais baixa da pirâmide de Maslow.

A Esperança é importante demais em nossas vidas. E quando penso na importância da Esperança, percebo o quanto temos o hábito de buscar situações, momentos ou pessoas que “nos deem Esperança”. Depositamos a Esperança nos políticos, nos padres e pastores, no pai e na mãe, nos amigos e amigas. Depositamos a Esperança no crescimento da Bolsa, nos investimentos, no tratamento de saúde, no concurso para o serviço público, no novo empreendimento. Aprendemos a nutrir nossa Esperança no que está externo a nós, esquecendo que tudo que é externo a nós está fora de nosso controle e portanto, mudará. Construímos castelos em chão de areia e quando estas se movem, nossos castelos desabam e ainda ficamos surpreendidos.

A Esperança verdadeira não pode ser dada, concedida ou originada pelo que vem de fora. Ela precisa ser encontrada e conquistada dentro de nós, o único local no Universo totalmente a salvo das incertezas e tempestades que vem de fora. 

Por isto, desejo que nada lhe dê Esperança nos dias e anos que virão. Se a Esperança vem de algo ou alguém, você sempre será dependente deste “fornecedor externo”, vivendo, mesmo sem saber, à mercê de seus caprichos e variações.

Desejo, portanto, que você encontre a Esperança que lhe alimenta na fonte inesgotável que todos temos dentro de nós. Não será fácil. Haverá choro e ranger de dentes, você sentirá cansaço. Precisará mergulhar em si mesmo, a viagem mais perigosa que qualquer ser humano pode fazer. Atravessará desertos hostis, subirá montanhas inóspitas, a própria descrença e a descrença alheia.

Mas uma vez alcançada, sua fonte interna de Esperança será sua inesgotável fonte de nutrição para as ações que realiza a cada momento. O mundo poderá cair em sua cabeça, mas o inferno sempre estará do lado de fora. Você terá uma fonte de água protegida da fúria da tempestade, um local seguro para se nutrir.

Quando alcançar a Esperança que está em você, então saberá o significado de autonomia, a fonte que faz aqueles continuarem sua caminhada independente do que acontece à sua volta: a Determinação.


Maurício Luz
Maurício Luz escreve a Coluna "Frases em Nosso Tempo", aos sábados para O Guardião da Montanha.

Ele é carioca e ganhou prêmios:

1º Belmiro Siqueira de Administração – em 1996, na categoria monografia, com o tema “O Cliente em Primeiro Lugar”. 

E o 2ºBelmiro Siqueira em 2008, com o tema “Desenvolvimento Sustentável: Desafios e Oportunidades Para a Ciência da Administração”..

Ex-integrante da Comissão de Desenvolvimento Sustentável do Conselho de Administração RJ. 

Com experiência em empresas como SmithKline Beecham (atual Glaxo SmithKline), Lojas Americanas e Petrobras Distribuidora, ocupando cargos de liderança de equipes voltadas ao atendimento ao cliente.

Maurício Luz é empresário, palestrante e Professor. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). 

Mestre em Administração de Empresas pelo Ibmec (2005). Formação em Liderança por Condor Blanco Internacional (2012). 

Formação em Coach pela IFICCoach (2018). Certificado como Conscious Business Change Agent pelo Conscious Business Innerprise (2019). 

Atualmente em processo de certificação em consultor de Negócios Conscientes por Conscious Business Journey.