A edição genética é um raro científico que pode trazer a cura para diversas doenças, inclusive o HIV |
Por Vitor Paiva, hypeness
Em tratamentos anteriores com o Crispr, a edição de genes foi utilizada nas próprias células das pessoas: a inovação do uso da tecnologia no experimento contra o HIV está no fato de a ferramenta ser utilizada para editar diretamente o vírus. Como o HIV só consegue se reproduzir intacto, a tecnologia edita duas regiões do genoma do vírus que bloqueariam sua replicação.
Desafios e próximos passos
Uma das grandes preocupações era identificar uma região do vírus que fosse editada sem causar nenhuma ruptura em partes do genoma do próprio paciente, o que poderia causar outros problemas como câncer. Além disso, foi preciso alterar uma parte do vírus que tende a se manter igual apesar das muitas mutações do HIV, em processo que também evitará efeitos colaterais graves por “cortes” em partes indesejadas do genoma.
-Paciente está há 17 meses sem HIV em estudo inédito e histórico
De acordo com matéria publicada na revista Wired, os próximos passos do experimento incluirão mais nove participantes para determinar a melhor eficácia de três dosagens diferentes, e medir a carga viral e as células do sistema imunológico de cada paciente antes e depois da terapia. A ideia é compreender se o tratamento realmente reduz a carga viral a menos de 200 cópias de HIV por milímetro de sangue, nível considerado indetectável."
Fonte: hypeness
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