quarta-feira, 15 de maio de 2024

Jean Paul Prates deixa a Petrobras a pedido de Lula

ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates,

"Magda Chambriard foi convidada e aceitou assumir o cargo. Demissão ocorreu na presença do presidente, do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa." 


 Blog da Natuza Neri, g1

Ontem à noite o Presidente Lula demite o presidente da Petrobras.As ações da Petrobras despencam na Bolsa de Valores.

Ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, MG estava pressionando o Presidente Lula há bastante tempo, por desentidimentos em relação aos dividendos da Petrobras, que não foram distribuidos entre os acionistas.

Ele será substituido por Magda Chambriard, convidada para ser a substituta de Prates e já aceitou assumir o cargo.

"A Petrobras publicou fato relevante na noite desta terça-feira, anunciando o "encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada". "Adicionalmente, o Sr. Jean Paul informou que, se e uma vez aprovado o encerramento indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras."  

Polêmica dos dividendos


"Em 7 março, o Conselho de Administração da Petrobras decidiu reter o pagamento de todos os dividendos extraordinários. A decisão ocorreu após a divulgação do resultado do quarto trimestre de 2023 da empresa.

Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. Não pagar os dividendos é interpretado pelo mercado como um sinal de menor rentabilidade da estatal. Os dividendos extraordinários são aqueles pagos além do mínimo obrigatório. Ou seja, a empresa não tem que pagá-los necessariamente.

Foram anunciados R$ 14,2 bilhões em dividendos para o trimestre, dentro do modelo de pagamento mínimo da companhia, o que gerou polêmica.

A diretoria da Petrobras chegou a propor o pagamento de metade dos dividendos extraordinários, mas, na época, os representantes do governo no Conselho de Administração votaram contra a proposta, que acabou rejeitada.

Jean Paul Prates foi contra a orientação do governo e se absteve na votação, o que não foi muito bem recebido no Palácio do Planalto.

A União tem a maioria do conselho. Dos 11 conselheiros, o governo tem seis deles.

A estratégia do governo ao não pagar os extraordinários foi fortalecer o cofre. Essa verba não pode ser usada para investimento, mas fica numa caixa de contingência.

Dessa forma, o governo entendeu que passaria para o mercado uma imagem de robustez, ainda mais num momento em que a Petrobras busca financiamentos para investimentos.

Mas, por outro lado, o mercado interpreta o não pagamento dos dividendos extraordinários como uma menor atratividade dos papeis da empresa, o que fez os preços das ações despencarem."

Aprovação do pagamento


"Em 25 de abril, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da estatal. Com a decisão, a União, que tem a maioria das ações da empresa, deve receber cerca de R$ 6 bilhões. E foram liberados 
 cerca de R$ 21,95 bilhões em dividendos extraordinários, de um total de R$ 43,5 bilhões.

Em comunicado ao mercado, a Petrobras informou que a remuneração total aos acionistas referente a 2023 será de R$ 94,3 bilhões. Esse valor inclui as antecipações aprovadas ao longo do ano passado e pagas até março de 2024 (R$ 58,2 bilhões) mais a proposta de dividendos complementares."

Fonte: Blog da natuza Neri, g1

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