A taxa de contágio no Brasil é a maior em 48 países, segundo projeção matemática do Imperial College, de Londres. |
Por Tiago Mafra
"As esferas administrativas no Brasil estão *atuando no escuro*, contando com o acaso, à espera da sorte. Não se pode dizer que é por falta de informação.
Faltam testes, há subnotifição, mas mesmo assim insistem em relativizar e flexibilizar a quarentena. Obviamente, se não houver mecanismos de verificação, os dados serão sempre inferiores às previsões ditas alarmantes.
Sem percepção do alastramento do vírus, não há como traçar estratégias regionais e locais de combate, muito menos ser eficaz nas táticas de isolamento.
Nesse cenário, sob justificativa da situação "estar sob controle" e de "não haver ainda transmissão comunitária", *Poços de Caldas afrouxa suas regras*, permitindo a reabertura do comércio, igrejas e bares.
*Transfere* ainda, a *responsabilidade* de averiguação de público em cada estabelecimento, para o próprio proprietário ou gestor, que na *ausência de uma política de proteção* aos empreendimentos por partes do Governo Federal, não atacará sua possibilidade de vendas depois de 1 mês de portas fechadas. O caso das igrejas é caso a parte, em especial para aqueles que tratam a fé como mercadoria.
Em Poços de Caldas, com uma população de aproximadamente 170 mil habitantes, se 10% se contaminar e desse percentual, 7% desenvolver a forma grave da doença, estamos falando na *possibilidade de quase 1200 mortes*.
*OBS.: taxa de contágio no Brasil é a maior em 48 países, segundo projeção matemática do Imperial College, de Londres.*
A administração local está pronta para arcar com essa responsabilidade?"
Tiago Mafra - Professor de Geografia, Especialista em Filosofia, Mestre em Educação (UNESP). Coordenador do Pré Vestibular Comunitário Educafro desde 2009.
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